11/03/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #306 - Lucas Montiel


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de São Paulo. Lucas Montiel tem 26 anos, formado no curso de filmestrasheira. Viciado em filmes, desenhos, jogos, universo geek e muito mais.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Eu não possuo uma favorita. Acho que ela precisa ser no mínimo confortável kk.

 

2) Qual o primeiro filme que você  lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Tarzan. Foi o primeiro filme que eu assisti e foi onde eu senti a verdadeira magia dos filmes.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Difícil essa kk. Mas vou escolher o Tarantino.  O filme vou escolher Bastardos Inglórios por ter um temperinho especial pra mim.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Cidade de Deus. O filme mostra muito bem a realidade das comunidades do Rio de janeiro.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Uma dádiva e uma maldição ao mesmo tempo.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece  possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Acredito que sim.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

 Eu espero que não kk.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

A ghost story.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não.  Definitivamente não.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Entre altos e baixos.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Selton Mello.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Vários mundos em um único lugar.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Um casal fazendo coisas +18. O casal tinha levado um pacote de pipoca com um furo no meio e o cara colocou o amiguinho dele dentro do buraco e a mina colocava a mão.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Esquecível kkk.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não. Acredito que você não precisa ser um doido por filmes. Você precisa gostar de boas histórias e ter suas inspirações.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Birdemic.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Tubarões voadores.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Não. Contemplo em silêncio.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

A Outra Face.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Adorocinema.

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Crítica do filme: 'Judas e o Messias Negro'


“Eu acredito que vou morrer fazendo o que nasci para fazer”. Com essa frase, uma das mais emblemáticas de um personagem chave desse filme, Fred Hampton (interpretado magistralmente por Daniel Kaluuya) começamos a falar de Judas e o Messias Negro, drama ambientado no final da década de 60 onde o preconceito era intenso, perceptível, em todo o lugar, uma época em que o distintivo era mais perigoso que uma arma. Com a América em chamas, com conflitos sociais por todos os lados, o cineasta Shaka King foca em paralelo em uma história real, no recorte da parte final da trajetória do já citado Fred Hampton, vice-presidente do Partido dos Panteras Negras de Illinois e também do ladrão e informante da polícia Bill O'neal (LaKeith Stanfield), dois mundos que se chocam para inconsequências lembradas até hoje.


Na trama, conhecemos o metido a malandro e trambiqueiro Bill O'neal (LaKeith Stanfield), um homem que é pego pela polícia e acaba sendo chantageado pela mesma, sob as ordens do policial Roy (Jesse Plemons), para se infiltrar no Partido dos Panteras Negras e se aproximar do líder deles naquele estado (Illinois, onde fica Chicago), Fred Hampton (Daniel Kaluuya), que já era alvo de monitoramento do FBI naquela época. Assim, os dois universos se encontram e escolhas difíceis precisarão serem tomadas, cada qual defendendo o que acredita.


Política é uma guerra sem sangue. E uma guerra contra o capitalismo? Discussões inflamadas, discursos fervorosos, possui um poder impactante na fala, um orador como poucos. O longa-metragem se move em torno de Fred Hampton (inacreditável a insistência em colocá-lo como coadjuvante nas premiações), em paralelo, mas com arcos bem menores mesmo que até certo ponto mais profundos pela questão do conflito das escolhas vemos a trajetória de Bill O'neal (LaKeith Stanfield), um ser humano sozinho que só pensa em como pode livrar sua pele no bang bang em que é jogado. O judas no filme é esse último, vira até o capitão de segurança dos Panteras Negras.


O ritmo do filme é frenético e pulsante. Ganha diálogos e ações mais intensas quando a influência de Fred cresce após a coalisão arco-irís, nessa parte também abre espaço, principalmente nos arcos finais, para o drama pessoal de Fred, cheio de conflitos emocionais, como se estivesse em um cruzamento onde precisa escolher a causa de uma vida ou sua família.


Judas e o Messias Negro além dos ótimos pontos aqui escritos, não deixa de ser uma grande aula de história norte-americana e adiciona mais capítulos no conturbado passado (presente também) entre a polícia e movimentos negros.

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Mostra Mulheres Árabes Cinema & Poesia


De 07 a 11/04, a mostra Mulheres Árabes - Cinema & Poesia traz para o público brasileiro dez filmes entre curtas, médias e longas metragens de Annemarie Jacir (Palestina) e Nujoom Al-Ghanem (Emirados Árabes), diretoras e poetisas árabes aclamadas pela crítica internacional. A Mostra totalmente online e gratuita é realizada pela Women and Film and Television do Brasil - WIFT Brasil com patrocínio da Lei Aldir Blanc. 


Dia 07/04, às 17h, a mostra abre a programação com ENCONTRO COM AS REALIZADORAS, onde Annemarie Jacir e Nujoom Al-Ghanem irão compartilhar suas experiências com o público, sob a mediação da curadora da mostra Nágila Guimarães (WIFT Brasil). Além da exibição dos filmes, o programa conta com outras atividades como Tamo junta: “Poéticas de Fronteiras”, com Christina Queiroz (jornalista e doutora em Letras pela USP) e mediação de Maristela Sanches Bizarro (Doutoranda em Literatura Brasileira e co-fundadora da WIFT Brasil) e o Sarau “Mulheres de Palavra”: Poesias de mulheres árabes e da periferia paulistana, com Paula Pretta (atriz, musicista e poetisa), Rose Dória (poetisa - Sarau Cooperifa) e Victória dos Santos (poetisa e musicista). Performances da atriz Estela Lapponi, inspirada na poesia de Annemarie Jacir e Nujoom Alghanem. Direção: Paula Pretta - WIFT Brasil.


