18/07/2021

Programa #37 Guia do Cinéfilo - Sandra Kogut


Episódio #37 do meu programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio entrevisto a cineasta e cinéfila Sandra Kogut.
O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube (https://www.youtube.com/channel/UC8bE...​).
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Crítica do filme: 'Rua do Medo: 1966 - Parte 3'


Uma surpreendente conclusão na melhor das partes da trilogia. Geralmente o desfecho de trilogias chegam para explicar, cada qual na sua forma, tudo que fora construído no universo proposto. Rua do Medo: 1966 - Parte 3 consegue, além de um fechamento muito interessante, abordar mais uma vez a questão da homofobia e as razões por trás de todos os mistérios que estavam em nossa imaginação após assistirmos aos dois primeiros filmes. Misturando bruxaria e questões sociais, o projeto como um todo convence, mesmo tendo um primeiro filme perto do regular, um segundo mais interessante e esse terceiro muito bom.


Na trama, voltamos os olhos aos protagonistas iniciais. Correndo contra o tempo para buscar uma solução ao feitiço que está sob o corpo de Samantha (Olivia Scott Welch), Deena (Kiana Madeira) volta ao lugar do acidente do primeiro filme e lá se conecta de alguma forma com o passado, mais exatamente para 1666 época em que viveu Sarah Fier descobrindo enfim a verdade no seu ponto inicial. Após a descoberta vai atrás da solução e desmascarar enfim o verdadeiro culpado por tudo que vem acontecendo na cidade.


Nessa terceira parte o ritmo é alucinante. Satisfatório também o número de lacunas preenchidas, se pensarmos em uma visão geral tudo acaba fazendo sentido. Esse universo criado de bruxaria, assassinatos, gira em torno também do ego e da comodidade sem pensar no senso comum, na comunidade, nos amigos, nos vizinhos. O roteiro também abre espaço, não só nessa parte, para a questão da homofobia que acaba sendo um fator preponderante para todo o desenrolar da trama pois por conta do preconceito muitas situações acabaram gerando a onda de caos que o lugar onde os personagens vivem passara ao longo dos tempos.


Buscando ser mais que um filme de terror, nas linhas do slasher, a trilogia da Rua do Medo busca sua originalidade em uma complexa trama, cheia de aventura, drama e muito sangue. A questão agora é saber se vai ter mais. Porque o final desse filme....dá margem para imaginarmos isso né? Toda a trilogia está disponível na Netflix.

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Crítica do filme: 'Meu Romance Perfeito'


A vida é mais do que planilhas. Na superfície da razão existencial do amor, sem pretensões, busca seu espaço de atenção do público quando aborda um assunto atual e de alguma forma explora alguns pontos de vistas sobre as tecnologias dos relacionamentos, Meu Romance Perfeito, disponível no catálogo da Netflix, é um singelo recorte sobre novas formas de amar.


Na trama, conhecemos Wes (Christopher Russell) um homem de negócios que assumiu o comando da empresa de tecnologia da família e ainda busca o respeito de todos pois muitos o acham um filhinho de papai que está no cargo por ser da família. A mãe dele, maior acionista da empresa, pressiona por melhores resultados. Certo dia, em uma reunião de novos negócios descobre que na sua empresa está em desenvolvimento um novo aplicativo de namoro chamado ‘Meu Match perfeito’, desenvolvido pela programadora de sistema Vivian (Kimberly-Sue Murray). Buscando sentido para o projeto, durante um programa de televisão badalado eles topam compartilhar suas aventuras nesse aplicativo, testando assim o próprio produto que acabaram de criar.


Cientistas do amor? Ou almas que não entendem nada do que propõem? Baseado na obra Fortune's Perfect Valentine escrita por Stella Bagwell e dirigido pelo cineasta Justin G. Dyck o filme percorre seu caminho em volta dos relacionamentos dos novos tempos sem deixar de tentar levantar questões sobre os relacionamentos tradicionais, aqueles da vida real. Mesmo que de maneira bem superficial na forma como mostra as questões familiares por exemplo, principalmente do lado de Wes, o filme parece ter uma essência sonhadora e pode agradar as que gostam de filmes românticos que vão direto ao ponto de seus reflexões.

