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07/04/2018

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Crítica do filme: 'Um Lugar Silencioso'


O silêncio mais apavorante dos últimos tempos quando pensamos em cinema. Depois do sonolento Família Hollar, sua primeira aventura na direção de um longa-metragem, o ator e cineasta norte-americano John Krasinski, famoso por papéis na famosa série The Office e creditado em mais de quarenta filmes ao longo da carreira, volta para trás das câmeras dessa vez para um projeto ambicioso onde trabalha elementos de ritmo e interação poucas vezes vistos em filmes de suspense/terror. Um Lugar Silencioso possui uma força gigante em seu roteiro, com uma adequada direção de Krasinski, além de vários pontos de clímax, culminando em um desfecho para lá de épico.

Na trama, conhecemos uma família que se comunica pela linguagem de sinais e o espectador é surpreendido em sua ambientação, aparece um Dia X na tela. Durante os primeiros quinze minutos somos envolvidos no espaço/tempo da história, descobrindo aos poucos o porquê das ações estranhas dos personagens. Tentando reverter uma situação apocalíptica, e completamente isolada em uma casa gigante, a filhos dessa família aprenderão aos poucos regras de sobrevivência nesse mundo completamente novo e repleto de perigos causados pelo som.

Impressionante como a mistura de gêneros funciona com perfeição. Suspense, drama, terror, sci-fi são embutidos cada qual na sua medida correta, criando uma atmosfera que passa para quem assiste, provocando um tenso silêncio durante grande parte da projeção. Os arcos do roteiro são muito bem definidos, cenas de alto impacto  acompanham grande parte do desenvolvimento da narrativa. As óticas definidas por subnúcleos. A dos filhos, a do casal e as individuais, se tornam peças de um quebra cabeça angustiante dentro de um contexto de sobrevivência. As atuações são excelentes, Emily Blunt e John Krasinski (além de diretor, é um dos protagonistas), casal na vida real, dão vida aos pais da família.

Gratíssima surpresa no circuito. Chega para preencher um lugar não só na galeria carente de bons filmes de suspense esse ano, mas também para se consolidar na memórias de nós cinéfilos como um dos filmes mais originais de 2018.

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23/12/2017

Crítica do filme: 'O Que Te Faz Mais Forte'

Baseado no livro Stronger de Jeff Bauman, chega as telonas brasileiras no início de 2018 o contundente drama O Que Te Faz Mais Forte. Dirigido pelo ótimo cineasta norte americano David Gordon Green (Joe), o longa, baseado em fatos reais, mostra a reconstrução na vida de homem após uma tragédia que aterrorizou os Estados Unidos durante uma prova famosa de maratona em Boston. No papel principal, o sempre competente Jake Gyllenhaal, em grande atuação. Destaque também para a canadense Tatiana Maslany, protagonista do excelente seriado Orphan Black.

Na trama, conhecemos Jeff Bauman (Jake Gyllenhaal), um jovem trabalhador norte americano, muito querido por amigos, na trabalho pela família, fanático por esportes. Jeff acabou de sair de um relacionamento com Erin (Tatiana Maslany) mas ainda nutre uma grande paixão e carinho por ela. Quando Erin decide correr a Maratona de Boston, Jeff resolve ir até a linha de chegada com um cartaz para receber sua amada. Só que perto da chegada de Erin, uma bomba explode, deixando diversos feridos, inclusive Jeff que acaba tendo amputada suas duas pernas. Após o ocorrido, vemos a recuperação do protagonista, nada fácil, mas sempre com a ajuda da ex-namorada.

O filme navega na vida pós tragédia de Jeff, um homem querido por todos, apaixonado pela ex-namorada, que dentro de suas maneiras em ver o mundo é afetado demais por conta da tragédia. Sua ligação com a família, seus complicados pais, a relação conturbada entre sua mãe e sua namorada, todo o âmbito familiar é explorado com riqueza de detalhes. Jeff foi um dos responsáveis em ajudar na identificação dos homens que cometeram o atentado em Boston, mesmo no hospital se recuperando conseguiu ajudar a polícia norte americana com detalhes sobre o que viu. Rotulado como herói nacional, recebe um gigantesco carinho de toda uma comunidade.


