17/10/2020

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #133 - Kerolen Peres


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, mamãe da Sophia, e formada em Design Gráfico pela Universidade de Sorocaba - UNISO.  Kerolen Peres realizou curso pelo Sindcine em 2017 com DRT de Assistente de montador Cinematográfico. Trabalhou e trabalha como editora de vídeos em produtoras e como freelancer. Realizou em 2019 curso Técnico de Radialista Produção de Rádio e TV no SENAC Lapa Scipião de São Paulo, com DRT em Radialista. Em 2019 quando conheceu sua amiga Kimberlym Dias, realizaram vários projetos juntas, trabalhos para Youtube, Podcast, Programa de TV e o Curta-Metragem “A Menina e o Balão”. 2020 foi um ano com muitas mudanças, reflexões e vivências inusitadas. Em meio a uma pandemia se uniu a sua amiga Kimberlym e criaram o Podcast ProduzMinas (Instagram: @produzminas), um podcast feito por mulheres para falar sobre a produção audiovisual brasileira e muito mais.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Em Sorocaba gosto muito do shopping Iguatemi. Não tenho uma sala preferida mas eu gosto de sentar-se no meio da tela ou do lado esquerdo.

 

2) Qual o primeiro filme que você  lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Ahhh foi o Harry Potter e a Pedra Filosofal em Avaré-SP. Nossa fiquei apaixonada.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Consumo muita produção, amo filmes e é difícil escolher um só. Mas gosto do Tim Burton e Tarantino.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Nossa, difícil são vários mas um dos primeiros filmes nacionais que assisti e me marcou muito foi Olga. Além de mostrar a história da ditadura militar no Brasil, relata a história de uma grande mulher. Forte, guerreira, que sempre lutava por melhorias. Sua luta sempre foi com política, democratização, direitos e o mais marcante o amor de mãe, literalmente ela lutou até morrer.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Ser uma pessoa que gosta de arte, cinema que consome de forma conceitual, que estuda, que pesquisa e apoia o cinema.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não, infelizmente é feito de acordo com o público alvo, número de habitantes de cada cidade, cultura daquela região.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Eu acredito e espero que não. A magia de assistir um filme no cinema é única, essa experiência é difícil de ser substituída.

 

8) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Acho que sim, porque a paixão por assistir filme no cinema vai além do prazer de assistir um filme. Envolve muitas emoções, sentimentos. O audiovisual é o que mantém o ser-humano ativo e ao mesmo tempo estático. Consegue trazer experiências riquíssimas sem sair do lugar.

 

9) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

A arte brasileira é riquíssima e está cada vez mais se aperfeiçoando, melhorando. Só é preciso dar mais valor a arte brasileira, a filmes, séries enfim, a produções nacionais.

 

10) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Selton Mello, e Wagner Moura, sou apaixonada por eles.

 

11) Defina cinema com uma frase:

É você se entregar inteiramente e construir magias a partir de imagem e sons.

É Viajar, se inspirar.

 

 

12) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Que pena, não vou poder contribuir muito com essa pergunta hehehe

Nunca presenciei algo inusitado no cinema.

 

13) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras…

Superação.

 

 

14) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acho que precisa amar o cinema, amar arte. Por ter essa paixão, essa dedicação naturalmente buscará referências, irá estudar, apoiar produções. Com essa dedicação acredito que assim poderá dirigir um filme.

 

15) Qual o pior filme que você viu na vida?

Nossa não me lembro. Acho que isso é bom né!! rsrs

 

 

16) Qual seu documentário preferido?

As Minas da Batalha

Democracia em Vertigem

Mortalha

 

17) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Siiiim, vários. Rei Leão. Shrek, Harry Potter.

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16/10/2020

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #132 - Sérgio Alpendre


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é um grande cinéfilo!  Crítico de cinema, professor, pesquisador, curador e jornalista. Sérgio Alpendre escreve na Folha de S.Paulo desde 2008, é Doutor em Comunicação/Cinema pela Universidade Anhembi-Morumbi, com bolsa da CAPES (incluindo bolsa sanduíche para onze meses em Portugal). Mestre em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA – USP, com bolsa da CAPES. Edita a Revista Interlúdio (www.revistainterludio.com.br) e o blog de cinema sergioalpendre.com.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Fico entre o Cinesesc e a Cinemateca, porque são as que têm programação diferenciada e boas projeções.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Robin Hood, de Walt Disney.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Kenji Mizoguchi e O Intendente Sansho.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Sem Essa Aranha. Uma das maiores loucuras já feitas em cinema, e uma loucura genial.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Amar o cinema e ir atrás dos filmes também por intuição, não só por indicações de outros críticos.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

São poucas as salas que podem se dar ao luxo de colocar pessoas que entendem de cinema como programadoras, então minha resposta seria negativa.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Creio que não.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Frágil como o Mundo, de Rita Azevedo Gomes.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

De jeito nenhum.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Tem alcançado um nível interessante nos últimos quatro ou cinco anos, após um período de instabilidades estéticas. Agora a instabilidade é de outra ordem, e pode interromper esse crescimento, o que é uma pena.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

