16/04/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #373 - Karina Furtado


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de São Paulo. Karina Furtado tem 37 anos, é formada em Desenho Industrial, atualmente graduanda em Pedagogia, mãe de dois meninos, este ano voltou a morar em São Paulo, está esperando a pandemia passar para começar o estágio como professora, por causa do distanciamento social tem visto filmes com mais frequência e quando não, está desenhando, escrevendo e bordando. Adora frequentar cinemas de rua, não gosta de filmes de terror e ama o Antonio Banderas.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Cine Petra Belas Artes, cinema de rua que fica na região da Paulista. Chorei, dei risadas, vivi muitas emoções neste lugar, o período em que ficou fechado doeu bastante porque não foram só bons filmes que assisti ali, o Belas Artes faz parte de uma história muito bonita da minha vida e eu não vejo a hora dessa pandemia passar pra eu ir até lá. Acho aquele lugar super charmoso!

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Demorei um pouco pra responder esta pergunta, mas acho que foi quando assisti “O rei Leão”. Minha mãe levou eu e minha irmã ao cinema e apesar da pouca idade, tinha 08 anos na época, me marcou muito. É possível viver muitas emoções com esta animação, a história é profunda, a trilha sonora marcante, a música “O ciclo sem fim” me emociona até hoje. Então acho que foi neste momento, numa sala de cinema, diante de uma tela enorme, com todas aquelas cores e com pessoas que gosto, dividindo as mesmas emoções, o encantamento de estar ali.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Com um certo aperto no coração te respondo que meu favorito é Alejandro González Iñárritu, mas ele divide o posto com outros diretores, amo Wim Wenders tanto quanto! Alejandro me impactou quando assisti pela primeira vez “21 gramas”, os filmes “Babel” e “Biutiful” eu assisti no Cine Belas Artes, mas meu filme favorito dele é “Amores Brutos”. Aliás, a trilogia da morte, nesta sequência – Amores Brutos, 21 gramas e Babel, é uma das mais viscerais e humanas que vi no cinema até hoje.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Bicho de sete cabeças. Vi no cinema, me emocionou muito, tem uma trilha sonora incrível, o filme é baseado no livro autobiográfico “Canto dos Malditos” de Austregésilo Carrano Bueno, que integrou a luta antimanicomial no país. Esse tema me toca muito, o filme conta a trajetória de Neto, que foi internado pelo pai no manicômio após o pai encontrar maconha em suas coisas. Toda vez que assisto me emociono muito. Os conflitos e as escolhas humanas são muito fortes neste filme, as questões de abuso dentro destes hospitais também. É um ótimo filme, mas não é fácil!

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Pra mim, que não possuo conhecimento técnico ou formação na área, ser cinéfilo é se entregar a experiência que o cinema proporciona sem amarras. É sentir amor por esta arte, é se permitir afetar pelas histórias, pela magia, pelo encantamento dos efeitos, da fotografia, a trilha sonora, é aprender o que os filmes dizem, ser cinéfilo é sentir o todo, se permitir conhecer filmes de diversos lugares do mundo e suas linguagens.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não! A maior parte possui programação comercial com pouquíssimas opções de escolha, dentro do que as distribuidoras determinam. Vemos filmes alternativos em mostras ou cinemas com este tipo de programação (que são poucos também).

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Acredito que não (tomara que não)!

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Pode ser dois? Filhos do Paraíso, 1999, direção: Majid Majidi e Era o Hotel Cambridge, 2016, direção: Eliane Caffé.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não acho! Tanto que não consegui ir quando haviam reaberto as salas, mesmo com as restrições.

 

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O cinema brasileiro faz parte da nossa cultura, da nossa arte e da nossa história. Atualmente sofre com falta de investimento e apoio, possui pouco espaço de distribuição dentro do circuito comercial, fora que ir ao cinema é caro e o tipo de cinema mais acessível é o blockbuster americano ou as comédias brasileiras. Temos produções de todos os gêneros e diretores muito talentosos como Kleber Mendonça Filho, Karim Aïnouz, Laís Bodanzky, Fernando Meireles, além de filmes que fazem sucesso no exterior gerando repercussão internacional positiva, filmes de boa qualidade, filmes premiados, que precisam ser valorizados por nós e para isso precisam ser acessíveis também. O cinema brasileiro vem se afirmando, nos divertindo e nos fazendo refletir além de conquistar mais espaço de exibição como por exemplo os streamings, que é bom para o público ter disponível no catalogo filmes e documentários brasileiros, pois muitas vezes estes são exibidos somente em mostras ou festivais e tornar a produção nacional disponível ajuda na formação de novos púbicos e na valorização.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Irandhir Santos.

