27/06/2021

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Crítica do filme: 'Supernova'


As páginas em branco de um caderno que não consegue ser mais escrito. Supernova, escrito e dirigido pelo cineasta Harry Macqueen, em seu segundo longa-metragem na carreira, é um filme sensível que busca uma saída na razão para a melancolia de um momento triste na vida de um casal, na quase hora de dizer adeus. O terrível sentimento de estar ou ficar sozinho. Tudo acaba também girando em torno dessa questão, o desespero vira apenas um complemento iminente nesse quase classificado road movie mas que contorna mais as estradas do coração. Destaque para os excelentes Stanley Tucci e Colin Firth, dois grandes atores em cena. Belo filme.


Na trama, conhecemos o casal Sam (Colin Firth) e Tusker (Stanley Tucci), que estão juntos fazem décadas e talvez agora enfrentam o momento mais difícil da vida deles, pois o segundo está com uma doença irreversível, perdendo lentamente sua capacidade de lembrar e fazer as coisas. Buscando resgatar memórias resolvem partir rumo estrada à dentro, na Inglaterra, terra do primeiro, à bordo de um trailer equipado, encontrando amigos pelo caminho e assim construindo um desfecho bonito para tantos anos de amor.


O filme, a partir da premissa básica de fortes diálogos, consegue entregar com muita emoção os dois lados dessa história de amor. Buscando alguma resposta nas estrelas, objetos de fascinação que andaram junto com a história do casal, se nutrem de argumentos para um provável confronto entre os dois por conta do que pensam sobre o momento e ações que precisam tomar para segurar os duros obstáculos dos quereres, fruto de reflexões muito maduras sobre a vida, o próximo. Nos desabafos com os amigos, as cartas vão sendo mostradas e segredos abertos. Há momentos duros, onde o espectador fica apreensivo, essa emoção só chega até nós por conta de uma entrega impressionante dos já citados dois grandes atores em cena, comovem e nos fazem refletir sobre a vida.


Nessas linhas do coração, quem fala mais alto é a emoção. As impulsividades de antes parecem encontrar o equilíbrio na constatação da maturidade, na cumplicidade, no amor, nos valores mais que provados do quão importante são amigos e família em todos os momentos mas fundamentais nesses que passam o casal. Percebemos e sentimos o quanto é duro dizer adeus, impossível não se emocionar. E como é difícil dizer Adeus!

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #456 - Desirée Soares


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de Santos (São Paulo). Desirée Soares tem 29 anos. É Jornalista, redatora e Social Media.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Gosto muito do Cine Roxy, porque é um cinema que tenho muita memória afetiva. Além disso, antes da pandemia eles tinham começado um projeto e estavam passando filmes mais artísticos, que participaram de premiações etc. Fora isso, é um cinema que sempre promovia pré-estreia com atrações (como bandas e cosplays) e coisas do tipo. Também realizava sempre sessões para convidados, muitas vezes seguida de bate-papo com diretor ou produtor do filme.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Não sei dizer exatamente um, mas sem dúvida vários da Disney! Eu tinha o VHS de quase todas as animações e via e revia diversas vezes!

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Não ligo muito pra isso, mas eu gosto bastante dos trabalhos do Jordan Peele, Corra e Nós. E estou ansiosa por A Lenda de Candyman, que ele não dirigiu, mas escreveu e produziu.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Mmmm não consigo escolher um só... Mas O Auto da Compadecida acho que é unanimidade, né? Fora ele, que considero um clássico, gosto de filmes mais atuais, como Hoje Eu Quero Voltar Sozinho e Tudo Bem No Natal Que Vem.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É ficar ansioso com a data de estreia, com as fotos e os trailers de uma produção; é ir ao cinema cheio de energia e animação, e sair de lá realizado depois de ver um bom filme; é conversar com os amigos sobre o filme incrível que você acabou de ver e quer que eles vejam também; enfim, é amar filmes e cinema!

