24/02/2012

Crítica do filme - 'Sete Dias com Marilyn '

Por trás da beleza de um corpo a uma mulher complexa e insegura. Dirigido pelo pouco conhecido Simon Curtis, o filme que muitos fãs aguardavam com ansiedade chega à tela dos cinemas em breve, “Sete Dias com Marilyn”. Baseado no livro de Colin Clark (um dos personagens do filme) entendemos melhor um pouco da vida pessoal da atriz sensação de uma época, Marilyn Monroe.

A história gira em torno de Colin Clark (interpretado por Eddie Redmayne) e somos guiados pela narrativa dele. Simpático personagem, aspirante à diretor, que vem de uma família de pessoas bem sucedidas em outras áreas. Após lutar para entrar na indústria cinematográfica, consegue sua grande chance na carreira ao participar da produção do novo filme de Lawrence Oliver que tem, nada mais nada menos, Marilyn Monroe (a grande musa da época) como protagonista. Com o passar dos dias, nas gravações, se aproxima da atriz e começa a desenvolver uma paixão gigante pela loira dos olhos azuis, que aos 30 anos passa por uma fase conturbada em sua vida pessoal.

Logo nas primeiras cenas desembarcando de um avião e chegando em Londres, com uma câmera bem projetada e na lentidão característica do diretor somos apresentados, e muito bem, a mulher que tem a tarefa de interpretar um dos rostos mais famosos do mundo, Michelle Williams. Por trás daqueles olhos azuis penetrantes vemos uma presença e sensualidade de uma mulher com a vida bastante embaralhada e complicada longe das câmeras. Michelle merece sua indicação ao Oscar desse ano, uma grande interpretação dessa jovem atriz.

Lawrence Oliver quase perde o cabelo de tamanha impaciência com as atitudes de Miss Monroe. O famoso diretor é interpretado pelo excelente Kenneth Branagh (o homem por trás da melhor adaptação de “Hamlet” feita para o cinema) que entre um cigarro e outro tem que lidar com o ciúmes de sua esposa por conta da presença da bela loira.

O filme nem de longe é uma comédia, está mais para um drama com espírito carismático. Marilyn aparece à beira da ingenuidade, mostrando um lado mimado, sendo cortejada por todos. Assim, bajulada por muitos e complicada para outros, Marilyn Monroe sem dúvidas deixou sua marca no mundo do cinema e a fita em questão apresenta (de maneira bem inteligente) um lado da artista nunca visto.

E você cinéfilo, não está louco para conferir esse filme? Não deixe de ser uma das pessoas que lotarão os cinemas de todo o Brasil assim que esse longa estrear.
  

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Critica do filme - ' Cada um tem a gêmea que merece '

Cada um tem a gêmea que merece – Rumo ao Oscar dos piores! Alô framboesa de ouro!


Dirigido por Dennis Dugan (“O Paizão”), o novo longa estrelado por Adam Sandler é uma comédia recheada de exageros que vem nas altas posições dos rankings das bilheterias brasileira, porém, é apenas uma tentativa de ser um filme engraçado. Reunindo muitos amigos de profissão e com uma trama sem pé nem cabeça, acaba não agradando aos cinéfilos.

Queridinho de alguns, detonado por outros, o artista americano Adam Sandler volta às telonas com o gênero que o marca a mais de uma década, a comédia. Mesmo tendo feito seu melhor trabalho no cinema em um filme de drama (“Embriagado de Amor”), o ator nova iorquino raramente foge da sua zona de conforto. 
Com um grande carisma do público sempre consegue lotar salas de cinema mundo à fora mesmo com filmes pra lá de bregas e com roteiros esquisitos.

Na história, a família Sadelstein (liderada por Jack) se prepara para o evento anual: a visita da irmã gêmea (Jill) do comandante da família, no feriado de Ação de Graças. Muito geniosa a irmãzinha querida de Jack aprontará muito, em vários cenários, que vão de uma quadra de basquete até um navio cinco estrelas.