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17/07/2021

Crítica do filme: 'Rua do Medo: 1978 - Parte 2'


As peças que estavam fora do lugar começam a se ajeitar. Continuação da trilogia Rua do Medo, adaptado da obra do escritor R.L. Stine, lançada nesse ano na Netflix, Rua do Medo: 1978 - Parte 2 nos mostra outro cenário, alguns personagens que já conhecemos em versões mais novas e dessa vez o roteiro resolve abrir o jogo sobre os caminhos que estamos percorrendo deixando uma excelente deixa para a conclusão na terceira e última parte. Depois de um primeiro filme apenas regular, nesse segundo filme tudo parece se encaixar com mais lógica e vamos percebendo que a história é muito mais profunda do que estávamos imaginando.


Na trama, chegamos no verão de 1978, no acampamento da cidade (localizado onde era o Shopping da primeira parte), um lugar que divide os frequentadores, jovens em uma espécie de colônia de férias das duas cidades rivais que já conhecemos em 1994. Assim, conhecemos novos personagens que se misturam com antigos conhecidos nossos. Eles irão enfrentar a origem de um dos assassinos já visto no primeiro filme, o homem com o machado. Conforme vão buscando soluções para sobreviverem enquanto a violência corre solta pelo lugar, Cindy (Emily Rudd) e Ziggy (Sadie Sink), as irmãs que protagonizam essa parte, vão nos mostrando os caminhos para entendermos a origem da trilogia.


As pontes de interseção entre os filmes dessa vez ficam mais claras para entendermos melhor o que pode ser a origem de tudo, o que de fato é o grande objetivo desde o primeiro filme: para acabar com a maldição é preciso achar a solução no seu início. Os arcos iniciais novamente são um pouco sonolentos mas o filme acaba encontrando seu ritmo dentro do mistério como um todo, que preenche a trilogia, razão de descartarmos um pouco de mais do mesmo em sua narrativa que melhora mais ainda não chega num ponto ideal. Do meio para frente o filme consegue preencher diversas lacunas deixadas pelo caminho mesmo chegando a um final divisor de águas com praticamente uma única porta sendo a certa para entender tudo que vimos até aqui.


Novamente dirigido pela cineasta norte-americana Leigh Janiak, Rua do Medo: 1978 - Parte 2 é um bom segundo filme de uma trilogia mas ainda não compensa as sonolentas quase duas horas iniciais da trilogia. Vamos assistir o terceiro filme para ver se como um todo se a trilogia passa de ano!

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #477 - Tatiana Russo


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de São José (Santa Catarina). Tatiana Russo, tem 45 anos, natural de São Paulo/SP, vivendo na Grande Florianópolis, município de São José, em Santa Catarina, há décadas. Graduada em Letras e Literaturas Vernáculas pela UFSC e Psicanalista em (Per)Curso.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Gosto de qualquer sala, desde que não esteja lotada, e dependendo do filme exibido, claro.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

ET, o Extraterrestre.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Lars Von Trier/ Anticristo.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Estômago. A história de Nonato (João Miguel) é uma apoteose aos sentidos, sensações e afetos em descontrole. Personagens memoráveis, como a prostituta Íria (Fabíula Nascimento).

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É ter empolgação, admiração e amor pela 7a Arte.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não. Hoje vivemos a era dos cinemas de shopping, de blockbusters. As salas de cinema não comercial praticamente desapareceram.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Infelizmente é uma possibilidade.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Perfect Sense (2011), com Eva Green e Ewan McGregor.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não. Mas a vacina já existe. Estou vacinada, porém não acho seguro ir ao cinema numa pandemia global.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Boa. Há o cinema comercial popular, que não consumo muito; e os filmes de "autorais". O cinema pernambucano é bem interessante.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Irandhir Santos.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é a mais completa forma de arte, por abarcar em si várias outras artes.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.