 

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Acredito que sim.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Acho que não. Por mais que os streamings hoje sejam uma ótima opção, e mais viável em tempos de pandemia, as salas de cinema tem seu charme especial. Após a pandemia acredito que iremos voltar a sentir a magia que só uma sala de cinema proporciona.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

O Homem da Terra. Eu indico esse filme toda vez que preciso indicar algum haha Minha dica é: vá sem saber nada da história. Adianto que é uma produção simples, e a história se passa em apenas um cenário, mas os diálogos são incríveis.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Aqui na minha cidade já reabriram, mas apenas 42% das pessoas já foram vacinadas. Eu entendo o lado dos empresários, mas eu prefiro não me arriscar e esperar estar vacinada.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Melhorou muito! Foi-se o tempo que era "cool" dizer que não gostava de cinema nacional. Hoje quem diz isso está totalmente fora da realidade. Acredito que nossa especialidade ainda é comédia, pelo menos é o gênero que eu mais gosto de consumir. Mas filmes com uma pegada jovem e um pouco de carga dramática também são muito bons.

 

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Não tem um, vejo pela sinopse/trailer.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é magia diante dos nossos olhos.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Uma vez eu estava esperando uma sessão começar, já estava dentro da sala. Eis que uma mulher perto de mim tira da bolsa um spray baygon, de matar barata, e começou a espirrar embaixo das cadeiras do cinema. Eu, minha madrinha e minha prima (que estavam comigo) tentamos não rir, mas achamos aquilo tudo muito doido! kkkkk

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Parte da cultura brasileira! kkkkk

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acho muito difícil um diretor de cinema não ser cinéfilo. Pra mim ser cinéfilo é amar cinema e consumir esse tipo de conteúdo. Como você vai criar algo novo se não viu o que já foi feito nessa área? Impossível.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Vou ser apedrejada se disser Midsommar?

 

17) Qual seu documentário preferido?

Não consigo indicar um só, mas adoro os true crime da Netflix, como Sequestrada à luz do dia e Cena do Crime - Mistério e Morte no Hotel Cecil. Brasileiro eu indico Democracia em Vertigem.

 

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Algumas vezes! Haha.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Não diria melhor, mas o meu preferido é Atraídos Pelo Destino. E quero deixar registrado que O Apocalipse é a maior bomba kkkkk.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Adoro Cinema e Omelete.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Netflix.

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8 e 1/2 em 20 - Diego Freitas - Episódio #15


Esse é o '8 e 1/2 em 20', programa de entrevistas feitas por lives no Instagram do @guiadocinefilo, toda 4a, às 19:30​ hrs, com cinéfilos e profissionais que de alguma forma contribuem para o audiovisual.

Nesse episódio, recebemos o cinéfilo e cineasta Diego Freitas.
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O que achei do filme 'Noites de Alface'


Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa objetivamente o filme 'Noites de Alface'.

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A crítica completa do filme, em forma de texto, está em nosso blog.
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Crítica do filme: 'Luca'


As descobertas da amizade, dos valores harmônicos das primeiras sabedorias sobre a felicidade. Lançado no canal de Streaming da Disney (Disney +), o longa-metragem de aventura com técnicas de animação, Luca, parece ter uma história bobinha, superficial mas acabamos o filme com lindos pontos de reflexão para pensar sobre, tamanha a profundidade que alcança seus ensinamentos, principalmente sobre a amizade. O roteiro também abre espaço para fazer poesias filmadas com os sonhos de um carismático protagonista que adora descobrir as novidades de um mundo cheio delas ao seu redor. Belo filme dirigido pelo cineasta Enrico Casarosa.


Na trama, conhecemos o jovem ser aquático Luca que vive com sua mãe, pai e avó debaixo d’água sendo ensinado desde cedo que não deve de jeito nenhum tentar chegar a superfície por conta dos perigos. Certo dia, consumido por uma curiosidade tamanha, fica mais distante de casa chegando perto da beira do mar quando encontra um outro jovem que nem ele, chamado Alfredo, descobrindo assim que quando sai da água ele vira um ser humano não aquático que nem todos os outros. Assim, acaba embarcando em uma grande aventura em busca de sonhos e de ganhar um super prêmio numa gincana da região. Para tal, receberá também a ajuda de Giulia, uma jovem de sua idade.