Pode ser que muitas pessoas saiam dos cinemas gostando do filme. Afinal, ele tenta divertir mas caminha em uma linha próxima do ‘engraçado’ e muitas vezes perde a graça. Não existe coisa pior que um filme de comédia não ter capacidade de fazer as pessoas rirem. É muita bobagem sem nenhum oásis no caminho.

Um coadjuvante em especial chamou a atenção interpretando ele mesmo. O grande ator Al Pacino dá o ar de sua graça (mas porque Meu Deus?) nessa trama cabeluda.  Ver o eterno Michael Corleone (referência ao célebre personagem da trilogia “O Poderoso Chefão”) representando um personagem tão esquisito é de deixar qualquer cinéfilo que curte o clássico de Coppola perplexo.

Rumo ao Oscar dos piores! Alô framboesa de ouro,tem aqui seu candidato mais forte para vencer a disputa!
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23/02/2012

Crítica do filme - 'O Motoqueiro Fantasma 2 - Espírito de Vingança'

“O Motoqueiro Fantasma 2  -> O irmão perdido da Cinderela Baiana”


Eu gostaria de vir aqui, na minha humilde coluna nessa querida editoria e escrever milhões de elogios à atuação de Nicholas Kim Coppola. Porém, como já esperávamos e que diz no ditado popular: ‘Hoje é o amanhã que tanto nos preocupava ontem’, Cage consegue realizar em 1:35 de fita seu pior filme da carreira. Sim cinéfilos, ele conseguiu essa proeza.

O longa dirigido por Mark Neveldine e Brian Taylor (bem dirigido por sinal, a melhor coisa da fita talvez seja a direção) é aquele tipo de filme que os homens levam a mulher para o cinema e ao final da sessão levam bufetadas das mesmas, junto com frases do tipo: “Nunca mais você escolhe o filme, viu?!”

Na trama, Johnny Blaze (o Motoqueiro Fantasma), está escondido em algum lugar na Europa Oriental. Quando tem a possibilidade de se livrar da maldição que toma conta de seu corpo, ele é chamado a interromper seu eterno inimigo, que sequestrou um jovem. Junto com seu amigo e a mãe do menino partem em busca de vingança.

O roteiro do filme é um jogo de encaixe que nem a mente mais japonesa de todas conseguiria decifrar. Digo isso por conhecer duas mãos de japoneses brilhantes que resolvem qualquer problema, porém, nesse caso é difícil ter uma solução que agrade. O público fica confuso com o trabalho esquisito de Seth Hoffman e Scott M. Gimple.

O elenco desempenha da maneira como pode seus excêntricos personagens.

O vencedor do Oscar (sim, ele já venceu o grande prêmio) Nicolas Cage, novamente, dá vida ao célebre 
personagem dos quadrinhos. Volta a ter sua atuação contestada pelo público. Até quando teremos que suportar os filmes ruins de Cage? Porque ele não vai para o retiro dos artistas, tira uma folga de 2 anos e volta interpretando bem, como em seus papéis em: “Adaptação”, “Despedida em Las Vegas”, entre outros... O público merece mais qualidade.

O ótimo ator inglês Ciarán Hinds parece tentar ser o ponto alto do filme, porém, as caras e bocas de seu personagem não o deixam brilhar como devia. Tem falas muito esquisitas.

A bela atriz italiana Violante Placido (que contracenou com George Clooney em “Um Homem Misterioso”) faz a mocinha da produção. Não compromete no papel.

O competente artista Idris Elba (do sensacional seriado “Luther”) interpreta Moreau, um viciado em vinhos que ajuda Blaze a resgatar o jovem sequestrado. Nas cenas de ação, movido à muita bebida, ajuda o motoqueiro a detonar os figurantes.

A caracterização dos elementos do personagem principal deixam a desejar, juntamente, com desfechos horríveis para os coadjuvantes da trama.  

