08/09/2021

Crítica do filme: 'O Bom Doutor'


As inconsequências sobre os limites da ética. Milagres de natal ou irresponsabilidades médica? Passado praticamente durante uma noite bastante alucinante, O Bom Doutor, longa-metragem francês, nos mostra dois mundos completamente diferentes que se encontram de maneira inusitada, um médico rabugento e já com preguiça da profissão que atende à domicílio e um ingênuo jovem entregador de encomendas que quase nunca pensa sobre seu futuro. A partir desse encontro, várias linhas reflexivas são geradas, dentro do ponto de vista do não médico e das irresponsabilidades do que possui a licença para medicar. Os contrapontos dos absurdos se mesclam entre o improvável e o aceitável nessa comédia feita pra rir que tem no elenco o comediante e Youtuber Hakim Jemili e o veterano ator Michel Blanc . Quem assina a direção é Tristan Séguéla.


Na trama, conhecemos o médico Serge Mamou-Mani (Michel Blanc), um homem que vive com o luto da perda do filho presente em seu cotidiano. Ele é médico, com muita experiência, que hoje em dia atende à emergências na casa dos próprios pacientes. Certo dia, após seu destino cruzar com o de Malek (Hakim Jemili), um simpático entregador, ele resolve pedir ajuda dele para cuidar do restante dos pacientes que faltam no turno pois Serge está com uma dor aguda na coluna e não consegue mais se movimentar. Assim, Malek se faz passar por médico e por meio de uma escuta/headphone/telefone executa o que Serge lhe diz pelo ponto no ouvido. Febre, diarreia, dor de garganta, prisão de ventre, dos mais simples aos mais complexos casos aparecem durante essas intensas horas desse dia natalino.


Os limites da ética viram quase um background que envolve todas as ações e inconsequência que testemunhamos, sem medir os riscos possíveis a dupla vira cúmplice dos absurdos diagnósticos à distância feita presencialmente por aquele que nunca exerceu a medicina. Há um ritmo acoplado na comédia, deixando a história com leveza mesmo tendo um ponto de objetivo cenários eminentes de caos em busca das consequências. Os artistas possuem uma harmonia muito visível, ótimas cenas dentro do absurdo todo proposto.

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Crítica do filme: 'Suk Suk - Um Amor em Segredo'


A felicidade restrita de almas que deveriam poder ter liberdade para amar onde, como e quando quisessem. Diretamente de Hong Kong (um lugar onde o casamento homoafetivo não é reconhecido), chega ao circuito brasileiro de exibição um longa-metragem que nos apresenta o universo particular de dois homens, um taxista em fim de carreira e um aposentado que se encontram, logo se apaixonam e ao longo do tempo buscam respostas para como dizer ao mundo, e principalmente aos que o cercam, as verdades sobre o que sentem. Escrito e dirigido pelo cineasta Ray Yeung, Suk Suk - Um Amor em Segredo ganhou diversos prêmios internacionais. Poderoso drama, emocionante, sensível, que conquista o espectador do início ao fim.


Na trama, conhecemos Pak (Tai-Bo), um taxista que passou as últimas duas décadas dirigindo 18 horas por dia para dar uma estrutura de vida aceitável para sua esposa e seus filhos. Certo dia encontra um homem por quem logo se apaixona, o aposentado Hoi (Ben Yuen), pai de família que criou o filho sozinho e hoje vive seus dias lutando pelos direitos aos homossexuais, ajudando os amigos e buscando uma relação melhor com o filho agora adulto e cada vez mais distante. Essas duas almas precisarão descobrir qual o tamanho e força dessa relação que se estabelece e principalmente que rumos gostariam de trilhar no futuro.


Há muitos conflitos espalhados pelas mais de uma hora e meia de duração. Pak e Hoi, entendem o que sentem como uma interseção mas bem diferentes quando sobre as reflexões de serem gays em uma sociedade demasiadamente conservadora. O sofrimento é visível por essa falta de liberdade que encontram quando juntos, Pak em seus olhares perdidos nas refeições junto à família, Hoi no aperto do peito na posição de amante sem perspectiva de mudança de direção.


O valor do trabalho na vida familiar, dentro das questões dos costumes, fica bem nítido nos arcos que exploram a nova rotina do recém genro de Pak, que com uma forcinha do sogro busca encontrar seu caminho para ser um pai de família que faça a todos que ama feliz. Sobre costumes, ou até mesmo dentro desse retrato mais profundo sobre pontos na família, a questão da religião e conflito não declarados entre Hoi e seu filho ganham espaço o que nos fazendo entender ainda bem melhor esse tão rico personagem.


Suk Suk - Um Amor em Segredo é muito mais do que uma linda história de amor na melhor idade. A partir das escolhas, acompanhamos a força das esferas da solidão, a luta pelos direitos, o sofrimento por não poderem gritar ao mundo quem são.

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #513 - Douglas Augusto


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo de Manaus (Amazonas). Douglas Augusto tem 22 anos. É Acadêmico de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, apaixonado por animações e principalmente as que são do estúdio da Pixar, tem um Podcast semanal chamado Sério de Leve, pra falar de assuntos sérios de um jeito leve (ou não!). Instagram @douglasaugsto

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Acredito que o Playarte do Manauara Shopping, é o que acaba tendo mais opções de assistir um filme legendado.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Acredite ou não foi Scooby Doo, os live actions de 2002 e 2004, eu lembro que achava tão real e eu acreditava que eles tinham realmente conseguido adestrar um cachorro a ponto dele falar haha toda essa ilusão quando eu era criança foi simplesmente mágico, eles deram vida ao meu personagem favorito, e eu pensava: tudo é possível através dessa tela.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Sou completamente apaixonado pela mente do Tim Burton, A fantástica fábrica de chocolate é um dos meus favoritos dele!

