10/05/2022

REBIRTH | Um filme sobre experimentos sociais

 


🔴 Juliana e Raphael Camacho 🍿

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07/05/2022

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Pausa para uma série: 'Outer Range'


As verdades em confronto com os segredos. Chegou em 2022 ao streaming da Amazon Prime Video o intrigante projeto Outer Range. Misturando dramas familiares com um mistério digno dos melhores projetos de ficção científica, ao longo dos oito episódios da primeira temporada, somos guiados pela excelência do criador da série Brian Watkins, para um dos mais impactantes seriados dos últimos anos. Tudo é intrigante por aqui. Há uma análise profunda em relação ao caos emocional, quando personagens se veem sem saída, levando-os à conflitos que vão desde suas crenças sobre a fé e a religião, até mesmo o acesso de memórias terríveis de um passado, ou mesmo um assassinato que acaba com o destino de muitos. Protagonizado por Josh Brolin, Imogen Poots e Lili Taylor. Todos excelentes.


Na trama, conhecemos o fazendeiro Royal Abbott (Josh Brolin), um homem introspectivo, seco, de poucas palavras que vive com sua família: sua esposa Cecilia (Lili Taylor), seus dois filhos, Perry (Tom Pelphrey) e Rhett (Lewis Pullman), em uma casa no décimo maior dos 50 estados dos EUA, e o menos populoso, Wyoming. Em paralelo a uma luta por terras com uma família rival, os Tillerson, Royal encontra um imenso buraco misterioso na região oeste de suas terras. Quando uma tragédia acontece, oriunda de uma briga entre os filhos dessas duas famílias, a questão desse buraco misterioso vai ganhando contornos cada vez mais misteriosos, que se completam com a chegada de Autumn (Imogen Poots).


Em Outer Range não há tempo para definições simplistas quando pensamos sobre heróis e vilões, sua narrativa alcança um campo de reflexão complexo explorando os caminhos da terceira lei de Newton, a da ação e reação, onde paralelos de forças (entenda aqui como personagens) parecem estar em mesma direção só que em sentidos opostos. Os diálogos seguem na linha do incomodativo, alguns parecem não ter fundamento dentro de um pequeno show de excentricidades mas é só começarmos a fazer um paralelo com o contexto que logo tudo faz muito sentido.


Os coadjuvantes preenchem bem algumas lacunas com grandes chances de serem melhor desenvolvidos nas próximas temporadas. E por falar nos passos seguintes dessa história, um fato importante aqui é que mesmo algumas respostas não chegando por completo nessa primeira parte, grandes questões são objetivamente respondidas, como se parte do mistério começasse a ser explicado, o que também, por outro lado, abre inúmeras portas para serem desenvolvidas no futuro.


Outer Range fascina nos seus mistérios, choca nos seus poderosos dramas. Um seriado empolgante, que luta pela originalidade de sua história a todo instante, em qualquer linha do tempo.

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Pausa para uma série: 'Tokyo Vice'


As escolhas que fazemos pelo caminho podem vir repletas de inconsequências. Caminhando nos ofícios da profissão de jornalista mostrando o conflito cultural entre um jovem norte-americano entusiasmado pelo que faz trabalhando no principal jornal de um país completamente diferente do seu, Tokyo Vice chegou ao streaming da HBO Max de forma tímida, sem muito alarde, e nos seus minuciosos oito episódios da primeira temporada (todos já disponíveis) conquista de vez toda nossa atenção. É um episódio melhor que o outro. Há muitos tipos de conflitos dentre fascinantes personagens que estão contidos nessa ótima trama baseada em fatos reais.


Em Tokyo Vice, acompanhamos Jake Adeltein (Ansel Elgort) um jovem e recente ex-universitário vindo do Estado de Missouri que se muda para o Japão e após uma seletiva super acirrada, consegue ser o primeiro jornalista estrangeiro a trabalhar em um jornal japonês, isso na década de 90. Buscando se ambientar ao novo país e a forma como eles trabalham jornalisticamente Jake e sua curiosidade (que chama a atenção) acaba batendo de frente com a Yakuza, os conflitos éticos dentro da força policial japonesa e acaba mantendo uma relação de amizade com um incorruptível investigador Katagiri (Ken Watanabe). Paralelo a isso, a história de Samantha (Rachel Keller) e Sato (Shô Kasamatsu), a primeira uma norte-americana que fugiu de sua família e tenta realizar seus sonhos de vida em boates poderosas, já o segundo um integrante de um dos clãs da Yakuza que possui muitos conflitos. A estrada de todos esses personagens, e outros, vão se cruzar de alguma forma.


Um dos méritos desse intrigante seriado é conseguir aproveitar muito bem todos seus personagens e respectivos conflitos. Todos são interessantes para a trama. Mesmo as histórias em paralelo acabam de alguma forma encontrando suas interseções e surpreendendo o público a cada novo episódio. Até mesmo as escaramuças que aparecem, fruto, algumas dessas, de contornos emocionais desequilibrados agidos no calor do momento tem algum sentido para o desenrolar de todos os fatos apresentados no ao que parece insolucionável mas mesmo assim interessante grande caso que contorna o background da primeira temporada.