As correntes (parte mais legal do poder de Johnny Blaze) não causam o efeito que poderiam. Ficam parecendo o Shun de Andrômeda (menção: “Cavalheiros do Zodíaco”) com miras variadas e sem nenhuma objetividade!

Após um dos bandidos vacilar com o chefão da história, acaba sendo transformado em uma espécie de Hulk Hogan que tem o poder de transformar tudo em pedra. Bizarro é pouco para esse personagem.

“Motoqueiro Fantasma 2” segue como líder nas nossas bilheterias. Acho que todos nós sempre daremos uma chance para Nicolas Cage e seus personagens, mesmo que infelizmente, já deixaram de nos agradar a muito tempo. Mas que ele saiba de uma coisa: Paciência tem limite! Dá vontade de perguntar se o motoqueiro em questão é o irmão perdido da Cinderela Baiana.
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20/02/2012

Crítica do filme - 'Bullhead'

O indicado ao Oscar pela Bélgica esse ano é um drama que fala sobre traumas que, de tão impactantes, modificam uma trajetória para sempre. Com grande atuação do protagonista Matthias Schoenaerts, “Bullhead” é uma grata surpresa.

Na trama, um homem que trabalha no ramo de carnes é atormentado por um trauma do passado. Sua vida não é comum, por conta de seqüelas daquele tempo. Quando uma série de eventos, o jogam de volta a refletir sobre esses anos anteriores, segredos e angústias ficam à flor da pele gerando um conflito emocional de vingança. Seu jeito reservado afeta sua relação com a família, com um biotipo avantajado, Jacky Vanmarsenille (personagem principal), faz uso de muitos medicamentos injetáveis para controlar um problema. Isso acaba consumindo o personagem de maneira descontrolada levando o longa para um desfecho trágico.

Aos poucos vamos vendo que o acaso modifica uma vida. O valor da amizade é colocada em xeque quando chega Diederik Maes (interpretado pelo ótimo Jeroen Perceval) na história. Por conta de decisões no passado, esses dois conhecidos (Diederik e Jacky) precisarão colocar todos os pingos nos ‘is’ para que o rumo de suas vidas sigam de forma correta. Mas será que o estrago já não foi feito?

O longa, que tem o roteiro assinado pelo diretor, fala também de manobras proibidas entre comerciantes de gado e fazendeiros juntamente com um veterinário. O uso de substâncias proibidas para com os animais é uma questão que o filme aborda e acaba virando um trampolim para o descontrole emocional de um homem perturbado pela infância difícil que teve.

Filme belga, escrito e dirigido por Michael R. Roskam (em seu primeiro longa metragem na carreira), “Bullhead” não vencerá o Oscar (sabemos que “A Separação” é imbatível) mas merece uma conferida pelo público cinéfilo.
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19/02/2012

Crítica do filme - 'A Invenção de Hugo Cabret'

Onde moram nossos sonhos? Nem motoristas de táxis que surtam, nem policiais e bandidos infiltrados, nem lendários diretores aviadores... o homem das sobrancelhas mais famosas do cinema volta à direção de um filme feito para divertir e emocionar toda a família. A maravilhosa condução de Martin Scorsese só nos mostra, novamente, o quão genial é esse Nova-Iorquino, idolatrado pelos cinéfilos (merece o Oscar de direção do ano). Baseado no livro de Brian Selznick, “A Invenção de Hugo Cabret” é uma obra-prima que mostra muito o valor de todo tipo de filme que é feito.

Um garoto (recentemente órfão), vive nas paredes de uma estação de trem após a morte do pai e o desaparecimento do tio, que cuidava dele. Sempre fugindo do inspetor que controla a estação, acaba sendo envolvido em um mistério que abarca seu falecido pai e um comerciante dono de uma loja de brinquedos. Com a ajuda de sua nova amiga Isabelle, irá tentar desvendar esse grande enigma que passa e muito pela história da sétima arte.

