18/12/2011

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Roubo nas Alturas - Crítica de cinema com Raphael Camacho

Reúna um grande número de rostos conhecidos de Hollywood, muitas situações cômicas e sumam com o roteiro do filme em determinados momentos, assim posso resumir a fita nova estrelado por Ben Stiller, ‘Roubo nas Alturas’. O longa, que confesso, pensei duas vezes na hora de ir conferir nos cinemas me agradou por alguns aspectos e não é tão ruim quanto eu imaginava. O diretor Brett Ratner (de ‘ A Hora do Rush 3’ e ‘X-Men 3 - O Confronto Final’) fica com a missão de dirigir essa turma, pena que o roteiro não ajuda muito.

Na trama, o gerente de um dos edifícios mais luxuosos dos EUA, a partir de algumas revelações sobre um dos moradores, resolve planejar um roubo a um dos apartamentos e para isso conta com a ajuda de uma turma atrapalhada que não tem experiência na arte de roubar. Estão entre essa turma um recém desempregado de Wall Street, um ladrão com experiência somente em roubos de antenas de televisão à cabo, um atrapalhado funcionário do hotel, um homem que aprendeu sobre eletricidade num curso online e muito mais.

Eddie Murphy e suas ‘caras e bocas’ consegue dar um bom tom de comédia entre um diálogo e outro, lembra muito seu papel em ‘Um Tira da Pesada’.  Sempre bom ver veteranos competentes quando o assunto é Sétima Arte, Alan Alda preenche bem essa lacuna. Matthew Broderick se encaixou bem nesse papel de analista financeiro atrapalhado, tem bons momentos na história. Casey Affleck e sua voz peculiar se dão bem na composição de Charlie, seu personagem. Téa Leoni, dessa vez morena, interpreta uma policial que se apaixona pelo mentor do roubo.

Em seu desfecho, vem a parte decepcionante, deixando cinéfilos chateados com a falta de criatividade.

A história tinha como acontecer de forma mais dinâmica e interessante para o público. Recomendo, mas existem muitos outros lançamentos melhores que esse.
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Amor à Flor da Pele - Crítica de cinema com Raphael Camacho

Pode o ser humano resistir a uma eminente história de amor? O longa chinês 'Amor à Flor da Pele' responde com maestria a essa pergunta, deixando o olhar cinéfilo compenetrado esperando ansiosamente o desfecho dessa linda trajetória de dois corações em conflito. Uma atração que vemos em forma de narrativa que se renova a cada momento da excelente trama de Wong Kar-Wai.

Na trama, Chow muda-se com sua mulher para um apartamento simples. Li-Zhen se muda quase que ao mesmo tempo para um apartamento vizinho, com seu marido. Como os esposos de ambos viajam muito, os dois passam a maior parte do tempo sozinhos. Aos poucos vamos conhecendo melhor aquelas duas almas gêmeas.  Conforme vão se conhecendo, muitas coisas em comum vamos percebendo entre os dois. No clímax, eles tem que encarar a realidade que os assombra: o marido de Li-Zhen e a mulher de Chow estão tendo um caso! O que será que farão os dois personagens principais dessa grande história?

Esse filme figura entre lista de melhores produções da década em que foi concebido. Não é para menos. Tudo se completa com bastante sutileza e cada detalhe é uma peça diferente do quebra-cabeça complicado que aos poucos vamos vendo sendo montado. A fotografia é um show à parte, com detalhes únicos e que mostram mais uma vez como o cinema asiático é competente.

É uma experiência única, um pouco sentida para quem se acostumou a ver as mega produções Hollywoodianas. Essa fita é poesia, feita com triviais elementos que transformam esse em um dos meus filmes preferidos.

Não deixem de conferir esse belo trabalho. Recomendado com louvor!

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15/12/2011

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Globo de Ouro 2012 – Comentários dos Indicados

Foram anunciados hoje pela manhã (10:45 - horário de Brasília) os indicados ao Globo de Ouro 2012. Alguns fortes concorrentes estão na disputa, que é de longe uma das mais acirradas de todos os tempos.
Alguns filmes já foram vistos pelos meus olhos de amante da sétima arte, outros ainda não, então vou tentar comentar com aquele felling que nós cinéfilos possuímos quando chegam tempos de premiações.
Vamos aos comentários das categorias mais importantes?

