Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa objetivamente o filme 'Äiti'. Não esqueçam de curtir os nossos vídeos :)
O que achei do filme: 'Äiti'
Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa objetivamente o filme 'Äiti'. Não esqueçam de curtir os nossos vídeos :)
Baseada no romance Are
You Sleeping de Kathleen Barber,
nessa primeira temporada de Truth be
Told acompanhamos a jornalista e dona de um podcast de sucesso Poppy
Parnell (Octavia Spencer), especialista
em investigações sobre crimes cometidos na cidade onde vive, São Francisco, que
por conta de uma nova evidência começa a repensar os passos de um crime
cometido 19 anos atrás e que teve a condenação de Warren Cave (Aaron Paul), um garoto de 17 anos na
época, como o assassino de um famoso escritor que estava no dia do ocorrido com
suas filhas gêmeas e sua mulher. Assim, vamos navegando pelas verdades e
mentiras que aparecem pelo caminho e acompanhando o drama de Warren em um lugar
impossível de viver sem abalos emocionais.
Há várias portas que se abrem em Truth be Told, a questão é saber qual vai ser a que te convence, e
se tem alguma que te convence. Se formos caminhar pela ótica da protagonista,
enxergamos o cenário mais completo principalmente no lado que mais a incomoda,
no simples fato de ter pensado questões erradas sobre o desenrolar de um crime
que acompanhou de perto ajudando inclusive a tornar seu conteúdo, e seu
podcast, mais famoso nos Estados Unidos. Esse conflito da protagonista a segue
até o desfecho e de alguma forma acaba deixando margem para uma (já confirmada)
segunda temporada. Há a visão do jovem preso que passou mais tempo atrás das
grades do que fora delas, que viu sua mãe envelhecer e adoecer sem poder estar
perto, sempre jurando inocência pelo assassinato que fora condenado. Inclusive
para esse, os horrores da prisão são sentidos de maneira aterrorizante.
Infelizmente há peças muito soltas nesse confuso quebra-cabeça.
A subtrama do pai de Warren, um futuro alto cargo da polícia que na época
escondeu segredos, a esposa do escritor assassinado e sua relação com as filhas
e a muito confusa saga e distanciamento das gêmeas já na fase adulta
(protagonizadas pela atriz Lizzy Caplan).
Buscando entender sobre essas óticas, o seriado cai num abismo sem explicação
com peças tortas colocadas dentro do que era para ser óbvio.
A grande esperança de Truth
be Told, pode ser a próxima temporada, pois seu arco principal, a
investigação, a forte presença de Poppy e seu podcast podem ser os complementos
de muitas histórias. Vamos torcer e acompanhar!
O projeto tem vários méritos, navega por assuntos importantes
dentro de um cenário musical concorrido em uma época que tocar nas rádios era uma
vantagem, inclusive com uma análise bem profunda sobre essa questão. Havia uma
falta de espaço nessas mesmas rádios, dominadas pelas táticas comerciais das
gravadoras e para um grupo tão inovador em sua proposta como o Rumo, o início
da produção independente acabara sendo um caminho preponderante em sua jornada
mesmo que isso não significasse viver 100% da música para sobreviver. Um grupo
sem fins lucrativos? Eles buscavam viver de uma maneira livre mas ou menos um
paralelo com suas músicas, sem tom fixo, buscando quase o elemento na canção
que caracterizava a linguagem. Talvez por não terem o lucro como o foco
principal, o agradar, tinha uma liberdade artística caminhando em cima da
teoria e evolução da música brasileira.
O início do grupo é bem explicado, com divertidos
depoimentos de seus integrantes, quase todos vivos até hoje. De peculiar, um exemplo são os debates
sobre as canções, após inesquecíveis shows na FAU (Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo), no início da carreira. De vez em
quando buscavam simetrias em canções de outros, como em uma música de Noel Rosa
inclusive. Esse documentário é quase um grande aulão sobre o cenário da música
brasileira em décadas passadas e mais profundamente de maneira simples e
explicativa navegamos pelos fundamentos da linguagem da música popular, até da
arte teatral, aliada a um humor que fazia um elo com os sambas dos anos 30. Muito
prazer Rumo, gostei de conhecer você. O documentário tem lançamento nacional em
01 de julho.
Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, do Rio de Janeiro. Anna Prestes tem 23 anos. Formou-se em
Ciências Sociais e, atualmente, está cursando Cinema e Audiovisual na UFF. É
apaixonada pela sétima arte desde pequena. Acaba de lançar o @cinebarpodcast com uma amiga voltado
para crítica de cinema.
1) Na sua cidade,
qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da
escolha.
Por estudar na UFF, frequento muito o Cinema Reserva Cultural Niterói. A programação
de lá é muito abrangente e sempre tem lançamentos nacionais que eu não consigo
achar em outros cinemas.
2) Qual o primeiro
filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.
Eu tenho uma relação muito particular com Moulin Rouge! - Amor em Vermelho
(2001), mesmo não tendo visto esse filme no cinema, pois era bem nova quando
foi lançado, mas assisti com a minha irmã mais velha muitas vezes e depois coloquei
praticamente todas as minhas amigas para assistirem. Foi um filme que me deixou
maravilhada em relação ao cinema e todas as suas possibilidades. Não sei a
quantidade de vezes que vi, mas sempre percebo coisas novas quando revejo. Ao
assisti-lo no Shell Open Air, entendi que minha paixão pela sétima arte vem de
muito cedo e um dos culpados é Moulin Rouge!
3) Qual seu diretor
favorito e seu filme favorito dele?
Vou falar dois: Michelangelo
Antonioni - Blow Up (1966) e Agnès
Varda - As Duas Faces da Felicidade (1965).
4) Qual seu filme
nacional favorito e porquê?
Das Tripas Coração
(1982) da Ana Carolina, esse filme é
completamente caótico e permeado pela histeria coletiva feminina. E por isso
amo demais.
5) O que é ser
cinéfilo para você?
Por muito tempo eu reneguei essa palavra, relacionava
cinéfilo com uma certa arrogância (que eu acho que às vezes nós temos mesmo).
Mas aprendi a apreciá-la, porque é isso que eu sou. Uma pessoa que assiste todo
tipo de produções audiovisuais e é completamente apaixonada por esse meio. O
cinema faz parte de mim.
6) Você acredita que
a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feita por pessoas
que entendem de cinema?
Cada cinema é voltado para um público. Eu frequento dos
cinemas mais comerciais aos mais alternativos, acredito que todos eles entendem
qual programação seu público prefere, não sei se necessariamente essas pessoas
entendem de cinema em si. Mas, também acho importante quando esses cinemas
comerciais fazem sessões do Festival de Cinema do Rio. Por exemplo, eu assisti
a Retrato de uma Jovem em Chamas
(2019) no Kinoplex Tijuca, e a sala
estava razoavelmente cheia.
7) Algum dia as salas
de cinema vão acabar?
Creio que não. Por mais que os serviços de streaming estejam
dominando hoje em dia, as pessoas sentem falta dos cinemas. É um momento de
lazer para muitos, muitas vezes um evento porque, na maioria das vezes, os
ingressos são caros, então não são todas as pessoas que conseguem frequentar.
Mas, até por esses motivos, acho difícil o espaço físico do cinema acabar.
8) Indique um filme
que você acha que muitos não viram mas é ótimo.
Um clássico nacional que eu acho que nem todos assistiram é O Amuleto de Ogum (1974) do Nelson Pereira dos Santos. Algo mais
recente, diria o suspense coreano Noite
no Paraíso (2020) (tá na Netflix).
9) Você acha que as
salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?
Não. Eu sou uma pessoa que está morrendo de saudades de ir
ao cinema, vejo vários filmes que estou ansiosa para assistir estreando nos
cinemas e fico muito triste. Mas, ainda não é hora para isso. Enquanto a doença
não estiver controlada e a população vacinada, não estamos seguros em espaços
fechados, mesmo com distanciamento social.
10) Como você enxerga
a qualidade do cinema brasileiro atualmente?
O cinema nacional tem nos dado excelentes produções. Não
apenas filmes como Bacurau (2019) e A Vida Invisível (2019), mas os filmes
do novo cinema mineiro, como Arábia
(2017) e Temporada (2018), além de
vários documentários como Bixa Travesty
(2018) e Espero Tua (Re)volta (2019).
Infelizmente, há uma crise gravíssima provocada por esse desgoverno, mas
acredito que o cinema brasileiro continuará resistindo, se renovando e
entregando grandes obras.
