Dirigido pela dupla de cineastas franceses Alexandre de La
Patellière e Matthieu Delaporte, Qual o nome do bebê? é mais uma
comédia na medida certa da terra de Truffaut. Nessa grata surpresa, todo rodado
em Paris, a diversão contagia a sala de cinema não deixando o público tirar os
olhos sobre os bizarros e hilários diálogos que vemos em cena. O filme é de
baixo orçamento e por conta disso precisava ganhar o espectador pela
representação e pelo olhar do diretor sob aquela situação. Os risos e
interações com o público durante as sequências é a melhor resposta que o
público pode dar.
Na trama, conhecemos Vincent um homem simpático que está
prestes a se tornar pai. Ele e sua mulher Anna são convidados para jantar na
casa de sua irmã Elisabeth e de Pierre seu cunhado e chegando lá encontra
Claude, um velho amigo de infância. Enquanto a mulher de Vincent não chega a
reunião uma confusão é instaurada na sala de estar por conta de perguntas,
piadas e opiniões fortes sobre sua futura paternidade, transformando um simples
jantar em um verdadeiro caos.
Tem uma certa semelhança com o último filme de Polanski, Deus
da Carnificina, por mostrar quatro elementos interagindo de maneira
cômica onde as consequências de algumas opiniões é totalmente desviada do foco
principal, a reunião propriamente dita. A diferença maior entre as duas
produções vem pelo fato de que o filme do polonês tenha um tom mais educativo e
um olhar mais profundo sobre os envolvidos nas discussões.
A trilha sonora, muito bem produzida por Jérôme Rebotier,
ajuda a compor o clima de surpresa que é instaurado. Ao final do longa, nos créditos finais, um
álbum de família é mostrado contendo muitas fotos do elenco na vida real. Logo
se nota o entrosamento entre produção e atores, fato fundamental para o sucesso
de público e crítica de um filme. Quando o projeto é de baixo orçamento a
probabilidade de conseguirmos enxergar o real desejo dos envolvidos em fazer
cinema é altíssima.
Consegue entreter com louvor. Vale o ingresso!
Bravo!