Uma das partes emocionantes e que nos fazem refletir bastante é o encontro do protagonista com o homem que o salvou, um sofrido trabalhador norte americano que perdeu filhos anos atrás. O diálogo nessa hora é forte, profundo e com uma verdade que impressiona, difícil segurar o choro.  Jake Gyllenhaal exala emoção com seu Jeff, mais uma bela atuação para a galeria de grandes trabalhos do já experiente ator de 37 anos.
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05/08/2017

Crítica do filme: 'Love Film Festival'

O começo de um fim que já começou perto de acabar. Dirigido por quatro cineastas diferentes,  cada um em um país onde foi rodado, com direção geral de Manuela Dias, Love Film Festival é uma singela metáforas sobre o amor, um recorte na vida de duas pessoas, seus encontros e seus distanciamentos pelas escolhas que fazem. O roteiro é inspirador, parece que conversa com o espectador a todo instante, deixando sempre a necessidade em nossos corações de saber o final dessa saga. Uma trilha sonora afiada que comanda o centro das sequências ajuda a dar o ritmo nessa história de amor cheia de idas e vindas, como tantas outras que conhecemos na realidade.

Na trama, conhecemos Luzia (Leandra Leal) e Adrian (Manolo Cardona), dois profissionais da indústria do cinema, uma brasileira e um colombiano que durante anos e mais profundamente em quatro festivais se conhecem profundamente e vivem um conto moderno de amor, decepção e oportunidades. Ao longo dos anos, vamos conhecendo melhor os personagens e os desenrolares de suas escolhas, abdicando do amor por carreiras ou por não ter a certeza do que realmente querem, mesmo sentindo uma grande atração um pelo outro.

Escrevendo histórias de amor sem querer viver em sua totalidade suas mesmas histórias, os protagonistas  vivem as intensidades do conhecer o outro, da paixão, da atração, como peças de legos que se encaixam com perfeição em um primeiro momento e depois em situações que distanciam essas peças sempre com o acaso como vertente em seus futuros. O mundo dos festivais e suas confraternizações também são apresentados mais ou menos como acontecem de fato mesmo, acabam virando palco o cenário, ou o universo, perfeito para se desenvolver essa saga de amor, suas descobertas e desilusões. Entre encontros e desencontros, traições, crises de ciúmes, bebedeiras, os protagonistas seguem suas vidas relembrando em cada evento seu passado nem tão distante e sempre presente em suas memórias.

O filme cresce bastante no terceiro ato em diante quando outras variáveis entram nessa história de amor moderna. A dor das escolhas, os conflitos da amizade, os desentendimentos e compreensões apenas superficiais do que é estar junto, tudo isso reunido e interpretado com bastante maestria pelos envolvidos. Nesse conto moderno, bastante honesto e transparente, talvez a chave para seu sucesso, é o retratar as duras realidades dos desencontros e como isso influencia aos que tem o poder das escolhas.


Love Film Festival se encontra em cartaz em alguns cinemas, é um achado em meio a tantos filmes do circuito. No júri dos espectadores, não há favoritos, quem ganha sempre é o público.
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28/03/2017

Crítica do filme: 'A Glória e a Graça'

Melhor do que todos os presentes por baixo da árvore de natal é a presença de uma família feliz. Dirigido pelo experiente Flávio Ramos Tambellini, que volta a direção de um longa após seis anos, seu último trabalho foi o delicado Malu de Bicicleta (2010), A Glória e a Graça, entre muitas coisas, é um resgate na relação de dois irmãos que por circunstâncias do destino acabaram se separando durante boa parte de suas vidas. O entrosamento em cena de Carolina Ferraz e Sandra Corveloni, protagonistas do filme, é fundamental para que os diálogos ganhem contornos emocionantes e de aproximação com o público. Grande atuação das duas atrizes.

Na trama, acompanhamos a trajetória de Graça (Sandra Corveloni) uma mãe solteira que tem dois filhos e acaba descobrindo em uma eventual visita ao médico que possui um aneurisma inoperável na cabeça. Sem ter muito para onde fugir, nem com quem contar, Graça resolve entrar em contato com seu irmão que não vê a muitos anos. Chegando no encontro, Graça descobre que seu irmão agora virou travesti, e agora chama-se Gloria (Carolina Ferraz), dona de restaurante, poliglota, bem resolvida e bem sucedida. Após o surpreendente encontro com o irmão, Graça embarcará em uma viagem de reaproximação com seu único parente vivo.

