24/01/2021

Um Filme em 30 Segundos - #7 Bruno Giacobbo


Esse é o nosso novo projeto: UM FILME EM 30 SEGUNDOS. Onde cinéfilos e cinéfilas enviarão uma dica de filme e sua justificativa em 30 segundos. :)

Nosso convidado número #7 é crítico de cinema, historiador e um cara muito gente boa. O querido amigo cinéfilo Bruno Giacobbo (@jokerbruno) 

#umfilmeem30segundos #cinema #guiadocinefilo 



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23/01/2021

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Crítica do filme: 'Swingueira'


Quem não tem piscina, se diverte na esquina. Dirigido à quatro mãos, Bruno Xavier, Roger Pires, Yargo Gurjão e Felipe de Paula, o documentário Swingueira exibido na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes mostra mais uma faceta cultural do Brasil. Com uma empolgante introdução, bastante explicativa para quem não tem a mínima ideia do que seria essa arte que mistura a batida da percussão com o movimento do corpo e conhecido na Bahia como Pagodão Baiano, bem na superfície, o filme, ao longo dos seus 80 minutos de projeção, passa pelos dramas de jovens da periferia.  Mostra também críticas sociais, uma dessas mesmo que rapidamente, ações abusivas da polícia (com direito a imagens bem claras) nos encontros grandiosos dos renomados artistas desse movimento.


Na trama, conhecemos um grupo de jovens (um deles inclusive narra boa parte do que assistimos) que moram na periferia de Fortaleza e disputam anualmente um campeonato de Swingueira, onde grupos são formados para apresentação que busca mostrar as realidades que vivem através, principalmente, da dança. Os dramas e conflitos pessoais desses jovens são embaralhados pelo seu amor pela dança. O filme mostra evidências de muros das desigualdades sociais.


O amor que balança os corpos e chega até o coração. Estourada na Bahia por conta da música, já no Ceará por conta da dança, a Swingueira ou Pagodão Baiano é o gênero de artistas consagrados como Harmonia e É o Tchan, no gueto com o artista Psirico. Às vezes uma saída para o jovem sem muitas condições fugir das tentações do mal, a swingueira é uma dançante entrada no universo artístico. De lugares parecidos mas com condições diferenciadas para sonhar, o filme busca encontrar o sentido dessa expressão musical para a vida e futuro de cada um deles.

 

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Crítica do filme: 'Felicità'


Quantas variáveis existem na relação entre pais e filhos? Um dos filmes disponíveis no ótimo festival online e gratuito My French Film Festival desse ano, Felicità, é um road movie descontraído que nos conta a saga de uma família de três integrantes, meio nômades, que se mete em diversas confusões antes do início das aulas da jovem filha do casal. Parece simples e sem muitas saídas para reflexões mas o projeto consegue avançar a superfície principalmente quando analisamos o que assistimos pela ótica de Tommy, a jovem filha. Um trabalho interessante escrito e dirigido por Bruno Merle.


Na trama, conhecemos o ex-presidiário Tim (Pio Marmaï) e Chloé (Camille Rutherford), dois jovens sem muitas projeções na vida que vivem do dinheiro que a segunda recebe trabalhando na limpeza de casas para uma empresa. Eles tem uma filha, Tommy (Rita Merle), que acaba embarcando sempre nas loucas aventuras que os pais se metem ao longo dos dias que antecedem o início das aulas.


Os absurdos e as peculiaridades que navegam pela história não deixam de serem ingredientes interessantes para conseguirmos enxergarmos conflitos emocionais profundos. Um bom exemplo é a curiosidade da filha, e tudo o que sente quando percebe que seu pai repete os mesmos erros que o levaram para a prisão. As questões de dúvidas de Chloe quanto ao futuro da família e atabalhoadas tentativas de viverem uma vida repleta de amor mas longe de um ‘normal’. Tim é quem possui mais dificuldade em nos fazer refletir sobre suas construções emocionais, não há exatamente uma desconstrução mas algo é buscado para que tudo saia como melhor que ontem, mesmo que as velhas inconsequências não consigam estarem longe de suas ações.


Felicità é um recorte de uma família que se ama muito mas sempre fica distante de uma estabilidade.  Sempre bom assistir a filmes que possuam um bom desenvolvimento na temática muitas vezes vistas na telona que é a relação entre pais e filhos.