Navegando um pouco sobre a cultura italiana, o que é sempre enriquecedor em filmes para todas as idades, Luca mistura o inusitado com o universo do sonhar tendo ainda uma reta na paralela, que acompanha toda a aventura, que aborda a força da amizade, seu valores. Alguns momentos peixe, outros momentos ser humano que nem a gente, o modo construtivo de pensar sobre o que ainda não conhece se junta ao momento chave na vida de todos nós quando começamos a ligar os pontos da vida. Dentro de um uma linda paisagem, sendo a porta de entrada para seu sonhar, o protagonista descobre a força do amor pelos livros, pela amizade, através também do sofrer.


Dos criadores de Toy Story e DivertidaMente, o projeto está disponível na Disney+, um ótimo divertimento para baixinhos e altinhos, todo mundo que sabe toda a força que possui o sonhar.

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26/06/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #455 - Teresa Souza


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, do Rio de Janeiro. Teresa Souza tem 59 anos. É jornalista, pesquisadora e produtora. É assessora pessoal da atriz e produtora Mariana Ximenes desde 2016, trabalha como freelancer em eventos da Editora Cobogó e é colaboradora da sala de cinema do portal rioinformal.com com textos sobre os filmes em cartaz. Nos dois últimos anos coordenou, no Rio de Janeiro, os cursos de gestão cultural do Itaú Social, através da empresa paulista Your Wish. Trabalhou também como assessora de comunicação e marketing na Casa de Cultura Laura Alvim por dez anos, cuidando dos eventos literários, galeria de artes e mídias eletrônicas. Anteriormente organizou a os acervos dos maiores cineastas brasileiros como Glauber Rocha, Cacá Diegues, Ruy Guerra, Nelson Pereira dos Santos, entre outros, além do acervo fotográfico do produtor Luiz Carlos Barreto. Foi assessora pessoal de Cacá Diegues por longos anos, retornando em 2020. Produziu livros, filmes, documentários, exposições, eventos culturais. Teve seu blog de cultura e variedades orioqueeupiso.blogspot.com entre os 30 melhores do Brasil, em 2012. Em 2013 lançou seu primeiro livro de crônicas “Palavra Carioca”, com lançamentos no Rio de Janeiro, Recife e Minas Gerais. Em 2019 lançou “Palavras na Bolsa”, seu segundo livro de crônicas.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

As salas do Grupo Estação.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente. Desenho de Tom e Jerry quando ainda era criança

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Difícil responder, são muito diretores que gosto muito, mas em especial acho que o Almodóvar.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Outra pergunta difícil, mas Bye Bye Brasil, de Cacá Diegues é um filme que gosto muito e tive a oportunidade de rever e percebi que mesmo com 40 anos ele ainda é atual.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Gostar de cinema e ir ao cinema.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Sim.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Estou ficando com medo dessa realidade.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

O argentino A Odisséia dos Tontos.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Já reabriram e estão vazias. Eu mesma não tive coragem de ir.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O cinema brasileiro é um dos melhores do mundo.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Cacá Diegues, Lirio Ferreira, Karim Ainouz, Ana Muilaert.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Um sonho.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.

Nossa, são tantas, mas quando teve a pré-estreia do Diário da Motocicleta, do Walter Salles, fiquei na mesma fila de cadeiras que o Gael Garcia Bernal e foi uma emoção.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras... nunca vi

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Seria bom, mas o talento vem naturalmente, né?

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Não sei, já vi muita coisa ruim.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Adoro o Cinema Novo, do Erick Rocha e estou encantada com o Professor Polvo

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Sim.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Tem um que não lembro o nome agora, faz muito tempo, ele sai em busca de uma orquídea fantasma de difícil acesso, lembro mais da orquídea do que dele. Mas tem também Despedida em Las Vegas que é genial.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Adoro Cinema.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Netflix.

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25/06/2021

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Crítica do filme: 'Äiti''


O medo do confrontar para se achar algum oásis dentro dos porquês. Há uma hipocrisia em uma sociedade que não aceita perdoar? Fazendo refletir sobre várias questões existenciais mesmo tendo o foco completo em uma introspectiva protagonista que carrega uma enorme culpa nas costas, Äiti, filme finlandês caminha sobre os reflexos da hipocrisia dentro de uma angústia profunda que dita o compasso de todo o desenrolar que vemos. Mesmo não estando escancarada, o filme pergunta a todo instante o que diabos aconteceu no dia da tragédia que passa a personagem principal mesmo que seu roteiro deixe essa questão, para alguns, importante, em segundo plano. Um belo trabalho, escrito e dirigido pelo cineasta finlandês Samppa Batal.


