11/06/2022

CHAMAS DA VINGANÇA (1984) | BASEADO NUM LIVRO DE STEPHEN KING!

 


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3 Empolgantes Seriados Disponíveis Pelos Streamings

 


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Crítica do filme: 'Assassino sem Rastro'


Caminhando pelo mais do mesmo. De volta às telonas, um fato que vem acontecendo com bastante frequência, Liam Neeson nesse primeiro semestre de 2022 nos apresenta mais uma vez a saga de um homem e sua busca por redenção. Longe de ativar a caricatura do herói em mais esse personagem de ação, em Assassino Sem Rastro, o ator irlandês, de recém completos 70 anos, caminha pela mesmice em um roteiro raso, superficial, baseado no longa-metragem belga De zaak Alzheimer lançado em 2003. A direção tem a assinatura de Martin Campbell.


Na trama, conhecemos Alex (Liam Neeson) um veterano assassino que ao mesmo tempo que é perseguido pela organização que prestava serviços se depara com o avanço da doença de Alzheimer e em seu último ato resolve fazer justiça com as próprias mãos expondo uma rede de crimes controlada pela empresária Davana (Monica Bellucci). Assim, mesmo longe de estar dentro da lei, contará com a ajuda do policial Vincent (Guy Pearce).


Ação, aventura, escolhas. Esses três itens sempre estão embutidos em quaisquer filmes do astro Liam Neeson nos últimos anos. Depois de comoventes trabalhos no cinema, como no ótimo Kinsey, ele resolveu investir numa sequência de filmes de ação que acabam sendo um compilado de mais do mesmo. Talvez ele algum dia possa pensar na ideia de ir para o mundo das séries pois esse formato de episódios e temporadas se encaixa melhor nos seus últimos trabalhos.


Em Assassino Sem Rastro parece mais uma temporada de Liam Neeson nos filmes de ação, contorna a fórmula de bolo batida de sonolentos outros trabalhos levando a impaciência de qualquer um que ainda tenha esperança de assistir a um grande filme de ação. Mesmo sendo pouco criativo, com conflitos resolvidos de maneira simplista, e com um público cada vez mais exigente quando vai ver um filme no cinema, o projeto pode agradar que curte o famoso ator e quer apenas se divertir vendo um filme que é parecido com tantos outros por aí.



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10/06/2022

3 ótimos filmes sobre imprevisíveis psicopatas

 


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3 Filmaços Brasileiros lançados em 2022!

 


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O DESPERTAR DE MOTTI | ÓTIMO FILME NA NETFLIX!

 


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09/06/2022

TANTAS ALMAS | FILMAÇO COLOMBIANO!


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QUEM ME AMA, ME SEGUE! | COMÉDIA FRANCESA!

 


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08/06/2022

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Crítica do filme: 'A Suspeita'


Quando o mundo gira ao nosso redor. Em mais um papel desafiador na sua gloriosa carreira, Glória Pires volta as telonas na pele de uma amargurada personagem, que se vê a beira de um colapso emocional por conta de uma série de conflitos que vão desde a descoberta de uma terrível doença incurável até a corrupção no departamento de polícia que trabalha. Ao longo de 95 minutos vamos acompanhando um grande quebra-cabeça investigativo que cai na obviedade em alguns momentos, passando por uma confusa montagem mas que consegue se sustentar na força da história da protagonista brilhantemente interpretada por Glória Pires, que levou o Kikito de Melhor Atriz no último Festival de Gramado. A direção é assinada por Pedro Peregrino que faz sua estreia em longas-metragens.


Na trama, conhecemos a comissária da polícia Lúcia (Glória Pires), uma mulher forte, sozinha, batalhadora, querida por todos, que inicia uma investigação por meio de escutas fato que a leva a um enorme esquema onde estão metidas pessoas do alto escalão do poder. Paralelo a isso, ela descobre uma grave doença. Ela então se dedica a esse último caso da carreira, tendo que conviver com a suspeita que cai sobre ela após uma emboscada que presencia.


Em A Suspeita, há uma tentativa de foco total nos conflitos da personagem quando essa descobre uma doença e todo o cenário de escolhas que a levou até ali. Partindo dessa ideia, a maneira como foi escolhida a forma de contar essa história (a montagem) acaba deixando as peças embaralhadas nesse tabuleiro investigativo. Em termos narrativos, não se torna tão eficaz como poderia. Quando passamos a entender melhor os conflitos dessa forte personagem, principalmente tudo que ela abriu mão de ter como família (marido, filhos) para se dedicar ao seu trabalho, o filme cresce mesmo em cima de uma obviedade na conclusão do seu último caso da carreira.