Toda programação da mostra será veiculada por meio da  plataforma TodesPlay (www.todesplay.com.br)

“Esta mostra é sem precedentes por trazer o encontro de mulheres que são cineastas e poetisas”, explica Nagila Guimarães, curadora e co-fundadora da WIFT Brasil


 

SOBRE AS DIRETORAS 


Annemarie Jacir é uma das principais figuras da "Nova Onda do Cinema Árabe", com dois filmes que estrearam como seleções oficiais do Festival de Cannes, um em Veneza, Berlim e Locarno. O seu filme de estreia “Sal deste Mar” foi o primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher palestina. Todos os seus três filmes foram inscritos oficialmente no Oscar como representantes da Palestina. Com o compromisso de ensinar, treinar e contratar localmente, Annemarie também é curadora e mentora, promovendo ativamente o cinema independente na região. Ela atuou como membro do júri em Cannes, é membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas e da Academia Britânica de Cinema e Televisão (BAFTA). É cofundadora da recém-criada Dar Yusuf Nasri Jacir para Arte e Pesquisa em Belém, cumprindo um sonho de família em estabelecer um espaço para as artes na Palestina.


Nujoom Al-Ghanem  é uma poeta, artista e diretora de cinema dos Emirados Árabes. Ela publicou oito coleções de poesia e dirigiu mais de vinte filmes. Al Ghanem é ativa em sua comunidade e é considerada uma escritora e cineasta bem estabelecida no mundo árabe. Suas realizações nas artes foram reconhecidas nacionalmente e internacionalmente. Ela é cofundadora da Nahar Productions, produtora de filmes com sede em Dubai. Atualmente ela trabalha como mentora profissional em cinema e redação criativa, além de consultora cultural e de mídia.


PROGRAMAÇÃO 


**Filmes com exibição apenas para território brasileiro e limite de 300 visualizações. Os demais eventos ficarão online e disponíveis até o final da mostra. 


 

07/04 - Quarta-feira 


17h -  Encontro com as artistas /abertura - áudio: inglês, legenda: português, 2021, 60 min. 


19h -  Quando te vi (When I Saw You)  - Ficção, 2012, 98 min.


21h - O céu próximo (Nearby Sky-) - Doc, 2017, 84 min.


 

08/04 - Quinta - feira  


17h - Sarau " Mulheres de Palavra"-  áudio: português, legenda: inglês, 2021, 60 min. 


19h - Ferramentas afiadas (Allat Haddad ) - Doc, 2014, 85 min. 


21h -  Wajib - Um convite de casamento (Wajib - fiction) - Ficção, 2017, 96 min. 


 

09/04 - Sexta - feira  


17h - Debate - Tamo Junta áudio português - 2021, 60 min. 


19h - Vermelho, Azul & Amarelo (Red, Blue & Yellow ) - Doc. 2013, 92 min. 


21h -  Migalhas para os pássaros (A few crumbs for the birds) - 2005, 28 min. 


 

10/04 - Sábado 


17h -  Sal desse mar (Salt of this Sea) - Ficção, 2008, 109 min. 


19h -  Amal (Amal) - Doc, 2011, 88 min. 


 

11/04 -Domingo 


17h - Mel, Chuva & Poeira (Honey, Rain & Dust) - Ficção, 1999, 20 min. 


19h -  Jornada Impossível (Like Twenty Impossibles) - 2003, 17 min. 


 

Ficha técnicas e sinopses dos filmes 


AnneMarie Jacir


Wajib - Um convite de casamento (Wajib) - 2017 - ficção - 96 min. 

Sinopse: Após anos vivendo na Itália, Shadi retorna à Nazaré com a missão de entregar individualmente os convites do casamento da irmã, de acordo com o costume palestino. Para isso, terá que realizar a atividade ao lado de seu pai, Abu Shadi. 


Quando vi você (When I Saw You ) - ficção - 2012 - 98 min.


Sinopse: Em 1967, o caos da guerra separou o menino Tarek de seu pai. Com a mãe, ele vai para um acampamento de refugiados na fronteira da Palestina com a Jordânia. A adaptação não é fácil, mas na inocência se encontra a esperança.


Sal do Mar (Salt of this Sea) - 2008 - ficção - 109 min.


Sinopse: Soraya, 28 anos, sempre viveu em Nova York. Ela decide ir à Palestina, de onde sua família foi exilada em 1948. Ao chegar, ela tenta recuperar as economias do avô. Diante da recusa do banco, Soraya resolve tomar as rédeas de sua própria vida.


Jornada Impossível (Like Twenty Impossibles) - 2003 - 17 min. 


Sinopse: Em uma paisagem agora interrompida por postos de controle militares, um grupo de artistas palestinos cruza fronteiras emocionais e políticas enquanto tenta chegar a Jerusalém. 


*Primeiro curta palestino da seleção oficial no Festival de Cannes, finalista nacional para seleção do Oscar e vencedor de mais de 15 prêmios incluindo melhor filme no Festival Internacional de Filmes de Chicago, IFP/New York, Instituto do Mundo Arabe, e Festival Internacional de Cinema de Palm Springs.


Migalhas para os pássaros (A Few Crumbs for The Birds) - 2005 - 28 min.   


Sinopse: Ruwayshed é o último vilarejo na Jordânia antes da fronteira com o Iraque. É terra de ninguém. Esse curto documentário nos oferece um lampejo na vida de algumas pessoas que ali moram. 


Nujoom Al-Ghanem 


Ferramentas Afiadas (Allat Haddad) - 2017-  documentário - 84 min. 

Sinopse: Hassan Sharif, o fundador do movimento de arte conceitual nos Emirados Árabes, e artista mais influente, controverso e singular da região, expressa a razão de sua escolha por uma nova onda de arte em uma época que ainda não estava pronta para as revoluções artísticas. Sua filosofia permaneceu submergida em seu trabalho, assim como outros aspectos que serão revelados pela primeira vez neste filme. 