 

12) Defina cinema com uma frase:

A frase não é minha, mas é tão perfeita para definir o que sinto sobre o cinema que eu vou citá-la: “O cinema é um sonho” – do filme Cinema Paradiso, de Giuseppe Tornatore, um dos meus filmes favoritos!

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.

Eu protagonizei uma história bem inusitada, mas não vou falar! hahahahaha... Foi na sala do Cine Belas Artes. Ah, e já dormi, o filme era ruim, acabei dormindo e acordei com o acender das luzes!

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

hahahahahahahaha... É o tchan nacional!

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não acho! Ele precisa ser sensível, conhecedor técnico, mas principalmente humano! 

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Na vida? Nossa, tem muitos, mas vou citar o último bem ruim que eu vi com meu filho, é com Adam Sandler e se chama O Halloween de Hubie. É bem ruim mesmo!

 

17) Qual seu documentário preferido?

Estamira, 2006, direção: Marcos Prado (tem outros preferidos).

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Já! Hahahahahahahahaha... Gritei, levantei, chorei e bati palmas! Adivinha? Foi na pré-estreia de Avengers – End Game.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

A outra face, 1997, direção: John Woo.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Ultimamente tenho lido o institutodecinema.com.br e acompanho as postagens sobre cinema nos perfis que sigo pelo Instagram.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Uso Netflix e Amazon Prime da mesma forma, minha lista de filmes na Netflix é maior, mas tenho acessado as duas plataformas com a mesma frequência. 

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15/04/2021

8 e meio em 20 - Bate-Papo #6 - Sylvio Gonçalves


Olá cinéfilos! Inventei um novo projeto :)


Chama-se "8 e meio em 20". Tá acontecendo toda 4a às 19:30 hrs. Oito perguntas e meia feitas para um convidado cinéfilo para serem respondidas em até 20 minutos (mas sempre passa bem de 20 minutos rs) numa live ao vivo no Instagram do meu blog @guiadocinefilo.


No programa de hoje, nosso convidado é cinéfilo e roteirista, Sylvio Gonçalves.


Espero que vocês consigam acompanhar. Deixarei os vídeos disponíveis no Instagram e no meu blog (link na bio) e em algumas plataformas de áudio deixarei os áudios, algo como um podcast do projeto.


Viva o cinema! Saudações cinéfilas!






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8 e meio em 20 - Bate-Papo #5 - Priscila Miranda do Rosario


Olá cinéfilos! Inventei um novo projeto :)


Chama-se "8 e meio em 20". Tá acontecendo toda 4a às 19:30 hrs. Oito perguntas e meia feitas para um convidado cinéfilo para serem respondidas em até 20 minutos (mas sempre passa bem de 20 minutos rs) numa live ao vivo no Instagram do meu blog @guiadocinefilo. 


No programa de hoje, nossa convidada é cinéfila e dona de distribuidora de filmes, Priscila Miranda do Rosario.


Espero que vocês consigam acompanhar. Deixarei os vídeos disponíveis no Instagram e no meu blog (link na bio) e em algumas plataformas de áudio deixarei os áudios, algo como um podcast do projeto.


Viva o cinema!




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8 e meio em 20 - Bate-Papo #4 - Bernardo Brum

 


Olá cinéfilos! Inventei um novo projeto :) Chama-se "8 e meio em 20". Tá acontecendo toda 4a às 19:30 hrs. Oito perguntas e meia feitas para um convidado cinéfilo para serem respondidas em até 20 minutos (mas sempre passa bem de 20 minutos rs) numa live ao vivo no Instagram do meu blog @guiadocinefilo. No programa de hoje, nosso convidado é cinéfilo e crítico de cinema, Bernardo Brum.


Espero que vocês consigam acompanhar. Deixarei os vídeos disponíveis no Instagram e no meu blog (link na bio) e em algumas plataformas de áudio deixarei os áudios, algo como um podcast do projeto.


Viva o cinema!


Saudações cinéfilas!





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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #372 - Lucas Malagone


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de São Paulo. Lucas Malagone tem 27 anos, é apaixonado por cultura em geral, não somente de filmes e series, é um amante do carnaval também e palmeirense doente. Formado em publicidade mas agora busca novos ares no jornalismo, está cursando pela Puc, e pretende trabalhar com cultura. Gosta de viajar e conhecer lugares e experiências novas, gosta dos pequenos prazeres da vida como tomar uma cerveja com um amigo numa tarde de sábado e defensor que cinema sem pipoca não existe!

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Itaú Cultural, por conta que apresenta filmes que muitas vezes não são apresentados ao grande público e por ser um grande incentivador do cinema nacional, diversos filmes menores se encontram por lá.