São vários. Como me interesso por cinema brasileiro, tendo a ver tudo que posso de diretores que já se mostraram capazes de criar algo minimamente interessante.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Vai ser algo brega, mas vamos lá: Cinema é a arte das artes.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Uma mãe explicando ao filho pequeno, numa voz suave que jamais me incomodou, as opções de estilo do filme O Touro Indomável.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Nunca vi.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acho que hoje é necessário ter visto uma boa quantidade de filmes, do contrário fica-se condenado a repetir procedimentos como se fossem novos. Por outro lado, a imitação tende a ser mais constante em diretores cinéfilos. Pode-se ultrapassar a imitação e criar algo inventivo, mas é exceção.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Não sei dizer. São muitos que me irritaram profundamente.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Hoje, diria que é Wolfram - A Saliva do Lobo, de Joana Torgal e Rodolfo Pimenta.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Só quando gosto e alguém da equipe está presente.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

A Outra Face, de John Woo.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Para pesquisar, o IMDB, para ler críticas, a revista espanhola Dirigido Por.

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15/10/2020

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #131 - Ueidson Batista



O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, da Bahia. Ueidson Batista tem 25 anos, mora em Salvador (BA). Formado em Fisioterapia, com especialização em UTI, há alguns meses, criou o perfil Páginas e Cenas no Instagram (@paginasecenas) para dar vazão à todas as suas ideias sobre filmes, séries e livros.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Prefiro o Cinemark (no shopping Bela Vista), porque geralmente tem mais opções de horários e de filmes e conta com salas de cinema mais confortáveis.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

O primeiro filme que vi no cinema foi As Crônicas de Narnia: o leão, a feiticeira e o guarda-roupa e já senti de cara toda a magia e todas as possibilidades que a experiência cinematográfica é capaz proporcionar.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Não sei se tenho um diretor favorito, gosto muito do trabalho sempre bem planejado do Nolan, da excentricidade do Burton, da ferocidade do Tarantino e, ultimamente, vi alguns filmes da Greta Gerwig e amei.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Tenho alguns favoritos, gosto muito de Olga, de Cazuza, de Minha Mãe é uma Peça, Tropa de Elite, Central do Brasil, etc., mas o meu favorito mesmo, o que assisto dezenas de vezes e sempre me diverte e me arrebata é O Auto da Compadecida.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É não ser preconceituoso, é não deixar a crítica especializada interferir no que assistimos e no que gostamos, é estar aberto a tudo que a magia das telonas pode nos proporcionar. Apesar de existir o gosto pessoal, que vai direcionar o que queremos assistir, acho que ser Cinéfilo é desligar o senso crítico de vez em quando e apenas se render ao entretenimento.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não, até porque o cinema como negócio (não o significado mais amplo da palavra, que seria o cinema como a sétima arte) acaba priorizando os filmes que tem mais retorno financeiro. Acredito que seja uma via de mão dupla, o grande público direciona os cinemas a definir sua programação de acordo com o volume de ingressos que vende pra cada filme e que, em proporção menor, o cinema acaba também influenciando o grande público a ver determinados filmes de acordo com o marketing feito.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Eu acredito e torço para que não. É uma experiência única pra qualquer Cinéfilo e penso que muita gente valoriza ter o contato inicial com o filme no cinema.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Les Miserables (o musical de 2012), tem uma galera que tem uma resistência pelo fato do filme ser praticamente inteiro musical, mas, a experiência é incrível, o filme é excelente.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Eu acho que o povo brasileiro não tem respeitado as normas de isolamento como deveria, se as praias estão lotadas mesmo sem liberação, porque não haver um retorno organizado e cuidadoso dos cinemas? Além disso, vai da consciência de cada um, abrindo ou não, vai quem quer.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Estou tendo pouco contato com o cinema atual em geral (não só o brasileiro), vi poucos filmes desse ano, por exemplo. No entanto, acho que as produções nacionais não deixam a desejar em relação às internacionais. Nosso cinema tem muita qualidade.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Eu sou apaixonado pelo trabalho da Fernanda Montenegro e do Wagner Moura e, com o tempo, acabei ficando cativo dos filmes do Paulo Gustavo, me divirto demais.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é um escape consciente da realidade, uma dose de liberdade pra mente e uma forma de expressar e processar pensamentos, ideias e emoções.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Nas salas de cinema da Bahia o que mais tem é história inusitada. Mas, quando eu estava vendo Vingadores: Ultimato na estreia, presenciei o grande embate entre os fãs do Capitão América e do Homem de Ferro, até aí normal, mas imagina isso com o calor e sotaque do povo baiano? Eu não sabia se ria ou se ficava com raiva e pedia pra prestarem atenção no filme. Nesse mesmo dia, foi exibido um trailer de Aladdin antes do filme começar, e um efeito 3D no trailer deu um susto em todo mundo na sala.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Não dá pra defender... E olha que sou baiano.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acho que é quase impossível você desempenhar um bom trabalho sem ser apaixonado pelo que faz ou sem dominar o conhecimento sobre o que faz.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Não gosto de usar a palavra "pior", porque fica parecendo que eu tô qualificando aquela obra, obviamente ao criticar uma obra é necessário qualificá-la, mas, prefiro usar as palavras "o que menos gostei" ou "o que menos me agradou", porque aí é apenas a minha opinião sobre a obra. Dito tudo isso e sem mais enrolação, o filme que menos gostei de ver até hoje foi Exôdo: Deuses e Reis.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Não costumo ver muitos documentários, inclusive preciso mudar esse costume. Mas, dentre os que já vi, um que acho incrível é Lixo Extraordinário.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão? 