11) Diga o artista
brasileiro que você não perde um filme.
Grace Passô e Karine Telles, duas das nossas maiores
artistas atuais.
12) Defina cinema com
uma frase:
"O cinema é meu lar, sinto que sempre morei aqui" Agnès Varda.
13) Conte uma
história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:
Eu fui assistir a Coringa
(2019) sozinha no cinema, tinha acabado de lançar, era uma sessão das 16h,
tinha só eu e mais umas 10 pessoas na sala. Numa cena bem tensa do filme,
(SPOILER: chegam dois caras na casa dele e ele pega a tesoura para matar o
cara), bem na hora que ele tirou a tesoura do bolso, A LUZ ACABOU. Voltou uns cinco
minutos depois. Tivemos que ficar esperando a luz se restabelecer, e na hora
que voltou, avançaram para além da cena da tesoura. Enfim, foi uma experiência
engraçada.
Outra que eu adoro, foi quando assisti A Favorita (2018) e quando o filme acabou, as pessoas não
entenderam que o filme tinha acabado. Porque Yorgos Lanthimos, não é mesmo.
14) Defina 'Cinderela
Baiana' em poucas palavras...
Nunca assisti, mas pau que nasce torto nunca se endireita.
15) Muitos diretores
de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta
precisa ser cinéfilo?
Não, qualquer um pode dirigir um filme, principalmente hoje
em dia. Mas adoro diretores cinéfilos. Assistir o Scorsese falando sobre os
filmes que ama é incrível.
16) Qual o pior filme
que você viu na vida?
Cats (2019).
17) Qual seu
documentário preferido?
Vou falar três:
Os Catadores e Eu
(2000) sim, Agnès Varda de novo.
Que Bom Te Ver Viva
(1989), Lúcia Murat.
Um Homem com uma
Câmera (1929), Dziga Vertov.
18) Você já bateu
palmas para um filme ao final de uma sessão?
Com certeza, em festivais de cinema é muito comum.
19) Qual o melhor
filme com Nicolas Cage que você viu?
O melhor é Arizona
Nunca Mais (1986), mas o que eu mais gosto é Feitiço da Lua (1987). Também amo Coração Selvagem (1990).
20) Qual site de cinema
você mais lê pela internet?
IndieWire, adoro
as críticas do David Ehrlich. E o Mulher no Cinema. Também gosto das
críticas da Isabela Boscov na VEJA.
21) Qual streaming
disponível no Brasil você mais assiste filmes?
Sem dúvidas, a Netflix.
Mas tenho assistido bastante filmes na MUBI
porque cinema com curadoria é tudo.
Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de São Paulo. Lala Alarcon tem 23 anos, mora em
São Paulo e é formada em moda pela Faculdade Santa Marcelina. Redatora e
produtora de conteúdo, ela compartilha análises e curiosidades sobre figurinos
de séries e filmes no perfil do Instagram @costumeincinema.
1) Na sua cidade,
qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da
escolha.
O meu queridinho é o Petra
Belas Artes. Acho que eles fazem uma curadoria incrível e sempre colocam em
cartaz filmes muito relevantes, independente de serem pipoca ou mais alternativos.
Mas o que faz eles ganharem o meu coração são as programações especiais, principalmente
as maratonas da madrugada. Uma vez entrei na sala às 23h e só sai às 8h da
manhã do outro dia. Era a estreia de Midsommar
e depois passaram mais dois filmes de terror em homenagem à sexta-feira 13, foi
uma das experiências mais legais que já tive dentro de uma sala de cinema. Além
disso, eles fizeram um trabalho fantástico com o drive-in no ano passado quando
todos os cinemas fecharam por causa da pandemia. Na minha opinião, eles
deveriam continuar com essa ideia pra sempre!
2) Qual o primeiro
filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.
Acredite se quiser, mas foi assistindo o Gordo e o Magro. Meu pai amava e até
hoje ele guarda uma coleção enorme de dvds com toda a filmografia deles. O meu
preferido era A Herança Assombrada,
eu assistia em looping e ficava encantada com os cenários e personagens
caricatos. Por mais simples que fosse, eu achava tudo muito mágico.
3) Qual seu diretor
favorito e seu filme favorito dele?