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Pra tentar seguir na mesma vibe de animações, eu vou trapacear um pouco e dizer um desenho nacional, Irmão do Jorel! Uma produção f0d@ demais, eles colocam o melhor da cultura brasileira e com certeza isso vai trazer muita visibilidadede de fora pra cá, animação tem ganhando bastante espaço na tv fechada e na Netflix.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É uma pessoa que encontrou no audiovisual uma forma de se entreter, emocionar, rir...

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Acredito que por pessoas que visam o lucro, o filme que mais vender ganha mais tempo na programação, mas quando há filmes que fogem de tudo que está sendo colocado em cartaz, a gente vai assistir? Ou também assistimos o mesmo tipo como todo mundo?  Acho que é um problema com mais de um lado.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Eu espero que não, mas eles precisam se reinventar urgentemente.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Uma Cilada Para Roger Rabbit, é um filme incrível de 1988, mistura desenhos e humanos de uma forma singular, ainda mais pra essa época.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Absolutamente não! Só fui ao cinema depois da primeira dose da vacina, e isso é o mínimo, espero que todos tenham consciência e saibam esperar o momento.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Muito boa para o pouco que é investido! Brasileiro ama um bom filme, mas o apoio pra atores, diretores, roteiristas e todas as funções que são essenciais para um bom longa acontecer são baixíssimas.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Com certeza era o inesquecível Paulo Gustavo, a perda dele para o cinema brasileiro é imensurável.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Verdades do mundo através da ilusão de uma tela

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema

Um cinema inteiro soluçando vendo Toy Story 3, e definitivamente tinha poucas crianças na sala haha

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

This represents brazil more than soccer and samba.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Pera, isso e possível? Um escritor que não é leitor? Um jogador de futebol que não ver jogos? Acho que pelo menos os filmes dentro do seu "estilo de cinema" você deve acompanhar.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Pior da vida é difícil, mas um dos últimos que eu vi é tentei umas 4/5 vezes terminar de assistir foi o live action de O Rei Leão, eu juro que tentei, mas é simplesmente monótono, uma pena.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Walt Antes de Mickey, pra quem ama a Disney e esse homem como eu, esse documentário é um prato cheio.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Não que eu me lembre, quando eu gosto muito de um filme eu acabo chorando ou com aquela sensação de "a partir de agora vou mudar o mundo" haha.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Não me odeiem, mas não acompanho muito o Sr. Cage haha MAS ele dublou um personagem de uma animação que gosto, The Croods, isso conta? Espero que sim haha

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Acabo acompanhando mais o CinePop pra me atualizar em geral, e sigo os canais Imaginago e Jéssica Ballut que falam mais sobre animações.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Com certeza DisneyPlus! Ainda há muito o que ser adicionado, mas pra quem gosta de animações mais clássicas da disney é simplesmente espetacula.

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Pausa para uma série - Cruel Summer


A verdade e a mentira podem andar juntas pelas coincidências que aparecem pelo caminho. Criado pelo roteirista Bert V. Royal, que assinou o roteiro de A Mentira em 2010, protagonizado por Emma Stone, Cruel Summer é um jogo de mentiras, de disse me disse, que explora o universo do psicológico em um High School norte-americano da maneira como já conhecemos: com situações constrangedoras, a eterna guerra entre populares e os que querem de alguma forma serem populares, o papel dos pais em toda essa rotina repleta de inflexões, a influência de quem tem o poder de ensinar... Há muitas variáveis a se analisar nesse quebra-cabeça formado onde basicamente é um confronto entre duas jovens em nos convencer de quem está falando a verdade. O roteiro ganha destaque pela forma como fora definido para apresentar os acontecimentos.


Na trama, ambientada em determinados dias/acontecimentos que exploram três anos em sequência em meados da década de 90, conhecemos Jeanette Turner (Chiara Aurelia) no início uma jovem que sonha em ser uma garota popular e possui um certo fascínio pela vida que leva Kate Wallis (Olivia Holt) a garota mais popular do colégio. Jeanette tem basicamente dois amigos, que conhece por toda sua vida, Mallory Higgins (Harley Quinn Smith) e Vince Fuller (Allius Barnes). Certo dia, Kate desaparece misteriosamente e curiosamente quase que em paralelo Jeanette muda o visual, desfaz a amizade com Mallory e começa a se relacionar com Jamie (Froy Gutierrez) que era namorado de Kate até o sumiço da mesma. Alguns meses se passam e Kate é encontrada acusando Jeanette de saber onde ela estava e não ajudá-la. A partir disso, começa um jogo de verdades e /ou mentiras mostrando tudo que aconteceu na vida das jovens antes, durante e depois do sumiço de Kate mas também como essa situação afetou a todos que as cercavam.


Por mais que durante todos os dez episódios dessa série ficamos presos a pergunta: ‘Quem é que tá mentindo?’ conseguimos de muitas formas enxergar o caos provocados pelas ações das protagonistas na vida dos outros e isso torna o seriado muito interessante, mesmo o roteiro não conseguindo dar profundidade em todas as subtramas: a de Jamie por exemplo é mal explorada com passagens quase jogadas sem muita compreensão de alguns porquês, também o relacionamento entre Ben (Nathaniel Ashton) e Vince (Allius Barnes) é meio que jogado na história sem muito desenvolvimento, e principalmente a de uma figura chave na trama, a de Martin Harris (Blake Lee), o novo diretor do colégio que aparenta ser uma pessoa que não é mas sem muito entendermos sua história que acompanhamos somente pela ótica de Kate.