Sim, pra muitos, dos mais farofas como High School Musical 3 e Vingadores: Ultimato aos mais clássicos como Avatar e Harry Potter.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Eu vi poucos filmes com ele, não acho que tenho critério suficiente pra fazer essa escolha, então, vou fazer a Gloria Pires e afirmar que "não sou capaz de opinar". Porque falam tanto do Cage?

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Leio muitas críticas no Omelete.

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14/10/2020

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #130 - Gustavo Melo


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, da cidade de São Paulo. Gustavo Melo tem 34 anos é pesquisador do Ibope e administrador do Instagram da @pesadelocinefilo.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Gosto muito do Cinemark do Shopping Boulevard Tatuapé, além do conforto e bom atendimento, sempre rolava umas sessões mais baratas com filmes antigos que eu não perdia.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Titanic, em 1997, com meus pais em uma sessão das 23:30. Sala lotada! Me senti super adulto por estar com eles tão tarde num cinema. A sensação do Titanic no cinema jamais foi igual ao assistir em casa.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Wes Craven é um grande Mestre do Terror, e sem dúvidas, A Hora do Pesadelo é sua melhor obra de arte.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Os Trapalhões no Rabo do Cometa, além de ter o hilário quarteto que conquistou as bilheterias do cinema nacional, esta película ainda mistura animação, tudo sob os traços e supervisão de Maurício de Souza, o que deixa tudo ainda mais com gostinho de orgulho de ser brasileiro.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Ser Cinéfilo é gostar de tudo que envolva a 7a arte. Desde o drama mais parado e complexo até o blockbuster popular. É ter a curiosidade e vontade de ver qualquer filme e ainda querer saber mais sobre ele após a exibição. Estudar os bastidores, elenco e produção. Pra mim é de praxe!

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Com certeza não. Duvido muito que tenha lá dentro alguém realmente apaixonado por cinema preocupado em criar um bom espetáculo. Pra eles, só um emprego. Ainda mais em SP com tanto cinema franquiado.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Acredito que sim, por conta dos streamings. Porém toda moda volta um dia e se torna vintage e cult. Sempre existirá um telão exibindo um filme antigo que vou pagar pra ver. Até os drive-ins chegaram no Brasil durante a Pandemia.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

O Expresso do Horror (1973) com Peter Cushing e Christopher Lee. Um clássico do horror trash!

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Deveriam, mas não seria muito confortável assistir um 3D usando máscara. E nem tão viável para o cinema vender só 50% dos ingressos pelo distanciamento social. Talvez algumas sessões especiais, uma vez ou outra.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Estão se saindo muito bem, tenho orgulho do caminho que tem seguido e acompanho todas produções, até algumas forçadas comédias (em alguns casos), porém por melhor que esteja do que jamais foi, ainda tem muito que percorrer pra chegar no nível de Hollywood.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Vera Fischer é uma Diva, né ? Posso citar também a Lilia Cabral? Não? Só um? Então vamos chamá-la de Lilia Fischer.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Um registro fotográfico com som e movimento esculpidos por uma equipe de artistas talentosos.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Começou a tocar Mamma Mia cantado por Meryl Streep e a mulher de algumas fileiras a frente se emocionou tanto que começou convulsionar. O filme continuou rodando enquanto seguranças foram chamados para retirar a mulher da sala. Ela passou bem, foi um susto. E o cinema não voltou o trecho que perdi do filme.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Carla Perez com I de Iscola.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não, ele precisa ter visão, talento-nato, fazer muito bem o seu trabalho, por mais que ele não conheça um David Lynch.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Qualquer um do Rei Arthur. Nos poupem!

 

17) Qual seu documentário preferido?

Gostei muito do mais recente que eu vi, da vida e carreira do Walter Mercado, o Ligue Djá! Tudo que é biográfico ou contando um caso real me fascina.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sempre! Obras clássicas e modernas. Bati palmas pra Batman vs Superman e Mulher Maravilha.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Feitiço da Lua que ele faz par romântico com a ganhadora do Oscar, Cher.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Omelete é meu notícias populares. Adoro Cinema dou mais credibilidade. Mas eu amo pesquisar a filmografia alheia no IMDB.

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13/10/2020

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #129 - Paulo Máttar


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

Nosso entrevistado de hoje é uma das lendas da programação de cinema do nosso país. Cinéfilo, gente boa, Paulo Máttar é um ex-estudante da UFF e a mais de três décadas é o responsável pelo que a tela do maravilhoso cinema Cine Art UFF exibe. Sempre com um olhar detalhista, bastante corajoso e apaixonado na busca pelos melhores filmes, consegue semanalmente exibir em cerca de 4 sessões diárias o que muito cinema por aí não consegue com 5 salas a disposição semanalmente. Um orgulho de niterói, um orgulho de todos nós que amamos cinema.


