03/03/2015

Crítica do filme: 'O Garoto da Porta ao Lado'

Falando sobre o mundo dos stalkers, o novo projeto do diretor nova-iorquino Rob Cohen, que dirigiu o terrível A Múmia - Tumba do Imperador Dragão, é uma história muito forçada que explora a sensualidade sem profundidade. O Garoto da Porta ao Lado é um dos filmes mais perdidos que serão lançados neste ano aqui no Brasil. Não consegue se encontrar sendo suspense, é uma viagem indigesta quando tenta ser um drama e com certeza é um filme que passará desapercebido pelos cinemas brasileiros.

Na trama, acompanhamos uma professora de meia idade que acabara de deixar o marido após uma traição dele. Certo dia, conhece Noah (Ryan Guzman), o sobrinho de seu idoso vizinho. Após uma série de troca de olhares, a professora se rende ao jovem mas ao longo de tempo percebe que se meteu em uma furada já que o seu affair é um desequilibrado que passa a persegui-la.

O Garoto da Porta ao Lado se transforma lentamente em uma tentativa de suspense com péssimas atuações. Difícil saber quem está pior em cena: Jennifer Lopez ou Ryan Guzman. Não há um pingo de entrosamento entre os atores. O roteiro também não ajuda, parece que o filme foi todo picotado, diversas  sequências surgem sem nenhum nexo com o que vínhamos acompanhando na arrastada trama.


Repleto de clichês do gênero indefinido que o filme se auto evolui,  O Garoto da Porta ao Lado demora para acabar, e olha que são somente 91 minutos de projeção, é um grande sofrimento para todos nós cinéfilos.  É um sonífero mais forte que qualquer remédio para dormir.  Acordamos somente com o barulho das cenas de perseguição de carros, talvez, feitas para os produtores conseguirem colocar a logo da Chevrolet nos nossos olhos adormecidos de tanto tédio.
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Crítica do filme: 'Deixa Rolar'

Depois de dirigir um curta-metragem, único trabalho no mundo do cinema antes desse, o cineasta Justin Reardon chega aos cinemas batendo na mesma tecla que outros inúmeros diretores que estão começando agora no mercado cinematográfico, resolvendo encher de clichês do primeiro ao último minuto uma história que tinha tudo para ser mais simples. Deixa Rolar é uma comédia romântica esquizofrênica, onde não somos levados a lugar nenhum muito por conta da falta de harmonia entre os personagens em cena.

Na trama, um jovem escritor (interpretado por um certo capitão américa de outro filme) leva a vida sem nunca ter se apaixonado de verdade. Até que certo dia, conhece a personagem de Michelle Monaghan, uma linda morena que tem namorado. Apaixonado e sem saber como reagir a esse novo sentimento que brota em seu peito, o jovem escritor tenta de todas as formas conquistar seu primeiro grande amor.

Uma comédia romântica com todos os toques de clichês que o mundo do cinema pode imaginar. Não tem outra forma de definir esse trabalho que beira as tosquices que Sandler e outros produzem a cada novo ano.  O filme até poderia funcionar melhor se tivesse alguma competência artística em cena. Chris Evans precisa comer muito arroz com feijão para poder convencer como ator, e não adianta ter lapsos de boas atuações nos próximos filmes do Capitão da América.  Michelle Monaghan não é uma atriz ruim mas suas escolhas de projetos estão levando a carreira dela para um nível abaixo de razoável.

Os personagens coadjuvantes, que também poderiam ajudar bastante o desenvolvimento da história, são totalmente descartáveis. Não adicionam bulunfas a história. Deixe Rolar é o típico filme sessão da tarde, onde precisamos deixar o cérebro desligado e as emoções escondidas em compartimento secreto dos nossos corações.  Nada funciona, o roteiro possui falhas grotescas e deixa o espectador confuso a todo instante.