Na trama, conhecemos Eeva (Jaana Saarinen), uma mulher que sai da prisão após ser acusada de cometer um crime. No início não sabemos direito sobre essa mulher, conforme o tempo passa acompanhamos sua luta para um encontro com sua filha, os confrontos com vizinhos e pessoas que acompanharam anos atrás a tragédia que marcou para sempre a sua vida.  Sendo explusa de hotel, e quase não conseguindo nenhum bico para se sustentar, a única pessoa que a trata bem é o seu novo empregador, que passou por um trauma ligado à mãe anos passados e talvez por isso consiga se conectar com a história e principalmente a busca da protagonista numa melhor relação com a filha.


Talvez você não a queira como sua mãe mas você é filha dela. Esse embate sobre a questão acontece mais nos pensamentos e novas descobertas da protagonista, reunindo em ações quase desesperadas todo o sentimento de saudade que sente por sua filha. Entendemos melhor isso quando descobrimos o que ocorreu para ela ser presa e ficar tanto tempo longe da filha. Buscando se reestabelecer na sociedade após sair da prisão condenada por assassinato o marido acaba descobrindo que não para de ser Julgada dentro de uma pena sem fim, jogada para escanteio pelos que conheceram a tragédia. Esse arco, bastante composto de reflexões, acaba nos levando a uma jornada amargurada nos fazendo refletir sobre segundas chances.



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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #454 - Claudia Rosario


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, do Rio de Janeiro. Claudia Rosario tem 39 anos. Bacharel e Licenciada em Filosofia pela UFRJ. Amante do cinema e da música. Em seu perfil no instagram, conjuga a sétima arte com a filosofia.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Cine Odeon, no Centro do Rio de Janeiro. É um ícone dos cines da cidade. Além do charme e esplendor conta com uma programação alternativa de filmes.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

A descoberta da sétima arte ocorreu por volta de uns 5-6 anos de idade. Meu pai me levou pra assistir um dos filmes da Turma dos Trapalhões, no extinto Cine Pathé, localizado também no Centro do RJ. Saí maravilhada!

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Nos dias atuais, Lars Von Trier. Colocando de lado toda a polêmica que envolve o diretor e roteirista, ele é um dos poucos que conseguem estabelecer uma extrema simbiose de afetos entre cinema e espectador. Meu filme favorito é Dançando no Escuro (Dancer in the Dark) com a maravilhosa Björk como protagonista.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Cidade de Deus. Para mim, a grandiosidade deste filme está no novo fôlego que ele traz ao nosso cinema.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É ser um entusiasta, um estudioso da sétima arte.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

A programação é montada em torno do lucro que determinada película pode gerar. Um grande exemplo disso está na cinematografia nacional. A produção brasileira é bem extensa, porém as salas só dispõem de filmes compostos por atores globais. Para conhecer mais acerca dos filmes brazucas, o espectador que "lute" para achar. Triste, mas é a verdade.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não acredito no término. A telona, a sala escura são umas das estruturas que despertam sentimentos únicos no espectador. Favorecem a nossa contemplação.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Recentemente, assisti Dezessete. É um filme espanhol tão simples em sua estrutura mas deslumbrante na capacidade que nos toca. Assistam!

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Já temos a vacina. Só falta atingirmos o número satisfatório de vacinados para uma reabertura segura.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Em termos técnicos, é nítida a imensa melhora. Temos que lutar contra o preconceito que ainda perdura nosso cinema. Grandes obras são produzidas, mas o brasileiro não tem nem a chance de ver! O estrangeiro vê, reconhece, premia e o brasileiro ainda de olho em Hollywood.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Matheus Nachtergaele. Nele, não vemos o limite da reinvenção.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é uma arte única, orgânica: É a arte que move e remove todos os nossos afetos, a bel prazer.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

A cena foi deplorável. Estava assistindo ao filme A professora de piano. De repente, algumas mulheres em um fila se juntaram e começaram a bater em um sujeito. O mesmo estava se masturbando e foi expulso do cinema. Lastimável.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Nunca assisti. Falam coisas terríveis dele. Mas pra quem teve coragem de assistir "A Centopéia Humana", eu tenho a obrigação de dar um crédito né? kkkkkkkk

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acho um pouco nonsense um cineasta não ser cinéfilo... Tem que ter um mínimo de entusiasmo pelo cinema, de modo geral. Como ser sommelier sem ter tesão por vinhos?