Obs: querido Paulão. Uma simpatia de pessoa, de voz calma mas sempre intenso quando o assunto é cinema. Conheço esse ser humano iluminado a muitos anos e sempre me tratou com grande carinho. Se eu morasse em Niterói eu acho que compraria uma barraca de camping e moraria no jardim do Cine Art UFF pois lá sempre exibe os filmes que eu quero ver. Paulão, você é uma inspiração para todos nós que amamos essa que chamamos de sétima arte. Continue, mesmo se você aposentar e for ficando mais velhinho, lutando pelos bons filmes!   


 

1) Você é um dos mais competentes programadores de salas de cinema do Brasil. Qual a maior dificuldade nesse mercado audiovisual brasileiro? Todos que trabalham com cinema são cinéfilos?

Posso falar a partir do ponto de vista de um cinema alternativo, com uma proposta prioritariamente cultural. Há várias e diferentes dificuldades. Em relação aos grandes distribuidores, não é fácil mostrar a eles que não somos uma salinha qualquer perdida num campus universitário e que atende só aos alunos. É trabalhoso refirmar a qualidade técnica da nossa sala, a importância dela na cidade, sua localização privilegiada e que, a despeito do ingresso mais barato, a quantidade e a qualidade do nosso público acabam sendo um ponto muito positivo. Com Bacurau, nós tivemos a melhor média de público por sessão em todo o país. Isso não é pouco. No Varilux, estamos sempre entre as três salas com maior público do Brasil. Outra dificuldade é, justamente por sermos uma sala única, não darmos conta da quantidade de filmes que nos oferecem. Há toda uma produção que não encontra espaço nos quatro complexos existentes em Niterói. E, além disso, somos parceiros de muitos festivais, e não é fácil acomodar tanta demanda dentro de uma grade restrita.

Creio que onde se encontra mais cinéfilos é na área de exibição alternativa, programadores de festivais e entre os críticos. Não vejo tantos cinéfilos em outras áreas.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Foi logo na minha primeira experiência em uma sala de cinema. Eu devia ter uns cinco anos e meus pais nos levaram para ver Branca de Neve no finado Cine São Bento, em Icaraí. Do filme não ficou quase nada na memória (exceto a morte da bruxa no meio daquela tempestade). O que ficou realmente foi o burburinho e a excitação antes da sessão, o gongo, as pequenas luzes coloridas que foram se acendendo progressivamente em direção à tela enquanto a cortina ia abrindo e as luzes da sala iam se apagando. E aí o silêncio.

Mas não posso deixar de falar de uma experiência anterior, que já tinha me fisgado. Eu estudava num colégio de freiras bem perto da minha casa, na Vila Pereira Carneiro. O colégio funcionava num casarão antigo, as salas de aula eram no térreo e as turmas bem pequenas. Um dia fomos levados ao sótão. Havia um projetor e uma pequena tela portátil. Primeiro exibiram um filme mudo, uma comédia com muita correria, carro que desmontava, mas não lembro muito. O impacto veio em seguida, com uma animação coloridíssima e sonora em que uma bruxa transformava um príncipe e uma princesa em passarinhos. Para quem só conhecia tv em preto e branco (isso foi por volta de 1965), o impacto da cor foi imenso e ali eu me apaixonei pelo cinema.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Não tenho um diretor favorito. Sempre tenho muita dificuldade com isso de ter filme, música, artista, livro favorito. Estamos em constante mutação e as preferências, naturalmente, mudam. Mas costumo dizer que meu filme favorito é Era uma vez na América.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Pelo que expliquei acima, não consigo apontar um filme só. Mas posso citar alguns que me tocam profundamente. Não são os que considero os melhores ou os mais importantes, mas os que me afetam muito. Limite, Lavoura arcaica, Central do Brasil, Vidas secas e Bacurau. Mas amo demais muitos outros filmes brasileiros e sinto não poder citar tantos.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Antes de tudo é amar Cinema. É claro que amar os filmes e também o espaço da sala de cinema faz um cinéfilo ser mais completo, mas entendo que hoje há muitos cinéfilos que não têm oportunidade de frequentar salas de cinema. E isso não os torna menos cinéfilos. Fico impressionado com o amor e o conhecimento que gente muito jovem tem. Na minha época de aluno de Cinema (início dos anos 80) era difícil ter acesso a muitos filmes, coisa que mudou radicalmente com a internet. Um autêntico cinéfilo não tem preconceitos e vê de tudo. Acho que a curiosidade é fundamental.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

É difícil acompanhar de perto a programação de tantos cinemas, mas reforço que o circuito alternativo tem ótimos programadores. Acho complicada essa expressão “entender de cinema”, porque ela tem conotações diferentes dependendo do tipo de cinema. Vejo em outros perfis de salas muitos equívocos e lamento que os grandes exibidores sejam tão obtusos. Com tantas salas, tantos horários disponíveis, um pouco de flexibilidade não faria mal a ninguém.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Creio que não. Mas o momento é crítico e a pandemia pode complicar bastante.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

É uma pena que não tenha sido lançado nos cinemas brasileiros e também nunca vi em nenhuma plataforma por aqui: o japonês Plano-sequência dos mortos (One cut to the dead - Kamera wo tomeruna!), de Shin'ichirô Ueda. É uma das mais belas declarações de amor ao cinema. No começo você fica perplexo, achando que está vendo uma coisa muito tosca, ruim mesmo. Mas depois é puro deleite e tudo se encaixa.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não. Nada que não seja essencial deveria funcionar antes da vacina.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Vivemos um período extraordinário, com grandes filmes, repercussão internacional, muitos prêmios. Tenho muito orgulho desse cinema brasileiro recente e lamento demais todo o ataque e o desmonte que estão acontecendo.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Não sou fiel assim a ninguém. É muita coisa pra ver, e procuro assistir o que me parece mais relevante, independente de quem está no filme.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Essa eu vou ficar devendo...

