08/12/2020

Crítica do filme: 'Buddy Games'


Buscando falar sobre amizade, sob a ótica da disputa, dentro de um universo machista Buddy Games, dirigido pelo estreante em longas-metragens atrás das câmeras Josh Duhamel (que também atua no filme) é apenas mais um besteirol norte-americano. Um filme para rir (se você conseguir) e para não pensar. Parecido com o filme Te Peguei! mas sem a profundidade do mesmo. É difícil entender a mensagem do filme em alguns momentos, os arcos são muito mal definidos tentando em diálogos apavorantes de toscos um sentido sobre amizade da maneira mais arcaica possível.


Na trama, conhecemos o milionário Bob (Josh Duhamel), um empreendedor de sucesso que todo ano se reunia com os amigos Shelly (Dan Bakkedahl), Doc (Kevin Dillon), Durfy (Dax Shepard) e Bender (Nick Swardson) para um jogo de disputas onde apenas um é consagrado vencedor. Num desses anos, um trágico acidente marca a ‘competição’, deixando os amigos distantes e anos sem disputarem novamente suas ‘competições’. Até que um deles está no hospital se tratando de uma depressão profunda e convence os outros amigos a voltarem as disputas da ‘competição’. Assim, com disputas de batidas de cabeças em uma melancia, corrida de bolas, corrida na lama, somos testemunhas de cenas bizarras.


O recurso do humor sem noção é aplicado a todo instante, nos escassos momentos de pausa dramática o filme parece que perde combustível nessa jornada rumo a um sentido que é difícil compreender. Feito para rir, gera momentos constrangedores para nossos olhos. Os coadjuvantes são completamente esquecidos dentro do projeto, não gerando subtramas que poderiam sustentar melhor a mensagem. Um dos piores filmes dos últimos tempos com toda certeza.