20/10/2020

Crítica do filme: 'Alice Júnior'


A simples mensagem certeira sobre o direito de escolha aos olhos de quem ainda tem muito a conquistar nesse imenso planeta. Exibido no Festival do RJ e de Berlim no ano passado, Alice Júnior mostra o preconceito, as dúvidas, o olhar variado do próximo, a luta pelos direitos de uma adolescente trans que, por conta do trabalho do pai, sai de recife para uma cidade no interior do sul do país. Dirigido por Gil Baroni, com roteiro assinado por Adriel Nizer Silva e Luiz Bertazzo, o filme tem uma mensagem importante embutida em uma linguagem jovem com todas as atuais referências tecnológicas.


Na trama, conhecemos Alice Júnior (Anne Celestino), uma jovem super animada, trans, que precisa enfrentar novos desafios quando seu pai Jean (Emmanuel Rosset) precisa se mudar com ela (e a gatinha chamada Rinoceronta) para o interior do Brasil, em uma cidadezinha no Rio Grande do Sul para ir atrás de uma nova fragrância para seus produtos de beleza. Assim, Alice precisará conhecer novos amigos e enfrentar preconceitos vindos de vários lados, principalmente na nova escola.


Já disponível em algumas plataformas de streaming, Alice Júnior mostra o preconceito, as dúvidas, o olhar variado do próximo, os horrores das zoações que machucam pelas redes sociais, a luta pelos direitos de maneira simples e objetiva, com uma linguagem atual que busca o maior elo com o espectador. Fita super simpática, que consegue com muita eficácia e carisma enviar sua mensagem. Um dos ótimos pontos, interessante e simbólica a perspectiva do grande apoio do pai em relação as escolhas desde cedo da filha.