O roteiro de John Logan ("Gladiador") passa uma mensagem bonita sobre as produções de antigamente, que cada um desses tem sua história e será interpretado pelo espectador cada qual à sua maneira.  É mais uma declaração de amor ao cinema que vemos nas telonas esse ano. O grande paralelo que fazemos com “O Artista” é exatamente toda a felicidade de falar sobre o que todos amam, a sétima arte. Cada filme a sua maneira envolve o público falando de épocas e sonhos que fizeram dessa arte a mais adorada de todas.

Asa Butterfield tem a responsabilidade de ser o sonhador Hugo Cabret. O pequeno artista inglês, que já havia emocionado o mundo sendo “O Menino do Pijama Listrado”, atende às expectativas e emociona o público mais uma vez.

Ben Kingsley (nosso eterno Gandhi) como Georges Méliès, muito pouco comentado (em posts lidos sobre o filme na web), está excelente no grande papel do filme. É uma espécie de protagonista às avessas. O dono de uma lojinha de brinquedos é onde se esconde um grande revolucionário quando falamos de cinema.  

Chloë Moretz ( a ex- Hit-Girl) é Isabelle, divide com Hugo todas as descobertas desse grande mistério. Já provara em outros trabalhos que será uma excelente atriz em breve. Sacha Baron Cohen, Christopher Lee, Emily Mortimer e  Jude Law também são parte do elenco e contribuem, cada um a sua maneira, para a riqueza da história.

Indicado a 11 Oscars, “A Invenção de Hugo Cabret” é um filme que facilmente levará você à emoção. Não deixe de conferir, afinal, todos nós temos o direito de sonhar!
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18/02/2012

Crítica do filme - 'Shame'

O que fazer para se curar de um vício que está deteriorando gradativamente a sua vida? O novo trabalho do diretor inglês Steve McQueen (“Hunger”) nos conta o drama de um homem e sua compulsão. A ótima trilha sonora assinada por Harry Escott (que fez também a trilha de “Meninama.com”) ajuda a narrar esse que é um dos grandes filmes desse primeiro semestre.

Na trama, um compulsivo sexual ao extremo (com uma promissora carreira profissional) vive dias de desespero após a chegada de sua irmã ao apartamento onde mora. Seus dias eram preenchidos com visitas a sites pornográficos, coleção de revistas com tema adulto, masturbações nas pausas do trabalho (no banheiro da empresa) e vários encontros com desconhecidas, sempre terminando em sexo ou ações desse tipo. Quando sua irmã entra na história, sua rotina é abruptamente afetada e isso gera um descontrole intenso.

Na apresentação do personagem principal já temos uma idéia do vício que ele possui, com cenas muito verdadeiras (nua e crua em alguns momentos), vamos conhecendo melhor o protagonista.

Impressiona a atuação de Michael Fassbender, passa muita tristeza nos olhos por conta desse vício que sofre. Seu personagem Brandon Sullivan é um ninfomaníaco bastante consumido por seus impulsos. O ator alemão comove e se entrega em cenas bem complexas. Infelizmente foi esquecido pela Academia (Oscar) nesse ano, merecia uma vaguinha entre os melhores atores do ano.

Carey Mulligan está fabulosa no papel de Sissy Sullivan, tem um carisma único e contagia o espectador. Quando aparece cantando um clássico do Sinatra e com uma roupa bem ao estilo Marylin Monroe, vira um dos melhores momentos da história, simplesmente espetacular. A jovem artista inglesa de 26 anos teve no ano de 2011 seu melhor ano, com duas ótimas atuações, uma nesse filme e outra em “Drive”.

Os irmãos possuem ao longo da trama diálogos intensos (às vezes violento). Um tenta ajudar o outro mas as barreiras colocadas por cada um deles são muito difíceis de serem superadas. Há muito carinho nessa relação, muitas cenas mostram isso, porém, por conta da tentativa de ajuda de ambos os lados não serem feitas com êxito a eminência de uma tragédia para uma das partes se torna concreto.