O filme tinha tudo para cair num senso melo dramático mas se veste com uma maturidade impressionante para falar com seriedade de subtramas complicadas que vão do campo jurídico até o campo emocional. A relação da tia com os filhos de Graça é adorável, aprendizagem e muito experiência em uma troca para lá de emocionante, em quebra de tabus que ficam como lições para toda a vida. As surpresas que vemos pelo caminho, principalmente a causa da separação das duas irmãs, preenchem lacunas importantes para entendermos ao longo dos quase 90 minutos de projeção a formação da personalidade dos personagens. Os embates, em diálogos recheados de emoção, entre as duas protagonistas é intenso e conseguem ir além de muito mais que uma superfície, há uma profundidade aliada com humanidade.


A Glória e a Graça estreia nessa próxima quinta-feira (30) no circuito. É um drama comovente com atuações que são a cereja do bolo. Prestigie o cinema brasileiro, vá ao cinema ver esse belo trabalho.


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14/01/2017

Crítica do filme: 'La La Land - Cantando Estações'



O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos. Filme de abertura do último Festival de Veneza ano passado, La La Land - Cantando Estações é um daqueles filmes que dificilmente sairão de nossa memória.  Falando sobre a magia de Hollywood, o impactante som do Jazz e principalmente sobre as inúmeras tentativas do ser humano em alcançar os seus sonhos mais lindos, o longa metragem, que deve ser o grande vencedor do próximo Oscar, é uma aula em como fazer o público se divertir através do olhar de protagonistas (interpretados magistralmente por Ryan Gosling e Emma Stone) que louvam o amor. O jovem cineasta Damien Chazelle (do impressionante Whiplash) mais uma vez brinda os cinéfilos com uma pequena obra prima.

Na trama, ambientada em Los Angeles, conhecemos o pianista Sebastian (Ryan Gosling), um amante do Jazz que vive buscando seu espaço em meio a mudanças constantes que a vida coloca em seu caminho. Rabugento e completamente sozinho, de maneira inusitada, acaba conhecendo a sonhadora Mia (Emma Stone), uma jovem que partiu para Los Angeles para buscar a difícil carreira de atriz mas que hoje trabalha em uma espécie de Starbucks dentro de um famoso Estúdio de gravações de filmes. Logo o amor entre os pombinhos acontece e, entre as estações do ano, precisarão compreender como é viver a vida a dois e o tamanho que o sonho de cada um tem na vida do outro.

Cidade de estrelas, você está brilhando só para mim? Em pouco mais de duas horas de projeção – que desejamos que nunca acabe – o roteiro, também assinado por Chazelle, navega na busca pelo sonho tendo um inesquecível amor que nasce de plano de fundo. Todas as fases do relacionamento entre os protagonista é decifrada de maneira nua e crua, real. Sentimos toda a dor e sofrimento, que são aliviadas, talvez, pela atmosfera musical que o filme se completa. O amor de dois sonhadores pode nem sempre terminar em um final feliz mas outras possibilidades existem e a grande cereja do bolo maravilhoso de Damien Chazelle é exatamente apresentar para nós meros cinéfilos um leque de possibilidades para esse desfecho numa sequência final que deixa a todos nós praticamente sem conseguir respirar e onde a emoção transborda até mesmo nos corações mais durões.

É este o início de algo maravilhoso e novo? Ou mais um sonho? O filme também presenteia o público com uma singela homenagem aos musicais e a uma Hollywood e sua magia que sempre fizeram parte do imaginário de todos que amam a sétima arte. A poesia do filme e todos os sentimentos expostos pelos brilhantes personagens é algo mágico, um sentimento que somente o cinema pode proporcionar, toca bem profundo em nossas emoções. A trilha sonora é digna de prêmios e adicionamento em nossas playlists para uma eternidade. As atuações são magistrais, Gosling e Stone cantam, dançam e emocionam em interpretações históricas, marcantes. 