A Suspeita estreia dia 16 de junho nos cinemas. Um drama existencial misturado com investigações policiais. Não deixe de prestigiar o cinema brasileiro!



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Crítica do filme: 'Um Broto Legal'


A trajetória e as escolhas de uma das primeiras artistas do rock brasileiro. O cenário musical brasileiro é tão vasto e tão fascinante que ao longo de todos esses anos algumas produções nos mostram histórias bastante curiosas sobre os caminhos desses artistas. Um Broto Legal segue nessa linha, nos apresentando mais profundamente o início, meio e parte do fim de uma grande cantora, Celly Campello, que emplacou logo de cara dois grandes sucessos que escutamos até hoje. Buscando em pouco mais de 90 minutos de projeção, nos mostrar o que antes era um sonho e logo vira um estrondoso sucesso na vida da jovem cantora, que ao lado do irmão Tony, conquistaram o Brasil entre as décadas de 50 e 60. A direção é assinada por Luiz Alberto Pereira que é de Taubaté, cidade onde Celly e Tony iniciaram seus primeiros passos na música.


O filme começa na década de 50, mais precisamente no ano de 1956, em Taubaté, onde conhecemos os irmãos Tony (Murilo Armacollo) e Celly (Marianna Alexandre), dois amantes da música que possuem um sonho em comum: fazer sucesso com suas canções pelo Brasil. Contando com o incentivo do pai e as desconfianças da mãe, Tony é a mola propulsora e desbravadora desse sonho e logo parte para São Paulo em busca de oportunidades. Sempre muito simpático e querido por todos, Tony consegue que ele e sua irmã assinem um contrato com uma gravadora. Paralelo a isso, Celly ainda se dedica aos estudos e começa a namorar. Quando um sucesso cantando por Celly chega as paradas de todo o Brasil, escolhas precisarão serem tomadas sobre o futuro da carreira na música.


De forma simples, objetiva, e com um certo carisma contagiante, Um Broto Legal se divide em mostrar o sonho se tornando realidade e depois as importantes escolhas que transformaram Celly em um furacão de poucos anos no estrelato. O núcleo da família é mostrado de forma leve e quase caricata, por meio dos diálogos percebemos como muitos pensavam sobre os artistas em décadas atrás, uma eterna e quase infundada desconfiança sobre o sonho de ser músico no Brasil. Tony, é uma figura chave na história, irmão dedicado e carinhoso, sempre lutou para que sua irmã tivesse as mesmas oportunidades que ele. O Tony da vida real, hoje com 85 anos, inclusive, ajudou a montagem do roteiro com várias histórias que se tornam base do que vemos na telona.


Nos arcos finais vemos o principal conflito da protagonista, como prosseguir ou não na carreira tendo seu grande amor ao lado. Ela que inclusive fora chamada para apresentar um programa (que ficou muito famoso depois) ao lado de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, optou quase pelo anonimato nos anos seguintes mas sem deixar sucessos como: Banho de Lua e Túnel do Amor, nos corações de todos que amam a música popular brasileira. Um Broto Legal estreia dia 16 de junho nos cinemas.



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O MUNDO SEGUNDO GARP | FABULOSO FILME COM ROBIN WILLIAMS!

 


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07/06/2022

PIG | FILMAÇO COM NICOLAS CAGE!

 


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03/06/2022

Crítica do filme: 'Quem me Ama, me Segue!'


A vida é feita de escolhas mas sempre é possível voltar atrás em algumas delas. Caminhando em cima do tema: ‘Nunca é tarde para mudar’, o longa-metragem francês Quem me Ama, me Segue! , disponível no streaming da Looke, é um projeto que apresenta as dores da não liberdade e as mudanças que podemos guiar nossas vida em qualquer fase dela. Os personagens, brilhantemente interpretados por um trio de ótimos experientes artistas franceses (cada um deles com mais de 90 trabalhos no currículo) dão o tom dessa simpática fita europeia escrita e dirigida pelo cineasta José Alcala.