Com tamanha boas estreias que o circuito brasileiro vai absorver nesse mês de fevereiro/março, obviamente Deixa Rolar já teve sua estreia adiada e corre o risco de ir parar direto nas locadoras.
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Crítica do filme: 'Simplesmente Acontece'

Depois de lançar alguns títulos que nunca chegaram no Brasil, o bom diretor Christian Ditter volta as telonas com um filme que tinha tudo para ser chatinho e bobinho mas, com muita maturidade e desenvolvimento dos personagens, se torna um dos bons filmes desse ano que vão falar sobre a arte do amar.  Simplesmente Acontece, baseado no best-seller da irlandesa Cecelia Ahern, que também escreveu P.S Eu Te Amo, promete e certamente vai conquistar o público.

Na trama, conhecemos a jovem Rosie (Lily Collins), uma menina graciosa que possui uma amizade (quase colorida) com seu vizinho Alex (Sam Claflin). Ao longo do tempo vamos vendo os personagens se desenvolvendo, passando pela adolescência e chegando na fase adulta mas sem nunca terem tido um relacionamento amoroso duradouro. Obviamente há uma atração nítida em cada cena entre os dois pombinhos mas o destino teima em não deixar que essa história de amor se realize por completo. Assim, lutando contra um destino nada promissor, ambos irão enfrentar muitos obstáculos esperando a grande chance de serem felizes.

Dançando ao som de Beyonce, pagando micos adolescentes, lutando para não perderem contato, os dois personagens principais irão proporcionar lindas e inspiradoras cenas ao longo do filme. Lily Collins e Sam Claflin, mesmo as vezes faltando um clímax de carisma entre os dois, executam muito bem tudo que seus personagens podem proporcionar.  A falta de personagens coadjuvantes de peso, e com certa influência na história, deixa o filme praticamente nas mãos desses dois personagens.

Os encontros e desencontros vão modelando a trama, as vezes os absurdos dos desencontros podem fazer o público se distanciar da trama mas as reversões para os `encontros  são cheias de charme e carisma enchendo o público de expectativa. Os exageros em forma de clichês que assistimos ao longo dos 102 minutos de fita são deixados para trás pois a trama é envolvente. Assim como na vida, um filme pode amadurecer ao longo de seus minutos isso certamente acontece com essa simpática história.

O roteiro possui arcos bem definidos. A história se passa ao longo de 12 anos, cobrindo a fase adolescente e adulta dos personagens. O trabalho do diretor Christian Ditter é bastante competente, eleva a qualidade do filme com sua câmera em mãos.  Simplesmente Acontece estreia na próxima quinta-feira, dia 05 de março, e deve agradar a adolescentes e adultos.


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25/02/2015

Crítica do filme: 'Superpai'

Pô, sempre mais do mesmo! Em mais uma tentativa de moldar comédias nacionais a partir de estruturas hollywoodianas de roteiro, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (26.02) a comedia Superpai. Repleto de piadinhas sem graças, o que causa mais choros de tristeza pelos blockbusters do cinema nacional do que qualquer outra coisa, Superpai possui ainda personagens mal desenvolvidos e principalmente um protagonista de dar pena. Já podemos considerer esse, como um dos piores filmes que vão chegar ao nosso circuito nesse ano.

Na trama, conhecemos o complicado Diogo (Danton Mello), um homem de meia idade desempregado, e metido a jogador de pôquer, que vive um momento familiar muito ruim pois todo dia briga com sua mulher e ainda por cima não consegue criar um forte vínculo paterno com seu único filho. Certo dia, na noite de uma festa de veteranos de sua ex-escola, resolve deixar seu filho em uma creche e acaba se metendo em grandes confusões.

Com direito a vômitos a la O Exorcista, diálogos bisonhos e atuações terríveis, nos sentimos no meio do deserto do Saara. Não existe Oásis, tudo é muito ruim. As poucas piadas que encaixam e dão certo chegam da turma do stand up comedy que faz uma participação no filme. O roteiro possui sua certa estrutura, moldados por padrões norte-americanizados mas falta muita força cênica para o filme decolar.

