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Previsível...quase só isso. Chegou recentemente ao catálogo
da Netflix o suspense Indecente, projeto
que busca sua força em uma misteriosa e confusa investigação que envolve personagens
superficiais dentro de seus já batidos estereótipos. Ao longo dos quase 100
minutos de projeção vamos acompanhando conflitos mal resolvidos, uma fria
história de amor, uma janela para reflexão sobre alguns temas tabus na
sociedade, um curioso ponto reflexivo sobre a personificação materna. O filme
tem direção assinada pela cineasta Monika
Mitchell e tem o roteiro baseado em Brazen
Virtue da escritora norte-americana, com mais de 200 best-sellers
românticos lançados, Nora Roberts.
Na trama, conhecemos Grace (Alyssa Milano) uma experiente e bem sucedida escritora de livros de
assassinatos que após um telefona volta para a casa que fora de seus pais, onde
vive sozinha sua irmã Kathlenn (Emilie
Ullerup). Essa última passou por péssimos momentos após a separação do
ex-marido e inclusive perdeu a guarda de seu único filho. Se reerguendo na vida,
se formou e conseguiu o emprego de professora em uma colégio e complementava a
renda fazendo shows sensuais em um site de conteúdo adulto. Quando Kathlenn
acaba sendo brutalmente assassinada, Grace assume os rumos da investigação junto
com a polícia e um provável novo amor, o detetive Ed (Sam Page).
A intuição da escritora é que domina as ações da polícia e
os rumos da investigação. Forçado? Sim, em muitos momentos. A tentativa de
criar uma forte protagonista ganha destaque a todo instante navegando sobre o
maior tabu apresentado na trama e praticamente num jogo de adivinha bem óbvio. Muitas
vezes ela sabe mais que todo o departamento da polícia.
O fato das apresentações sensuais via site como complemento
de renda é algo a ser analisado. Nesse ponto há questões interessantes que
geram debates, mesmo o roteiro passando superficialmente. A apresentação
era algo secreto na vida de muitas pessoas que lucravam com isso e quem era o
consumidor. Porém, em um dos cenários apresentados a família sabia da grana
extra. O que podemos trazer como paralelo à realidade com o crescimento
do universo da fantasia erótica ao mundo virtual e os tabus que precisam ser
quebrados diariamente.
A personificação da figura materna ganha contornos de reflexão
quando chegamos à conclusão o que acaba fazendo muito sentido mesmo que a maneira
para se chegar no arco final seja uma estrada rasa, com pouco brilho dos
apagados personagens.
Quando as surpresas são bem guardadas. Disponível no
catálogo da Netflix, o seriado
dinamarquês O Homem das Castanhas, com
bastante maestria, contorna a psique humana não importando a ótica que mais nos
chama a atenção. Repleta de personagens ricos em conflitos, seja uma mãe
policial com dificuldades de criar sua filha, um investigador que precisa lidar
diariamente com os traumas do passado ou uma ministra que vê sua família
desabar após um desaparecimento, cada ponta desse ótimo roteiro escrito pelo
trio: Dorte Warnøe, Høgh David
Sandreuter e Mikkel Serup, nos
leva a um desfecho impactante.
Na trama, conhecemos a policial Naia (Danica Curcic), uma mulher que sofre por não ter tempo para cuidar
de sua filha. Mãe solteira, ela tem como objetivo mudar de trabalho para assim
conseguir mais tempo para sua família. Só que uma série de assassinatos
cometidos pela mesma pessoa, um serial killer que deixa como rastro bonecos
feitos de castanhas, começam a acontecer o que leva Naia a uma angustiante jornada
rumo à verdade que envolve um caso antigo tendo uma ministra da Dinamarca, Rosa
(Iben Dorner) no epicentro. Naia
contará com a ajuda do angustiado investigador Mark (Mikkel Boe Følsgaard), um homem que perdeu anos atrás a esposa e a
filha em um incêndio.