Aqui não há tempo para personagens fúteis ou narrativa pleonástica. Há violência, há um profundo relato sobre as ações da Yakuza no seu auge, nos anos 90, há o aperto na ferida quando pensamos nas ações éticas e corruptivas da corporação policial (essa sempre na linha tênue entre as soluções e os pedidos de criminosos perigosos). O conflito cultural que Jake se encontra, na maneira de como ir atrás da notícia em um país repleto de ações no seu submundo, é uma das partes mais legais de se acompanhar pois assim também enxergamos todo o amadurecimento do personagem que chega no último episódio da temporada com uma bagagem e uma desconstrução que são notórios. Se tem um pecado, podemos dizer nas poucas aberturas dos conflitos familiares do personagem principal, talvez algo a ter mais tempo de tela nas futuras temporadas.


Com uma narrativa que busca seu frescor na troca constante da sua estrutura, mesclando seus conflitos, e muitas vezes a troca do protagonista único para muitos protagonistas, Tokyo Vice se consolida como uma das melhores séries lançadas nesse primeiro semestre de 2022. Que venham mais temporadas!



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3 FILMES BEM LEGAIS NA STAR PLUS!!!

 


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06/05/2022

Um Jantar entre Espiões | Como reagimos sobre as escolhas da vida

 


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Apollo 10 e meio: Aventura na era Espacial | A criatividade para entender os contextos de uma época

 


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Programa #108 Guia do Cinéfilo - Sihan Felix




Episódio #108 do programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio, Raphael Camacho entrevista o crítico de cinema Sihan Felix. O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube. #cinema​ #filmes​ #guiadocinefilo
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05/05/2022

UM AMOR INESPERADO | Maravilhoso filme disponível na STAR+ !

 


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Crítica do filme: 'O Peso do Talento'


A crise de um egocêntrico. Enfim, está chegando aos cinemas de todo o mundo, um dos filmes mais curiosos de 2022, O Peso do Talento. O criativo longa-metragem, dirigido por Tom Gormican, explora os caminhos da comédia debruçada em uma espécie de metalinguagem nos trazendo Nicolas Cage interpretando Nicolas Cage. Vamos acompanhando as loucuras do processo criativo, as excentricidades, diálogos impagáveis do Cage do presente com o Cage do passado, hilárias visões do mesmo sobre alguns de seus memes famosos, e, nesse museu de memórias, o público se delicia com referências à grandes clássicos da carreira do ator, como: A Outra Face, Despedida em las Vegas, A Rocha, Croods, O Capitão Corelli, Mandy, O Guarda-Costas e a Primeira Dama, Con Air, entre outros. Nicolas Cage nunca fez o público rir tanto numa cadeira de cinema.


Na trama, conhecemos o ator Nicolas Cage (Nicolas Cage) em fase conturbada na carreira e cheio de conflitos com sua ex-esposa Olivia (Sharon Horgan), (uma maquiadora que conheceu no set de filmagens de O Capitão Corelli), e sua filha já adolescente. Sem conseguir um trabalho decente junto ao seu agente Fink (Neil Patrick Harris), acaba aceitando a inusitada proposta de passar uns dias na casa de um fã milionário, Javi (Pedro Pascal). Assim, acaba se metendo em uma enorme confusão quando uma investigação precisará da ajuda do protagonista. Hilário do início ao fim, esse projeto é uma divertida aventura, cheia de caras e bocas, de um personagem único do cinema.


Podemos enxergar esse filme como se fosse um eterno diálogo entre o vencedor do Oscar por Despedida em Las Vegas e seus ‘vários eus’, uma maneira criativa de passar por toda sua carreira e analisar como ele pensava quando era mais jovem e como pensa na fase atual da vida. Cage está de peito aberto para nos divertir durante os quase 110 minutos de projeção. Os conflitos são constantes, vemos nos debates com a psicóloga, a falta de tempo na dedicação à família, as frustrações de uma carreira competitiva. Na parte aventureira da história mais risos com a ótima participação de Pedro Pascal que forma uma dupla dinâmica com Cage.


Mais de 40 anos de carreira e 100 trabalhos creditados no universo do cinema. Nicolas Cage  ao longo do tempo soube como contar histórias e até mesmo criar mitos. O Peso do Talento, pode-se dizer que acaba traçando um certeiro paralelo com a realidade de um artista que muitas vezes parece estar em decadência, em crise contra si mesmo e suas escolhas profissionais mas que por ser brilhante também apresenta atuações históricas. O gancho do roteiro de optar por navegar dentre as excentricidades do seu protagonista para refletir sobre a vida acaba gerando uma visão macro de uma carreira de altos e baixos de um dos mais carismáticos artistas da história do cinema.



 

 

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Programa #107 Guia do Cinéfilo - Marco Fialho


Episódio #107 do programa de entrevistas na TV Caeté, Programa Guia do Cinéfilo.