Esse longa deve chegar no Brasil com uma classificação altíssima por conta de cenas muito picantes de sexo e alguns nus frontais dos artistas. Em relação a isso, não achei vulgar nem desnecessário, foi filmado do jeito que tinha que ser. O final é bem aberto, deixando o público tirar suas próprias conclusões.

Não deixem de conferir esse grande trabalho! Será um dos 10 melhores filmes do ano!
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Crítica do filme - 'A Beira do Abismo'

Com uma tentativa de história interessante, “A Beira do Abismo”, agradará alguns e levará a rejeição de muitos, por conta da péssima execução das idéias contidas no roteiro. O universo cinéfilo não perdoa, não adianta ter uma boa história se a execução dela não mantém o nível, vai gerar insatisfação. É exatamente o que acontece nesse filme dirigido por Asger Leth.

No elenco: Sam Worthington (“Avatar”), Elizabeth Banks (que sempre confundo com a Elisabeth Shue), Anthony Mackie, Jamie Bell ("Tintim") e as formas esculturais da atriz americana Genesis Rodriguez, além da experiência de Ed Harris. O problema do filme não é o elenco que em grande parte executa seu papel como deveria ser, o roteiro é que se torna o grande vilão da história.

Na trama, um homem se hospeda em um hotel (estrategicamente posicionado) abre a janela e ameaça se suicidar. Criada a confusão, a polícia é chamada. Assim começa um jogo de descobertas (de ambas as partes) que nos levam ao passado desse homem para enfim tentarmos acertar as respostas das lacunas em aberto. Porque será que aquele homem está nessa situação?

Algo que também não deu certo durante a história foram as piadinhas bobas do personagem Joey Cassidy (irmão do protagonista). Sem graça nenhuma, desenvolve uma certa antipatia de parte do público, tem diálogos chatos e insignificantes com a namorada.

A lógica da história, lembra muito um filme que será lançado no Brasil em breve chamado “A Tentação” (“The Ledge”). Esse sim, muito interessante. Já em seu final, o longa começa a ter cenas de ação intensas ao melhor estilo James Bond (aquelas mentiradas todas). A fita não precisava disso para se aproximar do espectador.

O nome do filme em português equivale ao sentimento cinéfilo pós-exibição.  O filme é ruim? Tá na Beira do Abismo de ser!
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17/02/2012

Crítica do filme - 'Anjos da Noite - O Despertar'

Muito aguardado pelos fãs da trilogia, o quarto filme da saga “Anjos da Noite” chega aos nossos cinemas no dia  02 de março. A história fraca e a busca pela melhor tomada nos belos olhos azuis de Kate Beckinsale não ajudam muito a fita dirigida pelos suecos Måns Mårlind e Björn Stein.

Na trama, uma guerreira vampira consegue se libertar de uma organização mal intencionada após 12 anos em cativeiro gelado. No lugar do único homem que amou ela encontra uma menina com os olhos dele. De volta à vida, tem que se preparar para uma guerra entre espécies e mais tarde ainda fica sabendo que tem uma filha que não é exatamente somente uma vampira.

A atriz inglesa Kate Beckinsale (que interpretou Ava Gardner em “O Aviador”)  tem a difícil missão de ser a protagonista desse duelo entre lobisomens e vampiros. Com a roupa preta bem justa a beleza da artista é bastante explorada. Sua personagem Selene é uma lutadora exterminadora de inimigos, para vocês terem uma idéia, numa cena provoca uma fratura exposta com apenas um movimento. As pistolas duplas (utensílios bastante utilizados durante as batalhas) lembram a famosa Lara Croft.

A breve introdução, sobre a história dos outros filmes da saga, ajuda o espectador a situar-se melhor com o que acontece em cena. Então, respondendo a pergunta de vocês: Não precisa ver todos os outros três filmes para assistir a esse (mas, é sempre bom né?).

O filme é o irmão gêmeo bivitelino de “Resident Evil”. Analisando: futuro cheio de não-seres humanos, potencial bélico aos montes, protagonistas lindas e corajosas, dezenas de baixas de guerra pelo caminho, roteiros confusos e direções contestáveis. São ou não são iguaizinhos?