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #255 - Jessica Andric


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de São Paulo. Jessica Andric é formada em pedagogia e já atua na área, também está cursando letras. Sua paixão por cinema começou quando era criança, praticamente todo final de semana seus pais levavam o seu irmão e ela ao cinema então pegou gosto pelo cinema muito cedo. Ela sempre quis fazer alguma coisa relacionada ao cinema, e durante a pandemia uma amiga dela (e companheira de filmes) teve a ideia de fazer uma página no Instagram, então criaram a 'Filme de Que?' onde cada mês escolhem um tema diferente e todo dia postam uma indicação de filme dentro do tema escolhido com um pequeno resumo, assim conseguem compartilhar com o mundo a paixão delas pelo cinema.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Eu acho que não tenho uma sala preferida, geralmente escolho o filme primeiro a escolha da sala não faz diferença para mim.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

O primeiro filme que eu me lembro de ver e ficar encantada foi Procurando Nemo, na época eu tinha 10 anos e sai da sala de cinema com brilho nos olhos achando que tudo que eu tinha visto era mágico!

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Tim Burton, adoro os filmes dele, mas Edward Mãos de Tesoura é com certeza o que eu mais gosto.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Lisbela e o Prisioneiro e O Auto da Compadecida não consigo escolher entre esses dois! São os meus favoritos. Acho que ambos conseguem passar verdade na história, quando vemos esses filmes pensamos mesmo que os personagens são reais pois se passa em uma realidade muito próxima da nossa, sem falar que temos ação, comedia e romance e um grande elenco nos dois filmes então como não gostar deles.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Na minha opinião ser cinéfilo é mais que escolher um filme qualquer para assistir, tem que ter uma paixão por cinema, viajar na história, esquecer do resto do mundo enquanto vê um filme.

 

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Acredito que não afinal a maioria dos cinemas precisam render lucro pois não deixam ser uma empresa então o foco não é qualidade do filme, mas sim a quantidade de pessoas para assisti-lo.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Eu acho que acabar não, mas vai ter uma grande diminuição.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram, mas é ótimo.

O Doutrinador é um filme brasileiro pouco conhecido, mas que é muito bom, provando que o cinema nacional faz ótimas produções.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Acho que não, eu entendo que as salas precisam funcionar para ter renda, mas a saúde vem em primeiro lugar.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O cinema nacional é muito subestimado, existe sim filmes nacionais que são bons só acho falta mais empenho na hora da divulgação.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Gosto muito do trabalho do Selton Mello.

 

12) Defina cinema com uma frase:

“Magia em alta definição”.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Uma vez fui ao cinema com 6 pessoas e acabamos nos perdendo de duas delas mesmo assim fomos assistindo ao filme, quando chegou na metade aconteceu um problema e o filme ficou sem áudio, então tiveram que acender as luzes e encontramos as duas pessoas perdidas que estavam só duas fileiras na frente, sentamos todos juntos, rebobinaram o filme e terminamos de assistir.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Sei que é um filme bem conhecido, mas nunca assisti então não posso dar uma opinião sobre esse filme.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acho que não precisa ser um cinéfilo necessariamente, mas vai ter que entender muito bem do assunto.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Super-Heróis: A Liga da Injustiça.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Não sou de assistir muitos documentários, mas um que eu gostei bastante foi Uma Verdade Inconveniente.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sim, várias vezes.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Os filmes que eu mais gosto dele são Cidade dos Anjos e A Lenda do Tesouro Perdido.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Adoro Cinema.

 

 

 

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Um Filme em 30 Segundos - #6 Alê Shcolnik


Esse é o nosso novo projeto: UM FILME EM 30 SEGUNDOS. Onde cinéfilos e cinéfilas enviarão uma dica de filme e sua justificativa em 30 segundos. :)

Nossa convidada número #6 é crítica de cinema, carioca e criadora de um portal super legal chamado Rota Cult (@rotacult) A querida amiga cinéfila @aleshcolnik

#umfilmeem30segundos #cinema #guiadocinefilo



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22/01/2021

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Pausa para uma série - Lupin


Quando os mistérios se multiplicam e as explicações se escondem através de novas partes. Se tem uma coisa que incomoda a maioria de nós meros espectadores é a falta de conclusão para algumas questões fundamentais de determinadas tramas, onde, além disso mais e mais perguntas são arremessadas em nossas reflexões deixando tudo muito confuso. O seriado francês Lupin, lançado nesse início de 2021 na Netflix, tem a ótima ideia de usar da questão de um famoso personagem da literatura mundial dentro de uma trama sobre vingança. Misturando, ação, aventura, suspense, drama e comédia, a produção virou sensação em pouco tempo, protagonizado pelo mais carismático e um dos mais competentes atores europeus da atualidade, Omar Sy. O que incomoda é somente a quantidade de portas de perguntas abertas não sendo fechadas com respostas convincente ou deixadas para depois.