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Vou contar uma situação que eu e meus colegas criamos. Num dos aniversários do Cine Arte UFF nós exibimos O Anjo Exterminador. Ao final da sessão, mantivemos as portas fechadas por uns poucos minutos. Foi muito divertido e quem estava presente nunca esqueceu.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Nunca vi.

 

15) Diga o pior filme que você viu na vida.

Assim como indicar um favorito é difícil, apontar o pior também é. Prefiro sempre falar em filmes que detesto. E aí o primeiro que me vem é Crash, de Paul Haggis. Ter tirado o Oscar de Brokeback Mountain só piora a situação.

 

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #129 - Paulo Máttar

12/10/2020

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #128 - Jonas Castro


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, carioca. Jonas Castro tem 22 anos é estudante de Publicidade e Propaganda. É o criador e editor chefe do Instagram: @cinefilocarioca e do site cinefilocarioca.com.br

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Kinoplex São Luiz. Por ser um “cinema de rua”, foge um pouco da programação 100% comercial dos cinemas de shopping. Lá você encontra de tudo, desde filmes mais cabeças, até as maiores bilheterias. Além disso, eles sempre recebem eventos como o Festival do Rio, pré estreias, sessões de gala. É um cinema relativamente pequeno, quase nunca fica lotado, tem um preço ok, e a localização é muito boa. Em segundo lugar fica o Cinépolis Lagoon pela localização e pela qualidade da sala.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Difícil essa pergunta. Eu sempre fui ao cinema mas encarava como um entretenimento qualquer. Eu acho que o primeiro filme que realmente me fez entender o poder do cinema, e a sua imersividade, foi Mad Max: Estrada da Fúria. Com certeza, antes disso tiveram outros como Harry Potter, High School Musical e as animações da Disney, mas Mad Max me tornou o cinéfilo que sou hoje.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Eu não tenho um diretor favorito, mas um dos meus favoritos é o Luca Guadagnino, muito porque ele dirigiu o meu filme favorito da vida: Me Chame Pelo Seu Nome.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Existem diversos filmes nacionais maravilhosos que eu vi ao longo da minha vida, e eu acredito muito que filmes preferidos podem mudar de acordo com o momento em que vivemos e a fase da vida em que estamos. Hoje, meu filme nacional favorito é A Vida Invisível.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Se cinéfilo é amar cinema. Consumir cinema, conversar sobre cinema, ler sobre cinema, respirar cinema. Não existe uma regra para ser cinéfilo. Qualquer pessoa que ame muito cinema e entenda o seu poder e celebre a sétima arte pode se considerar um cinéfilo.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece  possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Eu queria poder acreditar e dizer que sim, mas sei e entendo que a resposta é não. O cinema é um negócio e a programação das salas é montada totalmente voltada para o retorno financeiro. Existem estudos para mapear os lançamentos e os números de sala. As programações são montadas com base no público, se queremos salas com mais variedade e diferentes filmes, precisamos educar as pessoas a consumirem outros tipos de filme. As pessoas que fazem a programação entendem e muito de cinema, mas não no conceito abstrato e artístico, mas no conceito mercadológico.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Claro que não. Nada supera a experiência de ir ao cinema e assistir a um filme. Podem acabar as salas de cinema como conhecemos ou na quantidade que conhecemos, mas elas nunca serão extintas. O mercado vai se reinventar, seja novas tecnologias de projeção, novos formatos de salas imersivas, etc.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Vou indicar uma filmografia. Dois dos meus diretores preferidos são o Justin Benson e o Aaron Moorhead. Eles são dois dos melhores atualmente no circuito independente americano e se você gosta de suspense e ficção científica assista aos filmes deles. Se eu tiver que citar um, que seja: O Culto.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Sim. Se as pessoas respeitarem a quarentena e a pandemia for controlada podemos sim reabrir, seguindo medidas sanitárias. O caso atual é o oposto disso, a pandemia não está controlada e já estamos abrindo não só cinemas, mas bares, restaurantes e etc. Diversos países reabriram seus cinemas sem vacina, uma vez que a população respeitou a quarentena e os casos foram controlados.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O cinema brasileiro, assim como a televisão brasileira, é de uma ótima qualidade e sempre foi. Atualmente, estamos vivendo um momento muito rico política e socialmente e isso está influenciando na produção de obras ricas e complexas. Bacurau, A Vida Invisível, Democracia Em Vertigem, estamos ganhando espaço internacionalmente, e estão surgindo novas oportunidades para cineastas brasileiros produzirem seus conteúdos.