Na trama, conhecemos o casal Simone (Catherine Frot) e Gilbert (Daniel Auteuil) que vivem em um vilarejo e estão juntos faz mais de 35 anos. A primeira é uma mulher infeliz que se relaciona com o vizinho Etienne (Bernard Le Coq), um amigo de longa data do casal. O segundo é um marido estúpido, machista, nada cavalheiro que sempre oprimiu sua esposa ao longo de todo esse tempo. Certo dia, Simone resolve fugir de casa e ir atrás de Etienne que havia se mudado fazia dias. Completamente perdido, Gilbert embarcará em uma jornada na tentativa de convencer a esposa a voltar pra casa, ele contará com a ajuda do neto que quase não tem contato por conta de uma briga antiga com a mãe do garoto (sua filha).


A força do filme está no seu elenco. O entrosamento é nítido, parece que Bernard Le Coq, Daniel Auteuil e Catherine Frot muitas vezes parecem se divertir em cena. A profundidade de seus ricos personagens nos chega através da falsa sensação de melancolia por conta de escolhas do passado que acabaram moldando de alguma forma a grande amizade que existe nessas relações. Mesmo mais focado em Simone e Gilbert, Etienne é uma espécie de contraponto e algumas vezes até mesmo ponto de interseção para entendermos os sentimentos que rolam na confusão instaurada.


Quando olhamos para Simone, o leque de reflexões cresce. Muito magoada por não se sentir livre para fazer o que deseja, passou anos de sua vida estacionada em um relacionamento agressivo sem o quase romantismo do início. Esse duelo interno de Simone, fugir ou continuar sendo infeliz, acaba moldando as ações dos outros personagens que na ausência dela acaba criando uma oportunidade de redenção, principalmente por parte do carrancudo Gilbert.


Simples e objetivo, Quem me Ama, me Segue! pode ter seus momentos confusos mas de alguma forma consegue passar sua mensagem sobre as escolhas que podemos ter na vida quando temos a liberdade bem na nossa frente.

 

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Crítica do filme: 'Tantas Almas'


Os horrores da violência e as formas de lidarmos com o luto. Trazendo as dores de um pai que acabara de saber que perdera dois de seus filhos, Tantas Almas nos mostra os horrores de uma guerra civil, em terras sem lei, onde grupos que tem a estrutura e a organização de um exército, sem sê-lo, acabam mandando e desmandando modificando destinos diariamente. Há enormes críticas por todos os lados, um filme que mete o dedo na ferida de um país marcado pela violência. Escrito e dirigido pelo cineasta colombiano Nicolás Rincón Gille.


Na trama, conhecemos José, um homem que sustenta sua família faz anos através da pesca em uma região litorânea na Colômbia. Certo dia, após voltar de uma longa pesca de noite, descobre que integrantes de uma força paramilitar mataram seus dois filhos e os jogaram no rio. Reunindo forças de onde não tem José resolve ir atrás dos corpos dos dois filhos em um perigoso trajeto.


A questão do luto é um dos focos dessa dramática história. Com o objetivo de achar os corpos dos filhos, sem esperança de encontrá-los com vida, José parte em um busca de um desfecho, de completar um ciclo básico quando pensamos nas questões da humanidade. Um pai nunca deveria enterrar um filho, imagina dois. A dor e sofrimento do mesmo se tornam sua força para concluir seu objetivo.


Com poucos diálogos, o filme navega pelas águas conturbadas de uma região colombiana descontrolada, comandada por forças que se caracterizam pela violência. O olhar de Jose nos apresenta a mesma perplexidade com o paralelo das guerras urbanas que vemos nas grandes cidades não só do Brasil mas de todo o mundo, onde a lei do mais forte parece reinar sobre as leis da constituição.



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26/05/2022

Caco Ciocler se reuniu com jornalistas e o público em um longo bate-papo no Festival de Cinema de Vassouras no Vale do Café


Com mais de 30 anos de carreira, dezenas de papéis em peças de teatro, novelas e filmes, Caco Ciocler foi o convidado de um painel de direção audiovisual no Festival de Cinema de Vassouras no Vale do Café. Em um lugar super agradável chamado Centro Cultural Cazuza (nome dado em homenagem ao inesquecível cantor), o veterano artista se reuniu com jornalistas e o público em um longo bate-papo onde caminhou por diversos assuntos.


