03/11/2020

Crítica do filme: 'Valentin'


A vida, desde sempre, é uma eterna arte do sonhar. Escrito e dirigido pelo cineasta Alejandro Agresti, Valentin, película argentina lançada no ano de 2002 é um drama profundo com pitadas cômicas por todos os lados. Busca na leveza e simpatia conversar com o espectador sobre um tema muito duro que é a falta de responsabilidade de pais e o olhar de uma criança para esse mundo tão cruel.  A chegada do K7, a morte de Guevara, estamos no final da década de 60 e o fantástico mundo da lua do protagonista é ativado para lutar contra as tristezas que afetam seu lindo e carinhoso coração.


Na trama, conhecemos Valentin, um menino de 8 anos, muito maduro para sua idade, garoto sonhador, solitário, que possui um desejo enorme de astronauta quando crescer. Mora com a avó faladeira (Carmen Maura), sente uma tremenda saudade de sua mãe, vê pouco o pai distante e sonha em ter uma nova mãe. Certo dia, seu pai o apresenta a uma nova namorada, Leticia (Julieta Cardinali) e Valentin acredita que essa com certeza será a sua nova mãe.


Quão imaginativo podemos ser? A falta da presença do pai e da mãe faz a pequena cabecinha brilhante de Valetin ter uma lacuna, uma carência, preenchida pela avó, pelo tio, pelo amigo vizinho pianista e por Letícia. Mas seus objetivos quase sempre não dão resultado mesmo assim ele não perde a vontade de tentar novamente, como todo bom sonhador. A história de Valentín é um paralelo lindo com a realidade desse mundão aqui de fora, dos que crescem acreditando nos seus sonhos e porque não também mostrar que obstáculos existem mas que nada é mais forte que um coração sonhador.