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

A Centopeia Humana (vergonha de ter visto e escrever isso rs).

 

17) Qual seu documentário preferido?

Janela da Alma.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Não...

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

A Outra Face.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?7

Observatório do Cinema.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Ultimamente, eu tenho um duelo entre Netflix e Amazon Prime.

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Crítica do filme: 'Anônimo'


Um empolgante filme com muito tiro, porrada e granada! Pegue um liquidificador, coloque pitadas de Um Dia de Fúria, Marcas da Violência e a essência da saga John Wick que você começa a ter uma ideia de Anônimo, filme estrelado pelo subestimado ator Bob Odenkirk (conhecido por seu papel em Breaking Bad e consequentemente Better Call Saul). Mas essa produção de ação e certos mistérios é muito mais que a junção de outros bons filmes, consegue sua originalidade própria pela análise e pontos reflexivos de um perturbado protagonista com um passado misterioso muito bem construído por Odenkirk. Prato cheio para quem curte ótimos filmes de ação. Além de muitos pontos positivos, o projeto conta com a participação mais que especial do genial Christopher Lloyd. Dirigido por Ilya Naishuller e com roteiro assinado por Derek Kolstad (roteirista da saga John Wick).


Na trama, conhecemos Hutch Mansell (Bob Odenkirk), um homem disciplinado em sua rotina de exercícios matinais, ajuda nas tarefas de casa, ida e volta do trabalho junto ao sogro e o cunhado em uma pequena empresa. Vive seus dias sem grandes emoções e surpresas ao lado de sua esposa Becca (Connie Nielsen) e seus dois filhos. Talvez para a vida dele voltar a ter algum sentido, algo precisara acontecer. E o estopim chega quando dois ladrões amadores invadem sua casa e roubam uns trocados mas não são capturados de propósito por Hack que busca se controlar a todo instante na situação. Após esse fato, começamos a ver as mudanças na vida do protagonista e todas as surpresas de seu passado vem a tona em uma trajetória de explosões, sangue e violência por todos os lados.


Nobody, no original, busca seu fôlego dentro de cenas intensas de ação, onde parece que a criatividade reina na sua mais alta potência deixando nossos olhos perplexos com as sequências empolgantes que acontecem. A questão da camuflagem da história, da saída de pai de família inofensivo para um temido guerreiro do novo século é feita de maneira inteligente muito construtiva elevando em qualidade no clímax. Parece que um dos grandes desafios do projeto é tentar de alguma forma buscar seus próprios caminhos e se distanciar de alguma forma com comparação com outros filmes mas é uma linha complicada de andar, há referências por todos os lugares mas que nesse caso não diminui a qualidade da trama, não chega a ser um spin-off de Wick ou outros longas-metragens.


Pensado em ter continuações, assim como seu primo John Wick, o desfecho mais do que nos leva a essa conclusão. Merece a continuação. Assim, as profundidades nulas de algumas subtramas poderão ser exploradas, como a relação de Hutch e Becca, mais sobre o passado de seu pai e irmão. Há muito chão para caminharmos juntos com os personagens. Em tempos onde os filmes de ação não chegam com grande qualidade, a não ser a saga protagonizada por Keanu Reeves e poucas outras, Anônimo chega para contribuir positivamente, trazendo muita qualidade.   