Eu amo tudo o que o Wes
Anderson faz, em especial O
Fantástico Senhor Raposo, mas meu filme preferido da vida é Antes do Amanhecer, do Richard Linklater. Além disso, eu também
tenho gostado bastante dos filmes dirigidos pela Greta Gerwig, ela com certeza tá no meu radar de favoritos.
4) Qual seu filme
nacional favorito e porquê?
O Auto da Compadecida.
Eu lembro de assistir a minissérie na casa dos meus avós quando ainda era bem
pequena e cresci reassistindo o filme várias vezes. Hoje, tendo um olhar mais
crítico, sigo achando incrível. Não só pelo apego emocional, mas por conta de
todas as nuances e atuações fantásticas também. Inclusive já tive o prazer de
conhecer o Matheus Nachtergaele e
admiro muito o trabalho dele dentro e fora do filme.
5) O que é ser
cinéfilo para você?
Eu acredito que um cinéfilo é alguém tão importante quanto
um diretor de filme. É a mesma lógica de um leitor e um escritor. Por mais que
os artistas criem com um determinado objetivo, quem dá o real significado é
quem consome a arte. Tem muita gente que acredita que para ser um cinéfilo você
precisa assistir um filme clássico por dia e conhecer todos os diretores do sul
asiático, mas se você ama de verdade e respeita o cinema, para mim, você já é
considerado um. A gente precisa entender que nem todo mundo tem acesso ou facilidade
para compreender a complexidade de alguns tipos de filme, por isso o papel cinéfilo
é tão importante, cabe a ele questionar os porquês e criar um diálogo que abra caminhos
e gere discussões relevantes.
6) Você acredita que
a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feita por
pessoas que entendem de cinema?
Eu acho que elas podem até entender, mas todo mundo que tá
por dentro desse mercado sabe que o grande problema são as distribuidoras. Não
adianta nada colocarem profissionais muito bem qualificados nesses tipos de cargo
se os filmes que entram nos cinemas brasileiros dependem de negociações
milionárias e de um monopólio que quase sempre privilegia quantidade à
qualidade.
7) Algum dia as salas
de cinema vão acabar?
Eu espero que não. É claro que é muito conveniente ter
vários serviços de streaming com catálogos infinitos na palma da nossa mão, mas
o cinema não se resume a isso. Ele é sobre ter experiências, criar
expectativas, fazer uma imersão no momento... E quando vemos filmes em casa
muitas vezes não conseguimos absorver o potencial máximo da obra.
8) Indique um filme
que você acha que muitos não viram, mas é ótimo.
Eu Não Estou Lá
do Todd Haynes. Ele convidou seis
atores, entre eles o Christian Bale,
o Heath Ledger e a Cate Blanchett, para interpretar o Bob Dylan em diferentes fases da sua carreira
musical. É um filme único e muito bem pensado.
9) Você acha que as
salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?
Estou respondendo essa entrevista em junho de 2021 e graças
a Deus a população já está sendo vacinada. No momento em que estamos vivemos eu
acredito que não tem problema se tudo for feito com muito cuidado, mas se você
me perguntasse isso há um ano, quando ainda não tínhamos muitas expectativas,
eu provavelmente diria que não. É um alívio saber que esse capítulo conturbado
da nossa história já está quase no fim.
10) Como você enxerga
a qualidade do cinema brasileiro atualmente?
Acho que temos vários artistas excelentes e obras que deixam
muitas produções de Hollywood no chinelo. Vira e mexe diretores grandes como David
Lynch e Martin Scorsese elogiam algum filme nacional, mas infelizmente a maior
parte dos brasileiros que têm acesso a esse tipo de informação ainda não
aprendeu a dar o devido valor. Já vi muitos conhecidos que tem acesso à
informação preferirem ir ao cinema para assistir a mais um filme de ação
meia-boca do Liam Neeson do que darem uma chance para uma produção nordestina
como Boi Neon. É muito triste ver filmes inovadores e com um potencial gigantesco
sucumbirem ao preconceito e ignorância da população do seu próprio país.
11) Diga o artista
brasileiro que você não perde um filme.