O papel dos pais nessa história é mais importante do que aparenta. Focando em Jeanette, vemos seu pai com a mudança de postura mais drástica não conseguindo entender as revelações que se sucedem, a destruição do seu casamento e criando uma margem enorme de distância no relacionamento sempre muito próximo com a filha. Já a mãe dela, encontra as respostas que a satisfazem e toma rumos até mesmo extremos por talvez não conseguir conviver com o que encontra como respostas. Focando em Kate, seu padrastro famoso vive um relacionamento confuso com a mãe dela, uma mulher que gosta do status que tem, uma espécie de primeira dama da região e faz de tudo para que nada atrapalhe os planos de família perfeita mesmo a sua estando bem longe disso, principalmente por seu relacionamento explosivo com a própria filha que pensa muito diferente dela.


As protagonistas embarcam durante todos os meses após o ocorrido em uma batalha, inclusive jurídica, mas tmabpem comportamental buscando cada uma à sua forma se reconectarem por peças e/ou variáveis que ficaram pelo caminho nessa trajetória dolorosa para ambas.  


Cruel Summer responde bem claramente quem mente nessa história. Mas mesmo assim as conclusões finais sobre essas questões chegam muito mais pelas nossas próprias interpetações das ações quando conhecemos as verdades dos fatos.

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Crítica do filme: 'Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis'


As descobertas e redescobertas em uma homenagem à cultura oriental. Explorando o universo das artes marciais, suas doutrinas, seus sentidos e suas conexões, chegou aos cinemas nas últimas semanas o primeiro filme de mais um herói da nova geração do Universo Cinematográfico da Marvel, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis. Dirigido pelo cineasta Destin Daniel Cretton (do espetacular Short Term 12), o filme é um show de coreografias, cenas de ação de tirar o fôlego, com personagens muito carismáticos e atuações poderosas.


Na trama, conhecemos o jovem Shaun (Simu Liu), um manobrista sonhador descendentes de chineses que mora em São Francisco (EUA). Ele e sua inseparável amiga Katy (Awkwafina) vivem seus dias entre o trabalho, as reuniões familiares na casa de Kate e muitos karaokês. Até que certo dia, em um acidente durante uma viagem de ônibus, Shaun precisa revelar que na verdade chama-se Shang-Chi e precisa voltar à China urgente para avisar sua irmã Xialing (Meng'er Zhang) que ambos correm perigo porque o pai dos mesmos, Xu Wenwu (Tony Chiu-Wai Leung), está atrás deles. Assim, todos esses personagens embarcam em uma aventura sobre segredos, família, escolhas e muitas batalhas.


O que mais chama a atenção é como o filme, que tem pouco mais de duas horas de projeção, consegue se conectar rapidamente com o público. Há carisma por todos os lados, mesmo nas reflexões culturais que estão sempre presente nas linhas do roteiro, o que de fato leva o filme para uma profundidade dramática, a maneira como se lidam com os mais variados assuntos, principalmente os que envolvem família, é feita de maneira leve e com mensagens chegando rápidas ao nosso campo de reflexão. Como todo primeiro filme onde estão nos apresentando um herói (passamos por isso ao longo de todos esses anos com a chegada de todos os Vingadores) a busca pelos detalhes é importante e o preenchimento da tela com atores e atrizes fantásticos, (como Tony Leung Chiu-Wai, vencedor do prêmio de melhor ator do Festival de Cannes por seu papel no inesquecível filme de Wong Kar-Wai, Amor à Flor da Pele) é fundamental para esse sucesso.


O protagonista é trazido para a realidade do trabalhador e sonhador que vive em solo norte-americano criando uma espécie de contraponto cultural principalmente quando pensamos na riqueza de sua origem, com a fabulosa história de como seus pais de conheceram e como sua mãe fora figura chave na formação de sua vida, suas escolhas. Tudo acaba fazendo muito sentido no final, principalmente quando olhamos da ótica de Shang-Chi , seus conflitos com o pai, a irmã, em busca de sua identidade que acaba sendo o elo perfeito para chegar até aonde todo mundo queria saber como chegaria: a equipe dos vingadores. Ótimo filme! Vale a pena conferir!

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07/09/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #512 - Babita Mendonça


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, do Rio de Janeiro. Babita Mendonça tem 70 anos. É estilista que virou figurinista ao pisar num set de filmagem e perceber que vestir personagens poderia ser muito mais divertido que fazer moda. Aconteceu assim, paixão pela profissão á primeira vista. Desde a década de 80 trabalhando em produções audiovisuais: publicidade, televisão, institucionais, séries, mas gostando de fazer cinema acima de tudo. Desde o ano 2000 ministrando cursos e oficinas de Metodologia em Figurinos para audiovisual na Aictv, Senai, Estácio de Sá, Escola de Cinema Darcy Ribeiro.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Essa não dá para dizer apenas 1 sala. Moro no Rio e as 3 que cito são em Botafogo, perto da minha casa: Espaço Itaú de Cinema, Estação Net Botafogo e Estação Net Rio. Todas tem uma programação atraente, são confortáveis e tem boa projeção e áudio com exceção das salas menores do Estação Net Rio que às vezes cai a qualidade da projeção.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Melodia Imortal. Aos 5 anos, com meu pai num cinema em São Paulo, onde morávamos. Nunca esqueci da magia da narrativa, nos sentimentos de amor e tristeza narrados na história.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Difícil. Vão valer os primeiros que me vierem à cabeça e vou ter que dizer três no mínimo:

 

1- Federico Fellini, filme Amarcord, 1973

2- Bernardo Bertolucci , filme 1900, 1976

3- FrançoisTruffaut, filme Beijos Proibidos, 1968

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Mesma coisa, vou dizer os primeiros que me surgem à cabeça:

 

1-Eles Não Usam Black Tie, 1981, Leon Hirzman. Pelo roteiro maravilhosos, pelas interpretações de Fernanda Montenegro, Guarnieri e do restante do elenco, pela fotografia do Lauro Escorel, pelo figurino da Yurika Yamazaki.

