13/09/2011

180 Graus - Cinema com Raphael Camacho

Eduardo Moscovis e seus personagens amargurados, tristes, às vezes um tanto quanto vagos. O veterano ator sabe como ninguém interpretar papéis desse tipo. Em 180 Graus, produção que estréia de 16 de setembro em todas as salas de cinema do Brasil, ele volta às telonas nos brindando com uma ótima atuação.

O longa fala sobre três pessoas que possuem muitas coisas em comum. Dessa tripla relação se desenrolam histórias de amor, oportunidades, sofrimento e a eminência de uma tragédia. Um triângulo que se constrói aos poucos, lembra uma fita alemã chamada PingPong, pela objetividade e intensidade dramática ,que tem um seu final uma conclusão profunda e triste.

A harmonia do elenco contribui para o bom andamento da trama. Malu Galli, Eduardo Moscovis e Felipe Abib interagem muito bem e criam um elo muito importante com o espectador. Durante os quase 90 minutos de filme, o público fica preso à história em todos os momentos. O entendimento do espaço/tempo da história é guiada pelos semblantes dos personagens, muito bem executados pelo trio de atores.

Outro fator a se comentar positivamente é a construção do roteiro, objetivo e muito dinâmico. O distanciamento da câmera, em alguns momentos, nos mostra uma perspectiva diferente, muito próxima da ótica do espectador. A montadora de 180 Graus tem que estar feliz com o excelente trabalho realizado.

Longa nacional bom como esse de Eduardo Vaisman é que nos fazem acreditar cada vez mais que o nosso cinema está no rumo certo! 

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12/09/2011

The Beaver – Um Novo Despertar - Cinema com Raphael Camacho

Com uma atuação convincente do seu protagonista e uma trama que comove e emociona em muitos de seus momentos, Um Novo Despertar, dirigido pela ótima Jodie Foster é até agora a melhor grata surpresa do ano de 2011.

Eu adoro a Jodie Foster. Isso não é caso de internação cinéfila, já que, todos amam essa talentosa artista. Mesmo assim, meu pensamento cinéfilo ficou preocupado com o fato dela atuar e dirigir essa película. Pensamento jogado fora após os mais de 90 minutos de fita. A direção é boa e a atuação da mesma, convence.

Na história, um homem totalmente em estado de depressão (nesse caso, acho que nem Freud explica) após tentar o suicídio, vê em um fantoche de mão, a solução dos seus problemas.

Para o filme dar certo o seu protagonista tinha que ser alguém experiente e que conseguisse levar um personagem difícil como esse na palma da mão.  Mel Gibson foi o escolhido. Se saindo muito bem, conseguindo transmitir toda a dor e angústia que ao longo do filme vemos seu personagem sofrer. É a melhor atuação de um ator esse ano, sem dúvidas.

Gosta de um bom filme do gênero drama? Ou melhor, gosta de filme bom? Não desperdice a oportunidade de ver esse.

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09/09/2011

Larry Crowne – O Amor está de Volta - Cinema com Raphael Camacho

Um carisma que transborda por corações de amantes do cinema. Não tem outra maneira de começar falando desse novo filme dos adoráveis Julia Roberts e Tom Hanks, esse último assina roteiro e direção do longa, que estréia no dia 09 de setembro nos cinemas, Larry Crowne.

Na trama, o personagem de Tom, que dá título ao longa, é demitido por não ter curso superior. Tendo a necessidade de começar de novo no mercado de trabalho, resolve se matricular numa faculdade.Acaba se envolvendo com uma professora e ganhando novos amigos, mudando sua vida para sempre.

Artistas se aposentam. Nascem jovens talentos. Mais algumas coisas não mudam, no mundo concorrido da sétima arte, a rainha do sorriso mais famoso e contagiante de Hollywood, Julia Roberts(que ganhou o Oscar de melhor atriz pelo competente trabalho em Erin Brockovich), em qualquer filme que atua, mesmo quando a produção é pouco interessante, você sempre nota a presença dela. Com o outro astro desse longa, Tom Hanks, não é diferente. Um ator adorado por crítica e público, com trabalhos fenomenais no curriculum (posso citar Filadélfia e Forrest Gump, só dizendo alguns).

O trailer do filme é bem legal, e ultimamente quando o trailer é bom o filme é ruim. O segundo trabalho de Hanks na direção (o primeiro foi The Wonders – O Sonho Não Acabou) muda essa afirmativa.