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Sou suspeito para falar, mas não perco uma produção do Rodrigo Teixeira. Nacional ou internacionalmente ele sempre possui obras muito autorais e muito diversas entre si.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Viajar sem sair do lugar.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Não chega a ser inusitada, mas já sentei do lado da Ingrid Guimarães para ver um filme infantil. Já sentei ao lado do Fabio Porchat para ver Sai de Baixo, entre outros encontros aleatórios dentro de salas de cinema.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Clássico atemporal kkkkk.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não acho. Da mesma forma que para ser um chef você não precisa comer de tudo, ou para ser um treinador você não precisa ser um atleta. Para ser um diretor você precisa saber fazer o seu trabalho, a sua função dentro do set. Obviamente, diretores cinéfilos, que consomem muito cinema, possuem mais referências e possuem obras mais bem resolvidas, mas não chega a ser uma regra.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Para Maiores.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Não sou muito dos documentários, mas acho que um que todos deveriam assistir é The Mask We Live In. Fala um pouco sobre os efeitos do machismo nos homens e sobre masculinidade tóxica.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Já sim! Diversas vezes. Em sessões especiais, pré-estreias ou em festivais de cinema, quando o filme realmente merece, eu bato sim.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Não sou super, hiper, mega fã dele. Mas dentre os filmes que ele fez, tenho que escolher Homem-Aranha no Aranhaverso. Uma obra-prima.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Atualmente, o meu kkkk. Leio e releio diversas vezes antes de postar qualquer coisa. Mas no geral, leio muito um site americano AwardsWatch, ele é focado na temporada de premiações. No Brasil acompanho algumas páginas e críticos no Instagram. Gosto muito do Omelete e Adorocinema também.

 

 

Continue lendo... E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #128 - Jonas Castro

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #127 - Júlia Weibert


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é publicitária, sagitariana e ligada o tempo inteiro em entretenimento, viciada em filmes e séries de todos os gêneros, principalmente de suspense, e aventura. Julia Weibert é criadora do instagram Tem No Amazon (@temnoamazon) no início da quarentena, ela acha muito bom levar informação e trocar ideias com os seguidores.

 

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Tenho duas preferidas: Estação Net Rio, por exibir filmes mais cults e que não são tão conhecidos, e o Cinemark, que traz sempre os grandes lançamentos do mundo cinematográfico.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Definitivamente Harry Potter (o primeiro da franquia)! A filme em si já é incrível, assistindo no cinema então, com aquela tela gigante e o som... foi surreal! 

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Ai... difícil!!! Meu gosto pra filme é bem eclético, então tenho três grandes diretores favoritos, um de cada estilo: James Cameron, Quentin Tarantino, e Alfred Hitchcock (mas também sou mega fã de Steven Spielberg e Tim Burton). Filme favorito de cada um: Titanic, Bastardos Inglórios, Psicose.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Cidade de Deus! Na minha opinião, é um marco do cinema nacional, mostra uma realidade que está longe de muitos brasileiros, e que teve grande destaque internacional também.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É viver muitas histórias como se fizessem parte de você... rindo, chorando e se encantando junto. 

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Acho bem relativo isso de "entender de cinema", mas se for pro lado mais crítico e de filmes mais cabeça, realmente são poucos cinemas que têm esse tipo de programação.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Eu acredito (e espero muito) que não! As salas de cinema têm uma magia que é difícil de comparar quando se assiste um filme em casa, por exemplo. E vai muito além disso, é um programa especial comprar ingressos, pipoca...

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Cantando na Chuva! É um clássico e um dos meus filmes favoritos da vida!

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Pela questão de saúde, não. Mas também entendo que os cinemas precisam se manter de alguma forma, afinal, já são quase sete meses fechados... não tem economia que aguente tanto tempo. O principal problema são as pessoas que não tem bom senso e não se cuidam devidamente (não usam máscara, ignoram os protocolos de higiene, etc).

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Confesso que eu não tenho visto muitos filmes brasileiros ultimamente, talvez por não ter gostado muito dos últimos que assisti. Achei bem fracos. Os filmes antigos são mil vezes melhores (Cidade de Deus, Tropa de Elite, Verônica, Carandiru, O Auto da Compadecida...)

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Rodrigo Santoro! O cara é um monstro da atuação!

 

12) Defina cinema com uma frase:

Um misto de sentimentos.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Não consegui lembrar de nenhuma.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Defino em duas palavras: nunca assisti! hahaha

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acho que tudo que se faz com paixão e vontade fica melhor, logo...

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Que me veio rápido a memória, Vende-Se Esta Casa (da Netflix). É ruim com força! Mas possivelmente já vi filmes piores só que não estou me lembrando.

 

17) Qual seu documentário preferido?

One Child Nation, do Amazon Prime! Muito bom!

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Nossa, várias vezes!!! Tem uns filmes que não tem como não bater palma!

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Olha... não sou muito fã dele, mas acho que seria O Senhor das Armas.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

São dois: Omelete e AdoroCinema.

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11/10/2020

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #126 - Daniel Bettanin


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é o criador do instagram @olhar.critico. Daniel Bettanin é advogado, nascido em Porto Alegre-RS. Tem 28 anos e atualmente é concurseiro (esperando logo não ser mais)!

