08/03/2022

'Arquivo 81' | Um surpreendente seriado da Netflix!

 


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'No Ritmo do Coração' | Emocionante filme disponível na Amazon Prime Video!

 


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07/03/2022

'Queda Livre: A Tragédia do Caso Boeing' | Documentário chocante da Netflix!

 


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06/03/2022

Maravilhosa Sra. Maisel | Fantástico seriado da Amazon Prime Video

 


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'Sem Saída' (1987) | Baita filme com Gene Hackman e Kevin Costner


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'Mães Paralelas' | Mais um baita filme de Almodóvar!

 


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05/03/2022

'Cabeça de Nêgo' | Um filmaço brasileiro!

 


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04/03/2022

Crítica do filme: 'Sem Saída' (1987)


As verdades que camuflam os fatos. Baseado na obra The Big Clock de Kenneth Fearing, No Way Out, no original, é um filme repleto de suspense onde temos que esperar até a última cena para descobrir os verdadeiros mistérios de uma trama com alta carga de ação onde subtramas escondidas acabam ditando o ritmo dos conflitos dos personagens. Dirigido pelo cineasta Roger Donaldson, lançado em janeiro de 1988 nos cinemas de todo o mundo, o filme é um do ótimos, e poucos falados, filmes de suspense dos anos 80. Protagonizado por Kevin Costner e Gene Hackman.


Na trama, conhecemos Tom (Kevin Costner), um comandante da Marinha norte-americana, boa praça, que em uma festa acaba conhecendo Susan (Sean Young) por quem se apaixona perdidamente. Só que ela é amante do Secretário de Defesa David Brice (Gene Hackman) pra quem Tom irá trabalhar, por intermédio de um colega dos tempos de estudos navais Scott (Will Patton), após se destacar em um resgate num navio em alto mar. Esse triângulo amoros acaba virando tragédia quando David mata Susan o que resulta em uma caçada a um assassino que já existe mas que insiste em ser intocável levando Tom até uma investigação com o relógio contra ele.


O roteiro se destaca pelas mudanças nas perspectivas, o que trazem ao espectador a possibilidade de um entendimento de 360 graus sobre as ações e os conflitos que os personagens atravessam nesse filme de suspense. Dependendo de qual perspectiva acompanhar vai percebendo que o filme se caminha para uma longa partida de xadrez, onde assassinato, política e amor se entrelaçam dentro de paralelos.


Os personagens se veem em diferentes conflitos que convergem no mesmo ponto intercessor. Após a apresentação das peças desse grande labirinto instaurado, dentro de um ambiente, uma central de inteligência num dos prédios mais seguros dos Estados Unidos um arco eletrizante nos deixa sem conseguirmos piscar para não perder nenhuma informação. A cereja do bolo, o uso do plot twist, deixa pasmo o público com as revelações surpreendentes e muito bem escondidas no ótimo roteiro.

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Crítica do filme: 'A Vida Depois'


As consequências após a tragédia. Buscando retratar o período pós traumático de uma jovem de 16 anos após acontecimentos terríveis que presenciou em sua escola, A Vida Depois é um profundo drama sobre escolhas, descobertas e as inúmeras maneiras de passar por um trauma. A relação com os amigos, com a família, o medo, a ansiedade, as verdades do sentir ficam escondidas, presas dentro de uma jovem que enxergava tudo de forma diferente até o ocorrido. Escrito e dirigido pela cineasta canadense Megan Park, estreando em longas-metragens, protagonizado pela atriz Jenna Ortega.


Na trama conhecemos Vada (Jenna Ortega), uma jovem que possui alguns amigos e tem uma forte relação de carinho e amizade com a irmã mais nova. Certo dia, quando estava na escola, um atirador entra no local levado o terror para os corredores do colégio. Vada consegue se esconder no banheiro, onde acaba encontrando Niles (Niles Fitch) e Mia (Maddie Ziegler). Os três passam por esse trauma tremendo e após o ocorrido buscam um no outro forças para seguir em frente. Com o foco em Vada, vamos vendo todas as consequências desse pós trauma, suas escolhas, descobertas e novas formas de tentar entender o mundo que acaba se tornando bem diferente do que ela achava que era.