Durante a exibição de Paixão de Cristo, em determinada cena alguém gritou "Parem de bater nele!!!!" Ñ duvido que o grito tenha sido meu! Pobre, Jesus.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Delírio noventista na carona do "É o Tchan".

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Penso que sim, muitos o são, apesar de existirem cineastas autocentrados em suas obras.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Recentemente, Elyse, da Stella Hopkins.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Sal da Terra

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Já! Eu e a plateia toda em Advogado do Diabo, dos anos 90, com Al Pacino e Keanu Reeves.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Leaving Las Vegas, no qual ele interpreta um roteirista alcoólatra e pelo qual Cage venceu o Oscar de Melhor Ator. Gosto muito deste trabalho dele, mas desgosto dos demais.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

 

Isabela Boscov - no Face, Veja e YouTube. Uma das melhores críticas de cinema do país.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Netflix.

 

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8 e 1/2 em 20 - Tavinho Teixeira - Episódio #19


Esse é o '8 e 1/2 em 20', programa de entrevistas feitas por lives no Instagram do @guiadocinefilo, toda 4a, às 19:30​ hrs, com cinéfilos e profissionais que de alguma forma contribuem para o audiovisual.

Nesse episódio, recebemos o ator e cineasta Tavinho Teixeira. Não esqueçam de deixar um like nesse vídeo. :) Não esqueçam de se inscreverem nesse canal. :) Visitem também: Instagram: @guiadocinefilo
Viva o cinema! 

 
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Crítica do filme: 'As primeiras férias não se esquece jamais!'


Como saber que alguém é seu par perfeito? Navegando pelas manias, pelo jeito livre de ser em duas formas de amadurecer dentro de um relacionamento, a despretensiosa comédia francesa As primeiras férias não se esquece jamais! nos mostra uma série de situações que acontecem quando dois estranhos resolvem partirem juntos em uma viagem para um lugar inusitado do planeta. Os opostos se atraem? Brincado com essa questão pelas entrelinhas, o longa-metragem dirigido por Patrick Cassir transcreve de uma nova forma as fábulas do amor e as teorias do senso comum, da normalidade. Uma fita alegre, divertida que brinca com as emoções mas falando sério.


Na trama, conhecemos Ben (Jonathan Cohen) um empresário, hipocondríaco muito ligado à família que possui inúmeras manias. Também conhecemos a desbravadora de novas aventuras Marion (Camille Chamoux), uma desenhista de história em quadrinho que mora com dois amigos em um apartamento em Paris. Esses dois até então estranhos acabam se conhecendo no aplicativo Tinder e logo marcam de se encontrar. Após uma noite muito divertida e especial, logo a primeira deles, combinam de viajarem para um lugar inusitado: a Bulgária! Assim, partem rumo a esse país que pouco conhecem e muitas situações tragicômicas irão passar juntos.


Falando sobre relacionamentos, liberdade, espírito aventureiro, o projeto também ganha contornos cômicos. De drama, vira comédia, de comédia vira aventura e depois volta para o drama. Descobrindo uma nova cultura, Ben e Marion vão se descobrindo ao mesmo tempo que percebem os óbvios defeitos e qualidades um do outro. O fora do comum, as loucuras que aparecem pelo caminho ou fortalece ou distancia de vez essa precoce relação. E que dupla em cena! Cohen e Chamoux possuem uma harmonia fantástica, caminham dentro de um tempo de comédia maravilhoso, profundo e ao mesmo tempo leve em seu discurso. O roteiro aborda a solidão por meio das manias, dos julgamentos, dos aprendizados até ali. Não há uma desconstrução dos personagens mas uma abertura ao amor que é muito bonita de acompanhar. As primeiras férias não se esquece jamais! é um filme leve, pra cima, uma ótima diversão para quem curte rir e refletir.

