27/10/2021

'Meu irmão, Minha Irmã' - Análise curta em vídeo


Nesse vídeo, Raphael Camacho analisa de forma curta e objetiva o filme na Netflix: Meu irmão, Minha Irmã.

Não esqueçam de se inscreveram no nosso canal.
Não esqueçam de dar aquele like bacana para nos ajudar! :)
Mais conteúdos também no nosso canal no Instagram: @guiadocinefilo
Até o próximo vídeo!


Continue lendo... 'Meu irmão, Minha Irmã' - Análise curta em vídeo

Crítica do filme: 'The Trip'


As complicações de um relacionamento. E chega da Noruega um dos filmes mais sangrentos e debochados disponíveis no universo dos streamings. The Trip fala sobre os contornos da inconsequência em um universo de um casal que já está de saco cheio um do outro e resolvem definir essa situação em um fim de semana num chalé da família. Repleto de momentos sangrentos e cenas fortes o longa-metragem dirigido pelo cineasta Tommy Wirkola é puro entretenimento para Tarantino nenhum botar defeito! Protagonizado pelos ótimos Noomi Rapace e Aksel Hennie.


Na trama, conhecemos Lisa (Noomi Rapac) e Lars (Aksel Hennie), um casal na faixa do 40 anos que está em gigantesca crise no casamento deles. Ela uma atriz frustrada por nunca conseguir grandes papéis, ele um cineasta que só consegue dirigir comerciais de televisão. Para tentar resolver a situação, planejam um fim de semana em um lugar afastado do grande centro onde várias situações surpreendentes colocam em cheque tudo que eles pensaram um sobre o outro até ali. Repleto de surpresas, o projeto envolve cenas de ação de tirar o fôlego e diálogos debochados por todo seu tempo. Grande roteiro!


Partindo do complicado cotidiano do relacionamento o filme mostra os caminhos dos dois personagens em um roteiro não linear que nos surpreende a todo instante com variáveis quase inacreditáveis que surgem em vários dos inúmeros clímaxs que a fita possui. O deboche, que pode ser entendido também como humor negro, está por todos os lados, nos diálogos tragicômicos, nas situações beirando ao imaginativo. O elenco é ótimo e soma bastante ao liquidificador de loucuras que os protagonistas passam, indo e voltando com suas escolhas.


Há possibilidade de traçarmos paralelos sob a ótica do casamento. Mesmo sendo extremo em seu discurso, quando trazemos para a realidade com um pouco de bom senso chegamos a pontos reflexivos aos montes. The Trip está disponível na Netflix.

Continue lendo... Crítica do filme: 'The Trip'

26/10/2021

8 e 1/2 em 20 - Wilker Medeiros - Episódio #30


Esse é o '8 e 1/2 em 20', programa de entrevistas feitas por lives no Instagram do @guiadocinefilo, toda 4a, às 19:30​ hrs, com cinéfilos e profissionais que de alguma forma contribuem para o audiovisual.

Nesse episódio, recebemos o crítico de cinema Wilker Medeiros. Não esqueçam de deixar um like nesse vídeo. :) Não esqueçam de se inscreverem nesse canal. :) Visitem também: Instagram: @guiadocinefilo Viva o cinema!
Continue lendo... 8 e 1/2 em 20 - Wilker Medeiros - Episódio #30

Crítica do filme: 'Meu Irmão, Minha Irmã'


As diversas formas de amar alguém. Diretamente da Itália chegou à Netflix brasileira a dramédia Meu Irmão, Minha Irmã, escrito e dirigido pelo cineasta Roberto Capucci que conta história de dois irmãos na casa dos 40 anos que se reencontram após um enorme hiato provocado por situações mal explicadas que envolvem o pai dos dois. O roteiro navega no campo das emoções para mostrar a força que exista na relação entre dois irmãos que mesmo amarguradas pelo tempo possuem muito em comum. Sem pretensões, nem lições, há uma busca pelo reflexo existencial com a realidade.


Na trama, conhecemos os irmãos Tesla (Claudia Pandolfi) e Nick (Alessandro Preziosi), dois filho de um famoso professor de astrofísica que não se veem faz muitos anos e se reencontram de maneira nada amistosa no funeral do pai. Para cumprirem as exigências de algumas cláusulas do testamento, precisam morar juntos na casa que fora da família e assim ao longo do tempo precisam se entender já que muitas coisas não sabem mais um do outro.