Com grande êxito, o roteiro busca a todo instante mostrar, ou pelo menos fazer refletir sobre as diferentes formas de processar as emoções. Assim, vemos Vada descobrir uma nova forte amizade com Mia, se aproximar de Niles e buscar neles algum tipo de auxílio emocional já que eles entendem tudo o que ela passou naqueles minutos intermináveis de desespero. A forma como cada um reage ao ocorrido, a reação da família não sabendo direito como lidar com a situação, tudo isso se transforma em uma bomba emocional que Vada não estava preparada para interpretar, para receber, o que a leva para dentro de caminhos conflituosos para buscar antes de mais nada si entender. A figura da psicóloga Anna (participação especial da atriz Shailene Woodley) acaba sendo uma força na ajuda desse interpretar o ocorrido.


Disponível no catálogo da HBO Max, A Vida Depois é um forte drama que busca nos seus recortes reflexões sobre os conflituosos caminhos que enfrentamos a partir de momentos que mudam nossas vidas para sempre.



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03/03/2022

Crítica do filme: 'Queda Livre: A Tragédia do Caso Boeing'


Quando o poder e o lucro se tornam ferramentas egoístas sem pensar no próximo. Chegou recentemente ao catálogo da Netflix o documentário produzido por Ron Howard, Queda Livre: A Tragédia do Caso Boeing. Ao longo de uma hora e meia de projeção vamos descobrindo variáveis importantes deixadas de lado por uma das principais empresas da aviação comercial que visando sua reestruturação, ações, dinheiro, lucro abandonou princípios básicos de segurança ocasionando perdas humanas em dois polêmicos acidentes aéreos em um curto intervalo. No documentário, muito bem conduzido pela cineasta Rory Kennedy, indicada ao Oscar 2015 na categoria de Melhor Documentário em Longa-Metragem por Last Days in Vietnam, vemos as dores das famílias, as investigações de um jornalista de um jornal norte-americano, depoimentos de especialistas em aviação que buscam entender como a omissão fora ator importante para essas tragédias.


Voltamos aos desenrolares de alerta do ano de 2019 e início de 2020, quando duas aeronaves fabricadas pela empresa Boeing caíram de maneira misteriosa em dois lugares diferente do mundo matando todos à bordo. Buscando explicações para o ocorrido, um jornalista começa a receber informações de que as aeronaves, de mesmo modelo (737 MAX) possuíam um dispositivo que não fora mencionado nem treinado por pilotos que comandam esse modelo de avião. Assim, buscando respostas para cada vez mais perguntas que se amontoam, vamos vendo recortes de tempo de como a Boeing fora mudando seu modo de operar visando cada vez mais o lucro e passando batido por situações de segurança.


Esse avassalador documentário consegue nos apresentar diversos pontos de vista sobre essas tragédias em paralelo à busca por respostas e responsabilidades dos reais responsáveis. Partindo do princípio que para uma avião cair é preciso que uma série de problemas aconteçam quase ao mesmo tempo, o documentário busca seus argumentos através de ex-funcionários da companhia norte-americana e em pesquisas feitas por parentes das vítimas. O lado dos pilotos também é muito bem representado por influentes organizações deixando bem claro que houve erros durante todo o processo de modificações de uma espécie de software que fora acoplado no modelo de aeronave mencionado acima. A agência reguladora norte-americana também é colocada sob holofote, principalmente com as ações de governantes mundiais logo após a queda da segunda aeronave.


O resumo óbvio de tudo que é apresentado fica na razão de que os acidentes poderiam ter sido evitados e que centenas de famílias não precisariam se despedir dos seus parentes queridos de forma tão trágica.  Queda Livre: A Tragédia do Caso Boeing é um pulsante projeto que mete o dedo nas feridas de uma das maiores empresas norte-americanas das últimas décadas.

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Crítica do filme: 'O Golpista do Tinder'

O total egoísmo inescrupuloso. Desde que o crescimento do universo dos aplicativos de paquera se tornaram febre em todo o planeta, pessoas de todos os lugares se jogaram na poderosa atração de conseguir encontrar o príncipe (ou a princesa) encantado em questão de um clique. Tem gente que usa de forma honesta e até consegue encontrar alguém legal mas em alguns casos nada é conforme o divulgado. A nova produção da Netflix, O Golpista do Tinder mostra o caso real de diversas mulheres que foram atraídas e caíram no golpe de homem que só queria o dinheiro delas, bem parecido com o conhecido Esquema Ponzi. As dores das vítimas, o abalo emocional, tudo isso é exposto nesse ótimo documentário.



