16/11/2011

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O Garoto de Bicicleta - Cinema com Raphael Camacho

Um garoto e sua bicicleta numa comovente busca pelo paradeiro de seu pai. Já viram alguma história parecida? Não se preocupem, os irmãos Dardenne conseguem ser muito originais na composição dos personagens e conseguem fazer um trabalho muito bom na frente das câmeras dessa fita selecionada para o Festival de Cannes do ano vigente.

A trama segue os passos do jovem Cyril Catoul (muito bem interpretado pelo jovem ator Thomas Doret), um pequeno rapaz que vive em um orfanato e usa sua bicicleta para se locomover pela cidade. Abandonado precocemente pelo seu pai (após a morte de sua avó), não consegue desistir da idéia de que o mesmo não o abandonou. Assim, parte numa tentativa de descoberta, comovente e intensa, do paradeiro dele. O deslumbre pela figura paterna, fica evidente desde o primeiro minuto do longa. O menino tenta se ligar ao pai de todas as maneiras mesmo não tendo todo esse amor correspondido. Aos poucos, com a entrada de outros personagens, vemos essa esperança do protagonista desaparecer.

Os ótimos diretores (Jean-Pierre e Luc Dardenne), e que também assinam o roteiro, trabalham muito bem essa relação de substituição da figura paterna. A partir de duas vertentes vemos como certas escolhas podem levar a melhor escolha ou a pior.

Cecille de France é Samantha, uma espécie de figura materna (alguém que o jovem passa a confiar), que entra na vida do jovem Cyril após um encontro, no mínimo inusitado, dentro do consultório de um ortopedista. Cabeleireira de profissão, a bela loira se sente comovida pela situação de abandono do rebelde garoto. Após muita revolta e situações extremas após conhecer essa mulher, o protagonista começa a soltar os poucos sorrisos que vemos ao longa da fita. Porém, quando o menino faz uma amizade bastante suspeita geram-se conseqüências que vão guiando a um desfecho comovente e que transmite uma mensagem.

Uma película curta, cerca de 80 minutos compõe a história, que emociona e faz o público ficar com os olhos abertos torcendo para um final no mínimo satisfatório, que acontece.

Recomendado!

Raphael Camacho - Infoco News
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15/11/2011

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Amores Imaginários Cinema com Raphael Camacho

Um jovem diretor com uma história e suas complexidades relativos à sexualidade e ao amor, propriamente dito. Quando um trio é formado através desses elementos, muitos tipos de sentimentos são jogados no liquidificador levando todas as partes a um desfecho frio, e porque não dizer, muito bem executado.

O diretor e roteirista, de apenas 22 anos, Xavier Dolan (que também compõe o elenco do longa) consegue reproduzir uma visão bastante peculiar sobre relacionamentos entre jovens e suas consequências. O canadense, que nasceu no ano de 1989, já havia surpreendido platéias de todo o mundo com o excelente ‘Eu Matei a Minha Mãe’, e mais uma vez, leva ao público uma fita original, muito bem dirigida.

A trama percorre a vida de dois amigos inseparáveis, Francis e Marie, que tem sua rotina quebrada após a chegada de Nicolas, um rapaz que acabara de se mudar para a cidade canadense onde os amigos residem. Aos poucos vamos vendo a dupla tornar-se trio e ambos se apaixonam pelo recém-chegado jovem.  Fantasias (imaginárias) tomam conta da mente dos antes inseparáveis amigos e ambos disputam a atenção de Nicolas, de tal maneira que compromete o antigo laço que tinham.

Algumas músicas dão o tom do filme e isso fica evidenciado quando entendemos que os amigos inseparáveis precisam ser o centro das atenções da relação com um terceiro elemento. E quando isso não acontece, a uma rejeição e um recomeço eminente, como fica claro no desfecho do longa.

Além de Dolan (Francis) , Monia Chokri (Marie) e Niels Schneider (Nicolas) entendem muito bem seus personagens e passam ao público toda aquela dor e tensão sexual que se propõe o roteiro.  

Recomendado.


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11/11/2011

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Another Earth - Cinema com Raphael Camacho

Com uma história bastante original, Mike Cahill mostra a concepção do mundo voltado a um surgimento de outro planeta como o nosso e desenvolve seus profundos personagens, interligados, nessa atmosfera planetária. Pena, que peca na melancolia de suas peças cênicas, teria dado certo, talvez, nas mãos de um outro condutor.

Na trama, uma jovem descobre numa noite dirigindo seu carro sobre a descoberta de um planeta, quase idêntico ao que vive. Um professor de música, renomado, conversa com sua mulher e seu filho quando o destino destino une essas duas almas. A conseqüência desse encontro marcará para sempre essa história nesse planeta e em qualquer cópia parecida.

