Pés cabeludos? Sim! Eles estão de volta. Nessa sexta-feira
(14) estreia nos nossos cinemas o aguardado novo trabalho de Peter Jackson (Almas
Gêmeas), O Hobbit – Uma Viagem
Inesperada. Com um roteiro feito a quatro mãos (Fran Walsh, Philippa
Boyens, Peter Jackson, Guillermo del Toro) a história baseada na obra de J.R.R.
Tolkien passa por descobertas, Orc’s nojentos, gigantes de pedras brigando,
teimosos anões cantores que são definidos dentro de um ritmo alucinante de
aventura passando pelos belos condados, as vilas Hobbits, até uma montanha
tomada por uma entidade do mal.
Na trama, ao longo de 180 minutos, acompanhamos o Hobbit
Bilbo Bolseiro que viaja até a Montanha Solitária, com um grupo vigoroso de
anões para recuperar um tesouro roubado pelo dragão Smaug.
O elenco busca um entrosamento aos trancos e barrancos, se
encontrando e desencontrando ao longo do longa-metragem. Martin Freeman (Guia
do Mochileiro da Galáxia) é um ator bastante peculiar, consegue grande
êxito nas partes cômicas do filme nas dramáticas deixa um pouco a desejar, para
que não consegue chegar ao limite de seu importante personagem. Andy
Serkis volta à pele de Gollum, o famoso monstrengo com um olhar de
Steve Buscemi (Armageddon). O mago conselheiro e bom de papo está de volta.
Gandalf é quase o protagonista, rouba a cena em vários momentos, Ian McKellen (X-Men)
domina como poucos seus personagens.
O filme tem muitas partes que passam pelo humor, o que de
fato pode gerar uma boa interação com o público, já que os diálogos são bem
definidos e executados pelos carismáticos personagens. Só que também, talvez
involuntariamente, acabam descaracterizando todo o clima de aventura quando
esses diálogos pipocam nas cenas de ação. É um filme feito para quase todas as
idades. Os adolescentes se divertem e os adultos também mas o público alvo
passa muito mais pelos fãs do escritor J.R.R. Tolkien (trilogia -Senhor
dos Anéis).
As comparações com a trilogia Senhor dos Anéis serão
inúmeras, o que é constatado desde o início pelos paralelos existentes entre os
filmes. No final das contas o resultado é o de que um complementa o outro e por
isso é sempre melhor ver todos os filmes anteriores e partir para conferir essa
nova aventura. O precioso anel reaparece e passamos a conhecer sua real origem.
Desde outros filmes percebemos que todo Hobbit tem uma síndrome de Peter Pan,
ingênuo, infantil e que sempre se mete em aventura. O encontro entre o anel e o Hobbit é
exatamente assim, curioso e aventureiro.
Alguns
vão gostar, outros vão conseguir tirar uma ótima soneca nas confortáveis
poltronas das salas de cinema. Qual será sua escolha? Veja o filme e conte para
nós!