La La Land - Cantando Estações estreia nos cinemas brasileiros na próxima semana e sem dúvidas será um grande sucesso de público. Amor, Jazz, charme, Hollywood, sonhos, escolhas. Louvando Hollywood, o filme mostra que a realidade nem sempre é como nos filmes. Esse projeto é um Oasis em nossos corações sofridos, uma chance de encararmos a realidade com muito mais leveza.
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08/01/2017

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Crítica do filme: 'Um Limite Entre Nós'

Mude suas opiniões, mantenha seus princípios. Dirigido e protagonizado pelo genial artista Denzel Washington, Fences fala sobre a vida de um homem, seus conflitos, suas convicções e suas relações conturbadas e cheias de princípios com sua família. Baseado na peça homônima de enorme sucesso escrita por August Wilson (que assina o roteiro), e também protagonizada por Denzel e Viola Davis nos teatro (papel que lhes rendeu o prestigiado prêmio Tony em 2010), o longa metragem tem momentos de pura poesia que nos faz pensar a cada minuto sobre nossa vida e nossos sonhos nesse imenso mundo cheio de diversidades em que vivemos. Talvez a cereja do bolo, as atuações de Denzel e Viola Davis são magistrais, uma grande aula de cinema.

Na trama, ambientado na década de 50 nos Estados Unidos, acompanhamos a trajetória de Troy Maxson (Denzel Washington) um homem analfabeto, que foi preso por anos, e depois trabalhou duro todos os dias para sustentar sua família, de origem humilde, em um bairro familiar norte americano. Frustrado toda vida por não conseguir ter sido um jogador de baseball profissional, com todo o talento que tinha, seu destino lhe reservou outra história e assim ele vive o cotidiano entre um drink e outro, tentando se manter consciente em casa e no relacionamento conturbado que possui com sua mulher Rose Maxson (Viola Davis) e seus dois filhos além de ter que cuidar do irmão Gabriel (Mykelti Williamson), um ex-combatente do exército que voltou com problemas da guerra.

Mesmo falando de assuntos familiares complicados, com a ótica totalmente em cima nas escolhas que o protagonista toma, o filme respira poesia e leveza. As lições que o texto de August Wilson provoca no espectador são inúmeras. As cercas do título fazem total sentido, é o paralelo com Troy que parece ter colocado uma grande proteção em volta de quem os cerca. Mesmo com atitudes impulsivas e seguindo uma regra de disciplina fervorosa, Troy é o retrato de grande parte dos trabalhadores norte americanos de origem humilde na década de 50, esperando por chances que às vezes nunca chegam, lutando contra preconceitos todo dia. Podemos fazer uma analogia com os tempos atuais de crise não só no Brasil mas em boa parte do planeta.

O filme ganha contornos mais dramáticos quando Troy conta a sua esposa Rose, com quem é casado há 18 anos, que terá um filho em breve de uma amante. Essa cena já vale o ingresso, Viola e Denzel não dão só show, dão aula em cena. A partir desse ponto, muita coisa muda na visão de Rose mesmo Troy tentando se manter firme em suas atitudes e as conseqüências que chegam a partir disso, como o distanciamento do filho mais novo que é praticamente expulso de casa certo dia pelo pai.


Fences possui cerca de 140 minutos, e praticamente nem sentimos. Podemos dizer que é um teatro filmado, com poucos cenários e impactantes diálogos. É uma história forte, muito bem escrita e atuada que conta com atuações espetaculares de dois dos melhores atores norte americanos em atividade. Bravo! 
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26/11/2016

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Crítica do filme: 'A Chegada'



O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida. Chegou aos cinemas brasileiros na última quinta-feira (24), o mais novo trabalho do excelente diretor canadense Denis Villeneuve, A Chegada. Misturando uma teoria bastante lógica com um universo imaginativo nooliano (em referência ao também genial diretor Christopher Nolan), o filme consegue prender a atenção do público do início ao fim em base de um roteiro brilhante assinado Eric Heisserer que se baseou no conto Story of Your Life, do escritor Ted Chiang, que venceu famosos prêmios dedicados à literatura de ficção científica. Além de tudo isso, o elenco da um grande show em cena, principalmente a atriz Amy Adams, fortíssima candidata a uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz na próxima cerimônia do Oscar.