O Céu Próximo (Nearby Sky) - 2014 - documentário -  85 min.


Sinopse: Fátima Alhamily é a primeira proprietária de camelos dos Emirados a participar presencialmente do Camel Beauty Pageant Competitions (Desfile Competitivo de Beleza de Camelos) e também a entrar em Leilões de Camelos nos Emirados Árabes. Apesar das dificuldades e dos desafios com os quais se depara, enquanto tenta se mostrar capaz em um meio predominantemente masculino, seu desejo de vencer uma corrida ou um desfile de beleza continua sendo a única compensação para superar suas falhas.


Vermelho, Azul e Amarelo (Red, Blue & Yellow) - 2013 - documentário - 92min.


Sinopse: Um documentário centrado em uma conhecida artista dos Emirados, Najat Makki. Seu conto começou como uma história pessoal e se tornou a história de muitas artistas mulheres que lutam para alcançar seus sonhos em uma sociedade muito conservadora.


Amal (Amal) - 2011 - documentário -  88 min.


Sinopse: Amal chega aos Emirados Árabes cheia de sonhos e com a garantia de um ano de contrato em um projeto para a TV. Depois do primeiro ano, ela se vê  incapaz de realizar minimamente os seus planos. E para atingir seus objetivos, ela vai de um emprego a outro, até se render à passagem do tempo. Ela também se dá conta que, independentemente de sua vida artística rica em seu país, a Síria, suas responsabilidades de trabalho nos Emirados Árabes a colocam em uma situação à margem da vida cultural e artística. Isso faz parecer que ela foi esquecida. À medida em que enfrenta esse e outros desafios, Amal chega ao ponto em que precisa escolher fazer uma escolha: ficar ou ir embora. 


Mel, Chuva e Poeira (Honey, Rain & Dust) -  2016 - documentário - 86 min.


Sinopse: Os colhedores de mel Aisha e Ghareeb vagam pelas montanhas do norte dos Emirados Árabes em busca de abelhas selvagens, enfrentam dificuldades e se envolvem em suas próprias preocupações cotidianas. Quanto às abelhas, elas também estão ocupadas com a mudança climática, os desafios da sobrevivência e a produção do mel. Involuntariamente, as abelhas tornaram-se parte integrante da vida humana que depende delas. Elas são responsáveis por seu sustento e, às vezes, em quantidades abundantes. No entanto, até que ponto as abelhas continuarão fornecendo generosamente?


 

SERVIÇO


Mostra Mulheres Árabes, Cinema e Poesia 


07/04 a 11/04 


Online e gratuito


na plataforma TodesPlay (www.todesplay.com.br)

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10/03/2021

8 e meio em 20 - Bate-Papo #1 - Cavi Borges

Oi! :) Inventei um novo projeto :) Chama-se "8 e meio em 20". Vai acontecer toda 4a às 19:30 hrs. Oito perguntas e meia feitas para um convidado cinéfilo para serem respondidas em até 20 minutos numa live ao vivo aqui no Instagram do meu blog @guiadocinefilo. Começamos hoje, dia 10 de março, 4a. O primeiro convidado foi o produtor cultural, cineasta, dono de locadora, roteirista, professor e um eterno cinéfilo Cavi Borges (@caviborges_oficial).

Espero que vocês consigam acompanhar. Deixarei os vídeos disponíveis no Instagram e aqui caso queiram ver se perderem o Ao vivo, deixarei os programas em forma de podcasts para vocês ouvirem quando quiserem.


Viva o cinema!

Saudações cinéfilas!




Ouçam aqui esse episódio:

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MUBI exibe especial com sete filmes de Wong Kar Wai a partir de 19 de março


A MUBI, plataforma global de streaming com curadoria e distribuição de filmes, anuncia a exibição de sete produções do aclamado cineasta Wong Kar Wai no Brasil, incluindo cinco restaurações. A programação Apaixonante. O Cinema de Wong Kar Wai apresenta com exclusividade a coleção de filmes a partir do dia 19 de março, com o lançamento de versões em 4k, entre elas, a icônica obra-prima Amor à Flor da Pele (In The Mood For Love, 2000).


Considerado um dos grandes cineastas da atualidade, Wong Kar Wai passou cinco anos restaurando a coleção, que inclui alguns de seus trabalhos mais celebrados nas últimas décadas: 2046 (2004), Chungking Express (1994), Fallen Angels (1995), Happy Together (1997) e Amor à Flor da Pele (2000). O processo de restauração foi guiado pela L’Immagine Ritrovata e finalizado em Bolonha e Hong Kong, sob a supervisão de Wong Kar Wai, em colaboração com a Criterion. O especial inclui também Cinzas do Passado Redux (2008) e The Hand (2004).


O lançamento da nova coleção acontece vinte anos após a estreia do multipremiado Amor à Flor da Pele, aclamado em todo o mundo depois de sua primeira exibição no Festival de Cannes de 2000, e que rendeu a Tony Leung Chiu Wai o prêmio de Melhor Ator – o primeiro para um ator de Hong Kong. Na ocasião, Christopher Doyle, Mark Lee Ping- Bing e William Chang Suk Ping receberam o Grande Prêmio da Comissão Superior Técnica de Imagem e Som.