 

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Prefiro a minha sala de casa! Ali posso pausar o filme ou série e dar uma pensada ou rever as melhores partes.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Talvez tenha sido no meu primeiro filme, quando eu tinha cerca de 4 ou 5 anos. Assisti ao Corcunda de Notre Dame.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Não me apego a nomes, mas vou indicar aqui Jorge Furtado, que me influenciou bastante a partir de Ilha das Flores.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Novamente, cito aqui o curta Ilha das Flores. Com uma didática incrível, influenciou diretamente a confecção do documentário "Como a mídia brasileira sufoca a liberdade de expressão" e um curta de minha autoria: Controle-se - disponível no vimeo, com link na página do Instagram @olhar.critico.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Entendo que ser cinéfilo é apreciar a arte humana veiculada a partir de filmagens, sejam filmes e documentários, sejam gravações informais e pessoais.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Desconheço em profundidade a matéria, mas diria que não. O empreendimento que visa ao lucro, no país, me parece ser formado por pessoas com capacitação essencialmente empreendedora. Isso transforma, ao meu ver, a cultura em objeto de mercadoria.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Entendo que não. Enquanto houver pessoas se reunindo para apreciar essa arte, ainda que em casa, o cinema estará vivo.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Aproveitarei o espaço para indicar o curta que fiz nesta quarentena, já referido antes: Controle-se. Disponível no vimeo e link na página do Instagram @olhar.critico. Se é ótimo ou não, digam vocês, hahaha.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Entendo que não haveria problemas se houvesse um estudo sério indicando protocolos de segurança confiáveis, com capacidade reduzida e higienização adequada. E uma devida fiscalização, que não vem sendo feita efetivamente por aí.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Ainda vejo resquícios de uma forma de gravação que não mais agrada. Ao ver muitos filmes brasileiros, ainda me sinto vendo uma novela das oito. Creio que falta renovação e maior inclusão nas grandes produções, com nomes diferentes daqueles que estamos acostumados.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Realmente não me apego a artistas! Fugindo um pouco do cinema, citaria o Marcelo Adnet, que acompanho bastante, hahaha.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Instrumento transformador!

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Já comecei uma salva de palmas ao fim de um filme, mesmo achando esse hábito um tanto curioso, rsrs.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Ainda não vi!

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Depende do conceito de cinéfilo. Creio não ser necessário acompanhar intensamente todas as produções. Grandes escritores também não eram assíduos leitores!

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Muitos vão me condenar, mas confesso que não aguentei o filme A Árvore da Vida. Talvez precise rever em um outro momento.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Ilha das Flores! Ainda que se discuta se é documentário ou não...

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Sim! Como referido, até já iniciei uma, ainda que fruto de uma brincadeira, rsrs.  

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Infelizmente, não aprecio tanto os filmes do Nicolas Cage!

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10/10/2020

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #125 - Hamilton Rosa Jr


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, jornalista atuante há mais de 30 anos na mídia. Hamilton Rosa Jr. foi crítico de cinema na Folha da Tarde e Folha de S. Paulo, editor das revistas Ver Video, DVD News e criador do blog CINELOG. Idealizou e dirigiu o programa de TV, Mundo do Cinema. De 2008 pra cá, passou a direção de cena onde mantém-se em atividade rodando comerciais e filmes corporativos. Escreveu e dirigiu cinco curtas metragens: Desencanto (2016) e Sua Excelência (2017), Abelha Rainha (2019), Trala Land (2020) e Meninas (2020). Prepara seu sexto curta-metragem: ATRIZ. É pesquisador, curador de Mostras de Cinema e professor.

 

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

O circuito de cinema da cidade se resume aos multiplexes, e eles raramente exibem uma programação que vale a pena. Neste sentido, sobra o MIS Campinas, que traz filmes alternativos, numa sala modesta que parece mais um home theater que um cinema. Pena, porque Campinas teve salas importantes, o Cineclube Barão, o Cineclube Campinas e depois, o Cinema Paradiso, formadores de boas gerações de cinéfilos nos anos 70, 80 e 90.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Devia ter uns 7 ou 8 anos e lembro de ter ficado assombrado ao ver 2001, Uma Odisséia no Espaço. Kkkk, passei anos tentando assimilar esse primeiro choque.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Os diretores que mais mexem comigo são Bergman, Kubrick, Kurosawa, Visconti, Murnau. Dos vivos: David Lynch e Michael Haneke. E os filmes: Persona, Barry Lyndon, Céu e Inferno, O Leopardo, Aurora, Cidade dos Sonhos e A Fita Branca.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Limite, do Mario Peixoto me emociona muito. Não só pela pesquisa de linguagem que Peixoto faz, mas, vejo na história daquelas três pessoas que ficam à deriva num barco, a síntese do que é o Brasil. Existe ali uma dor e uma angústia de quem sabe que foi tudo em vão, e que nada em volta mudará, mesmo que o desejo seja imenso. O filme foi feito em 1930, mas continua a traduzir a tragédia de promessas que neste país não se cumprem.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Puxa, o cinema sempre foi minha catedral, um lugar onde já tive muitos embates, e vários deles eu perdi. O cinema, pra mim, derruba barreiras. Ele joga na cara, por exemplo, que, muitas vezes, nossa jaula somos nós mesmos, que vivemos polindo as grades em vez de libertar-nos. E comprova, na prática, que talvez a coisa mais importante da vida seja caminhar ao lado dos outros e compartilhar nosso saber como uma experiência coletiva.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Ah, a programação do cinema comercial brasileiro é feito visando a oferta do que o cinema norte-americano entende como sendo popular e baseado na noção que os donos das cadeias de exibição acreditam ser atraente para chamar o público. Dizem que é um estudo de marketing que define isso. Eu duvido. Depois, a seleção é muito exclusiva, existem muitas cinematografias em volta sendo preterida, inclusive a prata da casa, a produção brasileira.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não acredito. Talvez mude a tecnologia, e ir ao cinema vire uma atração vintage, mas permanecerá.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Fim de Festa, do Hilton Lacerda.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Olha, está sendo muito difícil ser privado de estar numa sala de projeção, mas, veja a gravidade, essa infecção abrevia vidas, e continua levando caminhões de pessoas embora.