Baseado na história de Len Wiseman, o pensamento nerd paira no ar, esse longa daria um ótimo jogo para qualquer console de última geração.

Em seu desfecho, fica evidente uma enorme deixa para um quinto filme.

Vá conferir caso seja fã da nova mamãe vampira da praça.



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16/02/2012

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Crítica do filme - 'Tão Forte e Tão Perto'

Existe alguma chave que ajuda a curar o sofrimento? Com essa pergunta pendurada no pescoço somos guiados por um jovem em uma busca emocionante, onde entendemos melhor vários estágios de uma perda muito sentida por uma família de classe média americana. Baseado no livro de Jonathan Safran Foer, “Tão Forte e Tão Perto”, emociona e mostra que não podemos mudar o impossível, mas podemos tentar.

Na trama, um menino de nove anos de idade encontra uma chave misteriosa (com um nome no verso do envelope) deixada para trás pelo seu pai (interpretado por Tom Hanks), que morreu no World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. Com o objeto e o nome de quem precisa achar nas mãos, arma um plano para encontrar o que aquela chave abre. A história demora um pouco para chamar a atenção do público. O longa ganha muito mais sentido com a entrada do personagem de Max von Sydow (que foi indicado ao Oscar desse ano por esse papel) à trama. Nesse momento, a relação neto x avô é mostrada com medidas cirúrgicas de emoção. O ator sueco de 83 anos, a La Dujardin, não fala e conquista o público e os críticos.

Oskar caminha pela cidade, tem pânico dos transportes públicos (fator que foi agravado após o terrorismo nas torres gêmeas), chama o dia 11/9 como “Pior Dia”. Cada vez mais distante da família que lhe resta, quase se perde em uma busca incansável onde cada pessoa se torna um número numa equação gigante e aos poucos vemos que as histórias dos outros, se tornam a história dele. A interpretação do ator Thomas Horn é espetacular, comove e passa uma verdade impressionante. Atua como gente grande. Com um instrumento sonoro nas mãos, uma chave no pescoço e um mapa da cidade, seu personagem Oskar, parte rumo à uma expedição que mudará sua vida e a de muitos a sua volta.

A relação mãe x filho é completamente abalada, o menino era muito mais próximo ao pai. Sandra Bullock está muito bem no papel da sofrida Linda Schell, sem medo de errar arrisco dizendo que é a melhor atuação dela no cinema. Aos poucos, vamos descobrindo mais sobre o impacto daquele dia terrível; às vezes sob a ótica de Oskar, em um ótimo momento vemos como os olhos da mãe viram aquela sensação horrível de perda.

A culpa, fator não percebido antes pelo público, aparece na história já em seu desfecho emocionando a todos com uma cena no trigésimo andar de um prédio.

O filme conta com uma ótima direção de Stephen Daldry ("Billy Elliot”,"As Horas","O Leitor") e uma trilha fabulosa (mais uma) de Alexandre Desplat, o qual, chamarei carinhosamente de novo John Williams.

Já estão com os lenços preparados? Vocês vão precisar deles quando o dia 24 de fevereiro chegar e você correr para a porta do cinema mais próximo para conferir esse bom filme que concorre ao Oscar desse ano, na categoria principal.

Não perca tempo! Dê uma chance a essa história!
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15/02/2012

Crítica do filme - 'White Irish Drinkers'

Um filme muito interessante que surpreende pela carga emocional envolvida nessa história de dois irmãos que moram no mesmo lugar mas vivem uma realidade completamente diferente uma da outra.  Escrito e dirigido por John Gray (que já dirigiu alguns episódios do seriado ‘Ghost Whisperer’), ‘Irlandeses Bêbados’ é uma grata surpresa.