A narrativa tem a execução dos conflitos dos personagens
como outro ponto alto, sem muito uso de pontos de interseções, desenrola suas
histórias buscando um elo na dor, no luto. A protagonista, muito bem
interpretada pela atriz sérvia Danica
Curcic, são nossos olhos em muitos momentos, seja nos mistérios e descobertas
da complicada investigação em que se encontra, seja no caótico momento familiar
que vive sem conseguir se dedicar a educação da sua filha. Mark acaba sendo uma
outra ponta repleta de conflitos, um homem seco, introspectivo que no início é
quase maltratado por pessoas que nem conhecem tudo o que sofreu. Essa dupla
embarca em uma jornada de intensas descobertas que encosta até mesmo no circo
midiático e na alta cúpula do governo e seus clichês que envolvem manobras
políticas entre outras questões.
Mas o grande mérito dessa produção é saber entregar na hora
certa seus mistérios que são muito bem explicados, não restando dúvidas sobre
ação/consequência. Do primeiro ao sexto episódio, que possuem cerca de uma hora
de duração, sabemos que haverá alguma surpresa mas a maneira como se chega até
a conclusão é brilhante e surpreendente. O
Homem das Castanhas destrincha o embaralhado universo da psique aos nossos
olhos sem que sua narrativa fique maçante, chata ou desinteressante. Uma das
melhores séries da netflix.
Episódio #76 do programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.
Nesse episódio, Raphael Camacho entrevista a pesquisadora e crítica de cinema Juliana Costa.
O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube.
#cinema#filmes#guiadocinefilo
Episódio #75 do programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.
Nesse episódio, Raphael Camacho entrevista o pesquisador e crítico de cinema Gabriel Carneiro.
O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube.
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O tempo e o universo especulativo de outras dimensões. Chegou
ao catálogo da Netflix um seriado
repleto de misteriosos acontecimento que envolvem um homem com um forte trauma
no passado, uma mulher que embarca em uma jornada de descobertas sobre sua mãe
biológica, uma seita mega macabra e um choque entre dimensões. Não é difícil
comparar Arquivo 81 com algumas
badaladas séries que usam da criatividade temporal/universo, da própria Netflix, principalmente com Stranger Things. Mas já adianto que Arquivo 81 busca seu próprio brilho.Ao longo dos densos 8 episódios da
primeira temporada vamos sendo surpreendidos a cada nova descoberta. A produção
executiva da série é assinada por dois grandes nomes: Rebecca Sonnenshine (que assina The Boys) e James Wan (baita
cineasta).
Na trama, acompanhamos o jovem e com poucos amigos Dan (Mamoudou Athie), um arquivista e especialista
em resgate e manutenção de mídia antiga que um dia recebe um inusitado convite
do empresário Virgil (Martin Donovan)
para restaurar algumas fitas antigas. Para tal trabalho ele ganhará 100.000
dólares mas precisará trabalhar sozinho e em uma casa enorme situada em uma
região deserta próxima à Nova Iorque. Quando ele aceita o trabalho não
imaginava onde havia se metido e ele acaba embarcando em uma jornada
surpreendente onde vai contar com a ajuda de Mark (Matt McGorry), seu melhor amigo. Paralelo a essa história,
acompanhamos em outra linha temporal uma jovem chamada Melody (Dina Shihabi) que se muda para um
misterioso prédio, a partir do recebimento de uma carta, para documentar sua
busca pela mãe biológica que nunca conhecera. Esses dois mundos vão entrar em
choque e acontecimentos sinistros se sucederão.
O enredo não é tão fácil assim de começar a se situar, os
primeiros episódios são construídos numa linha detalhista que não engloba o
todo e sim foca nos seus protagonistas, fato que pode ser entendido para deixar
mais forte as reflexões na hora dos conflitos dos mesmos. A questão é que isso
provoca uma lentidão na narrativa, que não é problema se você conseguir
embarcar nos inteligentes detalhes que são deixados a cada episódio. Os personagens
são ótimos, nos colocam em um clima de tensão constante sem perder o mistério
que cada um deles provoca com as teorias que vamos criando a partir de tudo que
recebemos de informação.