O filme se coloca como um raio-x de um relacionamento de dores e incertezas que foi moldado ao longo do tempo tendo altos e baixos (como qualquer relação entre irmãos né?!). O roteiro navega na previsibilidade para mostrar a sua visão de algo mais próximo da realidade. Isso, de fato, deixa o filme embaralhado nos clichês e encostando em outros filmes. Mas se formos partir do princípio de que todo o filme sobre família acaba nos gerando pontos de reflexão constantes, esse projeto italiano, dentro de seus dramas com os coadjuvantes, se torna conclusivo no fechamento de seus arcos como se uma nova jornada começasse a partir de seu desfecho (algo parecido que muitos seriados adotam ao longo de suas incansáveis temporadas).

Continue lendo... Crítica do filme: 'Meu Irmão, Minha Irmã'

25/10/2021

Crítica do filme: 'Maligno'


Depois de dirigir Aquaman em 2018, o cineasta malaio James Wan volta às suas origens mexendo com o suspense e o terror sempre com a instauração de uma clima cheio de surpresas. Um dos mais competentes filmes de terror lançados logo após as reaberturas dos cinemas, depois da pausa pela COVID no mundo, Maligno possui um engenhoso roteiro, repleto de referências, seja nos detalhes de um suspense na linha do psicológico ou mesmo nas estradas que o filme caminha dos sustos e descobertas alucinantes. Protagonizado pela atriz britânica Annabelle Wallis, o projeto deve agradar aos amantes dos filmes que surpreendem e dão sustos!


Na trama, conhecemos Madison (Annabelle Wallis) uma mulher que vive em um relacionamento abusivo e está grávida, após diversas tentativas frustradas em ser mãe. Certo dia, após um trágico acontecimento vê sua vida virar de ponta a cabeça com uma série de assassinatos violentos que acontecem que podem ou não estar ligados fortemente ao seu passado conturbado. Assim, o filme navega na solução de um grande mistério que envolve a polícia, a irmã da protagonista e um passado escondido.


Desde 2004, quando deixou pasmo milhares de cinéfilos com o filme Jogos Mortais o cineasta James Wan vem provando porque ele é dos grandes diretores do gênero de suspense/terror. Mesmo flertando com o universo dos filmes de ação, dirigiu o já citado Aquaman, um dos filmes a franquia Velozes e Furiosos e até um episódio do seriado MacGyver, os seus fãs não viam a hora dele voltar ao gênero que o consagradou!


É impressionante o impacto que um ótimo cineasta consegue em um filme de suspense. Em Maligno, a trama toda é construída através do que achamos estarmos entendendo dos personagens, com as emoções jogadas na tela por meio de rodopios de câmeras, alcance de 360 graus, cores acinzentadas, uma composição artística sublime onde conseguimos alcançar a profunda atmosfera desse clima de tensão onde as imagens provocam os efeitos para seus impactos. Mas na verdade isso tudo é uma grande clima de ilusão do ilusionista Wan. Em paralelo, as verdades vão sendo mostradas e quando acontece a linha da interseção ficamos nas dúvidas dentro de um jogo de ping pong entre a razão e a emoção. Ótimo filme disponível na Hbo Max!

Continue lendo... Crítica do filme: 'Maligno'

24/10/2021

23/10/2021

Programa #60 Guia do Cinéfilo - Flávia Arruda Miranda


Episódio #60 do meu programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio entrevisto a assessora de imprensa Flávia Arruda Miranda.
O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube.



Continue lendo... Programa #60 Guia do Cinéfilo - Flávia Arruda Miranda

22/10/2021

,

Crítica do filme: 'Medo' (Strah)


Quando cansamos de sentir medo nossa existência faz mais sentido. Exibido na Mostra de SP em 2021, o longa-metragem Búlgaro, Medo, (Strah, no original), explora a natureza humana e suas relações girando em torno do tema sempre em pauta na Europa: a imigração. Escrito e dirigido por Ivaylo Hristov, o projeto expõe pontos de vistas, metendo o dedo na ferida sobre um assunto diretamente ligado aos direitos humanos. Há também espaço para reflexões sobre a solidão e um combate constante e intimista sobre o medo.


