06/10/2020

Crítica do filme: 'Os Espetaculares'


Os velhos clichês de um humor com potencial. Tentando decifrar uma janela do universo da comédia, Os Espetaculares, dirigido por André Pellenz e com roteiro assinado por Sylvio Gonçalves possui arcos muito curtos e objetivos. Despretensioso e com muitos clichês, é uma produção honesta desde o primeiro minuto em sua jornada em busca de analisar, mesmo que superficialmente, o universo do Stand Up Comedy, seus bastidores e as pessoas que fazem desse módulo do humor ser tão divulgado e apreciado pelo público. No elenco principal, destaque para o comediante Rafael Portugal. O projeto também conta com a participação especial do cineasta Neville d'Almeida

Na trama, conhecemos Ed (Paulo Mathias Jr.), um artista especializado em Stand Up Comedy que vive de pequenos shows em uma casa de espetáculos. Divorciado, é pai de um garoto de 12 anos (DJ Amorim). Quando as coisas começam a dar errado e ele perde o emprego, uma oportunidade acaba chegando: participar de um concurso de comédia em trio que paga ao vencedor o valor de um milhão de reais. Assim, para conseguir participar do concurso, vai atrás de outros dois parceiros de palco, chegando até Italo (Rafael Portugal) e Sara (Luisa Perissé). Procurando entender um ao outro, precisarão superar as discordâncias e apresentarem seus melhores números.

Família, sonhos, projetos para uma carreira. Se formos analisar o contexto do filme, é repleto de boas intenções em mostrar o atrás das cortinas de um ramo da comédia que vem crescendo cada dia que passa com o avanço tecnológico das lives e streamings. Mas o longa-metragem, que já estreou em streamings, em alguns momentos soa repetitivo, há um esforço para tentar acertar nas piadas. Os diálogos mostram muitas sequências sem graça, frutos de clichês sonolentos encontrados em diversos filmes todo ano.