Superpai peca também por não possuir pontos de interação com o público por conta dos inúmeros absurdos gratuitos que vemos nas sequências. É um grande pacote de exageros que descaracterizam qualquer tipo de obra cinematográfica que quer passar algum tipo de mensagem. Em muitos momentos durante o filme, que cisma em não acabar, pensamos que esse projeto só serviu para virar ponto de propaganda do Telecine Play. Nós cinéfilos ficamos tristes, o cinema nacional merece mais.


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Crítica do filme: 'Kingsman – Serviço Secreto'

Jack Bauer? James Bond? Jason Bourne? Depois dos ótimos filmes Kick-Ass e X-Men: First Class, o cineasta britânico Matthew Vaughn volta as telonas com um filme recheado de grandes e competentes astros que se reúnem para mais uma vez provar que existem blockbusters de qualidade. A mentirada rola solta como nos filmes mais impossíveis já produzidos: homens sendo cortados ao meio, egocêntricos vilões, enormes explosões mas tudo isso feito com um grande charme que conquista o público rapidamente.

Na trama, conhecemos a história de Harry Hart (Colin Firth) um homem elegante que faz parte da organização de espionagem secreta denominada Kingsman. Anos atrás, durante uma rotina de treinamentos, um de seus homens morre salvando sua vida. Anos se passam e o filho desse homem que falecera é escolhido por Harry para adentrar ao Kingsman, só que para isso precisará completar um treinamento insamente difícil ao lado de outros concorrentes. Em paralelo a isso, Harry e toda Kingsman começam a investigar um milionário do ramo da tecnologia que pretende dominar o mundo.

Kingsman – Serviço Secreto é um filme violento mas elegante. O roteiro tem um dinamismo enorme. Dois clímaxs correndo em paralelo é a grande sacada do diretor. Enquanto assistimos aos clímaxs do treinamento que o personagem principal passa, o outro personagem importante, Harry (Colin Firth), investiga o futuro vilão da história, interpretado pelo sempre excelente Samuel L. Jackson (que tira vários risos da plateia sempre que em cena). O filme é feito para você não tirar os olhos da telona, ação, comédia e emoção na medida certa.

O público não consegue tirar os olhos da tela, a cada nova cena um riso novo. Cheio de piadas inteligentes e recheada de sarcasmos em sua execução, Kingman – Serviço Secreto ainda é super bem interpretado, possui personagens excelentes e que ainda incorporam toda a classe e elegância da terra da rainha. Nomes de personagens como Merlin e Lancelot, mostra como o filme é uma grande excursão britânica com todos os moldes das comédias blockbusters norte-americanas.

Com giros ao melhor estilo Matrix, vilã de pernas metálicas, surpresas, traições. Kingsman – Serviço Secreto é um dos melhores blockbusters que serão lançados nesse ano em nosso circuito, não percam!

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18/02/2015

Crítica do filme: 'Two Night Stand'

Como controlar os impulsos da pós-adolescência? Dirigido pelo norte-americano, estreante em longas-metragens, Max Nichols e com um roteiro assinado por Mark Hammer, Two Night Stand é uma comédia adolescente com uma pegada independente. Os atores Miles Teller (do espetacular Whiplash) e Analeigh Tipton possuem uma bela harmonia em cena o que releva os inúmeros clichês e a falta de profundidade em alguns diálogos. 

Na trama, conhecemos Megan (Analeigh Tipton), uma ex-estudante de medicina que terminara com o noivo recentemente e não consegue se desgrudar da solidão. Certo dia, resolve se cadastrar em um dos inúmeros portais de relacionamentos que existem na internet. Assim, conhece Alec (Miles Teller) um jovem que adora uma piada e que irá passar 48 horas ao lado de Megan. No começo, eles não se entendem mas aos poucos vão começando a descobrir a história de cada um deles.

