Meio comédia pastelão, meio filme de ação com cenas
milimetricamente bem coreografadas, Extreme
Job tem vários elementos que podem conquistar o espectador que resolve
escolher um filme para se divertir, sem mensagens metafóricas nas entrelinhas,
sem muitos temas para se pensar. Partindo do princípio de um empreendimento
inusitado que alcança sucesso, um grupo de detetives bem loucos da cabeça precisam
combater o crime organizado de maneira bastante peculiar. Dirigido pelo cineasta sul coreano Byeong-heon Lee e escrito pelo
roteirista conterrâneo Se-Young Bae,
a comédia/ação que levou apenas quatro dias para ser vista por um público de 2
milhões de pessoas na Coreia do Sul (o que ocasionou em um novo recorde do
cinema sul coreano, pelo curto tempo pela marca alcançada).
Na trama, conhecemos uma unidade de detetives da polícia de
uma cidade da Coreia do Sul, comandada por um comandante atrapalhado, que está
tramando como prender um alto figurão do crime organizado local. Para tal ação,
eles conseguem imaginar o inusitado, quando descobrem que na frente do lugar
onde esse chefão frequenta constantemente, existe um restaurante que vende
frangos fritos que está à venda. Assim, resolvem comprar o estabelecimento, o
que não esperavam é que a receita de molho pro frango que inventam acaba caindo
no gosto dos frequentadores e o restaurante vira um gigante sucesso.
Com orçamento de quase seis milhões de dólares e lançado em
janeiro do ano passado na Coreia do Sul e sem nenhuma previsão de desembarcar
no Brasil, Geukhanjikeob, no
original é bastante honesto com o espectador, desde seu início repleto de ações
desencontradas e cenas que miram a comédia como protagonista em relação à ação,
até o seu clímax inusitado mas exatamente o que fará muita gente procurar por
esse filme, o projeto possui arcos organizados e brindam o espectador com boas
gargalhadas. A composição dos personagens é superficial pois o foco é todo nas
loucuras dos desenrolares de seu elemento principal que é o fato peculiar que
caminha pela trama. Extreme Job
prova que, se alguém ainda tinha dúvidas, não só de ‘filmes de arte’ vive o
excelente cinema sul coreano contemporâneo.