No filme, conhecemos algumas mulheres que foram enganadas pelo mesmo homem, o israelense Simon Leviev. Ele oferecia passeio de avião, luxuosos jantares, eventos muito chiques, Joias, sumia por algum tempo e voltava pedindo dinheiro que nunca pagaria de volta. Um esquema repetido inúmeras vezes, em vários lugares do mundo. O projeto mostra todo o abalo emocional sofrido por algumas das vítimas que de alguma forma reuniram forças para denunciar e acabaram descobrindo outras mulheres na mesma situação. Há um curioso olhar sobre as autoridades que nunca conseguiam capturar ou provar os crimes mais graves contra esse criminoso que inclusive continua solto até hoje.


Dentro de sua megalomania Simon era obcecado no seu esquema, na sua mentira. Sem sabermos direito quantas pessoas estão envolvidas no golpe minucioso que ele aplicava, a maneira como ele ia de um lugar ao outro aplicando falcatruas em paralelos era impressionante. O uso teatral das suas histórias que contava via aplicativo de mensagens, fazia as vítimas acreditarem nele, algumas pegando altas quantias de empréstimos e transferindo tudo para o criminoso. Quando o golpe era descoberto, uma ducha de água fria e uma dívida enorme se chocavam com todo o abalo emocional sofrido pelas vítimas.


O Golpista do Tinder na verdade é um grande drama, profundo em suas reflexões, que possui uma narrativa simples com um ritmo que captura nossa atenção do início ao fim.

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Pausa para uma série: 'Maravilhosa Sra. Maisel' (1a Temporada)


As descobertas empolgantes de uma vida maravilhosa. Em 2017, a Amazon Prime Video lançou em seu catálogo um seriado maravilhoso com altas doses de humor abordando as mudanças abruptas da vida de uma dona de casa que se descobre uma tremenda humorista. Maravilhosa Sra. Maisel tem um texto impecável, atuações carismáticas que nos levam a uma Nova Iorque no final dos anos 50 onde acompanhamos os backstages do cenário artístico pela cidade, além de tabus conservadores sob o ponto de vista de uma mulher sempre à frente do seu tempo. Um dos grandes seriados dos últimos anos, levanta questões importantes sobre a sociedade.


Criada por Amy Sherman-Palladino, Maravilhosa Sra. Maisel conta as aventuras de Midge (Rachel Brosnahan) uma dona de casa, altamente dedicada ao marido Joel (Michael Zegen) que aos poucos acaba descobrindo um talento para fazer comédia, nos primórdios dos Stand Up Comedy. Ela vem de uma tradicional família judia, filha do professor de matemática Abe  (Tony Shalhoub) e de Rose (Marin Hinkle). Quando Midge se separa de Joel, sua vida se transforma e assim acaba embarcando no mundo artístico com a ajuda de Susie (Alex Borstein), sua nova amiga.


Mesclando o drama com comédia, o seriado conquista logo nos primeiros episódios, sendo difícil não maratonar a temporada em sequência. Toda a construção da protagonista é feita de maneira muito divertida. Assim vamos acompanhando Midge, uma mulher formada, com faculdade mas que acaba se casando e tendo filhos muito cedo o que a faz se colocar como dona de casa completamente dedicada a fazer seu marido feliz. Quando há o despertar para a vida longe de Joel, ela se descobre como uma mulher independente, batalhadora, que usa do seu carisma para conquistar e trilhar seu caminho de sucesso em uma profissão dominada pelo machismo em uma época extremamente conservadora. Ao longo da primeira temporada vamos entendendo a relação dela com os que a cercam, os diálogos difíceis com os pais, o julgamento de amigos e próximos sobre sua separação e a descoberta do seu talento.


As subtramas são excelentes, preenchem muito bem os episódios, sempre adicionando à trama. O complicado Joel e suas inseguranças passa também por uma situação de transformação e uma ainda tímida ação em busca de consertar erros do seu passado recente. Os pais de Midge, sempre em torno de tradições e regras começam a entender melhor o mundo através das ações da filha numa mescla de apoio e preocupação com a situação da mesma. Susie, o braço direito de Midge, mostra para a protagonista um universo completamente novo, a pessoa que mais acredita nela topando o desafio de nascer uma nova estrela da comédia.