 

2) Qual o primeiro filme que você  lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Toy Story 2, lembro que o cinema tinha várias crianças e todas berrando com os personagens e lembro de ficar fascinado com a tela do cinema e foi aí que meu amor começou.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Quentin Tarantino, gosto da construção das histórias dele, dos diálogos, como ele encaixa a cena com uma música diferente e principalmente as cenas de ação dos filmes, meu filme favorito dele é Bastardos Inglórios.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Cidade de Deus, gosto da história e a forma da montagem do filme, além das atuações e de como é um retrato de um pedaço do Brasil.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Acho que é sentir paixão por cinema e o universo de filmes em geral não importa se são muito cabeça ou uma animação, um filme bobo ou uma construção de universo incrível como o MCU. É ter paixão por isso, debater e compartilhar esse amor com as demais pessoas.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Sim, cada cinema tem sua própria característica, um voltado para os filmes mais cult e fora do grande público, outro só com os grande público e dublado.. e por aí vai, o cinema não deve ser elitista e tem que abranger os mais tipos de público por isso cada cinema tem sua própria característica.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não acho que vão acabar pois muitas pessoas gostam da experiência que é ir ao cinema mas com os streaming vindo em peso vão ter que se reinventar ou se adaptar a isso, principalmente nos preços dos ingressos.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Quem Você Pensa que Sou - Filme de 2019 da Juliette Binoche que faz diversas reflexões sobre vida, envelhecer e as redes sociais, um filme diferente do que vemos por ai

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não, acho que só deve reabrir com 50% ou mais da população vacinada igual está sendo nos EUA agora e mesmo assim de forma gradual sem vender todos os lugares possíveis.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Acho que o cinema brasileiro sempre foi muito rico em suas histórias e principalmente nunca foi elitista, temos os filmes comedias feitos para os grandes públicos como os do Paulo Gustavo, Leandro Hassum e outros, e temos os filmes que são vistos diferentes e que contam histórias  que não estamos acostumados sobre o próprio brasil como Bacurau ou Shaolim do Sertão, mas hoje enxergo uma indústria que está precisando se reinventar por conta de falta de apoio do governo federal, então muitos filmes bons de baixo orçamento que tem a rodo por aqui estão em xeque, nosso cinema faz parte da nossa cultura e precisamos defendê-la a todo custo.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Daniel Rezende.

 

12) Defina cinema com uma frase:

“O Cinema é um modo divino de contar a vida”- Frederico Felini

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Sou muito fã dos filmes de cultura nerd então quase sempre vou nas pré estreias dos filmes, recentemente fui no do Vingadores: ultimato era basicamente um esquema de guerra, com mais de dez salas e filas diferentes para comprar pipoca e afins, porém o inusitado foi na hora do filme, alguns jovens uns 3 mais ou menos que se sentaram na minha frente vieram com uma garrafa de vodka e começaram a beber loucamente, saíram tortos da sala antes do meio do filme que tinha 3 horas e não voltaram.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

INUSITADO E SURPREENDENTE.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acho que o principal é você ter uma história a contar ou querer mostrar algo para as pessoas, a visão muito artística pode acabar limitando a visão do diretor.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Difícil falar um filme só mas com certeza o que mais me decepcionou foi Esquadrão suicida de 2017.

 

17) Qual seu documentário preferido?

SOS saúde é um dos meus favoritos e está mais atual do que nunca.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Inúmeras vezes.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

A lenda do tesouro perdido e o Senhor das armas.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Jovem Nerd, Omelete, Revista Monet, Adoro Cinema, acompanho as críticas do Roberto Sadowski no Uol, e gosto muito das opiniões de Natalia Bridi, Aline Diniz e Thiago Romariz que são ex-omelete.

 

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Netflix.

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #371 - Henrique Dumas


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de São Paulo. Henrique Dumas tem 28 anos, fez Radio Tv, trabalha na edição, numa certa emissora de Tv em São Paulo, viciado em filmes e séries a ponto de ter tatuagens sobre, leitor de livros de terror e quadrinhos enquanto toma café. Entusiasta de corridas por SP e olhar uns grafites por aí. Comedor de hambúrguer e 7 vezes campeão em fazer a melhor pipoca para ver filmes.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Itaú Cultural pois além de opções de cinema internacional alternativo, ele conta com grandes filmes de diretores renomados mas que não estão no circuito principal

 

