Com mais um orçamento milionário em mãos, cerca de 250 milhões de dólares, o novo filme do famoso agente secreto do MI6, James Bond, é o desfecho do arco de Daniel Craig como o intérprete desse personagem fantástico criado por Ian Fleming. Dessa vez dirigido pelo cineasta californiano Cary Fukunaga, o longa-metragem tem de tudo um pouco que sempre assistimos ao longo dos anos nos filmes de Bond: relacionamentos intensos, explosões, fugas mirabolantes, espionagem, sempre tentando salvar o mundo. Mas dessa vez há um componente família que acaba sendo o grande ponto desse projeto que é um dos maiores lançamentos nos cinemas nesse mundo quase pós pandêmico.
Na trama, novamente nos encontramos com James Bond (Daniel Craig), um homem que mesmo
querendo descansar, ou até mesmo se aposentar, não consegue, pois sempre tem algum
fanático, louco, terrorista querendo destruir o mundo e assim o agente secreto
é chamado de volta para a ação. Em 007 -
Sem Tempo para Morrer Bond precisa lidar com mais uma revelação
surpreendente, fruto de seu relacionamento com a psicóloga Madeleine (Léa Seydoux). Em meio a todas as emoções
que encontra pelo caminho, um rival complexo de lidar, Lyutsifer Safin (Rami Malek) quer destruir o mundo com
um novo vírus seletivo e mortal.
Em todo desfecho de arcos de personagens emblemáticos nas
telonas, devemos levar em consideração o campo da emoção como porta de entrada
para as ações e consequências dos atos tomados pelo personagem que dá vida ao
filme. Nesse caso, o roteiro fica perto da corda bamba, e mesmo não precisando
assistir a todos os outros filmes de Daniel à frente de Bond, ainda sim, ao
longo de quase três horas de projeção, o projeto beira ao confuso mesmo dominado
por cenas de tirar o fôlego e um protagonista movido muito mais forte pelas
emoções do que em outros filmes. Vale o destaque para a ótima atuação de Craig
que mesmo ainda muito crítico por alguns, fecha com chave de ouro sua participação
nesse papel que já teve até o inesquecível Sean
Connery como intérprete.