Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há
esperança para ela. Dirigido pelo cineasta nova iorquino Todd Strauss-Schulson,
protaganizado pela jovem Taissa Farmiga e pela estonteante atriz sueca Malin
Akerman, The Final Girls é um
projeto insólito, que veste a carapuça de filme tosco, repleto de personagens estereotipados
nos mais clássicos trabalhos do gênero terror dos anos 90.
Na trama, conhecemos a delicada jovem Max (Taissa Farmiga –
irmã mais nova da atriz Vera Farmiga), traumatizada e culpada pelo acidente
trágico que matou sua mãe Amanda (Malin Akerman), uma atriz fracassada que
ficou marcada por um único papel em um filme trash anos atrás. Três anos se
passaram e Max, certo dia, resolve aceitar um convite para comparecer a uma
exibição para fãs do filme trash que sua mãe participou. Após um inusitado
acidente, envolvendo uma garrafa de vodka e uma guimba de cigarro, ela e os
amigos vão parar dentro do filme que estava sendo exibido e a partir disso
precisam lutar contra o assassino da história.
Max é uma espécie de prima mais velha de Julie James (a
protagonista de Eu Sei O Que Vocês
Fizeram No Verão Passado interpretada por Jennifer Love Hewitt) e sobrinha
mais nova de Sidney (a protagonista do inesquecível filme Pânico, interpretada por Neve Campbell). Todo o grau de semelhança
com essas personagens não é mera imaginação, The Final Girls, entre
erros e acertos, não deixa de ser
uma homenagem a toda uma geração de cinéfilos que cresceram assistindo a filmes
onde tínhamos que descobrir junto com os personagens quem era o assassino.
Não podemos negar que The
Final Girls é um filme honesto do começo ao fim, feito para divertir sem se
pensar. Escrito por M.A. Fortin e Joshua John Miller, o roteiro possui médios e
baixos. Um exemplo a isso, em relação a personagens, Duncan (Thomas Middleditch)
escolhido para ser a ponta cômica, além de ficar pouco tempo em cena, possui um
leque de piadas altamente sem graça deixando o público refém para se conectar
com os diálogos forçados. Mesmo assim, ao longo dos 88 minutos de projeção, mesmo
em meio a bizarrices e cafonices, consegue ser um pouco criativo na montagem da
história, pensando dentro de seu universo do absurdo.