Nos roteiros que envolvem teorias imaginativas para o campo
da ficção científica existem alguns caminhos que um produto audiovisual pode
tomar, sobre alguns deles: ser confuso de propósito pois isso preenche melhor a
busca pelos mistérios ou buscar as explicações logo de começo aos conflitos
pois isso não afasta o espectador em arcos mais longe da superficialidade. Em Arquivo 81 acontece um pouco dessas
duas situações o que provoca um equilíbrio na dose certa que não deixa de criar
o entretenimento para todos os públicos.
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#globoplay#dicas#seriados
O choque para falar sobre a fé. Indicado à Palma de Ouro em
Cannes 2021, o novo trabalho do veterano cineasta holandês Paul Verhoeven, que volta as telas do cinema após um hiato de cinco
anos, é um filme que pode chocar alguns. Debate a fé em paralelos às incertezas
por meio de uma intrigante personagem feminina. O projeto é baseado no livro Immodest Acts: The Life of a Lesbian
Nun in Renaissance Italy, de Judith
C. Brown. No papel da protagonista, a atriz belga Virginie Efira.
Na trama, conhecemos parte da trajetória da irmã Benedetta (Virginie Efira), uma jovem que desde
criança foi levada para o convento por seus pais e assim servindo a cristo
desde esse momento. Ela cresce e seus conflitos com sua forte necessidade da fé
viram algo intenso, o que causa choques com a líder das freiras, Felicita (Charlotte Rampling). Certo dia, chega ao
convento outra jovem, Bartolomea (Daphne
Patakia) por quem Benedetta acaba se envolvendo profundamente.
O desejo, o prazer, o entendimento do próprio pensar, do
próprio corpo, do dom, tudo uma ilusão ou um milagre não compreendido? Os
caminhos para a fé são debatidos aqui com o abstrato, citações sobre a necessidade
do sofrimento, o constante medo, o milagre, as visões, as punições, esses e
outros elementos vão moldando as linhas conflituosas do roteiro assinado por Verhoeven e David Birke. O choque chega
pelas imagens, no epicentro da paixão e a descoberta do prazer, que dentro de
um pensamento conservador da época (e de parte do mundo de hoje) acaba sendo a
ponte óbvia para os conflitos que se sucedem.
Há tempo para uma cutucada na ganância sobre a fé, sobre as
inúmeras figuras dúbias e suas hipócritas ação e reações dentro dos conflituosos
(e interpretativos) entendimentos sobre a fé. As imposições das regras da
igreja católica estão envoltas em tudo que se sucede nessa profunda trama,
baseada em fatos reais, ambientada na Itália, no final do século XVII.
Um novo fôlego para uma franquia de sucesso. Na quarta
dobradinha entre Wes Craven e Kevin Williamson, a expectativa era
alta no ano de 2011 para saber como a dupla conseguiria buscar novas formas de
contar situações e conflitos dentro de uma estrutura de narrativa já conhecida.
Mais sangrento que os outros filmes, Pânico
4, disponível na Amazon Prime Video,
entre outras ótimas questões, usa uma espécie de atualização de vilão que usa a
ghostface, esse que agora também entra em paralelo com as atualização da própria
indústria cinematográfica e os novos usos da tecnologia. Os diálogos ainda são
as chaves do sucesso dessa franquia de estrondoso sucesso em todo o mundo.
Na trama, voltamos à woodsboro, onde os acontecimentos da
franquia nasceram. Lá, agora encontramos uma Sidney (Neve Campbell) fazendo carreira na literatura, que colocou em
palavras toda sua história de sobrevivência ao longo de todos esses anos. Ela
logo reencontra o agora casal oficializado Dewey (David Arquette) e Gale (Courteney
Cox) e os três precisarão enfrentar um novo assassino que aparece para infernizar
toda a cidade.
O roteiro é mais bem estruturado do que nos filmes 2 e 3.
Consegue um ritmo interessante sem perder as características da franquia, entre
os pontos principais, as enormes referências a outros filmes de terror. Cenas
que relembram outros filmes acabam virando um paralelo logo identificado pelos fãs
da saga criada por Kevin Williamson.