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16/07/2021

Crítica do filme: 'Newness'


Os desafios do amor na era moderna, do Match em cada esquina. Você encontra uma pessoa por um aplicativo de paquera, qual a probabilidade de ser uma relação superficial ou uma relação profunda? Depois de escrever o ótimo roteiro de Like Crazy, o roteirista norte-americano Ben York Jones criou Newness, dirigido por Drake Doremus o drama gira em torno de dois jovens que se conhecem através de um aplicativo de relacionamentos e acabam vivendo uma relação mais intensa do que planejavam, criando estratégias e situações para que ambos não deixem esse encontro cair em uma rotina que na visão inicial deles (quase ingênua) seria o pior dos problemas a enfrentar. Reflexivo, traça um recorte muito interessante sobre relacionamentos.


Na trama, conhecemos Martin (Nicholas Hoult) um jovem farmacêutico, introspectivo, que mora sozinha e possui uma enorme dificuldade de se abrir mas com uma necessidade de relacionamentos intensos e distantes. Em paralelo, também conhecemos Gabi (Laia Costa) que é uma jovem espanhola, de Barcelona, que está nos Estados Unidos trabalhando e estudando. Os dois buscam em aplicativos de relacionamentos paixões a curto prazo, superficiais até que eles se encontram e as coisas que pareciam simples vão ficando muito mais complicadas por conta de um sentimento que vai crescendo e virando rapidamente um grande amor.


É preciso coragem para amar alguém. O ritmo inicial acelerado prepara nossos olhos e nosso pensar reflexivo para o epicentro de tudo: a rotina dentro de um relacionamento. Nas consultas com o psicólogo de casais começam a entender melhor o mundo em comum que compartilham. Buscam então uma espécie de Jogo de honestidade extrema, basicamente um relacionamento aberto, que mesmo sem referências acreditam que estão blindados pelo que sentem. Mas, o que é um relacionamento perfeito? Existe alguma fórmula mágica ou tentamos e tentamos mas alguma coisa tende a não encaixar e a partir daí vira um ceder ou não ceder que pode ou não influenciar decisões sobre o futuro.


Os personagens são muito bem detalhados. Martin com seus problemas emocionais, até mesmo trauma como um relacionamento antigo; Gabi com seu ar de liberdade mas que esconde uma solidão e carência constante. O rumo que essa história se propõe a chegar abre muito mais abas para nosso pensar: momentos felizes são fatos, situações, que a vida nos traz mas será que a felicidade plena existe? Ou o fato de sabermos enfrentar os momentos ruins é a chama do verdadeiro amar? Interessante reflexão.


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Crítica do filme: 'Moulin Rouge' (Review Anos 2000)


Dinâmico, objetivo, empolgante. No início dos anos 2000, o cineasta australiano Baz Luhrmann trouxe para os cinemas uma obra que fala sobre o amor em um contexto de outros séculos, por dentro da boemia e das questões que se amontoam sobre as classes sociais. Moulin Rouge, possui um narrador personagem detalhista, engraçado, atrapalhado, apaixonado, que transforma sentimentos em palavras. Seguindo lema de que: ‘A grande coisa que aprenderá na vida é amar’, somos testemunhas do contraponto do mágico com o trágico numa Paris quase em 1900. Protagonizado por Nicole Kidman e Ewan McGregor, esse musical está guardado nos corações de muitos cinéfilos.


Na trama, conhecemos o sonhador Christian (Ewan McGregor), um homem que passou a vida toda tendo discussões com o pai sobre as questões das emoções e principalmente sobre o amor. Um dia resolve abandonar a família e partir rumo à Paris, empolgado com a descoberta da boemia do lugar, propícia para um futuro escritor, seu grande sonho. Nesse lugar existe Moulin Rouge, uma casa noturna, uma danceteria, uma casa de shows, um bordel. Fascinado, acaba deixando se levar pelo maior dos sentimentos, o amor, quando conhece o diamante cintilante, a grande estrela do lugar, Satine (Nicole Kidman). Mas nada será fácil para esses doid pombinhos, precisarão enfrentar a desconfiança do dono do lugar Harold Zidler (Jim Broadbent) e de outro pretendente a conquistar o coração da dama, o duque (Richard Roxburgh).