Na trama, conhecemos Assane Diop (Omar Sy), um imigrante senegalês que chega na França ainda criança e presencia a prisão, acusação de roubo e morte do pai, um honesto motorista de um estúpido milionário chamado Hubert Pellegrini (Hervé Pierre). O tempo passa e o protagonista, que é muito fã do personagem da literatura francesa Arsène Lupin, vive de golpes sofisticados e alguns muito simples, mesmo tendo uma família que o ama, como sua ex-companheira Claire (Ludivine Sagnier) e seu filho Raoul (Etan Simon). Qundo surge a oportunidade de descobrir finalmente os porquês sobre as circunstâncias que levaram seu pai à morte, ele contará com o amigo dos tempos de escola Benjamin (Antoine Gouy) em seu maior e mais complexo plano de vingança.


Há um dinamismo interessante entre os cinco episódios dessa primeira parte, ou primeira temporada, quase isolados mas conectados pelo sentimento de vingança que é a grande questão das ações do protagonista. O papel da polícia e a corrupção ou não pairando nas linhas de investigação, a influência de quem tem poder e muito a esconder, personagens femininas envolvidas amorosamente com o protagonista, amigos que sempre aparecem para ajudar, conflitos familiares, Lupin é uma grande receita de bolo quando pensamos em entretenimento no mundo crescente dos seriados nos streamings. A maior diferença para outras dessa produção, que vem tendo grande audiência do streaming mais famoso por aqui, é o grande ator Omar Sy (intérprete inesquecível do filme Intocáveis) que com seu carisma e elegância conquista logo nos primeiros minutos os espectadores.


As questões das portas abertas mencionado no primeiro parágrafo acabam sendo um dos calcanhares de aquiles mais evidentes. A primeira temporada de todas as séries precisam responder a maioria das perguntas e obviamente deixando lacunas em aberto para próximas temporadas. Mas aqui em Lupin há um enorme exagero em perguntas deixadas sem respostas, como se pedissem para nos montar um quebra-cabeça e escondessem as peças. Fato que torna muito desinteressante, ou melhor, frustrante, todo nosso embarque de emoções em um universo que não sabemos direito onde pode parar.

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #254 - Samuel Severino


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Jaboatão (Pernambuco). Samuel Severino é resenhista de cinema, contista e jornalista amador. É criador do site Cinema Mudo Online, site de conteúdo sobre cinema clássico; e do Blog O Texto, site de Notícias Políticas de Jaboatão dos Guararapes e Pernambuco.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

É tragicômico por que "ir ao cinema" nunca foi uma atividade que eu costumava praticar. Até uns quatro atrás eu nunca tinha ido ao cinema. Hoje, não acho que possa responder essa pergunta.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Acho que ter me apaixonado pelo O Hobbit e ter visto A Batalha dos Cinco Exércitos com muita expectativa (muito bem superadas, obrigado) foi um momento sem igual para mim. O cinema havia se mostrado uma segunda casa.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Glauber Rocha é o cara que me faz pensar no cinema de um modo mais carinhoso do que de costume. E por mais que Deus e o Diabo seja um amor meu, devo pôr Terra em Transe como meu filme preferido dele.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Aquarius. É incrível, é Pernambucano, tem tudo o que eu gosto num bom filme brasileiro. Mas nada se compara a Sônia Braga saindo do mar, imponente; em casa depois de muito tempo distante da nossa cinematografia.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Olhar o cinema com respeito, paixão e curiosidade.  Não existe sensação igual a você ir atrás e descobrir todo um mundo novo, é tipo cair na toca do coelho e não querer mais voltar.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Gosto de pensar que sim. Mesmo que não sejam pessoas graduadas, há muita gente gabaritada que faz esse trabalho.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Se sim, não será quando todos pensam. Nas próximas décadas vamos vê-lo enfraquecer, mas ele vai resistir.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Domésticas (2001) do grande Fernando Meirelles. Deve ser uma das melhores comédias dos anos 2000.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Respeitando as normas de segurança, sim. Pensando justamente que ninguém vai ao cinema para conversar ou interagir com outras pessoas; com uma cadeira de distância, uso obrigatório da máscara, e álcool em gel, você tem um cinema com o público reduzido e protegido.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O cineasta brasileiro é antes de tudo, um forte. O cinema Brasileiro com todos os percalços que sofre, consegue emplacar pelo menos 4 ou 5 filmes extraordinários por ano. Sem uma indústria forte e estabelecida, sem muito auxílio do Governo, se tem conseguido fazer um cinema riquíssimo e que tem feito barulho internacionalmente.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