Em alguns países, os filmes terão exibições especiais em cinemas selecionados. No Brasil, a coleção completa estará disponível com exclusividade na plataforma de streaming MUBI, mas há possibilidade de exibições em cinemas, a partir de abril. Confira o line-up e as datas de estreia:


Amor à Flor da Pele (2000, restaurado) – 19 de março

Ambientado na Hong Kong dos anos 1960, o filme traz Tony Leung Chiu Wai (Conflitos Internos, O Grande Mestre) e Maggie Cheung Man Yuk (Dias Selvagens, Herói) nos papéis que marcaram suas carreiras, como os novos vizinhos Mr. Chow e Mrs Chan. Enquanto os primeiros encontros são reservados e contidos, eles logo percebem que seus esposos ausentes estão tendo um caso um com o outro.


Cinzas do Passado Redux (2008) – 26 de março

O único wuxia de Wong Kar Wai, ou filme de artes marciais, Cinzas do Passado Redux é uma versão revisada de seu épico de 1994 com o mesmo nome, vagamente baseado no romance de Louis Cha, The Eagle-Shooting Heroes. Contada com a preferência característica do diretor pelo humor em vez da narrativa clássica, apresenta várias estrelas de Hong Kong, incluindo Leslie Cheung, Brigitte Lin e Tony Leung Chiu Wai, em uma história romântica de desgosto e vingança no deserto de Jianghu.


Chungking Express (1994, restaurado) — 2 de abril

Uma das obras definitivas do cinema dos anos 1990, Chungking Express é um instantâneo de quatro vidas interligadas que se conectam brevemente sob as luzes artificiais e passagens labirínticas de Chungking Mansions, um complexo comercial em Hong Kong. Estrelado por Brigitte Lin (Cinzas do Passado), Tony Leung Chiu Wai (Amor à Flor da Pele) e a cantora que se tornou atriz Faye Wong (2046), este olhar doce e melancólico sobre a solidão, a dor no coração e a busca de conexão em um mundo cada vez mais alienante solidificou o status de autor internacional de Wong Kar Wai.


The Hand (2004) – 12 de abril

The Hand é uma versão estendida da contribuição de Wong Kar Wai para Eros, uma antologia cinematográfica de três partes, que também inclui obras de Michelangelo Antonioni e Steven Soderbergh. Ambientado na década de 1960 em Hong Kong, o filme é estrelado por Chang Chen (Happy Together) como assistente de um alfaiate que é enviado para tirar as medidas de uma famosa cortesã interpretada por Gong Li (Memórias de uma Gueixa). Um primeiro encontro íntimo o leva a fazer amorosamente suas belas roupas ao longo de muitos anos, à medida que ele cresce em sucesso e ela cada vez mais passa por momentos difíceis.


Fallen Angels (1995, restaurado) – 16 de abril

Originalmente criado como parte de Chunking Express, Fallen Angels é seu parente noturno, um thriller romântico dark ambientado na paisagem urbana noturna de Hong Kong. O filme traça os destinos interconectados de vários personagens misteriosos na deslumbrante metrópole de neon, incluindo um assassino independente que espera deixar sua linha de trabalho duvidosa para trás, seu assistente evasivo que está secretamente apaixonado por ele e um empresário mudo com um esquema de negócios incomum.


2046 (2004, restaurado) - 23 de abril

2046, a sequência encantadora e enigmática de Wong Kar Wai de sua obra-prima de 2000, Amor à Flor da Pele, que estreou em uma competição no Festival de Cinema de Cannes de 2004. Estrelado por Tony Leung Chiu Wai, como um escritor preso entre o passado, presente e futuro, bem como um elenco de estrelas, incluindo Zhang Ziyi, Gong Li e Faye Wong, 2046 é uma exploração romântica e melancólica da relação entre amor, tempo e memória, com visuais caracteristicamente exuberantes do autor de Hong Kong.


Happy Together (1997, restaurado) - 30 de abril

Após sua estreia no Festival de Cinema de Cannes de 1997, Happy Together rendeu a Wong Kar Wai o prêmio de Melhor Diretor do festival, concedida pela primeira vez na história a um homenageado de Hong Kong. Uma história de amor queer ambientada na Argentina, estrelado pela realeza da atuação de Hong Kong, Tony Leung Chiu Wai e Leslie Cheung, como um casal intermitente cujo relacionamento volátil e apaixonado começa a ficar fora de controle. Esta representação comovente de amor, obsessão e isolamento é uma das obras mais devastadoras de Wong Kar Wai.

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De 22 a 26 de março acontecerá a I Semana Teórica do @cinema.com.teoria


De 22 a 26 de março acontecerá a I Semana Teórica do @cinema.com.teoria. O evento ocorrerá por meio de lives, durante toda a semana, em dois horários: 10:00 e 19:00, no Instagram da página. Entre doutores e doutorandos, o evento conta com uma série de pesquisadores de cinema. Confira a programação completa e não deixe de participar! O evento está imperdível! 











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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #305 - Jonathan Freitas


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, do Rio de Janeiro. Jonathan Freitas tem 21 anos, nascido e criado na comunidade de Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Está bacharelando no curso de Cinema & Audiovisual e já trabalha no ramo como Diretor, Roteirista, Diretor de Fotografia, Gestor de Finanças e Fotógrafo. Em 2019 tornou-se sócio da produtora audiovisual Películas, que segue de forma ativa no mercado trabalho. No fim de 2020 juntou-se com alguns amigos e fundaram o site Cinema Alternativo, onde atua como Crítico Cinematográfico, Redator, Gerenciador de Mídias Sociais e Gerenciador do site.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Infelizmente, o cinema que trazia a programação que mais me agradava fechou suas portas, devida à crise econômica agravada pela Covid-19. O Cine Joia, localizado em Copacabana, trazia uma diversidade muito rica em seu catálogo. Exibindo desde clássicos que marcaram a história do cinema, até às artes contemporâneas extremamente renomadas.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Percy Jackson e o Ladrão de Raios (2010). Este filme foi uma das minhas primeiras experiências em uma sala de cinema. Após assisti-lo, só tive contato novamente com o espaço depois de anos, pois o hábito de ir ao cinema não era algo comum onde cresci. Mesmo com o passar do tempo nunca esqueci daquele dia, foi um momento extremamente marcante e que me trouxe uma sensação diferente de qualquer outra coisa que já tinha experimentado antes.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Essa pergunta é sempre muito difícil de responder, pois, particularmente eu nunca consegui definir com muita precisão um diretor favorito. Neste exato momento eu acredito que o Pedro Almodóvar e o Krzysztof Kieślowski tomam conta deste lugar, pois sou um amante do cinema que abrange o lado mais introspectivo do ser humano. Porém, essa escolha está sempre em constante mudança, ontem era o Aronofsky, hoje são os dois e amanhã quem será? Descobriremos nos próximos capítulos. Em relação ao filme, do Kieślowski é sem sombra de dúvida, Trilogia das Cores: Azul. Já do Almodóvar é mais delicado, pois amo muito quase toda sua filmografia, mas hoje vou de Dor e Glória.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Irei ter que ficar em cima do muro com duas obras: Rio, 40 Graus e Cidade de Deus.