O filme tem espaço para os dilemas da relação entre Dewey e Gale que não anda
nada bem, parece que caiu na mesmice do cotidiano. A chegada dos eventos
trágicos de alguma forma reacende esse casal que se conheceu no perigo. É muito
produtivo quando há um desenvolvimento de personagens tão emblemáticos para a
trama. Já Sidney continua sendo um enorme perigo para toda sua família e os que
ficam perto dela, a personagem símbolo mais uma vez usa e abusa de seus truques
atrapalhados para sobreviver a mais uma caótica perseguição.
Pânico 4 se
mostra um ótimo filme para os fãs e tem a coragem de buscar atualizações e
melhorias dentro de sua narrativa sem perder as características, essências, que
transformaram essa saga em uma das mais conhecidas da história do cinema.
A crueldade de uma realidade. Chegou sem muito oba oba no
catálogo da Paramunt Plus no final
de 2021 um seriado eletrizante, sangrento, que mostra a saga de uma família que
possui um peculiar negócio que envolve o universo violento do mundo carcerário.
Criado pela dupla Hugh Dillon e Taylor Sheridan, Mayor of Kingstown segue
as dores, escolhas de pessoas sem muitas pretensões no quesito felicidade e que
vivem de acordos para aumentar o máximo que podem seu tempo de sobrevivência
vivendo a realidade cruel que bate à porta diariamente. Ao longo dos 10
impactantes episódios vamos vendo algumas reviravoltas (um plot twist quente já
no primeiro episódio) e como as soluções para algumas situações podem levar os
protagonistas a profundos abalos emocionais. Um dos grandes papéis da carreira
do quase já veterano Jeremy Renner.
Na trama, conhecemos os irmãos McLusky, Mike (Jeremy Renner) e Mitch (Kyle Chandler), que levantaram um
negócio na cidade de Kingstown que envolve serem intermediários em acordos
envolvendo criminosos barra pesada, policiais, carcereiros. Isso obviamente os
coloca em situações complicadas e violentas, se expondo ao tempo todo. A mãe
deles, a professora Miriam (Dianne Wiest)
nunca foi a favor do que os filhos fazem principalmente quando eles usam como
apoio em suas negociações o outro irmão deles, o policial Kyle (Taylor Handley). Assim, em meio ao
tiroteio de informações que chegam, Mike toma à frente das ações que terão
consequências para ele e a todos que o cerca.
É muito difícil navegar na construção da análise quando há
um meteórico spoiler (que obviamente eu não quero escrever aqui pra vocês), um
fato que acontece no primeiro episódio e que muda radicalmente o que tínhamos
construído ao longo dos excelentes minutos do abre alas dessa impecável produção.
O roteiro busca nos ricos detalhes mostrar os abalos emocionais, as escolhas,
os conflitos de integrantes de uma família que navegam em uma linha tênue entre
o legal e o ilegal para defender os seus interesses e o de todos aqueles que os
procuram. Cheios de contatos por toda a cidade, o clã McLusky possui muitas
diferenças de personalidades entre seus integrantes. Mike é uma pólvora intensa
que resolve as questões que precisa na violência, quase sempre. Esse personagem
é intrigante, sonha em ser um chef de cozinha e se mudar daquela cidade,
daquele mundo, percebe-se que tem um bom coração mas inconsequente por si só
acaba colocando fogo em negociações seja contra quem for. Um impressionante
trabalho de Jeremy Renner, grande destaque dessa produção.
Metendo o dedo na ferida em ações e reações que envolvem
todo o jogo de favores entre a lei e a criminalidade, em uma cidade que às
vezes parece sem lei (qualquer paralelo com a realidade não é mera
coincidência), Mayor of Kingstown é
um recorte muitas vezes incivil, cruel, duro de pessoas em eternos conflitos.
Que venha a segunda temporada!