2) Qual o primeiro filme que você  lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Tarzan, lembro que eu era muito jovem e o cinema era uma festa toda a sala adorando e fazendo barulho mas concentrada no filme.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Edgar Wright Scott Pilgrim, foi um dos primeiros quadrinhos que li após ver o filme em 2010, a partir desse momento me interessei muito mais nos processos de pós produção de filmes e mergulhei no universo dos quadrinhos.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Cidade de Deus, adoro o ritmo e a edição do filme, estudei sobre ele na Faculdade e sobre a montagem.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Ter uma relação muito gostosa com o universo dos filmes, olhar para filmes não só como entretenimento mas como inspiração e luta. Observar a visão de quem está contando essa história e como a estão contando. Cinefilia é amar filmes e ver como eles te moldam.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Sim, não podemos esquecer o grande público, não podemos nos fechar numa bolha exclusiva de arte, cinema não deve ser elitista, filmes devem ser feitos para todos.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não, não são todos que possuem serviços de streaming , não são todos que sabem como piratear filmes. Ir ao cinema continua sendo um evento.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Eles Matam nós Limpamos - Quentin Tarantino , um dos primeiros filmes que Quentin escreveu , mas não dirigiu , a história é incrível e desde sempre podemos ver seu universo compartilhado.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não , somente depois da vacina. Entendo a crise e o momento, mas a solução não é colocar as pessoas em risco e sim cobrar grandes instituições pelo apoio às salas de cinema.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Como sempre foi, os filmes mais abrangentes e de entendimento fácil tem seu lugar ao sol, impactam o grande público e cumprem sua função. Os filmes mais de gênero continuam escondidos em cine salas e mostras. O mesmo público que reclama dos filmes pipoca, não incentiva nem se importam com os outros filmes que estão sendo feitos. Para mudar isso acredito que deve haver mais interesse e impacto nos filmes menos abrangentes para assim eles conseguirem ganhar mais espaço nas grandes salas. Resumindo: enquanto você não for apoiar produções como “Animal Cordial” ou “Bixa Travesty” vai ter que continuar assistindo filmes como Até a que Sorte nos Separe (o que não tem problema nenhum com o filme).

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Daniel Rezende.

 

12) Defina cinema com uma frase:

“Agora mais do que nunca nós temos que conversar uns com os outros, ouvir uns aos outros e entender como vemos o mundo e o cinema é o melhor meio de fazer isso”. Martin Scorsese

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Adoro ver filmes de terror no cinema , acho que é onde a galera se solta mais haha

 

Assistindo It em 2017, pela terceira vez. A sala de cinema estava cheia, momento tenso do filme , a sala inteira já tinha tomado vários sustos juntos. De repente alguém deixou cair o suporte de pipoca de plástico hahahahah todo mundo tomou um baita susto.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

COMO LEVAR A SÉRIO ?

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não precisa, esse amor e apreço pela arte pode acabar limitando a visão do diretor, acabar influenciando em como ele realmente mostraria e trataria as situações propostas. Cinefilia é o tempero e não o prato principal.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Terror trash - O monstro do armário. Se for pegar filme sério eu odeio A Hora Mais Escura.

 

17) Qual seu documentário preferido?

A Terra é plana da Netflix (só doidera ahah ) menção honrosa para Ilha das Flores.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Opa !

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Nick Cage não tem filme ruim !! Aqui vai meu top 3 - O Senhor das Armas, A cor que veio do espaço , A outra face.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Jovem Nerd, Omelete, Adoro Cinema, Filmow ( mas é mais no youtube em canais como Refugio Cult e Super Oito).

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Netflix.

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Crítica do filme: 'A Sombra do Galo'


As verdades após a sonolência. Selecionado para a Competição Ibero-Americana do XVII Fantaspoa, o longa-metragem argentino A Sombra do Galo, La sombra del gallo no original, busca em sua narrativa, nos detalhes ligados à psicologia, o preenchimento de ações e porquês dentro de um cenário caótico de corrupção, mentiras e imposição de comando. Executa com certo sucesso a questão do clima, fundamental para um bom suspense, mas se perde com uma enorme confusão entre o foco principal e as subtramas que aparecem. Flerta com o terror a todo instante mas busca no suspense seu alicerce para o desenvolvimento da trama. Uma trilha sonora incisiva rouba a cena em muitos momentos. Dirigido pelo cineasta argentino Nicolás Herzog.


Na trama, conhecemos Román (Lautaro Delgado), um ex-policial que acaba sendo preso e fica oito anos preso. Ao sair desse tempo de reclusão, retorna a casa de seu pai para ver o estado e decidir se a coloca pra venda, lá é recebido por uma autoridade local, Barani (Claudio Rissi), com quem Román tem alguma espécie de segredo ou esquema, não fica claro.  Sozinho em sua solidão, o protagonista começa a sofrer de algo parecido como uma apneia do sono, levando-o a alucinações, assim surge para ele Angélica (Rita Pauls), uma jovem que sumira anos atrás na região com quem Román começa a se comunicar e assim descobre um esquema de prostituição e tráfico de mulheres.