Nasci e cresci na favela de Rio das Pedras, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, obras que abrangem essa temática do subúrbio carioca conversam sensorialmente de forma muito especial comigo, pois carregam traços de uma parte extremamente marcante da minha vida. Quando temos filmes nesse estilo sendo executados de forma extremamente primorosa, como é o caso dos dois citados, fica difícil eu não me apaixonar.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Acredito que ser cinéfilo é ter prazer em amar a sétima arte, pois assistir muitos filmes com certeza é um ato que muitas pessoas já fazem independente de amarem ou não o cinema. Porém, se apaixonar por esse ato é o que diferencia tudo.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Talvez. Alguns cinemas que seguem por um caminho como o do já citado Cine Joia, boto bastante fé que possuem amantes da sétima arte por trás das cortinas. Porém, eles são minorias. O cinema além de ser a arte que tanto amamos, também é uma atividade financeira, acredito que os grandes cinemas — que são a maioria em minha cidade — possuem responsáveis que se encarregam desta etapa mercadológica e buscam o lucro de bilheteria como finalidade. Então, é bem difícil responder esta questão sem estar lá dentro para saber de fato como é tomada está decisão, já que entendendo ou não sobre cinema, a meta é ter um certo retorno financeiro.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Logo no começo de 2021 eu assisti novamente o filme Quarto 666, dirigido por Wim Wenders e lançado em 1982. Trinta e nove anos se passaram desde o lançamento da obra, porém o questionamento feito nela ainda segue pertinente nas nossas cabeças, afinal, qual vai ser o futuro do cinema?

Em 2020 tivemos um “bum” com todo o lucro feito com o lançamento digital de Trolls 2, que veio a instigar mais ainda essa dúvida. Por sinal, acredito que futuramente esse marco de Trolls 2 vai ser uma ferramenta de estudo para os futuros acadêmicos em cinema e audiovisual.

Por conta da experiência única que as salas de cinema nos proporcionam, não consigo visualizar elas morrendo por definitivo. Porém, devido a todos os avanços tecnológicos que geram cada vez mais uma maior acessibilidade aos filmes, acredito que os hábitos das futuras gerações irão mudar e as salas deixaram de ser uma programação recorrente no cotidiano das pessoas, fazendo com que elas acabem possuindo um público extremamente nichado.

 

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Como já devem ter percebido, eu sou péssimo em escolher apenas uma obra. Então deixarei dois filmes recentes do majestoso cinema nacional: Pendular (2017, dirigido por Júlia Murat) e Los Silencios (2019, dirigido por Beatriz Seigner).

 

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Há alguns meses com certeza a minha resposta seria não. Hoje, eu gostaria muito que minha resposta continuasse sendo não, porém, infelizmente, nem tudo funciona da forma que gostaríamos. Tivemos medidas governamentais repugnantes durante o período de pandemia, principalmente em seu estágio inicial, e os métodos de assistência aos trabalhadores e as microempresas foram quase nulos. Esperar que os funcionários que necessitam dessas rendas para sobreviver não voltem ao seu trabalho e fiquem aguardando alguma espécie de ajuda desse governo patético, é algo que vejo muito fora da realidade atual. Então, se as salas e os espectadores estiverem agindo com segurança, seguindo e respeitando todos os protocolos recomendados pela OMS, acho válido que a reabertura siga acontecendo.

 

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Uma vez me deparei com um vídeo do crítico de cinema Pablo Villaça, onde nele ele dizia a seguinte frase:

 

“As pessoas que normalmente dizem que o cinema brasileiro e os filmes brasileiros tendem a ser ruins. Elas não assistem cinema brasileiro.”

 

E particularmente eu assino embaixo, o cinema brasileiro é magnífico e extremamente acima da média. Sim, temos problemas de comunicação com o público geral devido às heranças deixadas pelas pornochanchadas — coisa que não a torna menos importante, pois foi um movimento que também deixou muitas marcas positivas e essenciais no cinema que fazemos hoje — e sim, temos grandíssimos problemas com o quesito de distribuição por conta das dificuldades orçamentárias que encaramos em nossa realidade. Porém, os anos passam e contra tudo e todos o cinema brasileiro segue de pé, segue dando suas retomadas e todos os anos produz uma enxurrada de filmes que me faltam palavras para dizer o quão sensacionais eles são.

 

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Karim Aïnouz.

 

 

12) Defina cinema com uma frase:

Como mergulhar sobre uma profundeza de sensações inesperadas e inexplicáveis, o cinema é uma viagem flutuante, incontornável e apaixonante pelas linhas do mundo, da humanidade e de tudo que compõe a vida.

 

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.