Melhor Filme Drama

Os Descendentes * Histórias Cruzadas * A Invenção de Hugo Cabret * Tudo Pelo Poder
O Homem que Mudou o Jogo * Cavalo de Guerra

A categoria mais importante (que muitas das vezes nos o verdadeiro favorito ao Oscar) da premiação tem ótimos filmes esse ano.  

Os Decendentes dizem ser o grande filme do Clooney (como ator) nesse ano, ainda não vi mas creio que pela sinopse agradará muito.  
Histórias Cruzadas é um filmaço. Desde o início do ano cotado como possível vencedor de muitos prêmios, a história das empregadas que virou livro é sensacional. Meu favorito.
A Invenção de Hugo Cabret - Scorsese é sempre favorito em tudo que faz no cinema. Acho que resumi bem né cinéfilos?
Tudo Pelo Poder é uma ótima trama sobre as internas da politicagem americana vista aos olhos de um assessor de imprensa. É o filme que pode dar o primeiro Oscar à Gosling, acredito que só tenha chances nessa categoria mencionada.
O Homem que Mudou o Jogo – O novo trabalho de Brad Pitt, sobre uma análise do esporte popular americano Baseball, é um filme tecnicamente bem interessante mas creio que faltou alguma coisa para se tornar favorito nesse tipo de premiação.
Cavalo de Guerra - Steven Spielberg conseguiu fazer um filme de 100 milhões de dólares sem muitos rostos conhecidos do grande público. O que esperar da história onde o protagonista é um cavalo? Bem, não sei! Pode surpreender! Vamos aguardar!


Melhor Filme Comédia ou Musical

O Artista * Missão Madrinha de Casamento * 50% * Meia-Noite em Paris* Uma Semana com Marilyn
Categoria só existente nessa premiação, trás um leque de filmes interessantes esse ano entre os seus indicados.
O Artista – é o filme do momento. Muitos comentários positivos da película em preto e branco do diretor Michel Hazanavicius. Os cinéfilos brasileiros aguardam com ansiedade por essa estréia, certo? Deve ser o vencedor dessa categoria e chegará com muita força ao Oscar.
Missão Madrinha de Casamento – Sinceramente? Lamentável essa indicação. Para mim foi um dos filmes mais horrorosos do ano.
50% - Ótimo filme que tem nos brilhantes diálogos o seu ponto forte. Seth Rogen e Joseph Gordon-Levitt fazem uma dupla muito legal. Emocionante e ao mesmo tempo comovente.
Meia-Noite em Paris – O grande filme de Woody Allen dos últimos tempos. Tudo se encaixa com maestria naquela viagem sensacional pela ruas de Paris. Genial filme do veterano diretor. Acho que não leva o premio mas é um excelente divertimento.
Uma Semana com Marilyn – Comentam mais da atuação de Michelle Williams do que propriamente do filme. Veremos...


Melhor Ator em Filme Drama

É uma categoria equilibrada esse ano mas acho que o prêmio fica entre Fassbender e Gosling.

George Clooney, por Os Descendentes – Há anos Clooney persegue esse Oscar de melhor ator. Acho que ainda não leva dessa vez.
Leonardo DiCaprio, por J. Edgar – O sempre esquecido das premiações americanas Leonardo Di Caprio parece que vem forte na pele do ex-diretor do FBI. Nesse filme, dizem alguns, Di Caprio tem uma de suas melhores atuações. Seria legal ver Leonardo vencer algum prêmio algum dia. Ainda acho que não é o ano dele.
Michael Fassbender, por Shame – O bom ator alemão já havia atuado muito bem na pele de Carl Jung no filme ‘Um Método Perigoso’. Dizem que Shame é um filmaço, único, com bastante originalidade. Eu não duvido que ele tenha feito uma de suas melhores atuações da carreira e vocês?
Ryan Gosling, por Tudo Pelo Poder – A melhor atuação da carreira. Um ator completo, genial. ‘Tudo pelo Poder’ é um bom filme porque tem ele como protagonista. Merece o Oscar a muito tempo, desde ‘Half Nelson’. Meu favorito para vencer.
Brad Pitt, por O Homem que Mudou o Jogo – Mais uma boa atuação desse que é um dos atores mais queridos do público cinéfilo. Infelizmente o filme não ajudou o suficiente para ter um destaque maior, mas muito merecida essa indicação.