Sonhos? Alucinações? Pensamentos ligados ao inconsciente? Culpa? Redenção? Muito difícil decifrar o complicado personagem, talvez por não sabermos muito sobre seu passado, de como chegara naquela situação. Há uma melancolia embutida em suas expressões, não entendemos o introspectivo personagem principal logo no início, demora para buscarmos uma certa compreensão. Completamente perdido entre o mundo real e a alucinação, navega entre a linha tênue da interseção sobre tudo que começa a enxergar através da comunicação com a jovem desaparecida.  Dentro dos conflitos contra os que o cercam, sua trajetória vira inconsequente, sufocante, um grito de tristeza em meio ao caos que acaba descobrindo.

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14/04/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #370 - Mariza Gualano

O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, do Rio de Janeiro. Mariza Gualano tem 64 anos, é graduada em Comunicação Social, na especialidade de Publicidade e Propaganda, pela Faculdade de Comunicação Hélio Alonso (FACHA). Trabalhou como assistente de RTVC (Departamento de Rádio e Televisão), na agencia Premium Propaganda S/A. No Departamento Comercial da Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes) foi assistente de mídia. E atuou como assessora de Merchandising na Gerencia Geral Pós-Vendas da vice diretoria da Mesbla Veículos. Foi produtora e redatora do programa de rádio Cinemúsica, veiculado pela Rádio Globo FM. E assinou a coluna de cinema Plano Geral e Short Cuts no site de filosofia Centro de Estudos Claudio Ulpiano.

 

Apaixonada por cinema, atualmente pesquisa sobre o tema e publicou Ouvir Estrelas - As Melhores Frases e Diálogos do Cinema (em sua quarta edição) e sua versão pocket As Melhores Frases do Cinema, para coleção O Saber & O Sabor ( Editora Garamond), Quanto Mais Quentes Melhor - As Melhores Frases de Sexo do Cinema (Ponteio Edições), Royale Com Queijo – As Mais Deliciosas Frases sobre Gastronomia do Cinema (Valentina) , Mensagens Para Você – Cartas Inesquecíveis do Cinema (Matrix), Short Cuts – Cenas da Vida de Cinema (Editora Autografia) e Para Fellini, Com Amor, em parceria com Roberta Maya (Chiado Books). Além disso, escreveu com Marici Passini as novelas Leblon Blues e Arpoador In (Ritornelo).

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Grupo Estação. Diversidade de programação, realização de mostras e festivais.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Festival Tom & Jerry, todo domingo no Cine Veneza, aos 5 anos de idade. Nunca mais saí do cinema.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Sério? Pergunta "escolha de Sofia" -  Fellini - 8 1/2. Esse mestre das telas me levou a publicar, em parceria com Roberta Maya, um livro celebrando sua bela obra (Para Fellini, Com Amor).

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Outra "escolha de Sofia" -  Deus e o Diabo na Terra do Sol (Glauber Rocha). Revolucionário esteticamente, críticas sociais e políticas contundentes, interpretações arrebatadoras e continua atualíssimo.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É como o atleta que precisa se exercitar diariamente, do contrário perde a forma e enfraquece.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não. Muitos proprietários do circuito exibidor visam o alto retorno financeiro.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Pergunta difícil para eu responder pois prefiro ser negacionista quanto à essa questão. Pode ser que diminuam mas, NÃO, não vão acabar.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Beginning (2020) de Dea Kulumbegasshvili (russa da Georgia).

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

É com muita dor que respondo não.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Muito boa! Alguns nomes fazendo um cinema bem autoral, histórias bem contadas e muitos partindo para o cinema de gênero de forma inventiva e original.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Só um? Kleber Mendonça Filho.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Uma saborosa calda de chocolate que entranha no bolo seco e sem graça.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Um rato insistia em circular pela sala de um cinema de Copacabana, durante a sessão do documentário O Outro Lado de Hollywood (1995). Houve um certo pânico por parte dos pouquíssimos expectadores, ignorado pela gerência. Coloquei as pernas pra cima e continuei a assistir ao filme. O amor pelo cinema superou a fobia.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Nunca assisti. Será que virou cult como "Lua de Cristal"?

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não. Por exemplo, Xavier Dolan já disse que não teve tempo de ser cinéfilo. Terrence Malick, um cineasta veterano, é recluso e não filma muito. Ambos tem uma filmografia interessante e expressiva, mesmo não exercendo a cinefilia em grau intenso.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Ih, outra "escolha de Sofia". Bem, tenho que escolher um. Na Natureza Selvagem (2007). Sinceramente, esse filme quer passar alguma mensagem ou está pensando que essa experiência de se desprender de tudo e sair por aí deixando os pais enlouquecidos sem nunca saber o quê aconteceu com o filho é muito incrível e inusitada? Irritante!