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Memórias do Nosso Joia - Ana Rodrigues


Começamos mais um pequeno projeto mas feito com muito carinho:

'MEMÓRIAS DO NOSSO JOIA'. Vários frequentadores do Cine Joia Copacabana enviarão depoimentos por vídeo ou texto que serão postados nas minhas redes sociais e no meu blog ao longo de semanas. Essa foi uma forma que encontrei de relembrar histórias e homenagear esse cinema tão lindo que não existe mais. Nesse depoimento, a amiga, crítica de cinema e jornalista Ana Rodrigues. Viva o Joia! Viva o Cinema! #memoriasdonossojoia #cinejoia #cinejoiacopacabana #cinema
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24/06/2021

Pausa para uma série: 'Colônia'


Horrores de um Brasil que nunca mais queremos ver. Produzida por André Ristum e Rodrigo Castellar, o seriado Colônia explora os absurdos feitos aos direitos humanos no início da década de 70 em Barbacena, Minas Gerais, onde pacientes eram internados à força em um hospício sem qualquer diagnóstico verdadeiro de doença mental. Inspirada na obra Holocausto Brasileiro de Daniela Arbex, conhecemos um lugar terrível onde aconteciam atrocidades a pessoas de diversos grupos sociais. O desespero, a intolerância, feridas profundas, torturas, choques elétricos. Aos poucos vamos começando a entender fragmentos das histórias dos personagens, principalmente da protagonista, interpretada pela atriz Fernanda Marques. Andréia Horta, Eduardo Moscovis, Marat Descartes, Rafaela Mandelli, Arlindo Lopes são alguns dos rostos conhecidos que compõe o elenco.


Na trama, reunida em dez episódios de cerca de 20 minutos de duração, acompanhamos a jovem Elisa (Fernanda Marques), alérgica à morangos, de vinte e poucos anos, grávida, que é jogada em um trem rumo à uma instituição psiquiátrica depois que, com o consentimento do pai, o dentista da família atestou mentirosamente que ela é esquizofrênica e altamente perigosa por ela não querer se casar com um homem 40 anos mais velho e estar grávida do grande amor de sua vida. Chegando nesse lugar, que mais parece uma prisão com experimentos dolorosos como choques e tratamentos longe de qualquer humanidade, ela precisará vencer o sentimento de solidão em contraponto à esperança, equilibrando atitudes e ações para achar alguma solução, com a ajuda de outros pacientes.


A protagonista é muito bem construída pelo roteiro. Percebemos as fases que passa. O início com a esperança por perto, depois linhas dramáticas de constatação da solidão, há uma desconstrução muito evidente na personagem muito bem interpretada por Fernanda Marques. Paralelo ao que acontece com ela, vamos entendendo e buscando refletir sobre todo o contexto que é envolvida essa trama de dor e sofrimento que aborda em sua essência o abuso emocional e físico de diversas maneiras trazendo ao espectador um pouco dos horrores vividos nesse lugar que nunca deveria ter existido. A chegada de pessoas contrárias ao regime da ditadura, ainda em vigor naquela época, nos fazem perceber que o lugar podia ser definido como um enorme depósito humano, onde militares de alta patente, ou famílias conservadoras, despejavam lá pessoas contrárias ao seu modo de pensar.


Como achar esperança nesse lugar? Há um grande espaço para a visão de muitos pacientes sobre aquele lugar, mesmo que na maioria dos casos de maneira superficial. O médico da instituição acaba vivendo um grande dilema pois sabe que está fazendo tudo ao contrário do que fora ensinado no seu curso de medicina, uma enfermeira também parece estar em uma linha tênue entre o certo e o errado.


Trazendo aos nossos olhos essa triste história, usando o preto e branco como essência do sentido das coisas na narrativa, o projeto serve para nos fazer refletir com vários paralelos em relação aos tempos que vivemos. É só querer enxergar. Estreia no dia 25 de junho no Canal Brasil.


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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #453 - Sabine Mendes


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, do Rio de Janeiro. Sabine Mendes tem 42 anos. É escritora, roteirista e diretora da Editora Nua.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Cinemas Estação de Botafogo - porque tem salas confortáveis, programação diferenciada, livraria/sebo com boas opções de livros, dvds e CDs, além de bomboniere/café com espaço bacana para fazer hora.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Hook, a volta do capitão gancho.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Difícil. São vários. Kielowski (O decálogo), Baz Luhrman (Moulin Rouge), Anna Muylaert (Que horas ela volta?), Kleber Mendonça Filho (Aquarius).