Melhor Atriz em Filme Drama

A categoria mais disputa esse ano. Podemos apenas palpitar. Impossível dizer quem vai vencer. Todos os trabalhos são excelentes. Sim, cinéfilos, EXCELENTES! (Obs: Não vi ‘Millennium’, mas creio que Rooney Mara esteja deslumbrante no filme)
Glenn Close, por Albert Nobbs – Atuação de gala da veterana atriz. Não deve vencer mas merece indicação ao Oscar com certeza.
Viola Davis, por Histórias Cruzadas – Uma das minhas favoritas. Com uma atuação comovente e muito firme no papel, Viola merece vencer não só o Globo de Ouro mas o Oscar (o problema é que outras atrizes dessa mesma categoria merecem a mesma coisa).
Rooney Mara, por Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres – Adoro essa série, não concordo muito com regravações americanas de clássicos nórdicos. Mas vou conferir a saga do escritor e dessa personagem única do mundo da literatura.
Meryl Streep, por A Dama de Ferro – Não vou comentar. Tem que ser indicada até se fizer ‘Cinderela Baiana 2’.
Tilda Swinton, por Precisamos Falar Sobre o Kevin – Filme intenso com uma interpretação magistral da ótima Srta. Swinton. Mais uma que merece todos os prêmios!


Melhor Ator em Filme Comédia ou Musical

Jean Dujardin, por O Artista – Dizem maravilhas de sua atuação. É aguardar e conferir.
Brendan Gleeson, por O Guarda – O melhor dos que vi. Merece muito o prêmio. Seu personagem politicamente incorreto é sensacional.
Joseph Gordon-Levitt, por 50% - Mais uma boa atuação desse jovem talento de Hollywood. Fez uma incrível dupla com Seth Rogen.
Ryan Gosling, por Amor a Toda Prova – Não entendi muito essa indicação. Acho que quem do filme deveria estar nessa categoria era o Carrell, porém, Gosling é Golsing. Sempre vai merecer estar entre lista de indicados.
Owen Wilson, por Meia-Noite em Paris – Não achei uma grande atuação dele. Não entendi a indicação.


Melhor Atriz em Filme Comédia ou Musical

Jodie Foster, por Carnage – Não duvido que esteja excelente. Jodie é querida por todos nós. Sempre ótima.
Charlize Theron, por Jovens Adultos – A deusa Sul-africana, vencedora do Oscar, tem recebido ótimas críticas por sua atuação nesse filme. Vamos aguardar ansiosos pela estréia do mesmo por aqui. Acho que não leva dessa vez.
Kristen Wiig, Missão Madrinha de Casamento – Não vou nem comentar.
Michelle Williams, por Uma Semana Com Marilyn – Deve vencer, falam muito sobre esse filme e essa atuação há tempos!
Kate Winslet, por Carnage – Eu daria todos os troféus disponíveis na noite de premiação para ela mesmo nem tendo visto o filme, mesmo que ela não tenha sido a melhor.


Melhor Ator Coadjuvante em Filme

Kenneth Branagh, por Uma Semana com Marilyn – O Sir. Branagh é um grande diretor e como ator se destacou em dezenas de filme. Muito legal voltar a vê-lo figurando numa grande premiação.
Albert Brooks, por Drive – Surpresa nessa indicação, mas não tenho como dizer que não concordo. Brooks teve seu mérito em ‘Drive’.
Jonah Hill, por O Homem que Mudou o Jogo - Adorei sua atuação nesse filme. Encaixou como uma luva no papel. Muito legal ele ser indicado. Correndo por fora, tem chances!
Viggo Mortensen, por Um Método Perigoso – Pra mim, mais uma ótima atuação de um dos  atores preferido de Cronemberg. Se vencer ficarei feliz. Mas eu daria o prêmio para o Plummer esse ano.
Christopher Plummer, por Toda Forma de Amor – Que nem vinho... sensacional atuação. A melhor de todas para mim. Merece levar com louvor o prêmio. Mas não sei se levará.