O cara que me fez acreditar que dá sim para fazer cinema em Pernambuco: Kleber Mendonça Filho. Além, claro, de ter me aberto as portas para outros nomes incríveis da nossa cinematografia.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Essa é sem dúvida a questão mais difícil por que, um milhão de frases vem na mente, mas nenhuma é digna para ser definitiva.

Mas "o cinema é o mais próximo que temos de tocar nos nossos sonhos e pesadelos" é a que me parece mais verdadeira.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Puts, cara, eu não tenho nenhuma.  Fica pra próxima vez kkk.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Um clássico do cinema. Eu não precisei ter visto o filme para saber disso; de tanto ouvir opiniões polarizadas sobre ele, eu pude vê-lo permanecer no debate.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não. Qualquer um pode dirigir um filme. Ele talvez não tenha tantas referências, mas o que importa é fazer.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Psicose, de Gus Van Sant.  É um legítimo filme de horror do início ao fim.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Eis a questão. Eu adoro documentário e devo dizer que os filmes da Petra Costa me prendem na cadeira de um jeito que eu nem acredito. O filme Elena é para mim, a coisa mais linda que já foi documentada.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Acho isso um exagero, de repente é como aplaudir o pôr do sol. Não faz sentido para mim.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Está aí um ator que eu evito, mesmo que inconscientemente.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

No ano passado tive a honra de entrevistar ele para o meu site e expressar todo o meu carinho pelo seu trabalho. Estou falando do incrível Marden Machado; leio quase que devotamente seu blog, além de assistir seu canal no YouTube.

 

 

 

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Um Filme em 30 Segundos - #5 Zeca Seabra


Esse é o nosso novo projeto: UM FILME EM 30 SEGUNDOS. Onde cinéfilos e cinéfilas enviarão uma dica de filme e sua justificativa em 30 segundos. :)

Nosso convidado número #5 é crítico de cinema, carioca e muito gente boa. O querido irmão cinéfilo Zeca Seabra .

#umfilmeem30segundos #cinema #guiadocinefilo



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Crítica do filme: 'A Assistente'


Os absurdos abusos do poder e todo o caos emocional que isso pode gerar. Produzido e já no catálogo da Amazon, A Assistente, é um filme que coloca o espectador como um observador da rotina de uma jovem que tem o sonho em trabalhar com entretenimento mas logo percebe abusos no ambiente onde trabalha, principalmente vindo de seu chefe, uma alta patente da empresa. Escrito e dirigido pela cineasta Kitty Green, em seu primeiro longa-metragem de ficção, o projeto é um interessante recorte de certos ambientes de trabalho, que diz muito pelas entrelinhas, um profundo drama onde somos os olhos da personagem a todo instante. Um bom filme com uma ótima atuação da protagonista Julia Garner.


Na trama, conhecemos Jane (Julia Garner), uma jovem que conseguiu faz poucos meses um trabalho como assistente de um dos mandas-chuvas de uma grande empresa ligada ao audiovisual. Pelo andamento que acompanhamos parece que ela sempre teve esse sonho de trabalhar nessa área. Porém, com o passar dos dias, os egoísmos de outros funcionários e um assédio moral e sexual observado por ela a deixam em estado assustada principalmente quando resolve buscar ajuda e é surpreendida com o tratamento que recebe.


Há muita podridão no mundo e o poder infelizmente só faz isso crescer. No disputado universo do mercado de trabalho de todo o mundo, não só na indústria citada mais profundamente no filme, abusos acontecem muito mais do que imaginamos e poucas vezes temos a certeza de alguma punição para os envolvidos. Esse quebra cabeça muitas vezes sem muitas soluções positivas para quem é vítima é muito bem exemplificado pelos absurdos tratamentos do chefe para com a protagonista. Green mete o dedo na ferida de uma maneira que cria um certo caminho entre o drama e o suspense.