Com certeza o Selton
Mello. Acho ele um dos artistas mais versáteis da nossa geração e não falo
só pelo o trabalho dele como ator. Adoro a dublagem dele em A Nova Onda do Imperador e considero
seu papel em Estômago um dos mais intensos que já vi em um filme.
12) Defina cinema com
uma frase:
Tem uma frase da Julie
Delpy em Antes da Meia-Noite que
ela diz que sempre tem a sensação de estar dentro de uma memória ou um sonho. E
eu para mim, quando assisto algum filme, me sinto exatamente assim: como se
tivesse vivido aquilo, seja no passado ou em outra dimensão.
13) Conte uma
história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.
Vale uma coincidência fofa? Em 2012 eu era apaixonada por um
menino e fomos com um grupo de amigos assistir O Espetacular Homem-Aranha. Sentei do lado dele e fiquei o filme todo
insistindo pra que ele me beijasse, mas o que recebi foi um fora tão bonito que
resolvi esquecer ele pra sempre. Bom, não preciso nem comentar que o meu plano
não deu certo, né? Continuei apaixonada, mas ao invés de ganhar seu coração no
romance, eu mudei a estratégia e foquei em construir uma boa amizade. Um ano
depois, quem estava apaixonado era ele e desde então, há 8 anos, assistimos
todos os lançamentos de Homem-Aranha juntos.
14) Defina 'Cinderela
Baiana' em poucas palavras...
Um filme que não poderia pertencer a nenhum outro lugar do
mundo, se não o Brasil.
15) Muitos diretores
de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta
precisa ser cinéfilo?
Na teoria acho estranho, mas na prática sei que as coisas
são diferentes. Por ser um trabalho artístico, que envolve inspiração e carrega
uma carga muito forte da essência do diretor, essa ideia me parece meio
contraditória, mas pode acontecer. Conheço muitas pessoas que são excelentes em
suas profissões, mas que não são necessariamente apaixonadas pelo universo em
que estão inseridas.
16) Qual o pior filme
que você viu na vida?
Tenho uma lista com vários, mas um que me deixou ofendida de
tão ruim foi Mary Shelley. Lembro
que fui toda empolgada assistir porque se tratava de uma produção da Haifaa al-Mansour, a primeira mulher
saudita a se tornar cineasta, e até hoje me pego pensando em como conseguiram
transformaram uma história feminista tão interessante em um filme tão
superficial e fraco. Tem tanta coisa errada com esse filme que nem sei por onde
começar.
17) Qual seu
documentário preferido?
Confesso que sou viciada em documentários e é muito difícil
escolher só um, principalmente se forem sobre moda, que é a minha área de
atuação. Um dos meus preferidos é Bill Cunningham
New York, que fala sobre o precursor da fotografia de streetstyle, e outro
que me marcou muito é Dior e Eu
(2014). Ele está longe de ser perfeito, mas lembro que assisti quando estava na
época de decidir qual faculdade cursar e com certeza esse filme foi um grande
influenciador na minha carreira.
18) Você já bateu
palmas para um filme ao final de uma sessão?
Algumas vezes, mas pra mim só faz sentido se for em festivais,
pré-estreias muito hypadas ou em sessões com o diretor.
19) Qual o melhor
filme com Nicolas Cage que você viu?
Eu tenho certeza de que essa pergunta é uma pegadinha, inclusive
ela me fez lembrar de um episódio da quinta temporada Community em que eles discutem se o Nicolas Cage é um bom ou um mal ator. Eu gostei bastante de Adaptação, mas confesso que só assisti porque
é dirigido pelo Spike Jonze.
20) Qual site de
cinema você mais lê pela internet?
Eu acesso o IndieWire
quase todos os dias, mas ultimamente tenho consumido mais conteúdos rápidos
pelo Instagram ou ouvido podcasts para dar conta de fazer várias tarefas ao
mesmo tempo. O da A24 é o meu
preferido do momento!
21) Qual streaming
disponível no Brasil você mais assiste filmes?
Depende muito do mood do que to afim de assistir. É meio difícil
fugir do trio Netflix - Amazon - HBO,
mas pelo menos uma vez por semana faço questão de entrar no Mubi e conferir as novidades do
catálogo. Tem muita coisa incrível escondida lá.