Melhor Atriz Coadjuvante em Filme

Bérénice Bejo, por O Artista – Como falam muito bem do filme, não duvido que Bérénice esteja muito bem no longa.
Jessica Chastain, por Histórias Cruzadas – Sensacional atuação. Essa atriz tem feito um filme melhor que o outro. Eu a indicaria pela atuação em ‘Take Shelter’ mas ela em ‘The Help’ está sensacional, toma o filme para ela em alguns momentos.
Janet McTeer, por Albert Nobbs – Grande surpresa essa atuação pois confesso que não conhecia muito essa atriz. Tem ótimos diálogos com Glenn Close no filme e toma as atenções da trama. Merecida indicação!
Octavia Spencer, por Histórias Cruzadas – Minha favorita. A melhor atuação esse ano nessa categoria para mim. Me emocionei e me diverti com sua personagem. Merece o prêmio!
Shailene Woodley, por Os Descendentes – Como ainda não vi o filme não tenho muito o que falar. Mas para vencer nessa categoria tem que ter feito o papel da sua vida.


Melhor Diretor
Que boa categoria. 5 bons diretores, cada um com seu perfil diferenciado. Difícil dizer quem ganha.
Woody Allen, por Meia-Noite em Paris – Um dos melhores da carreira do genial diretor.
George Clooney, por Tudo Pelo Poder – Um forte favorito, dirige muito bem esse compelxo filme.
Michel Hazanavicius, por O Artista – Pelo que dizem lá fora, muito do sucesso do filme passa pela ótima direção de Hazanavicius.
Alexander Payne, por Os Descendentes – Um grande diretor que estava sumido de lista de indicações de prêmios faz algum tempo, volta com esse longa que está recebendo muitas críticas positivas por onde o filme passou.
Martin Scorsese, por A Invenção de Hugo Cabret – Scorsese merece muitos prêmios por toda sua grande carreira. Não sei se leva esse por esse longa.

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14/12/2011

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Redenção - Crítica de filme com Raphael Camacho

Após um começo pouco atraente (que aos poucos vai melhorando), o novo trabalho do diretor Marc Forster responde (ou tenta responder) a seguinte pergunta: A fé pode modificar um caminho? Com direito a reviravoltas, furacões e muitos pecados, ‘Redenção’ engloba o poder da fé na construção de uma vida melhor a um povo que precisa, através das mãos de um homem. A maneira como se chega a essa ‘melhoria’ é o grande ponto de análise do filme estrelado pelo ator escocês Gerard Butler.

Na trama que é baseada em fatos reais, Sam, um ex-detento (casado com uma ex-dançarina) tenta descobrir sua fé indo para o norte de Uganda ajudar os milhares de necessitados dessa terra, lá acaba vendo de perto os horrores que a guerra civil provoca no país africano. No início vemos a manutenção da falta de lucidez do personagem principal, por isso, a transformação do mesmo pela fé é feita de forma gradativa esticando em demasia o tempo de fita.

Em meio a muitos aleluias, o pastor motoqueiro vai atrás de financiamento para sua obras. Vende moto, carro, pede dinheiro para ricos empresários da região onde sua família mora mas pouca gente está afim de embarcar nos sonhos de construção de Sam (no final do longa, já no cair dos créditos vemos depoimentos do verdadeiro Sam Childers, vale a pena conferir essa parte). O profeta guerreiro é intenso e Gerard Butler tem seus méritos na boa construção do seu protagonista. A missão de Sam acaba consumindo a vida dele e chegamos a seguinte conclusão: ele lutou por todos menos pela família dele.

Além de Butler, nomes conhecidos do grande público aparecem no núcleo familiar do longa. Michael Shannon é Donnie, amigo de Sam, que é ajudado por esse último a achar um pouco de fé na sua vida cheia de problemas. Michelle Monaghan faz a mulher do protagonista, ex-dançarina, descobriu sua fé e largou o emprego que tinha e tenta a todo custo converter o marido.

Não é um ótimo filme e nem de longe um dos melhores do ano. Mas vale a pena conferir a saga do Sr. Childers na telona. Recomendo!




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Missão Impossível – Protocolo Fantasma - Crítica de Cinema com Raphael Camacho

Com créditos iniciais de perder o fôlego (melhor do ano, sem dúvidas) e muitas cenas de ação repletas de pitadas cirúrgicas de comédia, o novo longa de Brad Bird (’Os incríveis’) tem tudo para agradar Gregos e Troianos nas salas de todo o mundo. O melhor filme da franquia ‘Missão Impossível’.

Dessa vez, o agente Ethan Hunt tem que salvar a IMF que fora desativada após um incidente na Rússia. A missão é deter terroristas antes que comece outra guerra através do lançamento de um míssil. Para tal façanha o conhecido agente do mundo do cinema conta com a ajuda de uma equipe formada pela bela Paula Patton (Jane), o cômico Simon Pegg (Benji) e o provável substituto de Cruise na franquia, Jeremy Renner (Brandt). Percorrendo lindas paisagens (mais precisamente na Hungria, Rússia e Índia) atrás de seu objetivo, Hunt e sua equipe enfrentam entre muitos obstáculos: uma assassina de aluguel que só aceita ser paga em diamantes e um sociopata que quer destruir o planeta.