Vá ao cinema e saia com aquela boa sensação que só a sétima arte pode proporcionar. 
Obs: Quando o filme é bom, claro! J


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07/09/2011

O Homem do Futuro - Cinema com @vassilizai


Reza a lenda, que no cinema nacional, só se faz filme bom quando colocamos violência ao extremo e mostramos nossa sociedade de maneira nua e crua, causando uma espécie de protesto social nas telonas. 

Precisávamos mesmo de um cientista louco (interpretado pelo melhor de todos os nossos), que consegue alterar opiniões, no passado e no presente, e mostra a um grande número de amantes da sétima arte que aqui sim: sabemos fazer Sci-Fi e outros tipos de filmes bons! E o melhor, não precisamos ir até o futuro para descobrir se isso é realmente um fato verdadeiro, essa, é nossa realidade é só correr até os cinemas e ver esse ótimo filme de Claudio Torres.

Nesse novo longa nacional, que chegou aos cinemas no último dia 02 de setembro, um cientista muito inteligente que beira ao genial descobre uma maneira de voltar no tempo através de uma de suas experiências. Com isso, tem a chance de mudar alguns acontecimentos trágicos no passado e tentar ficar com o grande amor de sua vida, Helena(não, não foi o Manoel Carlos que escreveu o roteiro). Só que nada é tão fácil quando se tenta mudar fatos que já ocorreram.

O ator que da vida ao personagem principal, mais uma vez dá um show em cena. Interpretando mais de um personagem, na verdade o mesmo papel só que em épocas e futuros diferentes, consegue mostrar todo seu leque cênico. Depois dessa atuação, demonstra que está no topo e ninguém consegue tirá-lo de lá. É uma verdadeira honra cinéfila que um dos melhores atores do mundo seja brasileiro e ame tanto o nosso cinema. 

Se nossos hermanos tem o Espetacular Ricardo Darín, nós temos o super espetacular,o eterno capitão Nascimento, Sr. Wagner Moura.

O restante do elenco interage muito bem e soma muito para o produto final do longa. Destaques para Alinne Morais, que fica sempre muito firme em seus papéis e com uma beleza sedutora. Maria Luísa Mendonça volta às telonas e consegue, mesmo com um papel pequeno, dar o ar de sua graça. Gabriel Braga Nunes pega carona em seu personagem psicopático na última novela das 8 e faz o vilão da trama. Fernando Ceylão tenta ser o lado cômico do filme e muitas vezes não consegue ter êxito nessa missão, porém, não compromete. Claudio Torres começa tender à ascendência no nosso cinema depois do fraco Mulher Invísivel.

Com alguns efeitos muito bem feitos e com algumas imperfeições no roteiro por conta da loucura física de espaço e tempo que podemos muito bem deixar passar batidos, O Homem do Futuro é um grande programa para o seu fim de semana! Vá ao cinema, compra sua pipoca e viaje com Moura e companhia nessa aventura única do nosso cinema! Boa viagem! 
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06/09/2011

Cowboys e Aliens - Cinema com Raphael Camacho


Reunir o eterno Indiana Jones e um dos melhores 007 de todos os tempos, colocá-los num palco Western, com pitadas de Dança com Lobos, guerreando com um bracelete poderoso e pistolas típicas do gênero, é basicamente a ideia inicial quando se pensa no novo filme de Jon Favreau que, entretanto, também conta com uma dinâmica pouco interessante e clichês durante toda a projeção. Possivelmente, um filme que o Beto Carrero iria gostar!

Na trama, um forasteiro misterioso chega a uma cidade e acaba embarcando numa aventura contra seres de outro planeta. Esse novo filme faroeste/extraterrestre tem pontos positivos e negativos, que se equilibram no gosto daqueles cinéfilos mais fervorosos. A produção deixa muito preocupado os amantes da sétima arte quando personagens começam a ser sugados por naves alienígenas - o medo de ser um remake de Os Esquecidos, filme tenebrosamente odiado por muitos, passa como um leve suspiro, causando calafrios impensáveis.

O diretor do longa faz um bom trabalho. Já tinha provado seu valor e competência com as excelentes direções dos filmes do Homem de Ferro, principalmente o primeiro.

Não entendi o porquê de muitos personagens terem olhos azuis, faltava só o “Blue Eyes” mais famoso da música cantando alguma canção no meio de um bang-bang desenfreado entre cowboys e aliens... Seria interessante, não? “New York, New York...”

O Elenco tem bons nomes, porém, destaque mesmo, só para alguns coadjuvantes.