Maravilhosa Sra. Maisel é brilhante, fantástica! Rachel Brosnahan domina sua personagem de maneira empolgante, carismática até a última palavra de um roteiro impecável! Bravo! Imperdível!



 

 

 

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02/03/2022

Crítica do filme: 'Sem Saída'


O tal do Plot Twist. Chegou nesse começo de março no streaming da Star+ um filme de suspense que busca nas surpresas sua força. Baseado no livro No Exit do escritor Taylor Adams, Sem Saída é um ping pong de informações conflituosas que levam as conclusões para diversos lados conforme vamos entendendo quem são as pessoas que ficam presas num lugar com a protagonista. O projeto acaba sendo um bom exemplo de que usar o recurso do plot twist, na forma como a história é apresentada em linhas não profundas sobre os conflitos de seus personagens, pode tornar a narrativa muito confusa. A direção é do cineasta Damien Power.

Na trama, conhecemos Darby (Havana Rose Liu) uma jovem lutando contra seu vício, inclusive está internada em um centro de reabilitação quando recebe uma ligação onde fica sabendo que a mãe está em estado grave internada em um hospital em Salt Lake City. Ela resolve fugir do lugar mas durante essa fuga, por conta de uma nevasca que fecha todas as estradas próximas, acaba ficando presa em um lugar, uma espécie de abrigo da prefeitura local onde encontra outras pessoas na mesma situação: Ash (Danny Ramirez), Lars (David Rysdahl), Ed (Dennis Haysbert) e Sandi (Dale Dickey). O que Darby não esperava era que uma van parada na frente do local era um cativeiro de uma jovem que fora sequestrada por algum desses que dividem o abrigo da prefeitura com ela. Tentando ajudar, Darby precisará reunir forças pra descobrir que está por trás do sequestro.


Na busca da objetividade, o roteiro passa seu dinamismo através das reviravoltas, portas que se abrem sempre sob o ponto de vista da protagonista. As subtramas buscam ser a cola para as explicações que acabam deixando longas margens em forma de lacunas onde precisamos preencher. Os lados do conflito, a trama por trás da trama, as decepções com a confiança, tudo isso acaba sendo uma experiência muito rasa para compreendermos os motivos pois na superfície acabam se tornando contraditórios além do esquecimento da profundidade do arco principal da protagonista.

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Crítica do filme: 'The Batman'


A busca pela essência do lado sombrio dentro de reflexivas expressões emocionais. Chegou aos cinemas, finalmente, mais um filme de um dos mais conhecidos e queridos super-heróis dos quadrinhos, The Batman. No filme, dirigido pelo cineasta nova iorquino Matt Reeves, vemos o protagonista nos seus primeiros anos de luta, descobrindo como proteger a poderosa cidade de Gotham do total caos do cotidiano passando por uma auto descoberta de personalidade muito profunda impulsionada por traumas de um passado que não consegue esquecer. Trabalhando esse psicológico complicado do personagem, tantas vezes trazido para o cinema, o roteiro corre o risco de perder o fôlego em alguns momentos, sendo até mesmo redundante em detalhes, crescendo quando outros fortes personagens se juntam ao suspense investigativo que se molda. The Batman é um filme para fãs do personagem, que conhecem passagens dos quadrinhos, e uma apresentação de um recorte sombrio do mesmo para a nova geração.


Na trama, conhecemos o pacato e introspectivo Bruce Wayne (Robert Pattinson), um herdeiro bilionário que durante a noite é um justiceiro que mapeia Gotham City atrás de justiça. Quando uma série de assassinatos misteriosos começam a acontecer, sempre com um bilhete de charada direcionado para conclusões do Homem-Morcego, o protagonista se une ao fiel escudeiro Alfred (Andy Serkis) inspetor da Polícia James Gordon (Jeffrey Wright) em busca da solução de quem está por trás dos crimes. Paralelo a isso, somos apresentados a uma trama dos bastidores do crime na cidade, onde conhecemos o temido chefão Carmine Falcone (John Turturro), a justiceira Selina (Zoë Kravitz), Oswald Cobblepot (o Pinguim, Interpretado por Colin Farrell), entre outros. Assim, esses paralelos irão se juntar para nos mostrar segredos dos que cercam o passado do super-herói.


