23/01/2013

Crítica do filme: 'A Hora Mais Escura'


O novo trabalho da diretora mais bonita do cinema atualmente, Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror) chega para chocar e mostrar ao público a operação secreta que levou à captura do maior terrorista dos últimos tempos. Com um roteiro do competente de Mark Boal (Guerra ao Terror) A Hora Mais Escura não é um filme fácil de digerir. O cinéfilo precisa ter muita paciência e estômago em alguns momentos. É o tipo de filme que vende muito mais lá fora do que aqui, por isso talvez não seja muito procurado. Como a Academia adora esse tipo de trabalho, recebeu algumas indicações ao Oscar desse ano. Logo no começo, com os gritos reais e aterrorizantes daquela manhã do dia 11 de setembro de 2001 o espectador começa a entender sobre o que de fato é esta história.

Entre torturas desumanas e humilhações pavorosas que servem para chocar, provocadas pela inteligência americana, um grupo de especialistas em terrorismo vai à caça do inimigo número 1 dos Estados Unidos, Osama Bin Laden. Como eles chegam até o famoso terrorista é mostrado de maneira detalhada pelas lentes inteligentes de Bigelow. Entre os muitos responsáveis pela captura, uma mulher se destaca. Focada, obsessiva pelo trabalho, enérgica, Maya é dinâmica e toma como objetivo pessoal a captura dos responsáveis pelos ataques ao World Trade Center, entre outros. Sua intérprete, Jessica Chastain (Árvore da Vida), está muito bem no papel mas a jovem atriz vem sendo muito superestimada por esse mesmo personagem.

O filme acaba sendo muito mais dos coadjuvantes do que propriamente dito da protagonista. Os quase desconhecidos coadjuvantes Jennifer Ehle e Jason Clarke estão excelentes. Conseguem ser um contraponto interessante entre as ‘missões’ que são mostradas. Quando o longa foge um pouco para o lado pessoal dos personagens esses dois crescem em cena.

A Hora Mais Escura é separado por subcapítulos que tentam orientar o público na linha do tempo em que passa o longa. Revivendo muitos atentados que ficaram famosos na mídia, vemos aos olhos dos responsáveis pela captura do terrorista a dor e o sofrimento vivido nesses momentos de tensão.  O tempo de duração não é algo que anime a todo tipo de público, 157 minutos, por mais que seja minimamente razoável entender que é uma longa história, o filme se arrasta em algumas partes.  Tecnicamente é muito bom, qualificando as sequências. Tudo se encaixa perfeitamente, enquadramentos, som, fotografia.

Seja por curiosidade, seja por vontade, não deixe de conferir essa caça ao mais famoso terrorista da história. 

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