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A multiplicação de uma história marcante. Chegando aos anos
2000 com muita história ainda para contar e adotando aquela fórmula que já
conhecemos dos outros dois filmes, com um início alucinante e muita tensão, Pânico 3 busca sua força nas
referências, na memória dos outros filmes, trazendo um roteiro repleto de
clichês selecionados e diálogos que divertem em alguns momentos e causam clima
de mistério em outros. Dirigido novamente por Wes Craven e dessa vez com roteiro Ehren Kruger, o projeto conta com a participação de mais rostos
novos como: Patrick Dempsey e Parker Posey. A trilha sonora desse
filme é assinada pelo craque Marco
Beltrami.
Na trama, após uma tragédia envolvendo um dos rostos
conhecidos de outros filmes da franquia, vemos a produção de Stab 3
(longa-metragem baseado nos fatos trágicos acontecidos no primeiro Pânico) e o retorno de mais um
assassino que usa a Ghostface e que volta a aterrorizar os personagens. Sidney (Neve Campbell) está com nova
identidade, vivendo isolada em uma área distante dos grandes centros,
trabalhando home office. Mas ela precisará reaparecer para tentar buscar as
respostas desse nova quebra-cabeça juntamente com Dewey (David Arquette) e Gail (Courteney
Cox).
A fórmula começa a ficar batida: Pânico 3 é a causa e a consequência de como espremer o suco até o
final. Os paralelos e diálogos curiosos sobre a cinema e os filmes continuam,
até mesmo a análise não objetiva da metalinguagem está de volta aqui mas o
roteiro perde força, talvez por não ser tão criativo como em outros filmes da famosa
franquia. Deixa um rastro de mais do mesmo em muitos momentos. Buscando
surpreender em seu arco final, trazendo teorias e beirando ao absurdo, o
projeto que arrecadou quase 170 milhões de dólares em bilheteria ao redor do
planeta não deixa de ser um despretencioso filme para os fãs.
As repetições que dão certas em apenas alguns momentos.
Buscando um novo capítulo na saga iniciada em 1996, a dupla Wes Craven (na direção) e Kevin Williamson (roteiro) voltam às
telonas alguns poucos anos depois em Pânico
2. Querendo desenvolver ainda mais a franquia, após o enorme sucesso do
primeiro filme, agora recheado de nomes conhecidos como: Heather Graham, Omar Epps, Jada Pinkett Smith, Liev Schreiber, Sarah
Michelle Gellar, Joshua Jackson, Jerry
O'Connell, o projeto caminha pela mesma estrada mas vai perdendo um pouco
do fôlego (que também podemos chamar de surpresa) da primeira parte.
Na trama, após os acontecimentos do primeiro filme, dois
anos se passam, Sidney (Neve Campbell)
agora virou universitária e estuda teatro em uma faculdade norte-americana.
Gael (Courteney Cox) virou escritora
e seu livro mais recente é baseado nos fatos que ocorreram em Woodsboro,
inclusive virou filme. A questão é que alguém está buscando repetir os rastros
de terror e sangue com a famosa Ghostface fazendo com que Sidney e os
sobreviventes da matança de anos atrás se reúnam novamente.
Hello, Sidney! O roteiro, ainda feito na era do VHS,
novamente brinca com a indústria cinematográfica. As discussões sobre se as continuações
são melhores que o original chegam de maneira afiada, de Alien a Exterminador do
Futuro argumentos são levantados. Com mais personagens que aparecem, o
leque de suspeitos só aumenta a expectativa. As linhas afiadas de Williamson encostam
na metalinguagem para explorar a questão do herói, do protagonista, dos
elementos para se ter êxito em um produto ficcional. Há brechas para a despretensão
conhecida do uso dos clichês, climas de tensão mas também de arcos compridos
que pecam em congruências. A questão da fama, ambição, ainda sobrevivem através
de Gale e também de Cotton Weary, esse último que acaba tendo importante
participação.
Ao longo de duas horas, uma minutagem um pouco acima de Pânico (1), vamos revendo os
personagens sobreviventes, seus novos conflitos, arrependimentos, novas amizades
e principalmente a força motriz que é a busca pelo verdadeiro vilão.