Na trama, conhecemos o treinador de futebol americano Ted
Lasso (Jason Sudeikis), que é
curiosamente contratado por Rebecca Welton (Hannah Waddingham), presidente de um time da primeira divisão do
futebol inglês, a Premier League, para assumir o time e lutar arduamente contra
o rebaixamento. A questão é que Ted não entende nada de futebol (o soccer) e
vamos entendendo melhor aos poucos que tudo faz parte de um plano maquiavélico
da presidente numa espécie de vingança sobre o marido (ex-acionista do time).
Mas o jeito carismático do protagonista vai me mexer com a vida de todos nesse
clube.
Caminhando entre o superficial e o profundo os dramas que
acompanhamos em Ted Lasso são a junção de uma caricatura pronta e reflexões
quase filosóficas sobre a vida. As subtranas são um arraso de carismáticas,
envolvem o espectador, seja nas histórias de dois dos grandes atletas do time,
seja na confusão emocional que é a vida da presidente, seja na do próprio Ted,
um bom homem mas que tem seus demônios e conflitos dentro de si. Um dos pontos
que também vira um sarcasmo hilariante é a brincadeira com as palavras,
pronúncias e modo de vida britânica em relação ao texano Ted. Parece que a todo instante, o ex-treinador de
Futebol Americano tem uma carta cômica na manga tirando risos a todo instante
do espectador.
Podemos considerar Ted Lasso como uma das séries mais
surpreendentes em exibição no mundo dos streamings. Se você ainda não viu, não
perca! Você vai constatar que todos temos um pouco de Ted Lasso dentro de nós.
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A crítica completa do filme, em forma de texto, está em nosso blog.
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#cinema #filme #movies #movie #guiadocinefilo
#cinéfilo #cinéfilos #audiovisual #filmes #dicas #dica #opinião
Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Porto Alegre (Rio
Grande do Sul). Diego Almeida tem 34
anos. É colecionador de mídia física desde 2014, seu hobby é mostrar sua
coleção no Instagram @meuviciofilmes
e também no YouTube com canal de mesmo nome, ‘Meu Vício Filmes’, onde mostra a
coleção, dá dicas e opiniões sobre os filmes.
1) Na sua cidade,
qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da
escolha.
Não tenho sala preferida em relação a programação pois aqui
são todas iguais, aí acabo escolhendo sempre o mais próximo ou com melhor
horário.
2) Qual o primeiro
filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.
Senhor dos Anéis.
3) Qual seu diretor
favorito e seu filme favorito dele?
Darren Aronofsky, Mãe.
4) Qual seu filme
nacional favorito e porquê?
Cidade de Deus,
por mostrar a história de uma das maiores favelas do Brasil
5) O que é ser
cinéfilo para você?
É uma paixão que vem desde a infância e inexplicável e o
amor é tanto que quero passar adiante esta paixão para meus filhos.
6) Você acredita que
a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por
pessoas que entendem de cinema?
Acho que não.
7) Algum dia as salas
de cinema vão acabar?
Acredito que não pois é uma experiência única.
8) Indique um filme
que você acha que muitos não viram mas é ótimo.
Atentado ao Hotel Taj
Mahal.
9) Você acha que as
salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?
Não.
10) Como você enxerga
a qualidade do cinema brasileiro atualmente?
Promissor.
11) Diga o artista
brasileiro que você não perde um filme.
Wagner Moura.
12) Defina cinema com
uma frase:
Evento maravilhoso que te leva para vários mundos.
13) Conte uma
história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:
Até hoje nunca presenciei nada de mais, as vezes eu mesmo
que faço uma cagada do tipo derrubar toda a pipoca kkkkk.
14) Defina 'Cinderela
Baiana' em poucas palavras...
Vergonha alheia.
15) Muitos diretores
de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta
precisa ser cinéfilo?
Pelo significado da palavra sim, mas se ele for competente
no que faz acredito que não haja problemas.
16) Qual o pior filme
que você viu na vida?
Dia dos mortos 2(2005).
17) Qual seu
documentário preferido?
Alienígenas do
passado.
18) Você já bateu
palmas para um filme ao final de uma sessão?
Nunca.
19) Qual o melhor
filme com Nicolas Cage que você viu?
Cidade dos Anjos.
20) Qual site de cinema
você mais lê pela internet?
Cinepop.
21) Qual streaming
disponível no Brasil você mais assiste filmes?
Netflix.