Chamado para fazer uma mesa sobre direção, mesmo tendo uma carreira recente nessa posição, o ator também veio lançar seu novo filme, terceiro como diretor, o híbrido entre documentário e ficção O Melhor Lugar do Mundo é Agora. O projeto não teve patrocínio, não usou as leis de incentivo, Caco realizou sua obra, literalmente do quintal da casa dele, pelo aplicativo Zoom. Usou a impossibilidade do cinema para fazer um filme sobre a impossibilidade de fazer cinema. O filme foi selecionado na Mostra de SP, no Festival do Rio e fora exibido na noite da última quarta-feira (26) no Festival de Cinema de Vassouras no Vale do Café.

“Sou um diretor que tem achado no cinema a possibilidade de responder ao que eu acho que preciso reagir.”
“Sou um diretor que tem achado no cinema a possibilidade de responder ao que eu acho que preciso reagir.”

Muitos não sabem mas o renomado artista começou a carreira dele como diretor na década de 90 dirigindo um curta-metragem chamado Trópico de Câncer que tinha um minuto de duração que ele fez para o Festival do Minuto. Acabou até vencendo esse festival. Depois foi contratado por uma produtora para dirigir o documentário Esse Viver Ninguém me Tira que participou da mostra competitiva do Festival de Gramado e do Festival do Rio. Anos mais tarde, em 2018, em uma época de um país completamente dividido, ele teve a ideia, depois de pensar sobre um artista poder ser o presidente da república, pois um artista deslumbra a necessidade de existência além do outro, surgiu o documentário road movie Partida (disponível na Prime Video) que após circular alguns festivais, ganhou um prêmio no Festival de Málaga.


Após atualizar o público presente sobre detalhes de sua carreira na direção, Caco falou sobre as leis de incentivo: “Há um ataque tão grande à Lei Rouanet, algumas pessoas falam as coisas sem saber. Esse governo ataca tanto essa lei, mas por que ela não acaba? Porque além de tudo essa lei é rentável para o governo. O governo contempla a possibilidade de você captar esse recurso. É a empresa que ao invés de pagar o imposto, destina uma porcentagem para esse projeto. A cada real que você investe por essa Lei volta-se 3, 4 reais (já chegou a 7) aos cofres públicos. É uma lógica burra esse ataque às leis de incentivo.”


Caco também falou sobre sua relação com o texto crítico, como os críticos enxergam o seu trabalho como diretor: “Sou muito suscetível à crítica, o que é bom e ruim. Quando eu tinha acabado de montar o filme Partida, a gente precisava mandar para um grande festival internacional. Fechamos um corte. Aí eu mandei para duas pessoas que eu respeito muito. Uma delas a Daniela Thomas (cineasta). Todo mundo até então tinha gostado do filme. A Daniela odiou o filme, acabou com o filme um dia antes da gente mandar pro Festival de Veneza. Algo me dizia que ela tinha razão. E foi ótimo eu não ter mandado o filme para o Festival. Ela apontou questões na crítica dela que me fizeram refletir. Eu mexi no filme todo. Eu gosto de ouvir, fico dias pensando, fico com raiva de quem não gosta (risos), eu sempre acho que podem ter razão em algum lugar. O filme que será exibido nesse Festival, O Melhor Lugar do Mundo é Agora, teve apenas uma pessoa, um crítico importante que não gostou do filme, eu penso nele todo dia (risos). Me pergunto: Será que ele tem razão? Mas acho que ele não tem razão não (risos).


Perguntado sobre uma questão se parte do público brasileiro pode ter um certo pré-conceito ou até mesmo preconceito sobre o cinema feito por aqui, o artista contou uma história que presenciou: “Eu estava em um cinema dentro de um shopping em São Paulo e a pessoa perdeu o horário do filme dela. Aí viu um cartaz de um filme brasileiro, chamado Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios, a pessoa que estava vendendo o ingresso olhou para ela e disse de maneira debochada: é brasileiro.” “Mas isso tá mudando. O streaming está mudando isso. As pessoas estão entendo o que é um bom personagem, as pessoas estão entendo o que é uma trama sem precisar ser bem explicadinha, sem precisar ter tanta trilha sonora. O streaming está trazendo uma sofisticação, não de linguagem cinematográfica, mas de alguns elementos da dramaturgia audiovisual muito interessantes.”


O Melhor Lugar do Mundo é Agora ainda não tem distribuidora nem sabemos se haverá exibições nas concorridas salas de cinema do Brasil. Provavelmente no streaming você poderá conferir mais esse filme desse grande artista brasileiro.


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