Na cena em que o personagem do Harrison Ford é apresentado, parece que está sendo apresentado ao Indiana Jones. Fora isso, Ford interpreta forçadamente, não definindo o equilíbrio certo do personagem, ou seja, decepcionante.

Daniel Craig é um bom condutor de personagens ao estilo “Bronco Bruto”; está virando uma espécie de novo Charles Bronson. Nesse filme, dá o primeiro sorriso num papel no cinema (ou pelo menos um dos primeiros). Que ator difícil para rir, impressionantemente bronco.

Com um bigode à lá Poirot, Sam Rockwell, sempre iluminado em seus papéis, atua muito bem e tira várias risadas do espectador. Paul Dano, que já mostrara seu talento no fantástico Pequena Miss Sunshine, começa o filme a mil por hora, com um diálogo melhor que o outro (pena que os Aliens tiram ele quase que do filme todo). Olivia Wilde, sempre muito bela, deixa sua personagem um pouco distante da trama em alguns momentos, o que atrapalha no entendimento geral da história. Tem um momento bastante sensual durante o longa, onde deixará muitos marmanjos babando e querendo saber qual é aquele feitiço (vocês entenderão quando assistirem à cena).

Ver o filme na sala Imax é uma experiência única: quem puder, nem pense na hora de escolher. O som é inacreditável.

Veja com a expectativa lá embaixo e talvez você saia feliz das salas do cinema. Estreia dia 09 de setembro, nos cinemas de todo o Brasil. É ver pra crer! 

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02/09/2011

Apollo 18 - Cinema com @vassilizai


Parece uma espécie de documentário feito sem edição e com sequências um tanto quanto bizarras, que me lembraram muitos filmes. A analogia cinéfila mais clara é com certeza da mistura entre Atividade Paranormal e Alien - O Oitavo passageiro. Produzido por Timur Bekmambetov, que dirigiu O Procurado, Apollo 18 estreia nas salas brasileiras no dia 02 de setembro.

A narrativa lenta e os movimentos de câmera que incomodam e lembram muito outro filme: Cloverfield. O som é criado para provocar medo e tenta ser o impulso que dita o tom da história. O roteiro parece ser feito num envolto à paranóia “Estados Unidos x URSS” que se estabeleceu na década de 70, com óbvias menções às corridas espaciais e aos boatos da época. Filmes que se passam nesse período, muitos deles, fazem menções ao famoso caso Watergate, esse não foi exceção.

Com um orçamento de 5 Milhões de dólares, Apollo 18 fala sobre o envio de astronautas numa missão à lua pelos Estados Unidos, apesar das negativas em torno da veracidade dessa situação, uma gravação vazou e basicamente é o filme dirigido pelo estreante em longas hollywoodianos Gonzalo López-Gallego.

A pergunta que tenta guiar o filme e interagir com o espectador é a seguinte: “O que eles fazem lá em cima?” Quem se apega nessa pergunta, mencionada por um dos personagens no meio do longa consegue uma certa sintonia com aquilo tudo que está sendo reproduzido na telona.

Com direito à maquiagens que lembram muito as usadas por Linda Blair em O Exorcismo e menções à aracnídeos intergalácticos como ocorre em Tropas Estelares, Apollo 18 deixou muito a desejar.

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01/09/2011

Deu a Louca na Chapeuzinho 2 - Cinema com @vassilizai


Uma animação diferente, por conta do roteiro totalmente modificado quando pensamos em qualquer fábula infantil. A possibilidade de ver o filme em 3D é atraente, porém, não é nenhum veredito, porque cada um interage com essa dimensão à sua maneira.

Na trama, Chapeuzinho Vermelho é convocada para uma missão pela agência Felizes para Sempre, para isso deve-se unir ao Lobo Mau, a Vovózinha e ao esquilo Ligeirinho. No elenco, que dublam os personagens dessa animação, tem alguns nomes conhecidos, como: Glenn Close, Hayden Panettiere, Joan Cusack, Martin Short e Amy Poehler.

Essa sequência não é só feita para o público infantil, acredito até que atrapalha a compreensão dos mesmos, caso haja uma analogia às historinhas que ouvimos na infância que são parte do imaginário de muitos aqui no Brasil e lá fora.

O filme não é longo, pouco menos de 80 minutos de fita, o suficiente para criar-se uma história que deve alegrar muita gente, por mais que eu também ache que muitos não vão gostar.

Essa nova animação estréia no Brasil dia 02 de Setembro e promete levar um grande público aos cinemas.
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