 

17) Qual seu documentário preferido?

"Corações e Mentes" (1974) de Peter Davis e "Cabra Marcado para Morrer" (1984) de Eduardo Coutinho.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sim. O filme "Uma Noite de Doze Anos" de 2018. Merece aplausos a trajetória e luta pela sobrevivência e sanidade mental de Jose Mujica e seus companheiros de luta encarcerados de forma cruel e desumana. Um filme pungente e dilacerante!

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

"Arizona Nunca Mais" e "Coração Selvagem". Mas devo dizer que roteiro e direção ajudam o canastrão Cage.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Omelete.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Netflix e mais Amazon Prime e Globoplay.

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #369 - Nando Gomes


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de São Paulo. Nando Gomes tem 35 anos, é o dono da página no Instagram Filmes e Séries do Nando (@filmeseseriesdonando) que tem o intuito de mostrar filmes, séries, animes e livros de uma ótica pessoal. Onde através dela tem a oportunidade de indicar algo para o entretenimento de todos e assim levar divertimento, emoção e tudo que podemos absorver em relação ao que a página oferece.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Rede Cinemark, pois tem muitas salas em SP e por conta disso, há maior variedade de filmes em cartaz, não se limitando apenas as estreias e muito menos o curto tempo de exibição dos filmes

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Cara, minha primeira experiência com cinema foi com "Os Saltimbancos Trapalhões", mas o filme que me fez ter um olhar diferenciado foi "ET o Extraterrestre" e "Cinema Paradiso".

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Ultimamente não tenho um diretor favorito, mas gosto demais de Spike Lee, Jordan Peele, Spielberg e Nolan, onde os meus filmes favoritos são "Infiltrados na Klan", "Corra", A Lista de Schindler e Batman o Cavaleiro das Trevas respectivamente.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Não tenho um único filme no meu top 1 de filme nacional, então aqui vai a composição do meu top 1: "Cidade de Deus", "Central do Brasil" e "Cidade de Deus". Pois são filmes que abordam uma realidade de forma crua, realista, divertida e com uma dramatização sensacional.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Cinéfilo é aquela pessoa que gosta de filmes, independente do gênero, deixando a arte do cinema transbordar em cada experiência cinematográfica, mesmo o filme sendo bom ou ruim para o público em geral.

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Pode-se dizer que sim, apesar que as vezes as redes são voltadas para o entretenimento, pois alguns filmes fora do universo vamos dizer comum, não são exibidos nessas redes e por sinal são ótimos e subestimados.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Acredito que não, pois por mais que ir ao cinema não seja barato, a magia dele jamais vai ser apagada, mesmo com um número grande de streamings no mercado disponíveis atualmente.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Pra mim nacional é "A Vida Invisível" e estrangeiro "Número 23".

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Jamais. Pois com o número de mortes e a taxa de contaminações estão ainda muito altos e acho sensato reabrir quando diminuir ou eliminar drasticamente esses dois índices e assim ir ao cinema com toda segurança possível.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Bem, o cinema brasileiro hoje tem uma qualidade magnífica em suas obras, tanto que saímos da comédia (gênero que somos sempre lembrados) e temos ótimos filmes de drama, suspense e terror, com roteiros e atuações que não deixam a desejar para nenhum filme estrangeiro. Porém o problema é que os próprios brasileiros subestimam e satirizam nossos filmes e não dão o devido valor as obras do nosso país, tanto que estou fazendo um projeto valorizando nosso cinema, pois nossos filmes merecem muito reconhecimento.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Não tem como dizer apenas 1, pois meu top 1 de artistas brasileiros são: Lázaro Ramos, Selton Mello, Wagner Moura e Fernanda Montenegro.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é a forma de ver o mundo e discutir vários temas em uma viagem de entretenimento e emoções.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Um casal resolveu ter uma DR na sala, onde ambos começaram a discutir, falar alto e até teve aquele momento clichê de jogar refrigerante no parceiro, depois disso a sala entrou em um silêncio mórbido e todos queriam saber mais sobre a discussão do que o próprio filme

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Infelizmente não conheço o filme, mas irei assistir em breve e farei a resenha na minha página.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não acho que precisam ser cinéfilos, acho que na minha humilde opinião, o cineasta só precisa acreditar na história que quer contar e apresentar ao público um roteiro interessante, deixando sua própria marca, com ou sem assistir filmes do gênero ou acompanhar um diretor.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Nossa!!!! São tantos, mas como um apreciador e consumidor assíduo de filmes de heróis e conteúdo GEEK acho que, "Lanterna Verde", reboot "Quarteto Fantástico" e "Death Note - versão americana".