Brit Marling (que está muito bem no papel), interpreta Rhoda Williams, jovem atormentada por um ato de seu passado que mudou pra sempre sua vida e de sua família. Com uma inteligência acima do comum é por ela que se passa toda a ótica da trama. O americano William Mapother, veterano de Hollywood, tem uma de suas melhores atuações na carreira, na pele do amargurado professor de música da Universidade de Yale, John Burroughs. A relação deles é intensa e um grande segredo fica em cheque com a eminência de uma oportunidade que pode remodelar acontecimentos do passado.

Os coadjuvantes poderiam ter ajudado a contar melhor essa história. Falta carisma e mais interação com os principais. A ótica, quase que uniforme, sobre dos acontecimentos do passado atrapalham a concepção do público com a proposta inicial: O aparecimento de um outro planeta. Talvez, por isso, o argumento fique tão confuso em alguns momentos.

O final do longa é no mínimo curioso, deixando algumas sugestões para o espectador. Indicado por conta da originalidade, mas a fita em si é bem mediana.


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10/11/2011

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O Guarda - Cinema com Raphael Camacho

Com um personagem, totalmente louco, que possui uma inteligência e uma falta de tato social incríveis , O Guarda, promete arrancar muitas risadas das platéias nas salas de cinema do mundo todo. A dupla Don Cheadle e Brendan Gleeson está sensacional. O último, tem uma de suas melhores interpretações da carreira, e pelos comentários, muitos prêmios poderão pintar na estante do ator irlandês. Impressionante como os dois conseguem ter uma incrível harmonia em cena. Uma sequência melhor que a outra.

Escrito e dirigido por John Michael McDonagh, The Guard fala sobre um policial politicamente incorreto que se mete em uma investigação de contrabando de drogas. Junto a ele um agente do FBI americano bastante nervoso.

O diálogos dos bandidos, extremamente cultos, falando sobre literatura e arte com menções a grandes nomes deixa o espectador abismado, pois foge do comum dos filmes do gênero. O filósofo galês Bertrand Russell e o pensador alemão Nietzsche, são mencionados pelo bando dos bandidos. A originalidade do roteiro passa muito nessa construção dos personagens totalmente originais. O sargento irlandês, interpretado por Gleeson é composto de muita inteligência e muito ‘de falar o que pensa’, generalizando muito de seus comentários.

O longa é uma crítica às comédias politicamente corretas que vemos sempre as telonas do cinema.

Para todo mundo que goste de um bom divertimento! Recomendado com louvor!
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09/11/2011

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Pronto para Recomeçar - Cinema com Raphael Camacho

Tinha tudo para ser um bom filme de drama. Will Farrell mostrou competência em ‘Mais estranho que a ficção’ e a esperança cinéfila surge a partir disso. Porém, assim que começa o novo longa do estreante diretor Dan Rush, vemos que fitas muito monótonas acabam sendo um grande sonífero se você não conseguir se conectar com a história.

Na trama, um homem fica desempregado, ao mesmo tempo, é abandonado pela mulher por conta de seu alcoolismo sem fim. No fundo do poço, ele passa a viver alguns dias no jardim de onde morava, por conta de suas coisas estarem jogadas por lá e ele não poder entrar em sua residência. Nesse momento, resolve promover uma espécie de bazar, colocando à venda tudo o que tem. 

A idéia não é ruim, não é mal executada, nem mal dirigida. Mas alguma coisa não encaixa. Acredito muito que o caminho dessa explicação passa muito da maneira lenta que a trama é apresentada. A câmera sonolenta de Rush é uma idéia que às vezes dá certo, às vezes dá errado dentro filme. A amizade criada dentro da trama pelos personagens não passa muita verdade e ao mesmo tempo que se aproximam, continuam bem afastados. Esse ioiô emocional que o personagem principal passa é fórmula batida em muitas produções do gênero.

Alguns diálogos são bem elaborados e o entrosamento nesses momentos é notório. Rebecca Hall é a melhor do elenco. Consegue ler bem sua personagem, bastante complexa por sinal e tem boas cenas com Nick Halsey, personagem de Farrell.

Não criem muito expectativa e talvez não achem o filme ruim. 


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08/11/2011

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Some Girls - Rolling Stones nos cinemas - Cinema com Raphael Camacho

Reúna quatro geniais amigos, dê para cada um deles seu instrumento escolhido e um dom, jogue no liquidificador grande personalidade e tudo isso vira, o que podemos dizer, um dos melhores grupos musicais de todos os tempos, os Rolling Stones. Qualquer show deles é no mínimo bom. Entretanto, esse em especial, Some Girls, remasterizado em alta definição e som 5.1, é o melhor de todos. O material inédito é um grande presente aos fãs da banda .