Beleza, liberdade, amor! Você pode pensar sobre esse filme por diversas óticas. Um choque de classes no mesmo lugar, ricos, poderosos, meros trabalhadores esforçados que ganham pouco, todos em busca dos prazeres desse lugar; o entorno, um reduto da Boemia, da busca pela liberdade de expressão com gritos de revolução, a ganância no ponto de vista de Zidler; a arrogância do duque e enfim sobre as linhas complicadas de uma história de amor proibida que ganha ares grandiosos por meio de canções dançantes, muitas adaptações que preenchem cada espaço na arte de empolgar o espectador. Sobre essa parte musical, o projeto busca expressar sentimentos pelas canções, que são ótimas, diga-se de passagem, até o clássico Your Song de Elton John ganha uma linda versão. Até o tango ganha espaço, na canção Roxanne do The Police com uma chamativa rouquidão acoplada.


Qual seria a voz dos filhos da revolução? Como nos contos clássicos da literatura, a tragédia flerta com o amor. O sonhador praticamente imaturo sobre a vida e uma cortesã, paga para fazer os homens se divertirem. O choque entre esses dois mundos vira o frequente clímax, dentro de um imaginativo universo, em passagens de arcos que às vezes parecem videoclipes mas não deixam de conquistar nossos corações.

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Crítica do filme: 'Rua do Medo: 1994 - Parte 1'


Um pouco de mais do mesmo mas com possibilidade de melhora nas outras partes. Primeiro filme da trilogia produzida pela Netflix, baseada nos livros de sucesso Fear Street do escritor R.L. Stine, Rua do Medo: 1994 - Parte 1 tem um roteiro enrolado, como se não conseguissem mostrar o suficiente para um abre alas. Longe de ser profundo, esconde respostas para lacunas que precisavam de preenchimento instantâneas para uma melhor compreensão dentro de um universo repleto de personagens e um enredo ainda bem desconhecidos para o grande público que consome os produtos da toda poderosa dos streamings. Dá a impressão que acelera sua narrativa partindo do princípio que o público já conhece esse universo, o que, cá pra nós, é bem arriscado caso tenham realmente partido desse princípio. Nos arcos finais parece que o filme decola deixando boas deixas para as duas partes seguintes Rua do Medo - Parte 2: 1978 e Rua do Medo: 1666 - Parte 3. Dirigido pela cineasta norte-americana Leigh Janiak.

Na trama, conhecemos de maneira um pouco tumultuada histórias de jovens e uma lenda de uma bruxa que amaldiçoa uma cidade ao longo de anos. Quando uma matança acontece em um shopping center dessa cidade, parece que uma certa maldição está de volta. Assim, conhecemos Deena (Kiana Madeira) uma jovem que praticamente cuida de seu irmão Josh (Benjamin Flores Jr.) o dia todo e passa por um momento de solidão com a ida de sua ex-namorada Samantha (Olivia Scott Welch) para uma outra cidade. Após um acidente, Samantha é enfeitiçada e assim começa uma saga repleta de sangue, violência onde os irmãos, Samantha e mais alguns amigos precisarão serem corajosos e criativos para buscarem soluções e sobreviverem.


Busca o sucesso dentro das mesmas linhas narrativas de Pânico e com um contexto e personagens que podem lembrar Stranger Things. É como se você pegasse várias fórmulas já vistas em outras produções, jogar no liquidificador e ver se funciona. Em alguns momentos funciona, em outros não. Falta certa originalidade, talvez pelas falhas na sua narrativa. Há possibilidades de uma maior profundidade nas partes seguintes mas nessa primeira, como um todo, fica muito distante de uma produção que vai agradar não só aos amantes do gênero slasher (subgênero de filmes de terror) mas a todos que buscam originalidade e diversão sem ser algo sonolento.