Nesse episódio, Raphael Camacho entrevista o crítico de cinema Marco Fialho. O Programa Guia do Cinéfilo acontece toda terça-feira, ao vivo, no canal da TV Caeté no youtube. #cinema​ #filmes​ #guiadocinefilo
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04/05/2022

LOUCA OBSESSÃO | Um clássico dos anos 90!

 


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03/05/2022

VIDA SELVAGEM | O início, o meio e o fim de uma relação!

 


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MY SON | Filme disponível na Amazon Prime Video!

 


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Crítica do filme: 'Pureza'

 


A força e determinação de uma mãe de muitos. Livremente inspirado em fatos reais, Pureza mete o dedo na ferida em um grave problema que acontece não só no Brasil mas em vários lugares do mundo: o trabalho escravo. Em um país onde a palavra não vale nada, onde há corrupção por todos os lados, o projeto traz à luz feridas em aberto de uma sociedade que tem muitas dificuldades em buscar seus direitos pela lei. Dirigido pelo cineasta Renato Barbieri o filme teve exibição no Festival do RJ em 2019 e só agora em 2022 consegue chegar aos cinemas brasileiros.


Na trama, ambientada ainda na época do cruzeiro real, conhecemos Pureza (Dira Paes) uma mulher batalhadora que vive uma vida simples com seu filho Abel (Matheus Abreu). Quando esse último resolve ganhar a vida em uma região distante de onde mora, sua mãe logo fica sem saber notícias sobre ele. Assim, a protagonista, durante meses, resolve ir atrás do paradeiro de seu único filho e acaba caminhando pelos caminhos do absurdo político, do trabalho escravo, em lugares onde a lei não existe. Essa mãe que iniciou uma busca por seu filho acabou sendo uma intensa força propulsora para denúncias contra o trabalho escravo no Brasil.


A forte protagonista acaba sendo nossos olhos nesse filme denúncia que além de escancarar os absurdos do trabalho escravo, fala do sentimento de uma mãe e toda coragem de uma mulher batalhadora que aprendeu a ler aos 40 anos. A forte relação, maternal, que Pureza cria com os trabalhadores nas fazendas da região amazônica que esteve nos levam a refletir sobre a tristeza e solidão de muitos que precisam sobreviver sem auxílios, lidando com condições de trabalho precárias, sem carteira de trabalho e todos os direitos que a lei determina.


O projeto, que teve um mês de gravações com muitas cenas realizadas em Marabá (no Pará) é inspirado na história real de Pureza Lopes Loyola, cuja luta deu origem à criação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, a primeira ação na História do Brasil destinada a combater o trabalho escravo em todo o território nacional. Uma mulher guerreira com uma causa importante. Para vocês terem ideia, em 2018, pode-se afirmar que cerca de 40 milhões de pessoas foram submetidas a trabalhos escravo em todo o mundo.





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Crítica do filme: 'Apollo 10 e meio: Aventura na era Espacial'


A criatividade para entender os contextos de uma época que não volta mais. Em Apollo 10 e meio: Aventura na era Espacial, disponível na Netflix, o cineasta texano Richard Linklater volta as suas origens para resgatar memórias dentro de uma fábula impossível sobre a ajuda de um menino na ida do homem à lua. Em criativos 97 minutos de projeção assistimos, sempre com uma ótima dose de bom humor os conflitos de toda uma geração repleta de acontecimentos ao seu redor que definiriam lutas e reflexões durante muitos anos.

Na trama, ambientada no final da década de 60, conhecemos Stan, um jovem que mora com sua grande família numa região de Houston, próximo de onde são feitos os lançamentos dos foguetes da NASA. Certo dia, o jovem é selecionado para uma missão secreta da NASA com objetivo de testar o módulo lunar dias antes de Neil Armstrong e Cia irem dar um passeio na lua. Assim, vamos conhecendo mais a visão desse jovem e todas as referências que o cercavam naquele momento.


Na época de forte presença dos jovens nas casas de jogos, em uma das primeiras regiões a terem telefones com botões, a visão fabulista de uma mente criativa fica evidente por exemplo nas recriações das funções de seu pai, um mero funcionário administrativo da NASA. Mais da parte familiar, detalhes de suas relações, como os contrapontos de suas avós, uma era toda alegre e adorava filmes, a cada seis meses o levava pra ver A Noviça Rebelde. Já a outra era mais conservadora e com visão pessimista do planeta, cheia de teorias da conspiração.


É interessante a visão de um adolescente sobre as questões políticas, de amizade e familiares da época e mais voltado ao tema do filme, a corrida espacial. A guerra do Vietnã, a guerra fria com a União Soviética, as indefinições e polêmicas do que acontecia na grande bola azul flutuante do espaço. Tudo é ponto reflexivo dessa aventura com técnicas de animação criada a partir de algumas experiências da infância do diretor. O que impressiona são os detalhes, um giro de 360 graus em seu cotidiano, onde enxergamos suas referências em paralelo ao consumo da cultura pop mais divulgada do mundo.


Apollo 10 e meio: Aventura na era Espacial é um filme para toda a família. Pode ser enxergada como o modo de ver o mundo por um grande contador de história que nos faz um recorte de uma época, onde a tecnologia era um dos principais motores de desenvolvimento de uma economia.


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