 

2- Os Cafajestes, Ruy Guerra. Pelo roteiro, pela fotografia, pelo ineditismo do tema e por ser o primeiro nu frontal do cinema brasileiro, considero um dos grandes filmes do Cinema Novo com as devidas influências da Nouvelle Vague.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É esperar a quinta feira com os lançamentos, frequentar cinematecas e cineclubes, estudar e conversar sobre cinema, rever filmes já vistos, ter um DVD player em casa em caso de necessidade, considerar cinema o programa mais gostoso para se fazer mesmo sozinho, ler sobre filmes e conhecer os trabalhos dos diretores, ter interesse por filmes fora do mainstream, de países com cinematografia menos conhecida. E entrar num cinema às 14 horas de um domingo de sol, na contra-mão da galera da praia.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feita por pessoas que entendem de cinema?

Sim, acredito em curadoria e critérios na programação. Saudosismo à parte sou da geração Paissandu, Cinema Um, Cine Alvorada e sempre frequentei a Cinemateca do MAM e do MIS por preferir programações diferenciadas. Nos dias de hoje, a programação da maioria das salas procura seguir a pegada comercial, lançamentos blockbuster e afins. Mas para nossa sorte surgiu o Estação Botafogo e mais recente o Espaço Itaú, Net Rio, Laura Alvim além das cinematecas tipo Moreira Salles e CCBB e MAM. e Caixa Econômica Cultural. O cinema Jóia que frequento desde sempre (lembro de ver lá "Matou a Família e Foi ao Cinema," de 1969, do Bressane) foi uma coisa fora da curva na nossa vida. Depois fechou e desde sua reabertura ficou muito boa a programação. Agora, não se sabe o que será. Moro perto e diariamente rezo pela sua volta. De kodo geral acredito principalmente que a cabeça do público começa a aceitar filmes menos palatáveis como "Parasita". O cinema está mudando, os diretores coreanos, dinamarqueses, chineses, indianos, marroquinos também encontrando visibilidade e isso obriga a programação e programadores seguirem esse fluxo.

 

 7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não acredito. É infinitamente mais lúdico e poético, as pessoas gostam e tem tudo a ver com o cinema.  Além de todos os aspectos para a humanidade e para o mundo, foi péssimo o efeito da pandemia para as salas de cinema e teatro. Mas tenho fé e esperança que as coisas boas retornem.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Enquanto Somos Jovens, do Noah Baumbach, de 2014. Conta a história da amizade entre um casal de quarentão (Ben Stiller e Naomi Watts) e outro mais jovem (Adam Driver e Amanda Seyfried) e embora surjam situações clichês é uma comédia muito divertida que propõe reflexão o significado do que é ser "jovem e descolado" e ser "maduro e estabilizado", que pode levar a um desejo de inversão de papéis.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não, de jeito algum. Essa doença é misteriosa e traiçoeira e não livrou a cara de nenhum lugar do mundo, que ficou unido querendo ou não por esse episódio. Mas agora, com o passaporte das vacinas sendo obrigatoriedade para a entrada em lugares, acho que estamos perto do final dessa privação de não ver filmes no telão. Só tive coragem de ir 3 vezes nesses quase 2 anos, por crise de abstinência, mas acabo me recolhendo. Rezando para essa medida óbvia de mostrar comprovante de vacinação se concretizar.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Muito boa. Acho que temos muita qualidade desde sempre e muito sangue novo nas produções, uma resistência está se fazendo necessária mas vemos muita garra e boa qualidade. Destaco Doutor Gama, de Jeferson De, Os Últimos Dias de Gilda, de Gustavo Pizzi,  Homem Onça, de Vinícius Reis alguns bons exemplos. Tenho gostado de algumas séries brasileiras também que aquecem o mercado de trabalho. Gosto da diversidade que vem sendo mostrada, gosto cada vez mais de temas, povos e lugares brasileiros sendo trazidos para a tela. Não concorde com algumas políticas de algumas produções que gastam muito em viagens para fazer filmes fora do Brasil tipo Miami, Portugal, Itália. Quero dizer que esse custo com translado, estadia e alimentação para mim não se justifica e não acrescenta nada, e não traz nada nosso.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Fernanda Montenegro, Zé Carlos Machado, Camila Pitanga, são muitos os que eu sou fã. Selton Mello, Lázaro.

 

12) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Eu tenho uma reação de não olhar nem prestar atenção naquilo que sei que não vai me agradar. Isso me aconteceu com Cinderela Baiana e outras coisas. É até ruim isso porque às vezes nem tenho certeza se não vou gostar porque não vi.....mas é mais forte do que eu

 

13) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não necessariamente cinéfilo chiita, senão nem dá tempo de filmar. Mas tem que gostar de ver filmes e conhecer trabalhos de cineastas. Admiro muito Woody Allen (fui das que não o cancelou) e adoro a coisa dele com Bergman, de levar seu fotógrafo Sven Nykvist para seus filmes. A Outra, Contos de Nova York, Crimes e Pecados e Celebridades. Também amo o livro de conversas entre Truffaut e Hitchcock. Acho que se consolida uma espécie de confraria gerando muitas homenagens em obras dos admiradores aos admirados. Vemos isso o tempo todo e acho que é um processo natural.

 

14) Qual o pior filme que você viu na vida?

