03/06/2012

Crítica do filme: 'Em Busca da Felicidade' (2007)


Escrito e dirigido pelo desconhecido Brad Isaacs, “Em Busca da Felicidade”, é um como tantos filmes que não conseguiram espaço para aparecer aqui no Brasil. É um daqueles tesouros que achamos empoeirados e escondidos nas prateleiras das locadoras (das que ainda existem) ou vendidos à 9,90 em um DVD duplo (dividindo espaço com outra produção).  Um drama que tem um ‘começo, meio e fim’ bem estruturados, o que deixa o espectador confortável com a bela história contada, em pouco mais de 80 minutos de fita.

Na trama, que é situada na década de 60, dois jovens (interpretados pelos excelentes Cayden Boyd e AnnaSophia Robb) vivem uma história mágica, embarcando em uma aventura, com muitas descobertas, para encontrar novos pais e escapar da vida triste em que viviam. Um longa que fala sobre violência, mas não é com aquela abordagem e nem daquela maneira em que estamos acostumados a ver no mundo do cinema. A violência em questão é emocional. A nulidade que os pais do jovem protagonista exercem sobre o mesmo é algo de dar lágrimas nos olhos e um desejo de que isso nunca possa acontecer no mundo real.

Ótimos personagens vão aparecendo ao longo do filme e cada um deles contribui para o saldo positivo do que vemos nas sequências. Os pais do protagonista, um adorador de barcos e a outra viciada em artistas de Hollywood, são os grandes vilões da trama e impactam no jovem filho o desejo de mudança.  

O longa comove com a sutileza que agrega à situações extremamente dolorosas, que poderiam causar um verdadeiro caos emocional no coração de uma criança. O personagem principal é dotado de uma maturidade única e consegue forças para sair daquela relação distante com seus pais, indo buscar sua própria liberdade com a ajuda de sua nova amiga. O caminho é de descobertas e isso torna a produção muito simpática e interessante.

Um material rico como esse não pode deixar de ser visto pelos cinéfilos.  Recomendado.