Na trama, que acontece no Brooklyn em meados da década de 70, dois irmãos buscam uma maneira de sair do bairro em que vivem e ser alguém na vida. Danny (papel de Geoffrey Wigdor) é um impulsivo marginal que vive de pequenos delitos, já Brian (interpretado por Nick Thurston) é um sonhador que tem na arte do desenho sua válvula de escape para a violência que enfrenta em casa nas mãos do pai.  Quando ficam sabendo de uma apresentação dos Rolling Stones num teatro local resolvem fazer um pacto para roubar o local na noite de um concerto.

O longa analisa a situação de uma complexa família no Brooklyn em algumas décadas atrás. O sofrimento dos filhos, a incapacidade de ação da mãe (muito bem interpretada pela atriz Karen Allen), o genioso e nada amoroso pai, as dificuldades de morar em um lugar sem grandes oportunidades, a luta pelo primeiro amor, a busca de chances em outro lugar. Cada personagem contribui bastante para que o filme ganhe contornos dramáticos já em seu final.

As menções à uma época passada (quando os irmãos eram menores) ajudam a entender todo aquele sentimento que às vezes parece se perder nas atitudes de uma dessas partes. É uma daquelas fitas ideais para que gosta do gênero drama. Não há muitas surpresas ao longo da trajetória dos protagonistas, fica um pouco eminente o desfecho por conta do caminho seguido pelos personagens ao longo da história.
Gosta de emoção e personagens envolventes? Dê uma chance a esse filme!
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14/02/2012

David Fincher - De Clipes musicais à idolatria no mundo do cinema

Um do mais aclamados diretores americanos começou sua carreira em uma empresa de George Lucas (ILM) e teve experiências em vídeos de publicidade e clipes para artistas, como Aerosmith e Madonna, antes de dirigir seu primeiro longa metragem.

Fincher começou a pensar em filmes aos oito anos de idade, frequentemente brincava com a câmera de seus pais. Na década de 80 viu o clássico "Star Wars - O Império Contra Ataca" e foi essa experiência que o fez olhar de outra maneira para a sétima arte, ajudando-o a encontrar a sua própria maneira de fazer cinema. A partir daí, dirigir grandes produções estava se tornando eminente. Antes dos 20 anos já estava empregado na "Industrial Light and Magic - ILM" de George Lucas, onde ficou vários anos. Deixou a ILM para fazer publicidade e depois vídeo clipes musicais, seis desses trabalhos chegaram ao Top 100 da MTV, em eleição dos 100 melhores do século.

Indicado ao Oscar na categoria ‘melhor diretor’ duas vezes ('A Rede Social' e 'O Curioso Caso de Benjamin Button', venceu pelo primeiro), David Fincher tem nove trabalhos dentro do cinema que iremos analisar brevemente nas linhas de abaixo.


1992 - Alien 3

Talvez o seu pior trabalho. Como era início de carreira, créditos são dados a ele. O filme é bem abaixo de outros da franquia e definitivamente Fincher não deveria ter escolhido fazer esse longa.

1995 - Seven - Os Sete Crimes Capitais (Se7en)

Em 1995, David Fincher começaria a marcar seu nome na história do cinema com a história de dois detetives que investigam um assassino psicopata que deixa pistas através dos pecados capitais. Com um elenco sensacional (Brad Pitt, Morgan Freeman, Kevin Spacey, entre outros), 'Seven' foi um grande sucesso de público e crítica elevando o diretor de patamar.

1997 - Vidas em Jogo (The Game)

Após o sucesso com 'Seven', David Fincher aceitou a direção do longa 'The Game' que teve Michael Douglas no papel principal. Na história, o milionário Nicholas Van Orton (Douglas) recebe um estranho presente de aniversário do rebelde irmão (Sean Penn), um jogo que consome sua vida aos poucos. É um filme de mistério que foi lançado no Brasil no começo do ano de 1999. Não é um dos trabalhos preferidos dos fãs do competente diretor.
  

