O som no início do filme é abafado e cria uma certa angustia aos espectadores, principalmente, aos que sabem dos grandes problemas com a qualidade dos nossos áudios numa época passada.
Desnecessária algumas cenas de nudez. Marisol Ribeiro em seu primeiro trabalho nas telonas tem algumas cenas desse tipo durante o longa. Luana Piovani também tem uma cena semelhante. Nosso cinema acabou com esse tipo de ‘nudez gratuita’ a muito tempo, tomara que não voltemos a tempos nebulosos da nossa sétima arte.
O longa tem falas esquisitas e que soam muito mal quando há a reprodução. Exemplo: “Ele é mais cheiroso que na TV”.
Lima Duarte sempre muito competente tenta ser um dos pontos altos do longa. Em uma passagem da trama, aparece jogando carteado no boteco com o ator que fazia parte do elenco do ‘Telecurso 2000’ . Isso me fez relembrar a minha infância.
Marisa Orth, aparece pouco, mas é muito boa a cena em que aparece como pastora, pregando com palavras e gestos. A personagem Glória é bem caricata mas não consegue bons diálogos quando interage com os outros personagens. Beatriz Seagal é uma das boas atrações do filme. Abusa de seu talento na pele de uma apresentadora daqueles programas sensacionalistas que conhecemos bem. A caracterização dos personagem, figurino e cenários ajudam a mostrar bastante realidade durante a produção.
O desfecho do personagem principal, interpretado por Caco Ciocler, é atual, transformando o chique em algo religioso.
É um longa nacional que vai rodar os cinemas de todo o Brasil. Tem muitos problemas, mas vá ao cinema para prestigiar a nossa sétima arte. Quem sabe não tem uma opinião diferente!