06/10/2021

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Crítica do filme: '007 - Sem Tempo para Morrer'


Com mais um orçamento milionário em mãos, cerca de 250 milhões de dólares, o novo filme do famoso agente secreto do MI6, James Bond, é o desfecho do arco de Daniel Craig como o intérprete desse personagem fantástico criado por Ian Fleming. Dessa vez dirigido pelo cineasta californiano Cary Fukunaga, o longa-metragem tem de tudo um pouco que sempre assistimos ao longo dos anos nos filmes de Bond: relacionamentos intensos, explosões, fugas mirabolantes, espionagem, sempre tentando salvar o mundo. Mas dessa vez há um componente família que acaba sendo o grande ponto desse projeto que é um dos maiores lançamentos nos cinemas nesse mundo quase pós pandêmico.


Na trama, novamente nos encontramos com James Bond (Daniel Craig), um homem que mesmo querendo descansar, ou até mesmo se aposentar, não consegue, pois sempre tem algum fanático, louco, terrorista querendo destruir o mundo e assim o agente secreto é chamado de volta para a ação. Em 007 - Sem Tempo para Morrer Bond precisa lidar com mais uma revelação surpreendente, fruto de seu relacionamento com a psicóloga Madeleine (Léa Seydoux). Em meio a todas as emoções que encontra pelo caminho, um rival complexo de lidar, Lyutsifer Safin (Rami Malek) quer destruir o mundo com um novo vírus seletivo e mortal.


Em todo desfecho de arcos de personagens emblemáticos nas telonas, devemos levar em consideração o campo da emoção como porta de entrada para as ações e consequências dos atos tomados pelo personagem que dá vida ao filme. Nesse caso, o roteiro fica perto da corda bamba, e mesmo não precisando assistir a todos os outros filmes de Daniel à frente de Bond, ainda sim, ao longo de quase três horas de projeção, o projeto beira ao confuso mesmo dominado por cenas de tirar o fôlego e um protagonista movido muito mais forte pelas emoções do que em outros filmes. Vale o destaque para a ótima atuação de Craig que mesmo ainda muito crítico por alguns, fecha com chave de ouro sua participação nesse papel que já teve até o inesquecível Sean Connery como intérprete.