Mick Jagger, o magricelo performático do rock and roll, com suas unhas pintadas, mandando ver com sua boina vermelha e seu jeito provocativo e porque não dizer, único! Tem uma presença de palco poucas vezes vista. Ron Wood e sua paleta cor de rosa junto a um cigarro atrás do outro, dedilhando ótimas canções de uma das maiores bandas da história da música. Keith Richards e sua jaqueta preta, calça boca de sino com solos eletrizantes que fazem o espectador, literalmente, pular da cadeira. Charlie Watts e suas baquetas nervosas dando o tom para o abre-alas de todas as famosas músicas passarem ao longo dos 90 minutos do show.

O concerto aconteceu no final da década de setenta sendo considerado por muitos um dos melhores do grupo. Desde o início, impressiona o carisma e a energia o líder dos Stones. Com os dois andares do teatro texano lotados, o público interage mais a cada música tocada. A platéia vai ao delírio com clássicos, como:  Miss You, Honky Tonk Woman e Brown Sugar. Para coroar com um desfecho inesquecível, encerram o espetáculo com uma de suas mais famosas canções Jumpin Jack Flash, sensacional!

Vários shows dentro de um só. Cada música é um espetáculo. Após a sessão a vontade de comprar uma coletânia dos Rolling Stones crescerá a cada segundo. Esse espetáculo passa aos fãs um olhar intrigante de um dos maiores líderes de banda da história do rock. Programa imperdível! Jagger e Cia te aguardam nessa sexta e sábado no UCI perto de sua casa.

Ver um grande show, desse nível, nos cinemas é uma experiência única que a rede UCI proporciona ao público nos dias 11 e 12 de novembro em muitas de suas salas espalhadas pelo Brasil. Não deixe de conferir, role as pedras do caminho e vá conferir essa performace! 

Raphael Camacho - Infoco News
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Reidy, a construção da utopia - Cinema com Raphael Camacho

A arte de criar e habitar. Assim começo falando sobre esse documentário, ganhador de muitos prêmios, que conta um pouco da trajetória de um genial brasileiro que dedicou parte de sua vida ao amor à arquitetura e ao urbanismo.

A dinâmica do documentário, que é escrito e dirigido por Ana Maria Magalhães, conta com uma bela narração de Marcello Escorel, enganchada a depoimentos de algumas pessoas ligadas a vida de Reidy e a arquitetura de uma maneira geral.

O público é introduzido a um delicioso passeio pelas obras do arquiteto. Suas mais fortes contribuições à cidade maravilhosa são detalhadas envoltas a uma posição do mesmo em relação à política da época. Construir o habitat humano é um dos objetivos dos talentosos urbanistas e Reidy não fugia a essa regra. As soluções encontradas pelo gênio às causas habitacionais eram brilhantes e mudaram muitas vidas. Através de algumas falas vemos que a influência de Reidy para a formação de jovens arquitetos é eminente, além de fundamental.

Entre as realizações mais famosas do veterano ganhador de inúmeros prêmios, estão:  o Pedregulho, O Museu de Arte Moderna (RJ) e o Minhocão. Esse último possui uma forma bastante original e teve seu projeto alterado (criando-se um túnel no meio do prédio, ligando a zona sul à barra da tijuca). O que é mostrado na fita é que Reidy tinha feito o projeto já pensando em outra rua para fazer tal ligação, que não foi aproveitado.

Alô professores! Esse trabalho deve ser passado em escolas e universidades, pois, possui ótimos pontos para debate.

Uma fita indicada para todos os estudantes de arquitetura e urbanismo e a todos os cinéfilos que gostam de um bom documentário.

Para ser a cereja do bolo, uma maravilhosa trilha sonora compõe o longa.

Com tantos pontos positivos, só pode receber uma indicação com louvor!

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05/11/2011

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Toda Forma de Amor - Cinema com Raphael Camacho

Um daqueles filmes que agradam pela sutileza de seus personagens, envoltos numa trama que mexe com a emoção a cada segundo. Sempre bom ver produções que te passam uma mensagem. O eterno aprendizado de um jovem casal, aprendendo a se amar a cada segundo é uma fórmula que dá certo em cena, além da ótima harmonia de todos que aparecem na telona.

Na historia, escrita e dirigida pelo sempre ótimo Mike Mills (‘Impulsividade’), um casal de jovens se conhece e logo surge uma paixão desse encontro. Aos poucos vamos vendo como um dos personagens chegou até ali, com os ensinamentos e o convívio do excêntrico pai gay (que saiu do armário aos 75 anos), e o namorado do mesmo. Todo essa interação, deixam lindas lições que o jovem aplica em sua vida.