 

17) Qual seu documentário preferido?

Como amante de basquete, meu documentário favorito é "Arremesso Final", disponível na Netflix.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sem dúvidas em Vingadores Ultimato, bater palmas e ficar sem voz durante 3 dias, pelo ato final, foi épico demais.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

8mm, que saudades de ver uma atuação maravilhosa dele nos filmes, pois o jeito que ele está atuando não me agrada de jeito nenhum.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Ultimamente não sou de acessar sites de filmes, por conta de tempo, mas tenho um apreço grande pelo "Adoro Cinema".

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Não tenho um preferido, sempre procuro buscar um equilíbrio entre eles, então é mais ou menos esta ordem Netflix, Prime, Telecine e Globoplay.

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13/04/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #368 - Thales Gonçalves


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Belo Horizonte (Minas Gerais). Thales Gonçalves tem 30 anos, formado em produção fonográfica, teve passagem por estúdios de dublagem no Rio de Janeiro, realizando trabalhos de captação de áudio, mixagem, sonoplastia e supervisão de áudio em filmes e séries dubladas para Anima Mundi, Warner, Fox, FX, National Geographic, Globo, SyFy e Sony.

 

Atualmente mora em Belo Horizonte, onde realiza produções e pós-produções audiovisuais em sua própria produtora, Makeplug Imagem & Áudio, com trabalhos voltados para o mercado publicitário e institucional, atendendo clientes como: Accor Hotels, Manoel Bernardes, Museu da Inconfidência, OCA - Organização Cultural e Ambiental, Orquestra Ouro Preto, Ortobom, Mormaii e Technos.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Aqui em BH é meio precário de salas de cinema com cartazes nacionais / independentes. Temos salas de grandes grupos como Cinemark, Cinépolis e Cineart, que quase sempre são tomadas pelos blockbusters. Mas posso destacar boas salas com uma programação que se difere das demais, como Cine Belas Artes.

 

 

2) Qual o primeiro filme que você  lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Ahhh, mesmo não tendo presenciado seu lançamento, Star Wars - Uma Nova Esperança, para o ano de 1977, sem dúvidas fez história. Quando assisti pela primeira vez, mesmo após décadas de seu lançamento, tive esse pensamento: cinema é um lugar diferente, especial. 

 

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Ainda dentro de uma leitura da minha infância e adolescência, eu diria que o diretor Fernando Meirelles, conseguiu marcar os momentos em que estive no cinema e na TV. Alguns de seus trabalhos que mais me marcaram na época foram: Rá-Tim-Bum (que passava na TV Brasil) e os filmes Cidade de Deus (2002) e Menino Maluquinho 2 (1998).

 

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Mais uma vez, o cinema brasileiro! Central do Brasil (1998), me desperta um interesse muito grande no enredo, e a união das direções: Walter Salles (Diretor do filme) e da belíssima fotografia do Walter Carvalho.

 

 

5) O que é ser cinéfilo para você?
Resumindo, seria viajar sem sair do lugar. Ser cinéfilo é amar todo o contexto que envolve a arte da produção cinematográfica, sentir cada nuance, sentimento que o filme possa proporcionar.


 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece  possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Infelizmente não. Vejo muita relação comercial nos principais cinemas que conheço, e muitas vezes essa condição, dá a vez para os blockbusters, que sempre lotam os cinemas.

 

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não acredito que possam acabar, talvez tenhamos algumas modificações, que a própria tecnologia nos impõe, mas a magia do Cinema não acabará.

 

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.
Alabama Monroe (2013), representou um marco para mim, quanto ao lado romantizado que o cinema sempre deu, para falar de relações amorosas. Esse filme marca realmente o laço familiar. O Diretor Felix Van Groeningen, tratou bem a fundo o conceito de amor, em todas as etapas da constituição de um relacionamento. Que filme marcante! Nem tudo é romance.

 

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?
Não acho que seria o melhor momento. Temos boas alternativas para esse momento que é o streaming. Em um momento mais apropriado o cinema voltará com força total!

 

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O cinema brasileiro nos últimos anos cresceu muito e tem uma autonomia muito boa para concorrer com as produções de fora do Brasil. Infelizmente ainda não vejo uma valorização nacional que fomente essas produções brasileiras e o potencial que temos. Apesar do momento atual que passamos, onde a valorização da produção audiovisual está em alta, o Brasil já mostrou seu potencial em tempos passados, como eu mesmo citei anteriormente onde coloquei como minhas referências, produções que tiveram uma grande importância para a valorização do cinema nacional, como: Central do Brasil (parceria com a França) e Cidade de Deus.