Na trama, conhecemos Svetla (Svetlana Yancheva), uma viúva de um pescador que morreu no mar que vive sozinha durante muito tempo em uma cidade no interior da Bulgária. Passa seus dias lutando contra uma solidão após ser mandada embora de seu emprego de professora (já que o colégio fechou) e combatendo com muita coragem um machismo vindo de todas as partes inclusive dos militares da polícia da fronteira. Tudo muda em sua vida quando um imigrante africano chamado Bamba (Michael Flemming), que queria chegar na Alemanha, aparece em seu caminho. Eles se comunicam sem muito se entenderem, em dois idiomas, mas o que entendem, basta. Aos poucos ela vai descobrindo mais sobre ele, um médico fugindo da guerra que teve a família perdida no conflito. Uma relação e afeto e esperança nasce entre os dois e em paralelo acabam sofrendo a rebeldia de seus vizinhos e conhecidos por Svetla deixar o imigrante ficar em sua casa.


Recheado de críticas com uma profundidade expressiva, o filme navega em partes nos conflitos que giram em torno do preconceito ao imigrante. Seja por meio de uma enrolada prefeita, marionete de influentes da área, pelos vizinhos sem a menor noção do que é humanidade, por uma força militar que parece viver em um mundo paralelo e querendo o menos responsabilidade pelo certo possível ou mesmo na crítica ao sensacionalismo televisivo da região.


Buscando expressar sentimentos e até mesmo emoções, o uso da fotografia em meio a estética em preto e branco pulsa aos nossos olhos como se conseguisse criar um clima de imersão a tudo aquilo que acompanhamos dentro das conflituosas relação humanas do pré conceito e preconceito.


Há também uma parábola bastante profunda sobre a solidão acoplada à uma crise existencial causada pela falta de perspectiva, isso fica muito claro conforme vamos descobrindo mais da protagonista e seu desabrochar para trilhar seu caminho longe do medo que de alguma forma sempre a acompanhou e a distanciou de muitos momentos de felicidade.


Strah é um filme que já circulou em alguns festivais na Europa e dificilmente chegará ao circuito brasileiro de exibição, uma pena, merecia. Que bom que a Mostra de SP colocou esse filme em seu catálogo, ótimo filme para refletirmos sobre várias aspectos da natureza humana.

Continue lendo... Crítica do filme: 'Medo' (Strah)

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #532 - Junior de Borba


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

Nosso convidado de hoje é cinéfilo, de Joinville (Santa Catarina). Junior de Borba tem 24 anos. Se formou em Design Gráfico em 2018. Em 2020, criou o Rebobina Artes que surgiu com o intuito de unir duas paixões: design e cultura pop, com ilustrações originais sobre músicas, filmes e séries.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Então, na questão de programação, o Cinemas Uniplex é meu favorito, pois de vez em quando reexibe alguns clássicos do cinema, porém em termo da qualidade da sala, prefiro do GNC Cinema.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Acho que me apaixonei realmente por cinema quando assisti E.T. pela primeira vez.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Gosto muito do trabalho do Spielberg, creio que seja meu favorito. Porém gostava muito do trabalho do Wes Craven.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Com certeza Que Horas ela Volta?, a atuação da Regina Casé é impecável nesse filme!

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É se apaixonar e sofrer por pessoas que nem reais são haha.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Acredito que não, são feitas mais pensando na visão lucrativa da bilheteria.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Acredito que não, por mais que o Streaming esteja em alta, a experiência de ir no cinema é diferente.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Caminho de Pedras (A Home of Our Own), é um filme bem leve de ver, porém conta com a atuação maravilhosa da Kathy Bates.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente

Existem muitos filmes nacionais excelentes, porém ainda o investimento na cultura Brasileira é muito baixo em relação com os Estados Unidos/Reino Unido.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Regina Casé.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Um momento pra você se desligar da vida real e viajar pra outras dimensões.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Não sei se é inusitada, porém assistir Um Lugar Silencioso no cinema foi um pouco chato, qualquer pacote de bala sendo aberto, parecia ser MUITO mais alto que o normal kkk.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

A primeira Cinderela latina.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acredito que sim. A série Dawson's Creek fala um pouco sobre isso, ela mostra um pouco da adolescência do escritor/diretor Kevin Williamson, e pelo seriado e pelo personagem principal, dá pra ver que ser cinéfilo é algo que faz totalmente a diferença.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

The Orangers de 2012, fui assistir por conta dos atores, mas achei péssimo.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Não tenho um documentário favorito, mas sou viciado na série documental do Netflix "Filmes que Marcam Época".