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Difícil. São vários... Baile Perfumado, Aquarius, Que horas ela volta?, Bacurau, Central do Brasil... pela linguagem única desenvolvida em termos de roteiro e edição por cada um deles.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Amar a linguagem cinematográfica como expressão artística.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Acredito que sim. Já estão acabando.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

São vários também... Mas, hoje, eu indicaria The 40-year-old versão que está na Netflix.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Excelente.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Fico atenta aos curtas do cinema negro, em especial aos curtas do cinema negro potiguar, como os de Rosy Nascimento.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é ver a história do jeito que o diretor imaginou para você.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Sentei do lado do Rubens Ewald Filho e percebi que ele não fazia anotações durante o filme kkkkkk

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Não sei o que é...

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não. Acho que ajuda, mas se for um leitor imaginativo já ajuda bastante - porque trabalha a capacidade de imaginar as cenas por si mesmo em vez de copiar a de outros. De qualquer forma, não entendo querer fazer parte de uma área e não se interessar por quem veio antes nela.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Vários. Rs

 

17) Qual seu documentário preferido?

Ilha das Flores, do Jorge Furtado.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Já, especialmente em festivais.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Despedida em Las Vegas

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Não leio nenhum. Mas vejo muitos filmes.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

Netflix. Mas também uso Telecine e, às vezes, Amazon Prime.

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #453 - Sabine Mendes

Crítica do filme: 'Selvagem'


À margem, a dor e a busca pelo afeto. Escrito e dirigido pelo cineasta francês Camille Vidal-Naquet, Selvagem , exibido no Festival de Cannes em 2018 conta a saga de um protagonista à margem da sociedade, vivendo de uma prostituição cotidiana, dormindo pelas ruas, ingerindo vários tipos de drogas, um jovem de 22 anos praticamente sem objetivos na vida que ainda encontra um amor não correspondido na sua constante luta por afeto. Um filme com emoções à flor da pele, cenas fortes e que retratam a dor e o sofrer de maneira impactante.


Na trama, conhecemos Leo (Félix Maritaud), um rapaz de 22 anos que se prostitui pelas ruas de uma cidade francesa se relacionando com homens, e somente homens, de todas as idades e intenções. Passa por situações constrangedoras em suas inconsequentes tentativas em ganhar um dinheiro fácil, usando e abusando do seu corpo o que faz cada vez mais seu emocional chegar ao fundo do poço principalmente quando a falta de afeto acaba lhe fazendo falta nas suas tentativas de branduras.


Sauvage no original, explora as emoções por meio da inconexão de um personagem que não consegue descobrir sentido para um lugar no mundo. Começamos a entender um pouco melhor o complexo personagem quando ele busca algo como uma ajuda a uma médica/assistente social, desabafa seus pensares por meio de gestos e a importância de alguma conexão afetiva, um abraço por exemplo, talvez uma válvula de escape para o triste mundo que enxerga todos os dias.


Falamos muito dessa palavra afeto porque ela faz parte do ponto de interseção de toda a cadeia dramática de Leo dentro de um mundo que nunca foi cheio de oportunidades para a felicidade chegar ao seu redor. Sem referências, vaga pelas mesmas ruas da mesma cidade, vendo os aviões partirem e nada mudando ao seu redor. Há um evidente sofrimento por amor, em um grande conflito emocional que recai sobre o protagonista ligado a todo o caos que vive.


Selvagem, resumindo, é um filme profundo e com pontos reflexivos. Está em cartaz no streaming Reserva Imovision.

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Memórias do Nosso Joia - Paulo Henrique Fontenelle


Começamos mais um pequeno projeto mas feito com muito carinho:

'MEMÓRIAS DO NOSSO JOIA'. Vários frequentadores do Cine Joia Copacabana enviarão depoimentos por vídeo ou texto que serão postados nas minhas redes sociais e no meu blog ao longo de semanas. Essa foi uma forma que encontrei de relembrar histórias e homenagear esse cinema tão lindo que não existe mais. Nesse depoimento, o amigo, cinéfilo e cineasta, Paulo Henrique Fontenelle. Viva o Joia! Viva o Cinema! #memoriasdonossojoia #cinejoia #cinejoiacopacabana #cinema


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23/06/2021

O que achei da série: 'Operação Ecstasy' (1a temporada)


Nesse vídeo, Raphael Camacho expressa sua opinião sobre a primeira temporada do seriado 'Operação Ecstasy'.

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