 

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.
Tenho a Sônia Braga como uma referência até mesmo internacional, grandes participações e reconhecimentos.

 

 

12) Defina cinema com uma frase:

Ver pra crer, cinema pra viver, rs

 

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema

Não tenho muitas recordações, mas sem dúvidas uma situação que achei muito curiosa, foi a utilização do espaço da sala de cinema para um pedido de casamento em forma de filme, que passou momentos antes do filme.

 

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras…
Não assisti, mas pelos comentários que tive acesso, acho que não perdi muita coisa, rs

15) Muitos diretores de cinema  não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?
Sim! Acho que seria um diferencial muito importante e com certeza traria bons resultados.

 

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida? 

Em Carne Viva (2003), tive acesso a tantos comentários ruins, de um filme com Meg Ryan, Mark Ruffalo e Jennifer Jason Leigh, que resolvi assistir...

 

 

17) Qual seu documentário preferido? 

De imediato, dois documentários veem em minha cabeça: Free Solo e Inside Job.

 

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão? 

Não só bati palmas como o filme não saiu da minha cabeça por dias, rs  

 

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?
Eita, dificil falar apenas um. Poderia destacar alguns como: A Outra Face, Cidade dos Anjos, O Senhor das Armas e Adaptação.

 

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?
Costumo seguir muitas páginas de pós-produção cinematográfica, mas tenho acompanhado os trabalhos de Omelete, Papo de Cinema e mais recentemente, Guia do Cinéfilo ;)

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12/04/2021

Podcast #7 - Guia do Cinéfilo - 12.04.2021

 

Olá! No programa de hoje, Raphael Camacho fala sobre os seguintes assuntos:


- Filmes que vi (Gorbachev.Céu, Fuga, Glória à Rainha, Good Night, Festival É Tudo Verdade)


- Séries que vi (Sky Rojo)


- Sobre o Programa Guia do Cinéfilo da Semana 


- Sobre o Programa 8 e 1/2 em 20 da Semana


- Novos Projetos


Abs e até a próxima 2a!


Viva o cinema!






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Pausa para uma série - Sky Rojo


Não há maior vingança que o esquecimento. Será? Com oito episódios de cerca de 25 minutos onde não conseguimos desgrudar nossa atenção da tela, a série espanhola disponível na Netflix, Sky Rojo, criada por Álex Pina e Esther Martínez Lobato possui como principal característica positiva um roteiro dinâmico, repleto de ótimas cenas de ação, há uma pitada de Tarantino (referência) em alguns pontos. É uma grande batalha cheia de conflitos, longe de éticas, entre um cafetão descontrolado por vingança e sua gangue de mandados contra três prostitutas sem muitas escolhas que precisam se unir para sair de uma enrascada. Já garantida para uma segunda temporada.


Na trama, conhecemos Romeo (Asier Etxeandia), um cafetão que montou seu negócio de prostituição que está sendo para ele muito rentável em um ponto isolado de uma cidade badalada. Nesse bordel, encontramos Coral (Verónica Sánchez), Wendy (Lali Espósito) e Gina (Yany Prado), três mulheres de faixa etárias diferentes, com pensamentos completamente opostos em alguns momentos mas que agora precisarão uma da outra após serem autoras de uma situação que levou Romeo quase à morte. Assim, é imposta uma batalha sangrenta pela cidade entre os mandados de Romeo, os irmãos Moisés (Miguel Ángel Silvestre) e Christian (Enric Auquer) e as três mulheres.


A virada de chave acontece quando há uma mudança de comportamento somado ao estopim de defesa, do julgar uma atitude de legítima defesa contra algum que possui um carinho pois está na mesma situação. A partir disso as personagens entram em uma desconstrução muito interessante, refletindo bastante sobre a vida delas até aquele momento e o forte de desejo de mudança, de liberdade. Os irmãos Moisés e Christian também entram em arcos desconstrutivos, vamos acompanhando o drama com a mãe, como chegaram até serem o braço direito de Romeo e a inconsequência que tem como marca.


O roteiro e sua busca no passado, aliada ao intenso ritmo do presente, para apresentar características que não sabíamos dos personagens envolvidos nessa grande confusão é um ponto válido para preencher lacunas ao espectador, chegando algumas vezes até a surpreender, fazendo uma rotação de 360 graus no entendimento de atitudes, ações, ao longo dessa jornada que possui um curioso final aberto, muita coisa ainda para vermos na segunda temporada.



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