Os diálogos que eram para ser interessantes se tornam bastante vagos ao longo da trama e passam em direções distintas a da história, descaracterizando o foco à produção. A Câmera muito preguiçosa do diretor Azazel Jacobs, não consegue dar ritmo às cenas, o que atrapalha na interação com o público.
Terri Thompson cuida do seu tio (seu único parente), que tem mal de Alzheimer, e sempre usa pijamas (Imaginem o que Glória Kalil pensaria disso...). Sua única diversão é, solitariamente, colocar armadilhas para apanhar camundongos e jogá-los na floresta para digestão de outras espécies. Encontra nas conversas com o assistente social (uma espécie de conselheiro), da instituição onde estuda, um amigo e passa a encarar uma realidade diferente.
John C. Reilly faz o papel do conselheiro que se identifica (ou tenta passar essa impressão) com a história de Terri. Esse bom ator de inúmeros filmes marcantes tem altos e baixos nessa produção. Decepciona um pouco. A mente cinéfila sente falta de um doutor/psicólogo mais carismático. Alguém como Paul Weston, por exemplo (menção ao personagem principal do seriado ‘In Treatment’).
Atos impulsivos de Terri com sua amiga Heather parecem fazer mais sentido do que todas as conversas com o profissional da escola. Chad, o amigo sem cabelo, fica encarregado de encher com humor a trama. O trio novato parece muito maduro interpretando personagens com suas particularidades, em cenas difíceis.
Muitos filmes esse ano tratam dessa ‘problemática bullyingana’. O melhor deles, ‘That's What I Am’, estrelado pelo ótimo Ed Harris, é o melhor desses.
Resumindo, uma analogia à notas escolares: O filme passaria raspando na média final.