Pavimentando a nova saga, o novo recorte, da história de Batman, Matt Reeves e companhia adaptaram a essência de histórias em quadrinho protagonizadas por ele, como: Year One (1987) e The Long Halloween (1996-1997). Assim, somos levados para uma Gotham City como sempre conhecemos, repleta de problemas políticos, submundo do crime dominando ações e vilões de todos os tipos espalhando o caos por onde passam. Batman está ainda em fase inicial de sua jornada como justiceiro, com vingança no nome, tomado por um psicológico conturbado, longe mesmo de cenário mais narcísico como visto nos disfarces de Bruce Wayne em adaptações anteriores.


Nesse super lançamento de 2022, Batman é mais um investigador. Esse filme se molda em torno mais de mistérios do que de uma ação preponderante incisiva. Aqui peças se encaixam com dificuldade, para muitos é um novo retrato de um emblemático personagem, como é o primeiro de prováveis outras produções reúne-se em detalhes a todo instante para buscar explicações dentro de um passado e conflitos que não estava preparado, como os pecados do pai. O despertar dos verdadeiros vilões é uma construção muito bem feita, destaque para os ótimos Charada (Paul Dano) e o início da jornada de um dos mais famosos vilões, o Pinguim (com Colin Farrell irreconhecível pela maquiagem e em atuação destacada).


Com sua narrativa surpreendente, complexa estruturalmente na forma como é contada esse recorte, esse ponto de partida de descobertas em muitos sentidos do personagem, The Batman é um filme que reflete sobre a dor, sobre a indignação, um furacão de emoções em conflitos dentro de um herói que precisa escolher em ter que fazer o bem ou querer fazer o bem.

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28/02/2022

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Crítica do filme: 'Licorace Pizza'


O amor na sua simples escala de emoções. Buscando o resgate aos primórdios dos primeiros encontros, das paixões avassaladoras que a vida coloca em nossos caminhos, o genial Paul Thomas Anderson volta aos cinemas para declarar sua visão, seus recortes, sobre o amar na sua simples escala de emoções. Indicado a três Oscars em 2022, o longa-metragem nos coloca em retorno ao início da década de 70, numa terra de oportunidades, onde os sonhos e os desejos se misturam mas não deixam de seguir em paralelos para duas almas que riem, choram e amam.

Na trama, conhecemos o jovem Gary (Cooper Hoffman) um aspirante ator que com pouco tempo de carreira já conseguiu trabalhos em algumas apresentações. Muito maduro para sua idade, um dia se encanta por Alana (Alana Haim em atuação fantástica) uma jovem (porém mais velha que Gary) que está desiludida na vida que não se entende com sua família, completamente sem rumo vendo os outros indo atrás dos sonhos e ela parada em um estado de solidão constante. Essas duas almas vão se unir de diversas formas, nos pensares do amor, no carinho da amizade, nas batalhas dos empreendimentos, tudo isso de mãos dadas mesmo que com desencontros.


Navegando nas batalhas do primeiro amor, vemos uma parábola, uma mensagem indireta, uma analogia, dos princípios do real sentimento. A escala em questão chega nas reflexões a partir da relação em si e tudo que isso pode representar navegando pelas águas tumultuadas dos desencontros, da dissensão, das inúmeras altercações. Em meio ao desenrolar das ações e consequências dos protagonistas, o projeto também fala sobre a fama, a corrida de muitos pelo mundo artístico, do status e sempre com uma referência na excentricidade, aqui na figura Jack Holden (Sean Penn) e Jon Peters (Bradley Cooper). Esse último personagem, uma figuraça, fora baseado em um produtor de Hollywood que foi casado com Pamela Anderson por menos de duas semanas e tinha um salão de cabelereiro onde iam estrelas do cinema como Jack Nicholson.


Em outros filmes de sua carreira, talvez até mesmo na maioria deles, PTA (como carinhosamente chamamos o diretor) busca na complexidade, fatos, ações, movimentos para contar ao mundo o que pensa sobre recortes diversos. Aqui, tudo é muito simples, fácil de sentir, fácil de entender. E que trilha sonora fantástica! Licorace Pizza atinge não só nossos corações mas também mostra as trajetórias envolvidas dentro de um sonho de muitos.


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