Chama a atenção a naturalidade e improviso da dupla de protagonistas ao longo de toda a fita. Há muito carisma em cena. O roteiro se camufla de superficial para busca sua profundidade dentro das várias deixas para assuntos complexos, existenciais, sobre relacionamentos. Two Night Stand pode ser considerado por alguns um filme ‘sessão da tarde’ mas tenta ser diferente ou maduro em muitos momentos. 

(Atualizado em julho/2021).



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17/02/2015

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Crítica do filme: '50 Tons de Cinza'

Amor e desejo são coisas diferentes. Nem tudo o que se ama se deseja e nem tudo o que se deseja se ama. Baseado no best-seller mundialmente famoso de E.L. James, chegou aos cinemas brasileiros na última semana o aguardado longa-metragem 50 Tons de Cinza. Para comandar esse trabalho, foi chamada a cineasta britânica Sam Taylor-Johnson (que havia feito ótimo trabalho no excelente filme O Garoto de Liverpool) e os quase desconhecidos atores Dakota Johnson e Jamie Dornan para protagonizar o casal chave da trama. Ao longo dos sonolentos 125 minutos de fita, vemos uma direção totalmente perdida na hora de captar as emoções/objetivos dos personagens, o casal de protagonistas parecendo robôs de transformers (tamanha falta de carisma e emoção) e um roteiro (adaptado) de Kelly Marcel que esconde, ou praticamente some, com qualquer vestígio dos personagens contidos nos livros. 50 Tons de Cinza é o mais novo Titanic (o navio) do cinema.

Na trama, conhecemos a bela e tímida Anastasia Steele (Dakota Johnson), uma jovem que após ir para uma entrevista no lugar de uma amiga, acaba conhecendo o misterioso empresário Christian Grey (Jamie Dornan). Logo de cara, os dois futuros pombinhos se atraem e logo começam a embarcar em uma relação peculiar, com contratos e pedidos exclusivos, tudo por conta de um segredo que Grey esconde em um quarto secreto dentro de sua casa. Lendo essa sinopse parece até um filme de mistério, né? Mas na verdade, 50 Tons de Cinza em vez de provocar acaba gerando uma outra coisa: sono.

Para um filme baseado em um livro dar certo, sabemos muito bem que a química entre os protagonistas precisa estar super afiada, o que nem de longe acontece com essa fita. A norte-americana Dakota Johnson e irlandês Jamie Dornan não conseguem se entender em momento algum na história. Movimentos robóticos (principalmente nas cenas mais aguardadas), falta de carisma, diálogos fracos que não geram quase nenhum tipo de interação com o público. Com certeza, a maioria das pessoas que adentrarem as salas de cinema para assistirem a este trabalho sairão decepcionadas, não só pela falta de harmonia em cena, mas por inúmeros motivos. Tentaram transformar uma história impactante na leitura (o número de adeptos pelo menos mostra isso), em um filme romântico com os mais caricatos clichês hollywoodianos.


Com o absurdo lançamento em 1079 salas de cinema de todo o Brasil, o que prejudica os verdadeiros filmes bons chegarem aos nossos cinemas, 50 Tons de Cinza corre um sério risco de estar em muitas categorias no próximo Framboesa de Ouro. Os leitores não foram premiados com uma boa adaptação, a indignação deve ser grande. Como cinema, simplesmente não funcionou.  Como diria nosso querido dramaturgo e poeta William Shakespeare: “É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.”
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13/02/2015

Crítica do filme: 'Corações Livres'

No ano de 2002, a brilhante cineasta dinamarquesa Susanne Bier, brindou os cinéfilos de todo o planeta com mais um filme que defende as tradições do movimento revolucionário cinematográfico dinamarquês, denominado Dogma 95. Estamos falando do emocionante filme Corações Livres. Relançado no circuito carioca nas últimas semanas, o filme protagonizado pelo sempre espetacular Mads Mikkelsen causa um forte sentimento em nossos corações, é o tipo de projeto que volta e meia estaremos pensando sobre. Há uma humanidade profunda em cada situação complexa que acontece nessa grande história.