Fui assistir Mãe!, dirigido pelo gênio Darren Aronofsky, e devido ao fato de o filme ter sido vendido de uma forma totalmente diferente do que ele é de fato, grande parte do público estava exatamente assim enquanto assistia:

 

“Que por*$%, é essa?”.

 

Lembro que tinha um grupo de senhoras que estavam sentadas ao meu lado e suas reações eram bem engraçadas, tão engraçadas que me fizeram nunca esquecer desta sessão.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

É O TCHAN!!!!!!!!!!!!!!!

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não necessariamente, não vejo como um pré-requisito a pessoa ter que assistir uma grande gama de filmes para se debruçar sobre o cinema, afinal, liberdade total pra cada um fazer o que bem-quiser. Porém, os filmes além de serem espetáculos para serem sentidos, também são ferramentas de estudos para compreensão da formação da linguagem cinematográfica. Então, também seria ingenuidade da minha parte falar que ser cinéfilo não influencia, pois acredito que respirar o cinema como um todo pode te trazer novos horizontes e percepções na hora de formular uma obra.

 

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

The Show (Está é Sua Morte) – 2017.

 

 

17) Qual seu documentário preferido?

Cabra Marcado Para Morrer do mestre Eduardo Coutinho.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Sim, em uma sessão que estava exibindo o clássico Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick. Este filme foi essencial na minha decisão de escolher viver de cinema e assisti-lo em uma sala foi algo tão incrível que os aplausos se tornaram algo simplesmente inevitáveis.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Senhor das Armas.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

O site que mais leio é o Cinema Alternativo, site cujo tive o prazer de fundar junto de meus amigos. (www.cinemaalternativo.com).

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09/03/2021

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Crítica do filme: 'Ammonite'


Quando um confuso roteiro não consegue fazer refletir. Em seu segundo longa-metragem como diretor, o cineasta britânico Francis Lee (que também assina o roteiro) busca mostrar a faceta de um amor quase proibido com protagonistas totalmente diferentes, no drama Ammonite. Infelizmente, essa jornada, se torna sonolenta, um elo instantâneo é criado mas não profundo ao ponto de se entender seu início. Há uma grande mistura de sentimentos, uma intensidade que não é refletida pelas personagens e apenas jogadas na trajetória delas. Não comove.


Na trama, ambientada em meados de 1800, conhecemos Mary Anning (Kate Winslet), uma cientista famosa mas pouco conhecida pessoalmente, uma caçadora de fósseis Descobridora de ossadas, ou melhor vestígios, como por exemplo de um Ictossauro que está em um museu famoso. Certo dia, um homem que nutre a mesma paixão pelos fósseis bate em sua porta e assim ela conhece a esposa do mesmo, Charlotte Murchison (Saoirse Ronan). Após uma situação complicada de resolver entre marido e mulher, Mary e Charlotte acabam passando um bom tempo juntas na mesma casa e assim nasce uma paixão.


Uma linha para ver pontos positivos é traçar o paralelo de reconstrução em forma de triângulo com as montagens das pedras que acham (ofício) no mesmo tom que acontece uma reconstrução, ‘peça por peça’, na vida da personagem de Winslet que sai de uma mesmice introspectiva, com um cotidiano dentro de uma bolha, sem sentimentos, e descobre mesmo que lentamente a descoberta de desejos. Mesmo assim, a alma gelada da personagem Mary faz refletir muito pouco sobre a relação que se estabelece. Falando nisso, o foco do filme é Mary, nos mostra muito pouco sobre o outro lado desse relacionamento, Charlotte.


Dentro de seu roteiro confuso, há uma cena bem forte de sexo entre as duas personagens e pode ser que o filme seja lembrado apenas por isso, pela força dessa cena, mais nada.

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #304 - Rafael Lemos


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Joinville (Santa Catarina). Rafael Lemos, tem 30 anos, fã de livros, filmes e futebol. Desenha e pinta nas horas vagas. Escritor de contos e crônicas, autor de Hesitações e Recordações publicado pela Amazon.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Apesar de ser a maior cidade do estado as opções não são muitas. Os três shoppings da cidade possuem cinema e o maior deles é o melhor deles por ter mais salas. Mas prefiro os lugares mais alternativos, o Sesc é uma ótima opção. Lá é possível assistir clássicos, filmes mais antigos e mostras de grandes diretores.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Difícil precisar o momento em que vi que o cinema era algo mais que simples entretenimento, mas quando conheci Méliès e seus filmes foi um grande marco. Conhecer as histórias por trás de seus filmes e de sua carreira foi muito importante para mim.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

São tantos, mas vou escolher Akira Kurosawa e o incrível Os Sete Samurais como sua melhor obra.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Bacurau é demais, mas vai ser difícil algum filme tomar o lugar de Cidade de Deus. É um filme que mostra o Brasil que queremos esconder, é violento, é real e sempre está na lista dos melhores de quem aprecia os bons filmes do cinema nacional.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É ir atrás dos filmes mais esquisitos e depois contar para os amigos e eles não gostarem. É ficar feliz por ver um bom filme e querer falar dele para todo mundo.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não, quem comanda as salas de cinema são empresários que querem lucrar, querem exibir os blocksbusters e descartam os filmes mais pequenos. As melhores salas de cinema que conheço não cobram para exibir e geralmente têm pouca divulgação.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Espero que não, é como o jornal, livros ou o rádio. Sempre vou preferir um livro de papel, uma música no rádio e um filme no cinema. Ele só vai ter que se renovar, principalmente após a pandemia.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Mandy com o Nicolas Cage, não gosto dele como ator, mas esse filme realmente me surpreendeu. Mas já aviso que é forte.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não deveriam, mesmo amando cinema e já vacinado não me arriscaria tão cedo. Mas não vejo a hora de voltar às salas nem que seja para ver um filme ruim.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