Por isso não vejo sentido em abrir nem o buteco na frente da minha casa.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Diversificado, rico de discursos, feito por pessoas muito batalhadoras e que teria uma ampla comunicação com o público, caso não tivéssemos toda a cadeia de exibição brasileira vendida para esse monte de porcaria que o cinema norte-americano nos empurra. O cinema norte-americano tem filmes de qualidade? Claro, uns 12 filmes por ano.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Diretor: Jorge Furtado e Karin Ainouz; Ator: Lázaro Ramos e Wagner Moura; Atriz: Fernanda Montenegro.

 

12) Defina cinema com uma frase:

O cinema é uma janela onde posso ver muitas paisagens e o mundo.

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Um pastor evangélico me viu sair chorando de um filme e me deu o panfleto de sua igreja, dizendo que eu seria salvo se eu fosse ao culto no domingo. Eu ouvi e... comecei a rir. Acho que ele se ofendeu e até hoje não entendeu o porquê. Se pudesse, eu explicaria: eu já estava salvo, por isso estava chorando.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Vixe, até o Lázaro Ramos participou! Kkkk.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Procuro ser seletivo, e mesmo assim escapa, sorte que minha tolerância pra filme ruim é de 15 minutos. Abandono e até esqueço que vi.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Cabra Marcado Pra Morrer, do Eduardo Coutinho.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Aplausos funciona bem pra grupos fascistas. Eles se rejubilizam quando percebem que todo mundo em torno está cativado. Claro que me empolgo de vez em quando com um filme, mas quando há unanimidade, desconfio. Por que eu tenho que ter a obrigação de gostar da mesma coisa que você? Cada um de nós tem suas particularidades. Nossas idiossicrasias são diferentes.  Meu entusiasmo reside em conversar sobre um filme como Retrato de Uma Mulher em Chamas, e em ouvir pontos de vista divergentes, aí sim eu vejo riqueza.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Do Cage eu gosto só dos laços de sangue que ele tem com o tio Francis e a prima Sofia.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Leio o blog do Carmattos, o site do Chico Fireman, e os textos com análises do Sérgio Alpendre, do Inácio Araújo e da Andrea Ormond. Tem mais gente boa por aí, que com certeza estou esquecendo, mas, enfim, fujo dos "Espertinhos da Internet", o tipo de fulano afoito que tá na moda. Tem opinião pra tudo, mas se equivoca e não sai da superfície.

 

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #124 - Ed Lopez


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo. O cearense Ed Lopez é ator, roteirista e diretor formado no Curso Superior de Cinema da Universidade Gama Filho. Ganhador do Kikito de Melhor Roteiro no 34o Festival de Cinema de Gramado com o Curta-metragem A Goiabeira. Atua na novela Salve-se Quem Puder e atuou nas novelas Malhação Viva a Diferença e Ti-Ti-Ti.

 

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Itaú Artplex.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Ghost - Do outro lado da vida.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Almodóvar.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Madame Satã. Gosto da história do anti-herói, da fotografia escura, dos longos planos sequências e da interpretação dos atores que são excelentes

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Maratonar 5 filmes repetidos durante um dia e saber o nome do diretor, da equipe e do elenco.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

 

Não. A programação é muito comercial. Faltam mais filmes brasileiros e curtas antes dos longas-metragens.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Acredito que não.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Tiros na Broadway do diretor Woody Allen.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não. Só depois da vacina. Apesar de sentir muita falta, mas as vidas reais são importantes

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Depois de Central do Brasil deu uma melhorada, mas falta muito, principalmente por causa da distribuição. Muitos filmes ficam na gaveta.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Cláudio Assis.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Sala escura, luz e ilusão eterna.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Vi um casal transando ao mesmo tempo que o casal do filme transava.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Faz tanto tempo que assisti. Só lembro da menina que fazia a Carla Perez. Enquanto a mãe esperava o ônibus ela ficava dançando na beira da estrada. Apesar de um filme simples eu gostei.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Claro! Com certeza.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Batman Vs Superman - achei chato

 

17) Qual seu documentário preferido?

Ilha das Flores.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão? 

Já. Diversas vezes.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Cidade dos Anjos.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

adorocinema.com

 

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