Na trama, conhecemos um casal de namorados apaixonados, Cæcilie e Joachim, que vivem tranquilamente em uma grande cidade na Dinamarca. Certo dia, após um grave acidente, Joachim perde os movimentos da cintura para baixo e isso causa uma série de transtornos para Cæcilie que não consegue se adaptar a essa nova situação. Joachim, fora atropelado por Marie (Paprika Steen) que é casada com o médico Niels (Mads Mikkelsen) e trabalha no mesmo hospital onde Joachim é internado. O que acontece? Cæcilie começa a se aproximar de Niels e um intenso relacionamento amoroso acontece, deixando o destino de cada personagem incerto.

O filme fala sobre relacionamentos e escolhas. Até que ponto a personagem Cæcilie pode ser apontada como uma vilã da história? Ela não pode se apaixonar novamente? Mas o namorado depois do acidente não precisa dela? O conceito de liberdade aos sentimentos dá a esse roteiro uma humanidade sem tamanho, nos sentimos próximos da história e dos personagens a toda hora. Tiramos nossas próprias conclusões a todo instante, é uma mescla de compreensão, raiva, angústia, agonia. Os sentimentos, oriundo das ações dos personagens, saltam da tela e chegam em cheio em nossos corações.


Esse quarteto fantástico do cinema dinamarquês (Mads Mikkelsen, Paprika Steen, Nikolaj Lie Kaas e Sonja Richter) são geniais. Juntos, transformam uma história complexa em uma trama inesquecível. A transparência dos personagens impressiona, conseguimos ler os sentimentos pelas intensas expressões e ações de todos em cena. É um trabalho brilhante de Susanne Bier na condução desses craques. Quem ganha com isso é o público que tem a oportunidade de ver um filmaço europeu que mas do que nunca mostra que filme bom é atemporal. 
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Crítica do filme: 'The Grand Seduction'

E vem diretamente do Canadá um dos filmes mais divertidos do ano. The Grand Seduction, novo trabalho do desconhecido diretor Don McKellar, é uma aula de cinema em muitos aspectos. Primeiro, conseguiu reunir um elenco maravilhoso (de conhecidos e desconhecidos artistas), segundo porque possui um roteiro brilhante que transforma o filme em diversão para todas as idades e terceiro porque no final da história você quer conhecer pessoalmente aquela comunidade que tanto emociona nossos corações.

Na trama, conhecemos Murray French (interpretado pelo sempre fantástico Brendan Gleeson), um senhor de idade quase avançada que vive em uma vila de pescadores isolada dos grandes centros. Totalmente ilhados, os moradores passam por grandes dificuldades financeiras. Para tentar mudar esse quadro,  Murray precisa achar um médico fixo para a comunidade para que uma grande empresa se hospede no lugar e modifique a vida de todos os moradores. O felizardo é o Dr. Lewis (Taylor Kitsch) que será surpreendido por todos no local.

Esse filme tem tantas cenas legais que fica difícil definir uma só como a melhor. A criatividade de Murray e Cia para tentar convencer o jovem doutor a ficar na vila de pescadores é enorme. Vestindo a carapuça de Dick Vigarista, Murray começa a inventar hábitos nunca vistos naquela comunidade mas que o doutor se identifica. A rotina de todos os moradores é afetada completamente com a chegada do médico, e isso é totalmente renovador para os envolvidos.


O público torce o tempo todo para que o protagonista consiga chegar em seu objetivo, não importando os métodos aplicados. É um anti-herói, um homem comum, cheio de defeitos e qualidades que conseguimos nos identificar facilmente. A história, por ser docemente realista, conquista a todos nós deixando um gostinho de quero mais quando o filme acaba. Deveria e poderia virar um seriado, daria muito certo também.  
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