Rapaz, com muita tristeza detestei Os Belos Dias de Aranjuez, de Wim Wenders cineasta que gosto demais. Acho que não entendi sei lá .....também detestei Mãe, do Aronofsky. 

 

15) Qual seu documentário preferido?

Todos que vi do Coutinho mas vou dizer Edifício Master.

 

16) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sim. Muitas vezes.

 

17) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Coração Selvagem de David Lynch. Não vejo nada dele desde o princípio dos anos 2000.

 

18) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Adoro Cinema. Amo o Belas Artes à La Carte mas não assino porque não dá tempo de ver mais nada.

 

19) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Amazon Prime, Netflix, Globoplay

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04/09/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #511 - Isabelle Oliveira


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de São Bernardo do Campo (São Paulo). Isabelle Oliveira tem 26 anos. Cigana do grande abc, ilustradora, animadora, editora e Youtuber, dubladora amadora e nas horas vagas é atendente de telemarketing. Formada em técnico de jogos digitais, informática e animação 2D. Acredita que o audiovisual é uma ferramenta poderosa aonde contamos nossas histórias e com um grande poder de modificar e transformar a sociedade.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

É a da Playarte no shopping metrópole em São Bernardo do campo, além da praça de alimentação, enquanto ainda não começa a sessão da para passear, bater papo e pegar o fundo para assistir o filme. Fica observado do buraco quadrado e ouvir o barulho do projetor rodando o filme.

 

2) Qual o primeiro filme que você  lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

James e o pêssego gigante, fiquei fascinada vendo personagens reais virando animação em stop motion e questionei como fizeram isso? Do real para animação e pensei cinema e mais do que saber meras técnicas e sim contar sua história e visão do seu mundo como diretor.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Hayao Miyazaki - Filme: A Viagem de Chihiro.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

O auto da compadecida, por quê faz uma autocrítica de como era difícil a vida no sertão e os meios infelizmente errados a tomar para subir na vida e o descaso do governo ao povo sofrido através do bom humor ácido.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Declarar seu amor ao mundo da 7 arte. E através da imaginação e criatividade contar sua visão de mundo a sociedade.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não muito, e muito blockbuster americano e pouca variedade de filmes e animação de outros países que pessoas perdem a oportunidade de ter contato audiovisual diferente.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Acredito que não, não tem palavras de sentar na cadeira e ver aquele telão com som estrondoso e uma experiência diferente a cada filme que vai assistir no cinema.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

A Casa Lobo

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Só devem abrir quando todos estiverem vacinas e para entrar comprovar o comprovante de vacinação.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Nosso cinema e o melhor do mundo, infelizmente está tendo o desmonte, não vemos incentivos de políticas públicas para nossa cultura, infelizmente com o atual governo. O cinema brasileiro não e só filmes pastelão comédia, temos séries e filmes de outros gêneros.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Fernanda Montenegro, Lázaro Ramos, Wagner Moura.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Dedicação e amor a 7 arte.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema

Viu ver uma animação independente e como não tinha muita gente, digamos estavam se "atracando" foi cômico e embaraçoso, era difícil concentrar no filme como os "barulhos".

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Um filme merda, mas que a gente gosta.

 

15) Qual o pior filme que você viu na vida?

50 tons de cinza, o bom amigo dinossauro.

 

16) Qual seu documentário preferido?

Democracia em vertigem.

 

17) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Claro com certeza, e vejo os créditos finais. 

 

18) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

O senhor das armas.

 

19) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Plano Crítico, Pablo Villaça, cult.

 

20) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Netflix.

 

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30/08/2021

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Pausa para uma série - Clickbait


Quando as ações dentro de pré-julgamentos entram em choque. O sensacionalismo através de visualizações, curtidas que compartilhamos acabam sendo um background para tudo que acompanhamos nesse novo mistério disponível no catálogo da Netflix. Clickbait fala sobre a exposição de uma família após um sequestro e como essa situação acaba refletindo na vida de muitos outros personagens que estão próximos ao epicentro dessa trama que busca na força de seu mistério resolução para subtramas pouco profundas com algumas lacunas deixadas de lado. Essa minissérie de oito episódios criada pelos show runners Tony Ayres e Christian White tem ótimas atuações de Zoe Kazan e Betty Gabriel.


Na trama, acompanhamos a família Brewer, composta pelo marido e fisioterapeuta Nick (Adrian Grenier), pela esposa e professora Sophie (Betty Gabriel), pela irmã de Nick, a enfermeira Pia (Zoe Kazan), e os filhos Kai (Jaylin Fletcher) e Ethan (Camaron Engels). Tudo na vida deles muda completamente quando, misteriosamente, uma live aparece online em um site famoso de vídeos onde Nick está machucado e segurando cartazes com afirmações bombásticas. A partir disso, a família entra em colapso tendo que enfrentar a avalanche da ansiedade da imprensa, a investigação da polícia, os mistérios que surgem a partir das afirmações mostradas e os segredos de famílias.


O roteiro busca até o último segundo buscar surpreender o espectador, isso pode ser visto como um mérito mesmo que por conta disso, e nesse caso, algumas pontas fiquem bastante soltas se tornando apenas meras faíscas que nunca se acendem mas que de alguma forma nos mostra segredos até então escondidos de algumas subtramas. O ritmo acelerado se constrói muito bem se pensarmos no abre alas, inclusive, com a visão da segunda personagem mais impactante na história, Pia, essa que conseguimos entender melhor através de sua impulsividade e seu faro de detetive indo atrás de respostas para perguntas que acabar de conhecer. A mãe e professora Sophie é onde todos os olhos se apontam, principalmente com a exposição de fatos sobre sua vida com o marido, toda a trama passa por ela e a partir de escolhas sobre como lidar com isso vamos entendemos melhor o real drama que essa família vive nesses dias de tensão, choros, e um certo descontrole dentro de uma situação inimaginável até aquele momento.