A qualidade não é ruim, há muitas ideias boas, existe muita coisa boa além daquelas comédias globais que são uma bagunça. O problema é a falta de valorização com o que é daqui, e agora com as novas políticas não vejo salvação enquanto não possuirmos gente mais inteligente no poder.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Wagner Moura quase sempre está participando de algum filme bom.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Uma maneira de viver outras vidas sem sair do lugar.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Eu lembro do primeiro filme que vi no cinema e foi tardiamente, pois meus pais não me levavam ao cinema. Fui com um amigo do tempo da escola, fomos assistir O Exterminador do Futuro 3, mas o filme era para maiores. Compramos o ingresso para Procurando Nemo e entramos na sala para ver o Schwarzenegger. Só me arrependi anos depois quando percebi que Procurando Nemo já se tornara um clássico e o Exterminador 3 foi um fracasso. Pelo menos naquele dia voltei com um mangá do Dragon Ball que tenho até hoje.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

"Hilário" É ruim, mas é mais engraçado que muita comédia.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Penso que não, mas deve ser o mesmo que trabalhar com o que não gostamos e uma hora isso cansa, aí acaba a inspiração.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Dragon Ball Evolution.

 

17) Qual seu documentário preferido?

O Fim e o Princípio do Eduardo Coutinho, esse é o cara do nosso cinema. Depois que vi esse doc me encantei pelas histórias contadas e fui atrás de todos seus documentários, um melhor que o outro.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Já, agora só me lembro de The Witch (idolatro esse filme, mas só eu e mais um cara num cinema lotado gostaram.) e Bacurau todo mundo aplaudiu. No último filme do Harry Potter todo mundo aplaudiu, menos eu, eu nem sabia o que eu estava fazendo lá.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

99% do que ele faz é bomba, mas gosto de Arizona Nunca Mais e Adaptação. Mas o melhor é Mandy.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Nenhum, gosto de ver as opiniões dos críticos, as vezes vejo vídeos no YouTube do Pablo Villaça, Tiago Belotti, Max Valarezo, Otavio Ugá, entre outros.

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Pausa para uma série - Your Honor


O obscuro universo das escolhas éticas em meio a dramas familiares. Criado por Peter Moffat e baseado em uma série israelense chamada Kvodo, Your Honor tem intensos 10 episódios e que ao longo de sua trajetória abre inúmeras portas de possibilidades através da eminência, do conflito entre duas famílias, representadas pelos pais. Mesmo buscando profundidade até mesmo onde poderia ser objetivo na superfície, o caminho até o clímax é lento e sempre deixando atento para o espectador, pequenas dicas sobre os destinos. Bryan Cranston e Michael Stuhlbarg, dois dos maiores atores da atualidade comandam o embaralhado castelo de cartas que é descontruído pela inconsequência dos atos de seus perigosos (cada um a seu estilo) personagens. 


Na trama, conhecemos o adorável ético juiz Michael Desiato (Bryan Cranston) que vive dias entre corridas, seu tribunal e a educação de seu filho Adam (Hunter Doohan), que faz menos de um ano que perdeu a mãe. Adam possui uma paixão por fotografia e tem um caso com uma professora do seu colégio. A vida de pai e filho muda radicalmente quando o segundo, em meio a uma situação de stress e medo, perde a direção de seu carro e atropela Rocco (Benjamin Wadsworth) levando-o a morte logo em seguida. O atropelado é filho do cruel e bandido Jimmy Baxter (Michael Stuhlbarg). Sem saber o que fazer, Adam pede ajuda a seu pai e ambos começam um jogo de mentiras para esconderem o que de fato aconteceu.


Indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor ator em série dramática (Cranston), o maior conflito desse seriado da HBO é o da ética e suas ramificações, com a situação que se coloca o respeitado juiz interpretado pelo brilhante Bryan Cranston. Quando as cartas são abertas na mesa, os duelos com Jimmy Baxter (que também possui um intérprete genial, Michael Stuhlbarg) são repletos de sentimentos agressivos onde se alternam em uma improvável aliança provisória sem esquecerem os porquês que os levaram até ali.


Em segundo plano, fica o confuso arco do filho de Michael, Adam (Hunter Doohan), responsável direto pelo incidente que provoca toda uma guerra na cidade. Tão confuso quanto esse arco são as escolhas desse perdido personagem que apenas trafega pela história que ainda reúne bons coadjuvantes em subtramas intensas e que acabam sendo atingidas pelo efeito dominó que o atropelamento causa em toda a cidade, virando uma rivalidade aflorada entre negócios ilegais, advogados vs juízes vs detetives e a falta de inconsequência constante de personagens limitados à sede de vingança flertando com a corrupção.

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08/03/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #303 - Samara Ferreira


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de Salvador (Bahia). Samara Ferreira tem 21 anos, é apaixonada por filmes e séries. É estudante de gestão financeira, está no último semestre. Faz teatro, espera um dia fazer profissionalmente. Também ama esportes em gerais e cozinhar.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

A do UCI Orient Cinema. Lá foi onde assistir meu primeiro filme 3D, tem uma ótima sonoplastia além de ser bastante em conta em relação aos outros cinemas da cidade.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Foi Harry Potter, eu era muito pequena. Aí minha tia comprou ingresso no jornal ela não percebeu que tinha comprado legendado, não sabia ler ainda. Não entendi quase nada mas foi maravilhoso a sensação já está no cinema.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

É muito difícil! Mas eu escolho Wes Anderson, eu amo a excentricidade dele. O Grande Hotel Budapeste.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Central do Brasil porque ele me fez me apaixonar pelo cinema brasileiro. Eu gosto de outros como Temporada, O Som ao Redor e o Auto da Compadecida.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Ser amante do Cinema.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não, vários filmes Independentes não vão para o cinema, eles visam mais o lucro.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não, acho que só irão se modernizar o longo do tempo.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Frances Ha e com a Greta Gerwig, além de ser uma ótima diretora também uma boa atriz. E a animação O Fantástico Sr. Raposo que é muito bom.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Acho que depende das cidades e como o governo está gerenciando a situação.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

 Acho que o cinema brasileiro está em uma de suas melhores fases, tirando algumas comédias.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Tem três artistas brasileiros que eu não perco um filme, Irandhir Santos, Wagner Moura e Karine Teles.

