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19/04/2012

Crítica do filme - 'Luz nas Trevas’

Dirigido por Helena Ignez e Icaro C. Martins, "Luz nas Trevas", é um filme que soa como uma paródia inteligente, uma homenagem ao cinema do passado com pitadas de críticas sociais. Falando sobre o Bandido da Luz Vermelha e em paralelo de um suposto filho do criminoso, o filme marca a estreia de Ney Matogrosso como protagonista em um longa.
Na trama conhecemos a trajetória do criminoso que tem o nome de batismo Jorge Bronze mas é conhecido mesmo pelo seu apelido, Tudo-ou-Nada (interpretado pelo ator André Guerreiro) que é filho do famoso Bandido de Luz Vermelha (Ney Matogrosso), que há décadas atrás assaltava casas de ricaços e ganhou manchetes do Brasil sendo transformado em ícone por algumas editorias. Entre um letreiro e outro, somos ouvintes das reflexões do famoso prisioneiro, que praticamente narra o que vemos na telona indiretamente.
Diálogos trágicos cômicos também fazem parte do universo criado. A trama foi adaptada do roteiro escrito por Rogerio Sganzerla, antes do mesmo falecer. Do início ao fim há um certo embaralhamento dos dois filmes sobre o famoso bandido. Tem um desentendimento de Lynch e relembra uma fita, daqueles tempos em que Nicolas Cage fazia bons filmes, “Coração Selvagem” para ser mais específico. Os que se afastarem da trama por algum motivo, acharão o protagonista, Tudo-ou-Nada, parecido com o Rodrigo Sant'anna e seu personagem Admílson.
Cheio de frases de efeito, politicamente incorreto, munido de seu lenço vermelho, além de sua lanterna da mesma cor, vemos as aventuras do criminoso associada a uma trilha sonora bem eclética. Declamando frases profundas, Ney Matogrosso desempenha muito bem seu importante papel na história. A talentosa Djin Sganzerla e sua beleza também dão o ar de sua graça, tem uma cena difícil e que muitos acharão desnecessária, uma nudez frontal que realmente não tinha contexto naquela sequência. Nomes conhecidos do nosso cinema fazem pequenas participações, como Maria Luisa Mendonça, Simone Spoladore (que estava ótima em “Elvis e Madona”), Paulo Goulart, Thunderbird e seu terno chamativo também marcam presença, entre outros.
O seu desfecho à la vídeo clipe musical coroa uma fórmula peculiar que jogada no liquidificador cinematográfico criado agrada as mais cépticas mentes cinéfilas.

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