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Nunca :(

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Moonstruck de 1987.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Adoro Cinema.

 

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?              

Por incrível que pareça, ainda curto muito assistir os filmes em DVD/VHS/Bluray, mas tirando isso, acredito que o Netflix.

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #532 - Junior de Borba

Mostra de Cinema Chinês de São Paulo - De 01 a 20/11 de forma online e gratuita


Mostra de Cinema Chinês de São Paulo, organizada pelo Instituto Confúcio na Unesp, está de volta, depois de um hiato de quase dois anos devido à pandemia. A 6ª edição do evento acontece de 1 a 20/11, de forma online e gratuita, e traz na programação 10 filmes, a maioria inédito no Brasil.


O evento abre com o filme “Tudo ou Nada” do premiado diretor Zhou Hao, que será exibido pela primeira vez fora da China. Indicado ao Golden Goblet de Melhor Documentário no Festival Internacional de Cinema de Xangai e ao Melhor Documentário no FIRST International Film Festival, os dois na edição 2021, o filme explora a vida de duas pessoas de meia-idade que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e registra sua busca por redenção.


 O diretor Zhou Hao, que pelo filme The Chinese Mayor ganhou o Prêmio Especial do Júri por Acesso Inigualável no 31º Festival de Cinema de Sundance, juntamente com a estudiosa de cinema chinês da USP, Cecília de Melo, participarão de  uma master class ao vivo, com sessão de bate papo.


A programação  traz também trabalhos mais recentes de diretores consagrados, como o  belíssimo drama tibetano "Balão", de Pema Tseden, que recebeu mais de 22 prêmios internacionais, entre eles, um especial em Veneza, “Aves Suburbanas” de QIU Sheng, indicado a Melhor Filme de Estreia e Leopardo de Ouro da seção Cineastas do Presente no Festival Internacional de Cinema de Locarno.


E ainda: “Quero uma vida com você”,  filme de estreia de SHA Mo, que arrecadou mais US$ 50 milhões em bilheteria na China, “Um Porto Seguro”  de LI Xiaofeng, indicado ao Melhor Filme no Festival Internacional de Macau e no Festival Internacional de Cinema de Xangai, "Quatro Primaveras"  de LU Qingyi, indicado a Melhor Documentário no Golden Horse Film Festival, entre outros.


Com a curadoria de Wang Yao, pesquisador-assistente do Instituto de Cultura Cinematográfica da China da Academia de Cinema de Pequim, os filmes abordam questões sociais ligadas ao zeitgeist atual, com o objetivo de alimentar o intercâmbio cultural entre os dois países e construir uma cultura de positividade.


Cada filme permanecerá online por 7 dias (confira a programação). Alguns diretores também gravarão um vídeo falando um pouco de sua obra especialmente para essa Mostra. Todo o conteúdo da 6ª Mostra de Cinema Chinês de São Paulo poderá ser visto de qualquer parte do Brasil na plataforma: https://culturaemcasa.com.br/videos/cinema-2/cinema/~ZAQ


A 6ª Mostra de Cinema Chinês  é promovida em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Amigos da Arte e será exibida na plataforma “Cultura em Casa”. Tem também o apoio do Centro Cultural São Paulo.


Serviço:

6ª Mostra de Cinema Chinês de São Paulo

De 11 a 20/11| Gratuita

Disponível na plataforma: https://culturaemcasa.com.br/videos/cinema-2/cinema/

Classificação Indicativa: 16 anos

Sinopses dos filmes:

 

Tudo ou nada (2021) de ZHOU Hao (Documentário, 97 minutos) - O filme explora a vida de duas pessoas de meia-idade que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e registra sua busca por redenção. Com apenas três anos, Tong Meimei perde o pai, que comete suicídio. Mais tarde, ela sofre a perda de seu marido em um acidente de carro. Aos 12 anos, Yao Sunteck é molestado por um estranho enquanto se esconde da chuva e desde então se isola. Para ambos, a vida não passa de uma sequência infinita de sofrimento.

Prêmios: Indicado ao Golden Goblet de Melhor Documentário no Festival Internacional de Cinema de Xangai, 2021Indicado a Melhor Documentário no FIRST International Film Festival, 2021.