Os personagens buscam seu espaço em meio a descontrolados arcos que correm com as informações, deixando a profundidade em segundo plano. O foco parece ser criar uma atmosfera de medo e suspense mas como não conseguimos nos conectar com esses personagens em um primeiro momento, tudo vira apenas suposições pois o epicentro da história ficou longe de ser explicado. Os próximos filmes devem ser bem melhores, embarcaremos ao passado e talvez aí a profundidade chegue. Vamos conferir!


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Programa #36 Guia do Cinéfilo - Mariane Morisawa


Episódio #36 do meu programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio entrevisto a jornalista e crítica de cinema Mariane Morisawa.
O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube (https://www.youtube.com/channel/UC8bE...​).
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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #476 - Larissa Soares


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de São Paulo. Larissa Soares tem 25 anos. Formada em Rádio e Tv pela FMU, cursou Cinema no Instituto de Cinema e faz outros cursos online atualmente. Sua área de interesse no cinema é a Produção/ Produção Executiva, com isso, já fez Produção, Fotografia Still e Assistente de Direção de videoclipe e Produção e Assistente de Direção em curta metragem. Atualmente está em um projeto de Podcast em desenvolvimento onde atua como Produtora Executiva e em outros como Assistente. Seu interesse pela área se firmou na faculdade, mas o interesse por cinema começou um pouco depois. Hoje não consegue se imaginar fazendo outra coisa e está cada vez mais apaixonada por esse universo.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

O Espaço Itaú de cinemas - Frei Caneca tem uma programação muito boa e uma diversidade de filmes e opções que é difícil encontrar em qualquer cinema.

 

2) Qual o primeiro filme que você  lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Meu interesse por cinema não começou na infância e sim depois da faculdade, mas lembro que eu era viciada em assistir O Terno de 2 Bilhões de Dólares do Kevin Donovan, eu tinha 6 anos e considerava esse o meu filme favorito.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Gosto de muitos diretores e tenho revisto filmes do Steven Spielberg, O Terminal é um filme divertido e leve, além de ter como protagonista o Tom Hanks.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Meu filme nacional favorito é Cidade Baixa do Sérgio Machado. Ele junta 3 atores principais, Wagner Moura, Alice Braga e Lázaro Ramos, que na minha opinião, dão aula de atuação. Todo o trabalho do Diretor nesse filme foi pensado em função dos 3 e fica muito claro que ele fez um excelente trabalho. Os personagens passam sentimentos reais e ao assistir o filme a sensação é que são pessoas reais e não personagens de filme. Eu amo esse filme e recomendo muito.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Eu acho que ser cinéfilo é ser apaixonado por cinema e ser uma pessoa muito curiosa. Ter uma noção básica sobre os principais movimentos cinematográficos e se aprofundar em conhecimentos de grandes cineastas, atores e atrizes é movido por algo maior. Você precisa gostar muito de algo e estar disposto para se jogar naquele mundo e se alimentar dele com vontade, isso é estar apaixonado por esse processo de conhecimento e descobertas.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feita por pessoas que entendem de cinema?

As programações aqui no Brasil estão menos direcionadas para filmes artísticos e acho que a quantidade de pessoas que pensam nesses filmes é minoria. Acredito que é feito por pessoas que entendem de cinema porém não ampliam o campo de visão para outros formatos.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Olha, eu espero que não! Assistir filmes na sala de cinema é uma experiência única e completamente diferente de assistir filmes pelo streaming. Eu não acho que as salas de cinema vão acabar um dia mesmo com esse momento do streaming que estamos vivendo, pois o maior objetivo de quem faz cinema é ver o seu filme passando em uma tela grande na sala de cinema, no Brasil e no mundo inteiro.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Indico todos os filmes do John Ford e Bergman. Eles foram extremamente importantes no processo do cinema como um todo. Mas um filme que gosto muito é A Lula e a Baleia do Noah Baumbach que tem um roteiro muito bom a atuação incrível.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não, com toda certeza. O cenário da pandemia no Brasil é completamente inadequado para isso, pois a vacina ainda não chegou para todos e o risco de pegar a doença dentro de um ambiente fechado é muito grande. Mesmo com todo cuidado e distanciamento das cadeiras, muitas pessoas acabam tirando a máscara para comer sua pipoca durante o filme e isso acaba sendo um risco muito grande. Levando em consideração também que muitas pessoas são assintomáticas, ou seja, não tem como saber que todos que estão ali não estão com a doença. 