São quase 90 minutos de muita tensão. Muitos podem até achar meio paradão mas esse longa-metragem diz tanto pelo contexto e entrelinhas que precisamos estar atentos para refletir sobre o quão profundo pode ser essa história que infelizmente acontece muito pelas vidas reais do lado de cá da tela.



  

 

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21/01/2021

Um Filme em 30 Segundos - #4 Cavi Borges


Esse é o nosso novo projeto: UM FILME EM 30 SEGUNDOS. Onde cinéfilos e cinéfilas enviarão uma dica de filme e sua justificativa em 30 segundos. :)

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Nosso convidado número #4 é cineasta, dono de locadora, adorador de camisas regatas, professor, empreendedor. O querido irmão cinéfilo Cavi Borges.
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#umfilmeem30segundos #cinema #guiadocinefilo



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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #253 - Raquel Vasconcelos


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, do Rio de Janeiro. Raquel Vasconcelos tem 32 anos. É formada em Cinema pela UFRB. É natural da Bahia mas mora na cidade maravilhosa. Se considero cinéfila desde infância quando já assistia filmes mais adultos como Amadeus e A Dança dos Vampiros de Polanski. Ainda na infância, graças a TV Cultura, conheceu um pouco mais do cinema nacional, saindo um pouco dos filmes da Xuxa e Trapalhões, ficou maravilhada com os filmes de Grande Otelo, Dercy Gonçalves e Mazzaropi. Atualmente escreve em sua página do instagram (Vitamina Cult - @vitaminacult) sobre suas paixões culturais, que são: cinema, literatura e seriados.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Qualquer sala do Espaço Itaú de Cinema. São filmes diversos, documentários, ficção, e de diversas nacionalidades. O melhor que o cinema tem para oferecer está lá.

 

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Lembro de ser muito pequena quando assisti A Pequena Sereia e Mogli, claro que deveria ser um relançamento. Mas a primeira vez que senti o impacto de estar naquela sala da tela gigante foi ao assistir Jurassic Park, apesar de minha pouca idade a emoção foi grande.

 

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Difícil escolher apenas um, sempre tive um gosto eclético e em cada momento de minha vida tive um diretor favorito ou gênero. Mas uma constante é a Laís Bodanzky. Esse nome nunca saiu dos meus favoritos, do meu TOP 5. Meu filme favorito dela é Bicho de Sete Cabeças, uma das obras que afloraram minha paixão pelo cinema nacional.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Poderia citar Deus e o Diabo na Terra do Sol pela sua importância na história do cinema, “O pagador de promessas” pelo seu destaque em Cannes, Central do Brasil pelo seu quase Oscar, ou um mais recente, Bacurau de Kleber Mendonça Filho. Mas acredito que filme favorito é algo muito pessoal, é um filme que desperta algo dentro de si que é difícil de descrever. Meu filme favorito é Cinema Paradiso. Um filme que aumenta meu amor pelo cinema cada vez que assisto.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Cinéfilo para mim é aquele que tem o cinema como a grande paixão. Que assiste todos os filmes sem preconceitos de nacionalidade. E enxerga no cinema a arte mais completa, capaz de unir todas as outras.

 