 

 O balão (2019) de Pema Tseden (Drama102 minutos) - Por causa de um preservativo, a família de Darje vai enfrentar uma série de decisões difíceis e constrangedoras. Durante os anos 1990, no planalto tibetano, Darje e Drolkar vivem uma vida serena com os três filhos e o avô, mas uma gravidez inesperada acaba com a harmonia e a tranquilidade da família. No ciclo de vida e morte, o que é mais importante: a alma ou a realidade?

Prêmios: Melhor Roteiro no Allywood Film Critics Association Awards, (2021), Melhor Longa-Metragem, Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de Hainan, Melhor Roteiro, Melhor Longa-Metragem no Festival Internacional de Cinema de Chicago, Melhor Filme no CinemAsia Film Festival, Melhor Diretor de Longa Metragem no Huading Award, entre outros.

 

A arca do Sr. Chow (2015) de XIAO Yang (Drama / Comédia, 106 minutos) - Um grupo de adolescentes promissores é selecionado para um programa especial para jovens gênios. Ali, terão de lidar com sua falta de habilidade social perante os colegas “normais”.

Prêmios: Melhor Ator no International Chinese Film Festival, 2015

Aves suburbanas (2019) de QIU Sheng (Drama, 118 minutos) - Uma equipe de engenheiros é enviada para investigar a subsidência do solo na periferia da cidade. Depois de dias examinando a área já esvaziada, o engenheiro Hao entra em uma escola primária e encontra um diário que narra a história de um garoto e a separação de um grupo de amigos. Enquanto investiga, ele descobre uma estranha conexão com esse diário.

Prêmios: Melhor Longa Narrativo no FIRST International Film Festival, Prêmio NETPAC no International Film Festival & Award Macau, Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Cinema de São Francisco, 2019, Indicado a Melhor Filme de Estreia e Leopardo de Ouro da seção Cineastas do Presente no Festival Internacional de Cinema de Locarno, Indicado a Melhor Filme, Competição Novos Diretores na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, 2018

 

Quatro primaveras (2017) de LU Qingyi (Documentário105 minutos) - Um documentário sobre o cotidiano de uma família na remota Dushan, cidade da província de Guizhou, no sudoeste da China. De forma subjetiva, as imagens registram a labuta diária, cantos, caminhadas na natureza, visitas de amigos e parentes, funerais, reuniões com colegas de escola e despedidas. Assim, o filme revela o estado de espírito dos dois personagens principais, os pais do próprio diretor, e suas atitudes perante uma perda irrecuperável.

Prêmios: Melhor Documentário no FIRST International Film Festival, Prêmio do Júri para Melhor Documentário no Beijing Student Film Festival, Film of Merit no Shanghai Film Critics Awards.

 

O enigma da chegada (2019) de SONG Wen (Drama112 minutos) Nos anos 1990, quatro amigos se apaixonam por uma mesma menina: Dongdong. Depois de roubarem o combustível de um barco, eles sofrem retaliações e, como resultado, Dongdong desaparece misteriosamente. Anos mais tarde, os quatro se reencontram e são forçados a confrontar o passado e a verdade sobre o desaparecimento da garota.

Turbilhão (2019) de GAN Jianyu (Drama , 103 minutos)  - Desesperado por dinheiro depois de perder no jogo mais uma vez, Liu aceita participar de um esquema que revende um carro não registrado. O golpe, aparentemente simples, se complica quando ele encontra uma menina no porta-malas do veículo.

Prêmios: Indicado a Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Xangai,  Indicado ao Melhor Ator Coadjuvante no Festival Internacional de Cinema de Macau,  Indicado ao Prêmio do Júri para Melhor Filme no Beijing Student Film Festival, 2020

 

Quero uma vida com você (2021) de SHA Mo (Romance, 105 minutos) Qinyang é um trabalhador esforçado que está tentando juntar dinheiro para se casar com Yiyao, mas a realidade mantém o casal na pobreza e longe do sonho de um casamento feliz. Esgotado, ele desiste da relação para que ela possa encontrar alguém que lhe dê uma vida melhor. No entanto, depois de um telefonema da amada, ele precisa correr para tê-la de volta antes que seja tarde demais.

 

Um porto seguro (2020) de LI Xiaofeng (Drama / Crime / Romance118 minutos)

Condenado por um homicídio culposo há 15 anos, um fugitivo retorna para casa, onde é assombrado por seu passado. Ele acaba metido em um esquema que envolve a filha de sua vítima e descobre o que aconteceu de fato naquele dia da sua adolescência.