As abordagens sobre o papel da mídia, da ética profissional também, nesse caso até mesmo uma certa caricatura um pouco extrema mas não muito longe da realidade, quando pensamos no jornalista que invade casas e destrói seu relacionamento por conta de novidades para seu furo jornalístico. Há também a questão dos relacionamentos online, seus perigosos ou não encontros, suas verdades e mentiras abrem boas discussões sobre o tema.


O desfecho busca seu impacto através de uma porta pouco aberta durante toda a trama, explicar sobre esse final é tirar a cereja do bolo de qualquer espectador, mas podemos dizer que nessa busca pela surpresa o seriado encontra um elo com a solidão e há reflexões bastante profundas sobre a internet.

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #510 - Vânia Zancanaro


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de Guarulhos (São Paulo). Vânia Zancanaro tem 38 Anos. É atriz, roteirista e compositora de Belém do Pará para São Paulo.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Cinemark (Shopping Internacional de Guarulhos) Tem os Melhores Lançamentos!

 

2) Qual o primeiro filme que você  lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Independence Day me fez apaixonar por Cinema.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Diretor Favorito: Steven Spielberg, Filme Dirigido por ele: A Lista de Schindler.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Filme Nacional Favorito: Cidade de Deus, pela Riqueza do Roteiro, Fotografia, pela mensagem que transmite.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Cinéfilo é um Amante da Sétima Arte em todos os aspectos.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece  possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não. Embora fosse necessário.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

A tendência com a Tecnologia é as Salas diminuírem até acabarem.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Uma Produção incrível que muitos não viram é Bacurau. Deveriam assistir para prestigiaram o Cinema Brasileiro.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Por se tratar de ambientes fechados, as Salas deveriam abrir após a vacinação.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Dentro das condições da Indústria Cinematográfica Brasileira, diria que estamos Evoluindo.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Sou Fã de Dalton Melo e Wagner Moura.

 

12) Defina cinema com uma frase:

"Uma forma de expressão Artística Completa".

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Durante o Filme Titanic vi muitas pessoas gritando quando o navio partiu ao meio.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Uma Produção desnecessária.

 

15) Muitos diretores de cinema  não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Uma Produção para dar certo depende de dedicação e afinidade com o Projeto em questão. Seria melhor que o Diretor fosse um Cinéfilo.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

A Franquia Velozes e Furiosos é Péssima.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Documentário: Five Came Back.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sim. Filme Titanic.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Motoqueiro Fantasma.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Adoro Cinema e Cinemateca Brasileira.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Spcine Play.

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Crítica do filme: 'Free Guy: Assumindo o Controle'


Divertido, aventureiro e dinâmico. Escrito pela dupla Matt Lieberman e Zak Penn, Free Guy: Assumindo o Controle é um projeto que aborda o universo ansioso e imediatista dos reality shows junto com a ganância que domina os tempos em constante evolução da tecnologia e seus criadores de conteúdos. A fórmula encaixa de maneira certeira pegando um protagonista carismático que dentro de uma ótica pode ser como se fosse nossos olhos dentro da loucura e confusão que nos trazem as inúmeras informações que não param de chegar a cada segundo. No papel principal, mais uma vez, um Ryan Reynolds iluminado, nos faz rir e emocionar. A direção fica com o cineasta e produtor canadense Shawn Levy (que entre outros trabalhos, dirigiu a trilogia Uma Noite no Museu).


Na trama, conhecemos Guy (Ryan Reynolds), um jovem que tem uma vida monótona entre o acordar, ir trabalhar em um banco, interagir da mesma forma com os outros e ir dormir. Certo dia, ele se apaixona por uma mulher que passa pela rua e a partir daí sua vida muda, descobrindo inclusive que faz parte de um jogo de videogame onde é apenas um mero coadjuvante, um robô, algo parecido como um ‘bot’. Ao mesmo tempo, a mulher por quem se apaixona, na verdade é o avatar de Millie (Jodie Comer) uma desenvolvedora de jogos que teve os seus códigos roubados por Antwan (Taika Waititi) o criador do jogo que Guy faz parte. Assim, esses dois destinos, o de Guy e o de Millie se juntam, também ao de Keys (Joe Keery) e essa nova equipe, juntos, tentarão decifrar os mistérios dentro desse jogo e mostrar a verdade.


O liquidificador criativo desse projeto consegue reunir os elementos na dosagem certa para que a diversão pule aos nossos olhos a cada minuto. Em progressão rumo às descobertas em formas de códigos e tecnologia, somos testemunhas de cenas hilárias protagonizadas, muitas delas, por Reynolds e seu carismático personagem. As nada densas camadas dramáticas que passam por nossos olhos nada mais são que pequenos complementos para moldar o que precisamos saber sobre cada personalidade. Essa questão, quase um confronto entre ‘o despertar da inteligência artificial’ e a realidade vivida por jogadores e seus avatares é um contraponto muito interessante para refletirmos.


Os clichês acontecem mas nada que atrapalhe o ótimo ritmo, o dinamismo. O roteiro é ótimo e a direção competente. Ótimo ver a excelente Jodie Comer em um papel de comédia após sua excelente contribuição ao universo dos seriados com a emblemática Villanelle em Killing Eve. Também ótimo é o vilão caricato do ator, produtor e diretor, o neo zelandês Taika Waititi (diretor dos badalados Thor: Ragnarok e Jojo Rabbit). Mas o show é de Reynolds e sua liberdade artística que eleva seus personagens ao ápice do carisma.