Os atores interagem de maneira natural deixando a química rolar solta durante os 105 minutos de fita. Ewan McGregor faz o jovem protagonista Oliver que possui características de um homem deprimido mas que sempre tenta interagir positivamente com os que o cercam. O veterano Christopher Plummer faz Hal, o pai do protagonista, gay assumido, descobre uma doença fatal e recebe muita força de seu namorado Andy, interpretado por Goran Visnjic (ex-‘E.R’). Para completar o quadrado que dá ritmo à história, surge a carismática Anna, papel da sempre elogiada Mélanie Laurent, que se apaixona por Oliver e juntos vivem a crença e as desconfianças de um amor original, fruto de muito carinho e declarações de afeto.

Um ótimo programa para ver com alguém que você ama ao seu lado. Fez grande sucesso no Festival do RJ desse ano. Não é pra menos, com uma história boa dessas, qualquer cinéfilo abrirá um sorriso de orelha a orelha. Recomendado!
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04/11/2011

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Reféns - Cinema com Raphael Camacho

Essa é uma história que vai se formando aos poucos. A escassez das informações iniciais deixam o espectador muito confuso mas aos poucos o roteiro tenta se encaixar, batendo sempre na tecla do passado dos personagens. O roteiro é assinado por Karl Gajdusek, que foi o roteirista de inúmeros episódios do seriado ‘Dead Like Me’. É a sua estréia em roteiros para cinema.

Na trama, um casal milionário, que vive numa mansão totalmente projetada, vira refém de um bando de assaltantes. Aos poucos vamos descobrindo um pouco mais do passado de ambos os lados e as conseqüências trágicas ficam eminentes. Esse é o enredo que é comandado pelo famoso diretor Joel Schumacher, que já trabalhara com Cage no thriller ‘8mm - Oito Milímetros’.

Nicolas Cage faz o papel de um negociante de diamantes, bastante suspeito, que vive para o seu trabalho e dá pouca atenção à sua família. Nicole Kidman faz o papel de Sarah, uma mulher bonita, insinuante, muito infeliz no casamento que supostamente traiu seu marido com um dos assaltantes.  Liana Liberato, que fez o ótimo ‘Confiar’, interpreta a rebelde Avery, filha do casal.

Você vai lembrar de ‘O Quarto do Pânico’ logo nas primeiras cenas. A dinâmica é bastante parecida. O que se diferencia é que Kyle Miller (personagem do vencedor do Oscar por ‘Despedida em Las Vegas’) vira um personagem enigmático em cena. Sem sabermos o que realmente é verdade, os diálogos vão acontecendo e não conseguimos prever o que ocorrerá após os mesmos. Tinha tudo para ser um ótimo personagem senão fosse o final pífio que arranjaram ao peculiar Kyle!

Estreia nos nossos cinemas dia 11 de novembro e promete levar muito público para as nossas salas.
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02/11/2011

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Elefante - Cinema com Raphael Camacho

Todo dia é aparentemente comum na rotina de qualquer escola. Em ‘Elefante’ esse dia-a-dia é quebrado por atos de violência inesperados feitos por dois estudantes. É uma fita curta, intensa, que possui uma dinâmica incomum em filmes do gênero.

Com o tom centrado e criando expectativa a cada cena, Gus Van Sant, consegue passar para o espectador todo o terror daquele momento, por todos os ângulos em que a trama é enquadrada.

Um a um, alguns personagens são mostrados, por meio de suas visões dos fatos. O simpático John, veste uma camisa amarela com um animal no meio, chega ao seu colégio por meio inusitado, uma carona perigosa de seu pai alcoolizado, que o leva direto para a direção (por conta do atraso), anda pela sua escola cumprimentando todos os seus colegas, é um dos primeiros a perceber que aquele dia terminaria mal. Vemos depois Elias, um aspirante a fotógrafo, que se relaciona bem com todos os seus colegas.  Michelle, uma jovem que sofre com Bullying praticado por muitas colegas, principalmente nas aulas de educação física. Também acompanhamos mais de perto um casal de namorados que gera certa inveja de alguns alunos e finalmente a dupla de jovens que serão os responsáveis por atos que geram a lamentação de todos.  Assim, temos alguns encontros, que vão formando o quebra-cabeça que Van Sant quer associar à tragédia.

A câmera é um dos detalhes mais importantes, tornando um grande trunfo do longa. A experiência e a criatividade do diretor, praticamente, nos grudando aos personagens, passa uma perspectiva diferente.  Conseguimos sentir cada sofrimento diferente de cada um dos envolvidos na história.

Um filme forte que deve ser visto e revisto. Com certeza, deve gerar inúmeras palestras e estudos de educadores nas áreas de educação e psicologia, das escolas e universidades.

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