O ponto alto do filme são os toques de comédia entre um diálogo e outro. Simon Pegg e seu personagem Benji acertam em todas as falas. O veterano ator britânico é impagável. Uma atuação bem ao estilo trapalhão que se encaixa como uma luva entre uma cena de ação e outra. Consegue interagir com todo o elenco da mesma maneira. Um excelente trabalho do experiente artista de 41 anos. Outro que aparece e só tira risos da plateia é o astro indiano Anil Kapoor, que vimos em ‘Quem quer ser um Milionário’. Seu papel como magnata da comunicação indiana que se rende à beleza de Jane , é hilário.

Filmado por mais de 5 meses em diversas localidades, Missão Impossível – O Protocolo Fantasma se destaca pela criatividade nos diálogos que preenchem todas as lacunas das sequencias de ação. Falando nisso, não tem como não comentar, muitas cenas se destacam no longa estrelado por Tom Cruise. O Alpinismo de Cruise no prédio gigantesco em Dubai é de arrepiar, outro destaque, a tempestade de areia com sequencias de explosões e batidas de carro é algo para se elogiar.

Para os fãs da franquia, vale o lembrete: Surpresas e mais surpresas recheiam o longa! Rostos conhecidos do passado vocês voltarão a ver!

Por mais que seja completamente cheio de impossibilidades e de situações que até a física duvida a diversão é constante em tela. Vai agradar a todo tipo de público. Marquem na agenda, dia 21 de dezembro estreia nas salas brasileiras, Recomendo!

Obs: Essa crítica se auto-destruirá em 5 segundos...

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12/12/2011

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'50/50' - Crítica de filme com Raphael Camacho

Reunindo dois atores da nova geração, um roteiro bastante interessante e ótimos diálogos, essa nova ‘dramédia’ dirigida por Jonathan Levine promete cativar o espectador pelas salas de cinema mundo à fora.

O filme, que estreou dia 30 de setembro nos EUA, conta a história de Adam, um jovem de 27 anos que possui uma vida bastante ‘certinha’ (desde a primeira cena, isso fica claro). Até que um dia, a partir de uma dor nas costas, descobre possuir um tipo de câncer raro localizado em sua coluna. Com a mudança drástica de comportamento tem que enfrentar muitos obstáculos além de sua doença, para isso, conta com a ajuda do amigo de faculdade Kyle.

Para construir essa trama, Joseph Gordon-Levitt e Seth Rogen foram escalados para os papéis preponderantes. O primeiro dispensa comentários esse ano, um filme melhor que outro, esse não é diferente, consegue emocionar muito em meio a nuvem negra que ronda a cabeça de seu personagem. A cena da raspada de cabelo, obviamente de um take só, deve ter sido um bom desafio ao jovem artista. Já Seth Rogen sempre se destaca com seus ótimos diálogos e, claro, a maneira única que o mesmo executa isso. Os dois juntos conversam muito e vale o destaque para a cena em que mencionam muitos atores que tiveram câncer.

Com um roteiro de Will Reaser, ‘50/50’ fala muito mais sobre relacionamentos do que propriamente dito de câncer. Palmas para a boa atuação de Anjelica Huston, a atriz passa para o público muita verdade ao retratar o sofrimento de enfrentar a doença do filho.  Bryce Dallas Howard faz Rachael, a namorada do protagonista, que pisa na bola na hora que mais seu namorado precisa, a atriz californiana, que vinha de uma excelente atuação em ‘Vidas Cruzadas’, exagera um pouco na composição de sua personagem, porém, não compromete. Anna Kendrick, faz uma psicóloga de 24 anos que está no doutorado (um pouco de exagero né?) e acaba encurtando relações com o jovem personagem de Levitt. Esse relacionamento último comentado é muito bem projetado pelo bom roteiro de Reaser.

Quer se emocionar e rir? Veja esse filme! Recomendado!

