O novo trabalho da diretora mais bonita do cinema
atualmente, Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror) chega para chocar
e mostrar ao público a operação secreta que levou à captura do maior terrorista
dos últimos tempos. Com um roteiro do competente de Mark Boal (Guerra
ao Terror) A Hora Mais Escura não é um filme fácil de digerir. O cinéfilo
precisa ter muita paciência e estômago em alguns momentos. É o tipo de filme
que vende muito mais lá fora do que aqui, por isso talvez não seja muito procurado.
Como a Academia adora esse tipo de trabalho, recebeu algumas indicações ao Oscar
desse ano. Logo no começo, com os gritos reais e aterrorizantes daquela manhã
do dia 11 de setembro de 2001 o espectador começa a entender sobre o que de
fato é esta história.
Entre torturas desumanas e humilhações pavorosas que servem
para chocar, provocadas pela inteligência americana, um grupo de especialistas
em terrorismo vai à caça do inimigo número 1 dos Estados Unidos, Osama Bin
Laden. Como eles chegam até o famoso terrorista é mostrado de maneira detalhada
pelas lentes inteligentes de Bigelow. Entre os muitos responsáveis pela captura,
uma mulher se destaca. Focada, obsessiva pelo trabalho, enérgica, Maya é
dinâmica e toma como objetivo pessoal a captura dos responsáveis pelos ataques
ao World Trade Center, entre outros. Sua intérprete, Jessica Chastain (Árvore da Vida), está muito bem no papel mas a jovem atriz
vem sendo muito superestimada por esse mesmo personagem.
O filme acaba sendo muito mais dos coadjuvantes do que
propriamente dito da protagonista. Os quase desconhecidos coadjuvantes Jennifer
Ehle e Jason Clarke estão excelentes. Conseguem ser um contraponto interessante
entre as ‘missões’ que são mostradas. Quando o longa foge um pouco para o lado
pessoal dos personagens esses dois crescem em cena.
A Hora Mais Escura é separado por subcapítulos que tentam
orientar o público na linha do tempo em que passa o longa. Revivendo muitos
atentados que ficaram famosos na mídia, vemos aos olhos dos responsáveis pela
captura do terrorista a dor e o sofrimento vivido nesses momentos de tensão. O tempo de duração não é algo que anime a todo
tipo de público, 157 minutos, por mais que seja minimamente razoável entender
que é uma longa história, o filme se arrasta em algumas partes. Tecnicamente é muito bom, qualificando as
sequências. Tudo se encaixa perfeitamente, enquadramentos, som, fotografia.
Seja por curiosidade, seja por vontade, não deixe de conferir essa caça ao mais famoso terrorista da história.