O filme de abertura da edição desse ano do Festival do Rio de Cinema, conta a história de uma renomada especialista em linguística, a Dr. Louise Banks (Amy Adams) que é convocado pelo exército norte americano a fazer parte de uma operação especial quando alguns objetos enormes desembarcam na Terra, trazendo caos e insegurança ao planeta. Juntamente com o físico teórico Ian Donnelly (Jeremy Renner), Louise tentará a todo custo se comunicar com os alienígenas usando regras básicas de alfabetização. Lutando contra o tempo, pois os militares de todo o mundo só pensam em atacar os objetos voadores, Louise tentará provar que talvez eles não estejam ali para destruir a humanidade.

O que mais impressiona nesse impecável projeto - sem dúvidas já podemos considerar esse como um dos melhores filmes do ano – é a harmonia e a racionalidade argumentativa das teorias aplicadas no longa metragem. Grandes partes das peças do quebra-cabeça são jogadas em loops de linhas temporais que flutuam em falsas linearidades óbvias. Explorando o campo da teoria linguística e mais precisamente a hipótese de Sapir-Whorf, A Chegada é simplesmente fascinante em cada cena e possui um final arrebatador que podem deixar muitos de boca aberta. Tudo faz muito sentido no filme, o tempo todo, mesmo assim sobram espaços para surpresas. É o filme de ficção científica mais humano e racional dos últimos tempos. Até quando pensamos na necessidade de alguns blockbusters tem pelo clichê, que nesse filme, falando mais claramente da historinha de amor que nasce entre a física e a linguística, A Chegada consegue compor com maturidade e serenidade. 

Denis Villeneuve se consagra mais uma vez como um dos melhores diretores de sua geração e de quebra coloca Amy Adams como uma das favoritas a estatueta dourada mais famosa das premiações de cinema, que atuação fantástica dessa boa atriz. Nunca um ingresso esse ano valeu tanto a pena. Você não pode perder! Bravo!
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24/11/2014

Crítica do filme: 'Boa Sorte'



O coração do homem pode estar deprimido ou excitado, em qualquer dos dois casos o resultado será fatal... ou não. Baseado em uma história de Jorge Furtado, o mais novo pocket blockbuster nacional, Boa Sorte, apresenta uma roupagem agradável aos velhos tons que contornam o melodrama nas telonas quando o assunto é o velho e rotineiro problema da existência. Dirigido por Carolina Jabor – seu primeiro trabalho sem ser um documentário ou série de televisão – o filme conta com uma atuação inspirada da atriz global Deborah Secco que consegue com muito carisma chamar a atenção do espectador em todos os instantes em cena. 

Nessa fábula sobre a inconsequência, conhecemos João (o estreante João Pedro Zappa), um jovem deprimido que após uma série de atos que fogem da normalidade, é enviado por sua família a uma conceituada clínica psiquiátrica que tem o comando da Doutora Lorena (Cássia Kiss).  Totalmente sem rumo e sem nenhuma expectativa sobre seu futuro, João acaba fazendo amizades dentro dessa clínica e também descobre o amor e as fortes emoções que esse sentimento pode gerar, principalmente quando conhece a complicada Judite (Deborah Secco).

Deborah Secco usa e abusa de sua sensualidade. Sem dúvidas é um dos grandes trabalhos da bela atriz no mundo do cinema. Só não ganha destaque completo, talvez culpa da diretora, por usar e abusar da exposição do nu em algumas cenas que não acrescentam em nada à trama. Usar do silicone para contextualizar as ações de sua ótima personagem foi uma decisão nada acertada. Deborah é muito mais que um corpinho bonito, é uma atriz madura que entende, do início ao fim, completamente, sua personagem. 

Existem vários tipos de amor, qual você prefere? O longa-metragem tenta preencher a tela com respostas diversas para essa pergunta. Os amores diferenciados que vemos ao longo dos 90 minutos de fita, encostam na esfera familiar, na amizade, na paixão e no simples sentimento do viver. A vida é uma eterna arte do se reencontrar, talvez, sob essa ótica, o espectador se sente mais confortável para compreender e analisar esse bom trabalho.
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