Free Guy: Assumindo o Controle é um dos primeiros grandes blockbusters a estreiarem nos cinemas após a reabertura desses nesse ano de 2021. Um filme empolgante que diverte e merece ser visto na telona.  

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26/08/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #509 - Eduardo Pepe


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Salvador (Bahia). Eduardo Pepe tem 25 anos. Jornalista, redator, analista de comunicação e apaixonado por cinema. Maior fã de Meryl Streep e de cinema brasileiro que você provavelmente já foi ouviu falar. Instagram @eduardosspepe.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Sala de Arte. Aqui em Salvador temos a rede de cinemas Sala de Arte. São cerca de 4 salas em diferentes locais da cidade com uma programação voltada para o cinema alternativo, o tal “cinema de arte”. Tudo que não entra nas programações de shopping, normalmente, entra lá. São incontáveis filmes que eu só consegui ver porque estreou em uma das salas desse circuito. O cinema Glauber Rocha, da rede do Itaú, também tem uma programação boa que mistura blockbusters com filmes nacionais também já me possibilitou ver filmes preciosos, incluindo, uma pré-estreia exclusiva do filme Marighella, do Wagner Moura.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Fico em dúvida entre Cisne Negro, O Som Ao Redor e A Árvore da Vida. Foram três idas ao cinema que fiquei fascinado pensando “nossa, isso é diferente”. Considero o início da minha cinefilia, digamos assim.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Pergunta muito difícil. Mas, dentre tantos, o primeiro que me veio à mente foi Kleber Mendonça Filho e meu favorito da carreira dele talvez seja Aquarius. Outras possibilidades de diretores poderiam ser Michael Haneke, Lars Von Trier, Pedro Almodóvar, Sofia Coppola

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Cabra Marcado para Morrer. Pela história arrebatadora e relevante. Pelo formato inédito. Por mostrar como a história atravessou o Brasil e como o cinema fez parte disso. E, de ficção, Vidas Secas e Terra em Transe por motivos bem parecidos que o do documentário do Coutinho.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Mais que ver filmes, é amar e cultivar esse amor buscando ler e saber mais sobre filmes, bastidores e tudo relacionado ao universo cinematográfico.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feita por pessoas que entendem de cinema?

Provavelmente não. A maioria (das redes maiores) deve ser feita por gente que entende de marketing, publicidade e distribuição.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não. Se nem o vinil acabou, o cinema nunca vai acabar. A experiência pode se tornar mais rara, mas sempre vai existir.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Eu adoro Jovens Adultos, do Jason Reitman, com uma performance deliciosa da Charlize Theron. Acho que merecia mais reconhecimento. Um outro filme, esse brasileiro, que eu acho que merecia ser mais conhecido é Canastra Suja, do Caio Sóh.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

As salas de cinema são uns dos ambientes que mais seguem protocolos e regras rígidas contra a covid-19. Não me parece lógica abrir barzinhos indiscriminadamente e os cinemas ficarem obrigatoriamente fechados. Acho que deve, sim, ter regras duras, fiscalização e, claro, redução da lotação das salas, separação entre cadeiras e redução de horários, mas, no cenário atual, não vejo mais motivo para fechamento total delas. Mas também sou a favor de áreas de lazer serem exclusivas a quem se vacinou a partir do momento que todas as cidades estejam com a vacinação liberada para todos os maiores de idade.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

A última década foi espetacular para o cinema brasileiro. O cinema cresceu em todos os aspectos: público, reconhecimento, qualidade, diversidade… Ainda há um longo caminho, mas o avanço foi muito grande. Eu sou absolutamente apaixonado pelo cinema nacional!

 

11) Diga um artista brasileiro que você não perde um filme.

Tem vários, mas de ator destaco Wagner Moura. Assisto absolutamente tudo que ele lança. O mesmo para Fernanda Montenegro e Glória Pires entre as atrizes. Diretores então nem se fala. Eu assisto tudo que Anna Muylaert, Kleber Mendonça Filho, Karim Ainouz e Petra Costa lançam.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é registro de arte e vida em movimento

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Uma vez, comentando baixinho com minha mãe numa sessão de Garota Exemplar, fiz uma amizade no ato abrindo um debate sobre quem seria revelado o vilão ao decorrer do filme.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Nunca vi, nem assisti, eu só ouvi falar… Tenho esse "débito" cinéfilo.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acho que precisar não precisa, porque você pode apenas executar bem sua função tecnicamente e ser competente, mas para você ser um GRANDE diretor e marcar a história fica bem difícil se você não for cinéfilo. Para você ser grande em qualquer coisa, você precisa de muito referencial.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Devo tá comentando uma injustiça e esquecendo de algum filme muito pior, mas o primeiro que passou pela minha cabeça foi o Cada um tem a gêmea que merece.

 

17) Qual seu documentário preferido?

É Cabra Marcado Para Morrer, de Eduardo Coutinho, mas como já citei ele anteriormente posso falar Jogo de Cena, também do Eduardo Coutinho, e Elena, da Petra Costa. O documentarismo brasileiro é o melhor do mundo.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Já aconteceu algumas vezes, principalmente, em sessões com participação do elenco na sessão. Mas espontaneamente numa sessão comum aconteceu algumas vezes, como em Que Horas Ela Volta? e Aquarius. O cinema todo bateu palma, foi lindo. 

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Eu acho que foi Adaptação, mas amo também Despedida em Las Vegas. Nicolas Cage é um baita ator quando não está trabalhando apenas para pagar suas dívidas.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Eu gosto muito do blog da Isabela Boscov, da Veja. Acho que é o que eu mais leio e acompanho.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Eu tenho acesso a Netflix, Amazon Prime Video, AppleTV+, Globoplay e HBO Max. Eu acho que para FILMES especificamente acabo vendo mais coisa na Netflix mesmo pelo fato de ter a melhor produção própria. O Amazon Prime tem um catálogo de filmes melhor no geral, mas muita coisa eu já vi.