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Albert Nobbs - Crítica de cinema com Raphael Camacho

O que você faria para sobreviver numa sociedade machista sendo uma mulher? Para responder a essa e outras perguntas chega em breve aos cinemas o novo longa dirigido pelo colombiano Rodrigo Garcia (‘Destinos Ligados’, ‘Coisas Que Eu Poderia Dizer Só de Olhar Para Ela’), ‘Albert Nobbs’. Com um elenco de rostos conhecidos e gratas surpresas, fica o destaque para duas grandes interpretações de mulheres que interpretam homens.

Numa sociedade rígida e intolerante, Dublin de épocas passadas para ser mais claro, uma mulher se disfarça de homem para sobreviver. Nunca contara seu segredo há ninguém, até que um dia uma pessoa com uma história bastante semelhante à sua muda completamente o desenrolar de seu destino.

Em um hotel, a trama acontece. Somos apresentados lentamente a todos os personagens que cercam à trama. Mrs. Baker, a dona do estabelecimento, é uma mulher rígida que adora chamar a atenção de seus empregos; Dr. Holloran é um médico local que sempre está presente nos eventos do hotel, é muito querido por todos; Jonathan Rhys Meyers como Visconde Yarrell aparece bem pouco, personagem sem influência nenhuma na história, sinceramente não dá para entender o porquê da existência desse na trama; Helen Dawes (Mia Wasikowska) é uma das camareiras que terá bastante importância no desfecho da história.
Mas os dois personagens que se destacam, Albert Nobbs e Sr.Page, são quem ditam o ritmo do bom roteiro de John Banville.

Albert Nobbs é muito mais que um homem em um corpo de mulher, é uma sonhadora que deseja ter uma tabacaria e junta cada centavo que ganha para realizar esse desejo. Esse espírito empreendedor é despertado de forma inesperada. É uma forma de encarar a vida, através de seus desejos. Quando o Sr. Page descobre o segredo de Nobbs isso muda a história, o controle e o descontrole da peculiar situação andam lado a lado nesse drama.

Glenn Close está muito bem no papel de Nobbs e deve figurar entre as candidatas ao Oscar de melhor atriz do ano que vem. Mais uma ótima atuação da veterana atriz. 

A inglesa Janet McTeer é a grande surpresa do filme. Consegue interpretar seu papel de maneira bastante interessante e não vai me surpreender se for indicada à muitos prêmios ano que vem.

É um belo drama com um desfecho satisfatório. Recomendo!
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11/12/2011

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Tudo pelo Poder - Crítica de Cinema com Raphael Camacho

A eterna disputa pela presidência americana entre Republicanos e Democratas é o tema central do novo longa dirigido por George Clooney, ‘Tudo pelo Poder’. A política toma conta de grande parte dessa história mas o filme é muito mais que isso. Com excelentes atuações de um elenco estelar, ‘The Ides of March’ pode finalmente dar o Oscar ao talentoso ator Ryan Gosling.

Desde a cena inicial já sabíamos que coisa boa vinha pela frente. Sozinho no palco, um jovem talento da sétima arte é quem ditará o ritmo e será o grande protagonista da trama. O canadense Ryan Gosling é Stephen Meyers um assessor de imprensa extremamente competente que integra a equipe de um dos candidatos à presidência americana. Tudo se encaminha para uma vitória até que, a partir de um fato novo, uma rede de intrigas e traições tomam conta do ambiente deixando Meyers com novas escolhas a serem tomadas.

O elenco de gala que ajuda a contar essa história tem papel predominante para o grande elogio de crítica e público até agora.

Philip Seymour Hoffman é Paul Zara ,o líder de uma das partes da disputa e principal cérebro estrategista da campanha do Governador Morris, divide ótimas cenas com o personagem de Gosling. Tom Duffy, tem exatamente a mesma função que Zara, só que do lado oposto, o genial Paul Giamatti dá vida a esse intrigante personagem. Como em toda disputa presidencial a imprensa tem forte presença, Marisa Tomei com sua Ida Horowicz preenche essa lacuna de forma sensual e inteligente. A talentosa Evan Rachel Wood interpreta uma estagiária que faz parte de uma das campanhas e acaba tendo bastante influência na mudança de foco que o filme apresenta.

George Clooney comanda o espetáculo e também faz parte do elenco, como o governador Mike Morris. Aparece bem pouco na frente das câmeras deixando o restante do elenco ditar o ritmo. Tem uma direção muito segura e interpreta o governador de maneira objetiva sem deixar margem para erros.