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não. Os cinemas hoje (em sua maioria) são estritamente comerciais. Buscam em sua programação não a arte, mas o que dará maior retorno financeiro. Isso fica claro quando você percebe que na programação da semana 90% dos filmes são americanos e os outros 10% são comédias nacionais.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Espero que não. Assim como a televisão não acabou com o rádio, acredito que o streaming não acabará com as salas cinema.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Sinfonia da Necrópole de Juliana Rojas é o primeiro que me vem a mente. Um filme divertido, inusitado, mostra como o cinema nacional pode ser diverso e extremamente original.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não. Pois não temos estrutura para assegurar que todos clientes não irão se contaminar.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Enxergo como algo crescente. Com a disseminação do conhecimento das técnicas através de oficinas, cursos e universidades, a qualidade só tem crescido. Sem contar com as novas tecnologias que propiciam a qualquer um com um celular na mão o poder de fazer seu filme. Sendo assim o cinema se tornou algo mais diverso e democrático, contribuindo assim para sua maior qualidade.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Atualmente acompanho muito Irandhir Santos, na minha opinião é um dos melhores atores da atualidade, e o Júlio Andrade que também é magnífico. Mas quem sempre me emociona e eu não perco nada, sempre revejo muita coisa é a Andréa Beltrão. Sua atuação é esplêndida, naqueles minutos do filme ou seriado ela se torna o personagem, ela é aquela atriz que você acaba conhecendo mais pelo nome da personagem, pois todos se tornam extremamente reais para o espectador.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é a arte que em poucos minutos é capaz de mudar seu olhar para a vida.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Não consigo lembrar de nada muito inusitado, mas algo aconteceu comigo que achei interessante. Quando fui assistir Nasce uma Estrela (2018), no final do filme começo a ouvir as pessoas em minha volta chorando, quando o filme finalmente acabou e as luzes se acenderam olho para o lado, vejo uma senhora, que seca as lágrimas e me olha com pesar, como quem procurasse consolo ou alguém semelhante. Apenas olhei para aquela pobre senhora, dei um suspiro e a olhei com compaixão, apesar de não ter chorado, ela sorriu como se fosse isso que ela precisasse no momento. Mas rapidamente me levantei antes que ela pudesse iniciar uma conversa. Sim, gostei do filme, mas não compactuei com a maioria dos espectadores que foram as lágrimas. Dificilmente um filme me emociona ao ponto das lágrimas, é mais fácil eu ficar com o choro preso do que chorar de fato. Um filme que me emocionou a esse ponto foi o francês Amour (2012).

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras…

Um trash-cult baiano cheio de axé que todo brasileiro deveria assistir.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não necessariamente. Para dirigir um filme precisa-se de técnica, e essa técnica pode ser adquirida de diversas formas, não é fator determinante que o cineasta precise ser cinéfilo.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Não consigo lembrar ao certo o pior de toda minha vida, foram muitos. Mas deixo aqui o último: Megatubarão.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Pergunta difícil. Mas como gosto muito de Eduardo Coutinho, escolho Jogo de Cena, pois se trata de um documentário simples mas imersivo e emocionante.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sim. Mas nunca no circuito comercial, isso aconteceu mais em mostras e festivais.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Nossa, essa sim é uma pergunta difícil (risos). Confesso que estou um tanto quanto desatualizada, tem alguns mais recentes que pretendo assistir como Mandy e A cor que caiu do espaço. Acho que o melhor filme de Nicolas é Arizona Nunca Mais, pelo menos é o que eu gosto mais. Deixo registrado aqui meu desejo para Nicolas Cage, que ele volte a suas origens. Seus filmes mais antigos são os melhores.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Não existe um site específico. Leio de diversas fontes, sendo minha principal as páginas do instagram que sigo, e para notícias americanas leio a Variety e a Entertainment Weekly.

 

 

 

 

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20/01/2021

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Crítica do filme: 'Beginning'


Visual aos montes, verbal quando necessário. Selecionado para o Festival de Cannes (2020), Festival de Toronto (2020) e vencedor de prêmio no Festival de San Sebastian (2020), Beginning, dirigido e escrito pela cineasta georgiana Dea Kulumbegashvili, fala sobre intolerância religiosa e a luta constante contra traumas difíceis de superar e dúvidas recentes de uma protagonista que busca achar soluções para o que acredita. Há cenas fortes e angustiantes, também longos planos, além de uma inquietante câmera estática onde os personagens compõem a trajetória de ações ou até mesmo a força dos sentidos da natureza. Um impactante e duro filme de Kulumbegashvili. Estreia dia 29 de janeiro no excelente streaming Mubi.


Na trama, conhecemos um casal, Yana (Ia Sukhitashvili) e David (Rati Oneli), que moram numa cidade provinciana, no interior da Georgia, onde ministram uma comunidade de Testemunhas de Jeová. Um dia, um incêndio criminoso na igreja deles é causado por extremistas, a partir desse momento, a vida de Yana se transforma radicalmente.


Uma terra sem lei, um radicalismo que embaça o óbvio. Totalmente sozinha no forte trauma que sofre, Yana é uma guerreira solitária que precisa enfrentar até mesmo as desconfianças do marido que não consegue se desprender de desconexas razões religiosas para enxergar tudo que aconteceu. Sendo coagidos por um misterioso detetive e uma polícia sem força em uma região onde a justiça não é para todos, somos testemunhas de uma derrocada na família de Yana.


Beginning é um profundo drama, que busca nos seus figurativos das leis que criam sobre o universo (que nem de longe são interpretadas da mesma maneira) os paradoxos ou até mesmo contrapontos para nos fazer refletir sobre o óbvio, a religião, a dor, a dúvida e o sofrimento.