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Eu acho que o cinema brasileiro é extremamente rico e, infelizmente, existem muitos filmes incríveis que não estão sendo vistos e por isso acabam não recebendo a visibilidade que merecem. Atualmente temos uma quantidade muito grande de novos diretores que contribuem para o crescimento do cinema nacional, a questão é que o grande público do cinema brasileiro não assiste a esses filmes.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Alice Braga é simplesmente incrível. Ela passa uma verdade tão grande que, ao assistir os filmes e séries dela, você consegue perceber o tamanho da entrega dela para aquele personagem. A sensação que tenho ao assistir os seus filmes é que ela se joga de cabeça e entra no corpo do personagem para viver ele da melhor forma possível. E além de admirar muito o trabalho dela como atriz, também a admiro como pessoa por conta do posicionamento dela e a visão de mundo que ela expõe.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é a liberdade de sonhar e te dá o poder de extrair coisas incríveis da imaginação.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Poxa, não consigo lembrar de nenhuma agora.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Já li sobre o filme, porém ainda não assisti.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não acredito que necessariamente precise ser cinéfilo, porém acho que faz uma grande diferença quando são pois é nítido o background e referências usadas. Acho extremamente importante que não só o diretor, mas também toda a equipe, tenha um contato profundo com o cinema, pois os estudos nos levam a lugares inimagináveis. 

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Não acho que seja o pior da minha vida, mas um recente que assisti na Netflix é A Lavanderia do Steven Soderbergh.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Um documentário que assisti e gostei muito é o Estou Me Guardando para Quando o Carnaval Chegar, do Marcelo Gomes. É um documentário recente e tem na Netflix. Eu gosto da linguagem proposta por ele nesse documentário.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Já, todos os filmes que eu gosto muito sempre fico pensando "Meu Deus, que filme!". Me empolgo e fico feliz por ter assistido.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Meu filme favorito dele é Adaptação do Spike Jonze mas gosto bastante de A Outra Face de John Woo. É um ator que se entrega de forma completa em todo projeto que se propõe a fazer.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Eu sempre leio críticas de filmes e entro nos sites para me atualizar diariamente. Gosto muito do Omelete, Portal Exibidor, Filme B, Spcine, Observatório do Cinema e ABRA (Associação  Brasileira de Autores Roteiristas.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Eu dou uma passeada por muitos streamings. Netflix, Amazon, HBO GO, HBO MAX, Mubi e Globo Play, mas o meu favorito de todos é o Telecine Play pois contém uma quantidade de filmes absurda e muitos filmes que são difíceis de encontrar. O catálogo deles é sensacional e o meu favorito é o "Cult".

 

 

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8 e 1/2 em 20 - Hamilton Rosa Jr. - Episódio #18


Esse é o '8 e 1/2 em 20', programa de entrevistas feitas por lives no Instagram do @guiadocinefilo, toda 4a, às 19:30​ hrs, com cinéfilos e profissionais que de alguma forma contribuem para o audiovisual.

Nesse episódio, recebemos o crítico de cinema e cineasta Hamilton Rosa Jr.
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15/07/2021

8 e 1/2 em 20 - Tuna Dwek - Episódio #17


Esse é o '8 e 1/2 em 20', programa de entrevistas feitas por lives no Instagram do @guiadocinefilo, toda 4a, às 19:30​ hrs, com cinéfilos e profissionais que de alguma forma contribuem para o audiovisual.

Nesse episódio, recebemos a atriz e cinéfila Tuna Dwek.
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Migliaccio: O Brasileiro em Cena - O que achei desse filme


Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa objetivamente o filme 'Migliaccio: O Brasileiro em Cena'.

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