Fato interessante no filme, a convicção torna-se desconfiança aos olhos de Stephen Meyers. É uma produção que bate muito na tecla das escolhas que tomamos, além é claro, do mundo conturbado da política. 
A fórmula deu certo, os olhos do espectador não desgrudam da tela.

O diálogo entre os personagens de Marisa Tomei e Ryan Gosling ao som do piano em um restaurante é sensacional.

Quem assina a trilha sonora é o sempre competente Alexandre Desplat (que foi indicado quatro vezes ao Oscar, nos últimos cinco anos).      

Com uma trama bastante consistente, baseada na peça de teatro "Farragut North" de Beau Willimon, esse novo filme de Clooney e cia chega aos nossos cinemas no dia 23 de dezembro e com certeza vai agradar a todos que curtem um bom filme cheio de reviravoltas. Recomendo com louvor!    

Por Raphael Camacho
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07/12/2011

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Noite de Ano Novo - Crítica de Cinema

Reúna muita gente famosa, coloque-os em situações com a temática ‘ano novo’ com um desfecho de ‘final feliz’ e jogue um roteiro fora. O resultado disso é praticamente o novo filme de Garry Marshall, ‘Noite de Ano Novo’.

Lembram quando éramos crianças e virávamos um balde cheio de peças para formar um grande quebra-cabeça? É mais ou menos a sensação que passa vendo esse novo longa de ano novo. O problema, pra complicar mais ainda, é que faltam peças, pois pouca coisa se encaixa. Há muita informação do começo ao fim, o espectador precisa estar atento desde o início.
O elenco é tão grande que prefiro não comentar as atuações de alguns deles, como as das loiras Katherine Heigl e Sarah Jessica Parker, muito limitadas no quesito atriz. A primeira faz um filme pior que o outro, deveria ser figura presente no framboesa de ouro. A segunda não consegue fugir de sua personagem no seriado ‘Sex and the City’, Carrie Bradshaw.

Asthon Kutcher ao melhor estilo ‘Grinch’ (vocês entenderão a analogia quando virem esse filme) não consegue fugir dos mesmos personagens. Bon Jovi e suas canções dão o ar de sua graça, o artista americano é uma espécie de Fabio Jr. da Terra do Tio Sam: cantor, ator... só falta ter filho famoso. Sophia Vergara, sua beleza e seu inglês enferrujado, ela interpreta exatamente da mesma maneira que em ‘Modern Family’. Michelle Pfeiffer totalmente irreconhecível (em todos os sentidos). Josh Duhamel tem sua melhor cena quando briga com o GPS de seu carro, muito pouco para agradar com sua atuação nessa produção.

Muitas histórias se estabelecem na expectativa do novo ano que chega: Um ilustrador de coração partido fica preso no elevador com uma back vocal (bastante famosa do mundo das séries), uma mãe que enfrenta dificuldades na relação com a filha de 15 anos, dois casais que estão preparados para a chegada dos novos integrantes de suas famílias, uma organizadora de um dos mais badalados eventos de NY que enfrenta uma grande dificuldade na execução do mesmo, uma mulher solitária que deseja ‘realizar uma lista de desejos’ e para isso conta com a ajuda de um jovem motoboy recém saído de um certo High School,  um paciente e uma enfermeira que encontro no afeto uma saída para o eminente adeus de um deles, um empresário luta contra o tempo para reencontrar um grande amor do passado e finalmente uma chefe de cozinha que nutre uma paixão por um astro do Rock (e vice-versa).

Após o dueto de Bon Jovi e Lea Michele acredito que o cantor deverá ser chamado para uma aparição na próxima temporada de Glee. O médico do personagem do Robert de Niro é o mesmo que o de ‘Jogos Mortais’ (Dr. Lawrence Gordon). O imaginário cinéfilo faz a referência na hora.

Sensacional a menção a um dos mais clássicos personagens da história do cinema Ferris Bueller (‘Curtindo a Vida Adoidado’) . Sim cinéfilos! O Matthew Broderick também está nesse longa! Fora isso, a melhor coisa do filme é ouvir Frank Sinatra cantando New York, New York ao fundo de uma cena já em seu desfecho.

Desejo um ano novo bem melhor que esse filme para todos nós! J


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06/12/2011

Crítica - Moneyball - O Homem Que Mudou o Jogo

Até onde os números podem ajudar um time a ser vitorioso? Que influência os números possuem dentro do gerenciamento de um esporte? Essas e mais perguntas, além de suas respostas, vão moldando o enredo nas pouco mais de duas horas de fita, do novo longa ‘Moneyball’, adaptado do livro de Michael Lewis (‘Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game’).