Prêmios: Indicado ao Melhor Filme no International Film Festival & Awards Macau, Indicado ao Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Xangai e Indicado ao Prêmio da Audiência na competição oficial no Glasgow Film Festival.

 

Yuan Longping (2009) de SHI Fenghe (Drama92 minutos)

Yuan Longping é o nome de um dos maiores cientistas agrícolas do nosso tempo, um herói que será para sempre lembrado na China e em todo o mundo. Dedicou toda a vida à pesquisa do arroz híbrido e contribuiu de forma significativa para as ações globais de preservação da segurança alimentar e redução da pobreza. Seu falecimento em 22 de maio de 2021 foi uma grande perda para a ciência agrícola da China. O filme conta a turbulenta jornada do “pai do arroz híbrido” ao persistir nas suas pesquisas desde o final dos anos 1950.

Prêmios: Ator Extraordinário e Filme Extraordinário do Prémio Huabiao para Cinema.

Continue lendo... Mostra de Cinema Chinês de São Paulo - De 01 a 20/11 de forma online e gratuita

Crítica do filme: 'Mais que Amigos: Vizinhos'


O mundo e suas incertezas. As reflexões de uma sociedade em eterna crise. Abordando várias óticas e situações que muitos de nós vivemos durante o tempo de lockdown por conta da Pandemia da Covid, Mais que Amigos: Vizinhos, disponível na Netflix, é uma comédia dramática francesa que nos faz refletir sobre as mudanças que passamos por todo esse tempo. Dirigido por Dany Boon, que também roteiriza e atua, o filme promete emocionar bastante pelas lindas mensagens que contém. Sabíamos que muitas produções viriam para retratar o acontecimento histórico e marcante que está sendo nosso combate ao terrível vírus da Covid que infelizmente já tirou a vida de muitos em todo o planeta. O projeto busca retratar situações mas também não deixa de ser crítico (mesmo que de maneira superficial) e de se manter na linha da esperança.


Na trama, conhecemos as rotinas de confinamento de uma grupo de pessoas de um prédio de classe média em Paris, que mal se falavam mas que agora estão resguardados em casa por conta do vírus da Covid. Tem um casal que está em crise, um homem que enlouqueceu com o medo de ter o vírus, uma advogada criminalista que está fazendo as audiências de casa, um humilde zelador que está com a esposa internada com Covid, tem o dono de um laboratório que busca seu prestígio nunca tido na busca para uma solução contra o vírus, tem o personal trainer bem burrinho que deixa de lado a esposa grávida para se dedicar aos seus vídeos de exercícios físicos, tem o empresário belga que não sabe ser amoroso com as pessoas, a dona de um bar fechado por conta do lockdown. Assim, vamos vendo os dramas e situações dessas almas em busca de entendimentos sobre esse momento em que todos no mundo passam.


Navegando nas relações, abrem-se brechas para refletir sobre momentos do início do sinal vermelho ao mundo e a necessidade de lockdowns para um controle mais eficaz do vírus. A falta de adoção da máscara mostra as falhas na comunicação no início da guerra contra o vírus, não sei se veio como crítica mas podemos interpretar assim. As situações tragicômicas ganham contornos profundo, desde a apresentação das autorizações que precisavam ter para saírem de casa em parte da Europa, na França inclusive. As licenças poéticas acabam deixando as subtramas distantes de um sentido mais amplo mas de alguma forma a mensagem chega ao espectador. Esse é um filme que podemos mostrar para as futuras gerações, mesmo não sendo impactante ou mesmo perfeito, retrata de maneira certeira muitas das situações que muitos viveram.

Continue lendo... Crítica do filme: 'Mais que Amigos: Vizinhos'

