'Cuidado bigodinho! Se o apartamento da megera falasse...'
Um erro fatal é passivo de perdão? Com uma espécie de filme trágico/cômico o texano Richard Linklater (que dirigiu o inesquecível “Antes do Amanhecer”) retorna às telonas, após um descanso de 3 anos, com seu novo trabalho “Bernie”. Nesse drama que se mistura na comédia, sempre em medidas certas, agrada pela simplicidade e nos carismáticos personagens, principalmente seu protagonista, um homem com muitas facetas e talentos que possui um ‘status’ alto dentro da comunidade onde vive mesmo após um terrível assassinato cometido.
Um erro fatal é passivo de perdão? Com uma espécie de filme trágico/cômico o texano Richard Linklater (que dirigiu o inesquecível “Antes do Amanhecer”) retorna às telonas, após um descanso de 3 anos, com seu novo trabalho “Bernie”. Nesse drama que se mistura na comédia, sempre em medidas certas, agrada pela simplicidade e nos carismáticos personagens, principalmente seu protagonista, um homem com muitas facetas e talentos que possui um ‘status’ alto dentro da comunidade onde vive mesmo após um terrível assassinato cometido.
Na trama, conhecemos o educado Bernie Tiede um homem altruísta
e querido por todos na região onde mora. Certa vez conhece Marjorie Nugent uma
idosa com muito dinheiro que passa a tratar Bernie como um grande amigo. Só
que, após algum tempo de relação, Marjorie mostra sua verdadeira face
(conhecida por todos na região): megera, chata, insuportável essa personagem da
veterana Shirley Maclaine. Não agüentando
mais a situação em que vive, Bernie, em um ato impensável mata Marjorie e
esconde por algum tempo o fato na cidade. O ponto alto do filme é depois do
ocorrido e a descoberta do mesmo. A mobilização da cidade a favor do
protagonista é um trunfo poderoso que as autoridades, representadas pelo
promotor Danny Buck (Matthew McConaughey),
tentam a todo instante combater.
Jack Black canta,
dança e interpreta de maneira muito segura seu pacato personagem. A liberdade
de criação para o intenso artista é controlado sabiamente pelo diretor (que
também o dirigiu no sucesso “Escola do
Rock”). Consegue ter o personagem em suas mãos o tempo todo se tornando um
dos melhores trabalhos do ator californiano.
Por meio de entrevistas conhecemos um pouco a opinião das
pessoas que conviveram com Bernie. Os coadjuvantes idosos, aqueles que aparecem
por meio dessas entrevistas, são ótimos. Preenchem as lacunas do roteiro com
humor, simplicidade e sutileza.
Para grande surpresa, ao final do longa, sabemos que se
trata de uma história real. Imagens do verdadeiro Bernie são mostradas (até um
encontro dele com o ator que o interpreta nesse filme, Jack Black).
Não deixem de conferir esse bom filme que garante ótimos
minutos de diversão.