O que fazer quando sua paixão se torna um pesadelo? Estreou
nesses últimos dias no Netflix, o surpreendente A Babá, filme com ar de trash recheado de piadas muito engraçadas e
situações inusitadas que deixam o espectador com um leque de emoções
instantâneas, em cinco segundos você ta tenso, mais cinco pra frente você ta
rindo de doer a barriga. Dirigido pelo experiente cineasta norte americano McG
(Guerra é Guerra! e O Exterminador do Futuro: A Salvação),
o projeto já ganhou inúmeros elogios nessas poucas horas que já está no famoso
canal de streaming.
Na trama, conhecemos o jovem Cole (Judah Lewis), um
estudante de 11 anos que está passando por uma fase difícil, sendo vítima de
bullying por outros jovens de sua idade. Sua única distração é quando está com
Bee (Samara Weaving), sua linda babá, pessoa que o entende e juntos se divertem
bastante. Certo dia, após conversar com sua amiga de colégio Melanie (Emily
Alyn Lind), resolve ficar acordado na madrugada quando Bee está sozinho em sua
casa tomando conta dele. A partir daí, os piores pesadelos de Cole começam
quando descobre que Bee, na verdade, é a líder de um grupo que usa sua casa
para sacrifícios sangrentos.
O filme não tem compromisso com a normalidade, nem com as
regras da física. Usa e abusa de situações peculiares usando o absurdo a seu
favor para fazer rir. As críticas sociais não deixam de fazer parte, como por
exemplo, uma das personagens que está preocupada com o corpo em meio ao caos de
uma determinada situação, o bullying é o assunto mais explorado onde o
personagem principal embarca em situações constrangedoras. O que fica na
superfície é a relação de Cole com seus pais, mesmo eles sendo meros
coadjuvantes, ajudam apenas a montar futuros arcos como a ótima cena do
explosivo embaixo da casa.
A Babá é um ótimo
divertimento, em seus curtos 85 minutos transformam a experiência em assistir a ele em um liquidificador de emoções. O projeto cumpre seu objetivo: o de ser um bom
entretenimento.