21/10/2021

19/10/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #531 - Maiara Dantas


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de Santo André (São Paulo). Maiara Dantas tem 36 anos. Formada em Letras - Português e Inglês em 2004. É professora de inglês desde 2007 e fã de cinema desde sempre. Cresceu colecionando recortes de jornal de domingo sobre as estreias do cinema e da TV, e consumia o que estava disponível na época: revista Set, Sci-Fi News e revista Herói. Aficcionada por video-locadoras (seu primeiro emprego foi em uma) assistia os lançamentos quando não havia clientes na loja. Seus atores preferidos são Juliette Binoche e Robert De Niro.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Tenho um carinho gigante pelo Cinemark do Grand Plaza Shopping. Tenho boas recordações e o apelo popular me fascina. Dificilmente há produções ditas menores, com menos apelo ao público, mas o cinema precisa ser democrático. Precisa mover as pessoas a experimentar a sensação da tela grande, e sempre me diverti com as salas cheias e participação do público.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Definitivamente Jurassic Park. Foi o primeiro filme que vi nos cinemas, e mesmo com pouca idade, saí emocionada. "Meus dinossauros existem". Saber quem era o diretor, os atores, se a ilha Nublar existia, e quem havia composto aquela trilha sonora emocionante...foi ali que o amor bateu de vez e nunca mais parei de pesquisar e me alimentar de tudo que estava disponível sobre cinema na época.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Olha, que pergunta difícil de responder...

Mas de primeira Martin Scorsese, Cassino. Scorsese é um diretor que me fascina. Cassino é um filme que não me canso de assistir, ja perdi a conta. A saga do homem que não quer ser comum, quer o extraordinário e é consumido pela própria ambição. Gênio.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Abril Despedaçado. Rodrigo Santoro é incrivelmente subestimado e aqui ele personifica o silêncio, a tristeza de maneira sublime e contida.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Talvez seja uma resposta muito clichê mas eu acredito no poder da educação, acredito que o cinema pode educar, questionar, informar e levantar questões relevantes. Ser cinéfilo é abraçar sensações e pensamentos que não são seus, discuti-los, buscar referencias, se divertir no processo. É se emocionar, sair da zona de conforto de gêneros, abraçar novas culturas e linguagens. É ter paixão pelo Cinema em si.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

De maneira geral, não. Boa parte dos cinemas virou um produto, por vezes elitizado.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não acredito nisso. Acredito que algumas transformações ocorram para aprimorar a experiência de fato. Infelizmente, isso vai afetar o preço do ingresso tornando o acesso ao cinema cada vez menos popular e mais distante do objetivo de unir as pessoas.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Simplesmente Feliz, do Mike Leigh.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não. É necessário cautela. Ha alternativas interessantes como fizeram meses atrás, do Drive-in, ou disponibilizar alguns catálogos online. Não há necessidade de expor as pessoas a riscos que podem ser evitados.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Sempre muito boa e sempre subestimada. O cinema nacional é forte, bonito mas não é amparado pela população e por políticas públicas.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Selton Mello e as Fernandas, Torres e Montenegro.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Gosto muito do Roger Ebert, crítico de cinema que já faleceu, e ele tem uma frase poderosa:

"Todo grande filme deve parecer novo cada vez que você o vê.”

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Fui assistir Cidade de Deus no dia do cinema nacional por 3 reais (faz muito tempo isso). Compramos nossas entradas com muita antecedência, chegando no dia haviam filas quilométricas de pessoas para entrar na sala. A rede vendeu mais ingressos do que o permitido e muitas pessoas sentaram nos corredores ou ficavam em pé no fundo do cinema. A sessão foi iniciada mas o barulho era ensurdecedor. O gerente precisou parar a projeção, pedir que as pessoas que não estavam sentadas nas poltronas se retirassem. O dinheiro seria devolvido e elas teriam direito a um ingresso cortesia para assistir o filme na semana seguinte. Todo esse "show" demorou 40 minutos até o filme ser iniciado. E atrasou toda a programação do dia.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Nunca nem vi.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não necessariamente. Um diretor pode se embasar nas visões de seus contemporâneos e se cercar de pessoas mais talentosas do que ele para fazer um filme "funcionar". Fato que nem sempre dá certo, mas é possível.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Olha, poderia citar alguns: Batman e Robin, O Pentelho, Em carne viva...

 

17) Qual seu documentário preferido?

Vou mandar dois: Tiros em Columbine do Michael Moore e Sob a Nevoa da Guerra.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Com certeza. Ao final de Star Wars e quando E.T foi remasterizado e lançado nos cinemas lá em meados dos anos 2000.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Olhos de Serpente, do Brian De Palma.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Estou sempre lendo o IndieWire e a coluna do Roger Ebert que foi mantida com outros jornalistas.

21) Qual streaming disponível no Brasil você mais assiste filmes?

No momento HBO Max e Mubi.

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #531 - Maiara Dantas