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25/08/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #508 - Ligia Helena Villon


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de São Bernardo do Campo (São Paulo). Ligia Helena Villon tem 31 anos. Formada em Cinema Digital e animação. Atua principalmente como montadora, produtora, diretora e roteirista. Co-produtora no coletivo independente Alguma Coisa Filmes, colaboradora do Coletivo Quadrinhos do Mundo e na página Mulheres Audiovisual, cineasta independente, dirigiu 6 curtas e um média metragem. Possui história publicada pela editora Skript no quadrinho "Pândega" com mais outros artistas que foi ilustrada por Mazure Moganash. E como uma colaboração no livro "Al Azif - O Necronomicon", e na HQ "Crônicas de 2020".

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação à programação? Detalhe o porquê da escolha.

Essa pergunta é bem interessante porque, como eu cresci na década de 1990, os cinemas de rua já tinham sido praticamente instintos e só havia salas de cinema de shopping. E no caso de São Bernardo, havia menos opções ainda. Então onde eu moro tinha um lugar que era um “point” não pela qualidade ou pelas opções, mas sim pela falta delas. Era o Cinemark do Extra Anchieta. Ele é bem localizado e abrange SBC, Diadema, SCS. Depois, com o tempo, outros cinemas melhores apareceram em outros shoppings. Mas todas as grandes pré-estréias àquele cinema faziam filas de dar voltas gigantescas em todo hipermercado. Infelizmente, São Bernardo carece de diversidade de programação, Bacurau aqui, por exemplo, ficou só uma semana em cartaz em uma sala apenas.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Olga (2004) - Jayme Monjardim.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Anna Muylaert - Que horas ela Volta? (2015).

 

4) Qual seu filme nacional favorito e por quê?

Que horas ela Volta? (2015) – Anna Muylaert, pelo o tema e como ele foi abordado.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Adorar filmes, mas não só de ver filmes, de todos os aspectos dos que abrangem um filme como, por exemplo, a construção de um filme.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feita por pessoas que entendem de cinema?

Sim e não, quem faz a programação de um cinema entende cinema, mas do ponto de vista financeiro. Ele olha para o filme e calcula se aquele filme vai trazer retorno financeiro para ele. Falar sobre o tripé do cinema (produção, exibição e distribuição) no Brasil é bem mais complicado do que parece. Cada filme tem seu próprio acordo de distribuição e nosso país tem sérios problemas de distribuição e exibição.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não, é normal achar isso, mas a quebra de paradigma já aconteceu antes com a televisão e os cinemas não acabaram, apenas se reinventaram. O mesmo vai acontecer agora com a evolução dos streamings e a covid-19.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram, mas é ótimo.

Cléo das 5 às 7 (1962) – Agnès Varda.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não. Salas de cinema são ambientes fechados com ar-condicionado. Amo cinema, mas a vida vem antes. Existem soluções alternativas como drive-ins, por exemplo.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Como sempre muito boa, é que as pessoas têm pouco acesso aos produtores menores. Temos uma variedade muito boa de filmes, séries e etc. que não são tão conhecidos pelo público nacional. Por exemplo, você conhece a web-série Punho-Negro?

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Eu acho que não tenho nenhum artista favorito, nem nacional ou internacional, que me faça assistir todos os filmes dele. Eu apenas vou assistindo os filmes conforme me dá vontade. Eu vou pela história, se tem algum elemento que me chamou a atenção, eu assisto.

 

12) Defina cinema com uma frase:

A arte de contar histórias com imagens em movimento.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Numa sessão do que fui para o Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012) o cinema estava quase vazio, mas tinha um grupo de adolescentes, que do nada, antes dos trailers começarem decidiram fazer uma volta olímpica pela sala de cinema. 

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Necessário, ele é tão ruim que fica bom. E a luta contra o trabalho infantil é nobre.

 

15) Muitos diretores de cinema  não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Sim, quando eu fiz faculdade de cinema eu pensava “Ok, eu vou ter que assistir de tudo agora”. E é isso mesmo, tiveram aulas que foram assistir filmes. Alguns colegas ficaram revoltados, mas não faz sentido. É como você ser médico e ter medo de sangue. É intrínseca à profissão, para você ser cineasta você tem que ter background, saber o que já foi feito. Tem que gostar de ver filmes.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Eu não lembro o nome exato, mas a sala começou meia cheia e terminou com 4 pessoas (eu, minha irmã, o namorado dela e mais uma pessoa). Num festival latino-americano, um documentário de uma hora e meia sem diálogos de uma menina andando pelo deserto do Atacama. Acho que era “Alice en La cidades”. Só no final explicava o porquê que a menina estava andando no deserto e só 4 pessoas sabem o porquê depois de uma prova de resistência.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Ilha das Flores (1989) – Jorge Furtado

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Já, mais de uma vez, principalmente em festivais.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Homem-Aranha no Aranhaverso (2019)

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Nenhum. Atualmente, eu tenho percebido uma tendência de sites de cinema a escrever qualquer asneira só pelo click. Então eu evito ao máximo. Eu sigo alguns colegas da área e a newsletter da Revista do Exibidor.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Eu assisto bastante coisa pela Netflix, HBOMax e Amazon Prime Video, algumas coisas no Disney Plus. Mas tem também alguns streamings não tão conhecidos que valem a pena conhecer onde eu descobrir vários filmes: CineSesc, Darkflix, TelaTrans e Mulheresflix.

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