O filme conta a história de um manager (gerente) de um time de baseball que ao lado de um jovem funcionário economista desenvolve um método, baseado em um programa de estatísticas, para administrar o plantel. Mesmo ouvindo muitas críticas, o sistema criado é seguido até o fim pelo obstinado gerente.

O astro multifacetas Brad Pitt dessa vez encarna um manager de visão única (original) sobre a realidade por trás de um dos esportes mais famosos dos americanos, o Baseball. A construção de Pitt para seu personagem Billy Beane é um dos pontos altos da produção que é dirigida Benneth Miller (que também assinou a direção de ‘Capote’). O roteiro do longa ( a adaptação do mesmo) fica a cargo do veterano e craque Aaron Sorkin (‘A Rede Social’) e do também competente Steven Zaillian (‘A Lista de Schindler’).

O elenco de apoio, vulgos coadjuvantes, é rodeado de boas promessas e realidades idolatradas pelos amantes da sétima arte. Jonah Hill (‘Superbad)’, que vemos sempre em muitos filmes de comédia, dessa vez aceita o desafio de um papel mais sério e passa no teste com louvor. Philip Seymour Hoffman aparece completamente careca na pele do treinador do time de baseball gerenciado pelo personagem de Pitt. E falando nesse último, mais uma vez demonstra todo o seu talento na pele de um sofrido e idealista personagem.  Provavelmente Brad circulará pelas listas de possíveis ganhadores de prêmios ano que vem. 
Não considero esse seu melhor trabalho mas é uma atuação de respeito, do marido de Angelina Jolie.

Pelo seu contorno americanizado, o longa deve deixar uma parte do público brasileiro com certa ressalva, porém, conta com um grande astro do mundo cinematográfico, o que de fato, por si só, já enche salas em todo o mundo.

A trama poderia ter focado mais no núcleo familiar do seu personagem principal. Os melhores diálogos do filme são entre pai e filha. No livro esse detalhe não deve ter sido esquecido.

Gostando de matemática ou não o único número que tem que pensar é o sete. Mesmo não sendo a perfeição (como o número mencionado), a sétima arte convida para mais um bom longa que estréia em nossas terras em 2012.

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02/12/2011

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Tomboy - Cinema com Raphael Camacho

O novo longa da jovem cineasta francesa Céline Sciamma, ‘Tomboy’, aborda a infância, unindo o trivial ao complexo, dando lugar a uma interessante história que com certeza será tema de discussão em universidades de Psicologia mundo à fora. A forma como é conduzido, aliado a boas interpretações, transforma essa obra em uma das mais interessantes do ano. A busca pela verdadeira personalidade é a grande questão da produção, que tem meros 80 minutos.

Em um bairro francês, uma criança vive feliz com sua família em uma recém-comprada residência. Aos poucos vamos conhecendo melhor essa personagem que passa a interagir com os vizinhos de sua idade, fazendo muitas amizades. Mas nem tudo é o que parece: surpresas e um conflito surgem, levando à revelação da verdadeira história.

Laura vive em um lar muito feliz. Seu relacionamento com seus pais é excelente, assim como com sua jovem irmã, com a qual mantém cumplicidade única que chega a emociona o público: uma vê na outra um porto seguro, principalmente para os obstáculos da vida (dos mais simples aos mais complexos). Mas Laura não está feliz. Necessita expressar outra personalidade, não aquela com a qual nasceu, mas a que escolheu. A personagem é inicialmente mostrada ao público como
Michael e aos poucos a platéia vai descobrindo complexas verdades que constatam o grande conflito existente na mente da inocente criança.

Em seu desfecho, vejo o grande tema para debate: será que a mãe deveria ter tomado aquela atitude? Impossível aceitar aquela situação? O papel do pai é pouco menos explorado, porém, percebe-se que ele fica bastante confuso e sentido com todo o constrangimento que os atos de Laura causam.

O público se conecta à trama com muita facilidade, os personagens possuem certo carisma - não é à toa que ‘Tomboy’ já está sendo sucesso de crítica e público na Europa. Chega aos nossos cinemas no dia 02 de dezembro. E você, cinéfilo? Corra para assistir!

Raphael Camacho - Infoco News
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