 

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Um Filme em 30 Segundos - #3 Carolina Dib


Esse é o nosso novo projeto: UM FILME EM 30 SEGUNDOS. Onde cinéfilos e cinéfilas enviarão uma dica de filme e sua justificativa em 30 segundos. :)
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Nossa convidada número #3 é diretora, coordenadora e assistente de direção. A querida amiga cinéfila Carolina Dib.
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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #252 - Humberto Neiva


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.


Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de São Paulo. Humberto Neiva é cineasta, professor e programador de salas de cinema. Com mais de 30 anos de mercado audiovisual e 25 anos na área acadêmica desenvolvendo projetos direcionados ao público consumidor da sétima arte. Mestre em Ciências da Comunicação pela USP,  Pós-Graduado em Master em Tecnologia Educacional - FAAP, Coordenador do Curso de Cinema da Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP). Desde 2000, coordena a programação do Espaço Itaú de Cinema nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Salvador e Curitiba. Ganhador do prêmio ED 2016 de Melhor Programador do Brasil. Criador e apresentador do Programa  Diálogos na Web – FAAP onde já passaram personalidades como: a atriz Denise Fraga, o cantor Zeca Baleiro e Rodrigo Teixeira, produtor do filme ganhador do Oscar 2017 Call Me By Your Name, dividindo com o público suas histórias, sempre direcionadas aos amantes de cinema. Crítico convidado das revistas CINEMA e Qualimetria; Curador do Brazilian Film Series Chicago 2017, Júri nos festivais: Festival de Cinema de Brasília 2002 e 2009, Goiânia Mostra Curtas 2012 e Fica 2018. Ganhador do Prêmio de Melhor Filme no Festival Guarnicê de Cinema e Video com o curta-metragem: Piccola Crônica, 1996. Atualmente desenvolve uma página no instagram sobre cinema chamado @hcnefilos.


Obs: Grande Humberto, um dos grandes programadores de cinema que o Brasil tem. Esse eu respeito bastante! Grande honra poder ter suas respostas em nosso especial. Continue sendo essa cara gente boa e muito cinéfilo, levando todo tipo de emoção aos espectadores de todo o Brasil.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

As salas que mais me identifico são as do ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA, pois são ecléticas e não apresentam preconceito de gênero na sua programação. São exibidos documentários, filmes europeus, "blockbusters" e claro filmes brasileiros.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Meu Pé de Laranja Lima, de Aurélio Teixeira, a primeira versão de 1970.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Meu diretor favorito é FRANÇOIS TRUFFAUT e o filme é Os Incompreendidos.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Limite, de Mário Peixoto. Um filme que está a frente do seu tempo e discute os limites da existência humana.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Ser cinéfilo é investigar a sétima arte com emoção e reflexão.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Os cinemas de arte são programados por pessoas que considero bem preparados e investigativos, já alguns cinemas comerciais e populares não vejo um conhecimento muito aprofundado da linguagem cinematográfica.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não acredito. O hábito e a magia do cinema na tela grande é insubstituível.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Um filme que poucas pessoas viram e acho de uma beleza extrema é CAFARNAUM, de Nadine Labaki.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Sim, pois os protocolos de segurança e de higienização são seguros.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O cinema brasileiro tem uma qualidade que poucas cinematografias internacionais tem, a sua diversidade de temas e gênero. Tenho um apreço ao nosso cinema e não devemos nada para ninguém em termos de qualidade técnica e narrativa.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Walter Salles.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Uma janela para a emoção e reflexão.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Fiz um projeto chamado CINEMA ITINERANTE em que levava filmes brasileiros para escolas municipais em cidades de menos de 200 mil habitantes e me emocionei muito vendo crianças assistindo um filme pela primeira vez em uma tela grande. Chorei muitas vezes com a felicidade dessas crianças com essa experiência mágica.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Um equívoco.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Um diretor necessita ter repertório para atuar na área, não precisa ser necessariamente um cinéfilo inveterado, mas precisa conhecer de linguagem cinematográfica, para poder emocionar o expectador.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Cinderela Baiana.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Janela da Alma, de João Jardim e Walter Carvalho

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sim, em vários.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

O Senhor das Armas, de Andrew Niccol.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Adoro Cinema e o meu HCNefilos.

 

 

 

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