 

12) Defina cinema com uma frase: 

É a melhor forma de apreciar a arte.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Eu fui assistir um filme no cinema no meio da sessão o filme parou, cara começou a fazer confusão dizendo que tinha alguém sentado no lugar dele, no final das contas ele que tinha visto o número errado no bilhete. O filme voltou no tempo errado destruiu totalmente o clima da sinalização que tava passando.

 

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Uma obra prima brasileira.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não, basta você entender o que você está fazendo e o tipo de público que vai consumir.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Cats, até hoje eu tô tentando entender o que aquelas pessoas tão consagradas no cinema, estavam fazendo naquele filme.

 

17) Qual seu documentário preferido?

13°Emenda da Ava DuVernay, É sobre o sistema carcerário que é um assunto que eu gosto muito. Tem também Jogo de Cena do Eduardo Coutinho que é muito bom também.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Vingadores Ultimato, todo mundo da sessão bateu Palmas.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

A Outra Face. Não sei porque mas eu gosto muito desse.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Adorocinema e Omelete.

 

 

 

 

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07/03/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #302 - Alex Silva


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Campos dos Goytacazes (Rio de Janeiro). Alex Silva Alex Silva tem 39 anos, é fundador do Canal Almanimes ao lado de Anderson Azeredo do Canal 16 Bits. Leitor de quadrinhos e mangás desde sempre. Não é crítico de cinema, só um mero espectador que gosta de uma boa conversa.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Kinoplex Avenida, não tanto pela programação (que é normal, voltado para os Blockbusters ), mas pela localização. Devido ao trabalho, ser mais próximo de casa acaba sendo uma prioridade para dar aquela escapada.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida. Fui criado assistindo TV e lembro de ver muitas vezes essa maravilha. Acompanhar o Indiana Jones e suas aventuras pelo mundo… era a maneira que tínhamos de conhecer outros lugares. Viajávamos com ele.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Robert Zemeckis. De Volta Para o Futuro.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

 

O Auto da Compadecida. Tenho boas lembranças de assistir com meus pais e de rirmos muito. Até meu pai, que não era muito chegado a filmes, sempre parava para assistir. Até hoje, sempre que vejo, lembro bastante daqueles bons momentos. Infelizmente eles já partiram, mas ficaram os bons momentos. Principalmente minha mãe que sempre assistia os filmes comigo.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É não apenas assistir, é entender a proposta do filme, o sentimento que foi passado naquelas horas. Um filme não termina depois dos créditos, ele continua em uma conversa, em um vídeo para uma rede social etc. Hoje temos a oportunidade de discutir sobre um filme com pessoas de outros lugares e entender a experiência que cada um teve. Dividir esse sentimento, esse amor pelo cinema é incrível!!

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feita por pessoas que entendem de cinema?

Creio que não. Cinema é um negócio gigantesco e como todo bom negócio o lucro é o principal. Vejo os Blockbusters dominando a programação e bons filmes que não tem tanta divulgação ficando pouco tempo em cartaz ou indo para o streaming direto.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não. Mesmo com o avanço e popularização do streaming, acho que a experiência de ir ao cinema, assistir em tela grande com muitas pessoas próximas e ver a reação delas é um momento único. Muitos filmes pedem uma tela grande para termos uma experiência completa.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Questão de Tempo. Ele é conhecido, mas deveria ser mais. Pode parecer mais uma comédia romântica, mas trata de temas muito profundos: amor, família, paternidade. Lembrei muito do meu pai enquanto assistia. Deu uma vontade de refazer muita coisa assim como no filme.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Sim, logicamente respeitando as normas de distanciamento e cuidados. Pessoas andam de ônibus lotado e vão ao supermercado, é hipocrisia não abrir as salas nesse período, mais uma vez, respeitando as normas e cuidados.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Tem se mantido boa nos últimos tempos, mesmo com problemas relacionados a investimento. O crescimento do streaming vem aumentando a demanda por mais produções e as nacionais têm obtido boa repercussão até no exterior.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Wagner Moura.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Paixão que nos manda para outra realidade por algumas horas, esquecendo os problemas do dia a dia.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Durante a exibição de X-Men 2, numa cena em que o Professor Xavier paralisa as pessoas no museu, alguém gritou na hora que tinha dado problema na projeção e que tinha travado. Todo mundo riu.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras…

Um dos piores filmes do mundo kkkk.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Acho que ajuda muito ser cinéfilo. Tem mais referências de outros filmes e diretores, outras culturas. Ajuda a enriquecer uma produção. Mas não acho obrigatório.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

A CENTOPEIA HUMANA 3. O primeiro e segundo até tinham um charme na desgraça, mas esse foi só ladeira abaixo. Tem como desver?

 

17) Qual seu documentário preferido?

God of War - Raising Kratos. Mostra o processo de produção do God of War de 2018. Muito emocionante acompanhar todo o andamento, do início até a coroação como Jogo do ano.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

No final de Homem-Aranha 2 do Sam Raimi todos aplaudiram.  Até hoje acho um dos melhores filmes de herói.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

8 Milímetros. Perturbador.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Observatório do Cinema.

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