28/07/2011

Capitão América – O Primeiro Vingador - Cinema com @vassilizai

Frágil e incrivelmente corajoso. Steven Rogers, a princípio, não é o que chamamos de “super-herói”. Porém, mais que um corpo avantajado e super poderes, o Sr. Rogers tem alma, coração e princípios, fato que, após sua megatransformação, o ajudam a ser um dos personagens mais carismáticos do mundo dos quadrinhos: o Capitão América.

Nesse novo longa da Paramount, o personagem principal ganha sua roupagem para as telonas partindo da história original, onde o pequeno e frágil aspirante a soldado Steven Rogers é recrutado para um experimento que será usado no combate contra os nazistas na década de 40.

A responsabilidade de conduzir a câmera fica a cargo do vencedor do Oscar de Efeitos Especiais pelo filme “Os Caçadores da Arca Perdida” - Joe Johnston (que também dirigiu “Céu de Outubro”, filme que particularmente adoro e recomendo). Esse, conduz as cenas com bastante inteligência, tornando esse fator um dos pontos altos da fita.

Chris Evans fica com a missão de dar vida ao famoso Capitão das revistinhas. Confesso que fiquei um pouco apreensivo com essa escolha, porém Evans não compromete e surpreende na atuação.

É imprescindível dar um destaque especial para os maravilhosos coadjuvantes que aparecem no filme. Stanley Tucci e seus papéis diversificados (raramente protagonistas) interpreta o doutor que ajuda na concepção do experimento supracitado. Dominic Cooper faz Howard Stark (sim, o pai do Homem de Ferro), nos dando a real sensação de que o personagem, já eternizado por Robert Downey jr., Tony Stark, tem a quem puxar. Hugo Weaving, ator que coleciona boas interpretações de vilões, assume com maestria mais uma neste filme, dando vida ao Caveira Vermelha. Hayley Atwell faz a apaixonada Peggy Carter e em vários takes nos passa a sensação de uma feliz combinação estética de Audrey Tautou e Neve Campbell.

Mas, a melhor atuação do filme, sem dúvida nenhuma é o talentoso vencedor do Oscar (por “O Fugitivo”), Tommy Lee Jones. O veterano ator interpreta Colonel Chester Phillips dominando as cenas com momentos cômicos e tiradas sensacionais, deixando o público ansioso por mais aparições.

Recomendo muito esse filme para vocês meus amigos cinéfilos! Se puderem ver em 3D eu aconselho, vale muito à pena.


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26/07/2011

Riscado - Cinema com @vassilizai

Qual o tamanho do amor que você tem por sua profissão? No filme RISCADO, essa pergunta é declamada e respondida de maneira viva e emocionante. A trajetória de Bianca (interpretada intensa e expressivamente pela excelente Karine Teles) pelos palcos da vida, sem perder a esperança, e sempre mostrando toda sua paixão pelo ato de atuar, é a base da trama de Gustavo Pizzi.

O vermelho predomina durante todo o longa. O uso desse tom cai muito bem na fita e nos leva a uma viagem de amor, esforço e decepção, refletindo principalmente a paixão e o simples ato de sonhar.

Quando a história vai ao encontro do “sonho” (e sua realização ou não), me senti conversando com minha mulher Renata sobre os textos de Jung - fundador da escola analítica de psicologia. Tal tema, no longa, é tratado de maneira nua e crua.

Durante o filme vemos cenas que mostram um grande preconceito em relação à profissão cênica e as dificuldades que giram em torno do sustento financeiro através da mesma. Concomitantemente, acompanhamos certa esperança brotar de tais problemáticas.

A protagonista (e também uma das mãos que assina o roteiro) Karine Teles, tem uma atuação que espanta, nos arrastando inevitavelmente pra dentro de cena viva da trama. Comove, sonha e sente dor junto com o espectador. Percorre todas as personagens (Marlyn Monroe, Betty Page, Carmem Miranda) em uma só. Foi emocionante conhecer melhor essa talentosa atriz.

Muito me orgulha vir aqui e falar bem do nosso cinema. Queria que todas as vezes fossem assim.

Não risque esse filme da sua lista de “filmes que quero ver no cinema esse ano”.  Recomendo.


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23/07/2011

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Não se Preocupe, Nada vai dar Certo - Cinema com @vassilizai

Em seu novo filme, Carvana consegue comover e divertir usando lindas paisagens como palco de fundo de sua história. Uma grata surpresa.

A narrativa guiada pelo stand up comedy de Gregório Duvivier foi uma tática muito bem elaborada e cai como uma luva na apresentação da história. O estilo foi adotado muito por conta das experiências pessoais que os “atores do ramo” (stand up comedy) levam sempre para os palcos. Gregório é um dos craques nacionais deste estilo de apresentações e sabe como ninguém contar situações de maneira divertida, captando a atenção do expectador em cada uma de suas falas. Com seu jeito bem natural, ajuda na conexão com o público. As partes em que esse interpreta o guru indiano me lembram muito, fisicamente falando, do Peter Sellers em “Um Convidado Trapalhão”.

O longa aborda o relacionamento entre pai e filho, ambos atores. Muito é falado sobre teatro, assunto em comum entre os dois personagens principais. Na trama, essa dupla se mete em uma confusão quando o mais novo aceita interpretar um guru e passa a enganar fiéis de alto poder aquisitivo.

Mais atores conhecidos do grande público brasileiro engrandecem a fita.

Tarcísio Meira mostra um leque bastante interessante de personagens e age como se estivesse bem confortável interpretando cada um deles. A versatilidade desse grande nome dos palcos, TV e cinema do nosso país é digna de aplausos entusiastas de pé. Excelentes os diálogos dele com a sempre ótima Lu Grimaldi, além de hilário o veterano ator vestido ao “estilo Sean Connery” em um dos momentos do filme.

Flavia Alessandra, em uma cena “Bond Girl”, sai da piscina flertando com o personagem principal, vestida com um biquíni sensual que deixará muitos cinéfilos de boca aberta. Interessante como o personagem de Duviver usa a capa do livro sobre a biografia do Marlon Brando neste momento de sedução, buscando certa ajuda do grande galã americano.

Mariana Rios faz um pequena ponta no filme (uma pena que apareça pouco) e já logo digo, tem um dos mais belos sotaques de sua geração. Também estão na produção nomes como Herson Capri, Ângela Vieira, Guilherme Piva e o próprio Hugo Carvana, diretor do longa.

Adorei a menção ao esquecimento dos artistas nacionais e as cenas gravadas dentro do famoso Retiro dos Artistas. Algumas delas chega a emocionar o público, como me confessou um outro crítico amigo meu que estava na mesma sessão que a minha.

O final é bastante parecido com qualquer desfecho de Ágatha Christie, com direito a Tarcísio Meira análogo à Poirot ou Maigret (esse de outro autor, Georges Simenon).

Se você quer se divertir e se emocionar vá ao cinema assistir esse novo longa, que estréia dia 5 de agosto.
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