1999 - Clube da Luta (Fight Club)

Um dos filmes mais marcantes da história do cinema teve direção desse genial diretor. “Clube da Luta” foi uma adaptação do romance de Chuck Palahniuk que conta a história de um empregado de escritório, que sofre de insônia, e um vendedor de sabão que constroem uma organização global, um clube da luta, onde pessoas brigam violentamente. Edward Norton e Brad Pitt fazem uma dupla explosiva e completamente fenomenal.

Curiosamente, após ser lançado, "Clube da Luta" foi muito criticado pelos especialistas o quê levou para o fracasso de bilheteria nos Estados Unidos. No entanto, muitos críticos e espectadores mais tarde mudaram suas opiniões e o filme aparece em muitos "Melhores do Ano”e logo se desenvolveu um culto de seguidores mundo á fora. Curiosidades à parte, Fincher dirige com maestria e merecia o Oscar já por esse trabalho. Sem dúvidas, o melhor de sua filmografia.

2002 - O Quarto do Pânico (Panic Room)

Seu primeiro trabalho no século XXI foi "O Quarto do Pânico". Dirigindo a vencedora do Oscar Jodie Foster, a (na época) pequena Kristen Stewart e o também vencedor do Oscar Forest Whitaker, Fincher foi muito elogiado por esse trabalho. Na história uma mulher e sua filha se trancam dentro de um quarto ultra-protegido após sua casa ser invadida por ladrões. O Thriller fez bastante sucesso nas bilheterias em todo o mundo.

2006 - Zodiáco (Zodiac)
Seu sexto longa-metragem é baseado em uma investigação real sobre um serial killer que agiu nos EUA durante o final da década de 1960. Fincher dirigiu nesse filme bons nomes do cinema americano, como: Robert Downey Jr., Jake Gyllenhaal e Mark Ruffalo. É um dos filmes mais elogiados da filmografia de Fincher, pelos cinéfilos.


2008 - O Curioso caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button)

Com uma trama que lembra muito o clássico filme de Robert Zemeckis, "Forrest Gump", só que de trás pra frente, Fincher teve bastante trabalho para contar a história de Benjamin Button, um homem que nasce com oitenta e poucos anos e rejuvenesce a cada dia que passa. O filme é baseado em um conto de F.Scott Fitzgerald e estrelado por Brad Pitt e Cate Blanchett. O diretor foi indicado ao seu primeiro Oscar por esse bom trabalho.


2010 - A Rede Social (The Social Network)

O assunto do momento (o avanço das redes sociais no planeta) foi mais um desafio encarado pelo diretor de 49 anos. Contando a história do site mais famoso do mundo, o Facebook, Fincher chegou ao seu merecido Oscar de melhor diretor. O roteiro (assinado pelo genial Aaron Sorkin), repleta de detalhes, foi adaptado do livro de Ben Mezrich. O filme gerou algumas críticas negativas mas em geral agradou muitos cinéfilos. O Oscar recebido foi mais pelo conjunto da obra, já que, nem de longe esse é o melhor trabalho de David Fincher na direção de um longa.


2011 - Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres (The Girl with the Dragon Tattoo)

Após grandes feitos no cinema, Fincher resolve fazer algo bastante arriscado: um remake do clássico filme sueco "Os Homens que não amavam as Mulheres". Foi arriscado porque a versão original é sensacional e seria muito difícil o filme chegar ao mesmo nível, porém, Fincher é Fincher. Para dar certo essa nova adaptação, a personagem enigmática e nada comum Lisbeth Salander deveria ser interpretada por uma atriz que se entregasse de corpo e alma no papel, a escolhida foi a grata surpresa Rooney Mara (que deu um verdadeiro show em cena). Com mais esse grande sucesso, David Fincher é um dos diretores mais queridos pelos cinéfilos que sempre aguardam com ansiedade seus futuros trabalhos.  


Abaixo a Coletiva de Imprensa (Legendada) de MILLENNIUM: OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES , na Suécia.





E aí, concordam com as análises? Gostam do Fincher? Comentem! J
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