A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento,
duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor. Falando sobre o sofrimento mundo
das escolhas e do passado que volta e meia retorna assombrando, o filme polonês
O Batismo é uma aula de como deixar
o público incomodado e com os olhos perplexos a todo instante. Dirigido por Marcin
Wrona, esse filme conta com excelentes atuações, principalmente do espetacular
ator Wojciech Zielinski que dá vida à Michal, personagem principal dessa forte
história.
Na trama, conhecemos o empresário Michal (Wojciech Zielinski),
um homem de gostos requintados que vive com sua linda mulher, Magda (Natalia
Rybicka) e seu bebê recém nascido em um bairro de classe alta. Ele vive feliz
com sua família, até que mafiosos começam a relembrá-lo de seu passado no
crime. Perto do batizado de seu filho, um grande amigo de infância, Janek (Tomasz
Schuchardt), chega do exército. Como as atitudes de Michal deixam margens às
especulações, Janek vai em busca de informações para saber o que está
acontecendo e assim é envolvido em uma história de dor e angústia onde
precisará tomar uma decisão que mexerá com a vida de todos.
São singelos 86 minutos eletrizantes de muitos dramas,
escolhas e onde a arte do viver é posta em cheque a cada momento. As fortes
sequências deixam o público incomodado mas com certeza faz parte da história e
nada é tão gratuito assim. O espectador que conseguir se conectar à trama
principal da amizade e das escolhas que todos os personagens precisam tomar,
chegará a conclusão que está diante de um dos melhores filmes do ano. Não
tenham dúvidas.
Lançado no ano de 2010 mundo à fora, O Batismo foi recrutado para a galeria de ótimos lançamentos da
distribuidora Lume Filmes, pena que só chegou ao Brasil 4 anos depois. Com uma
abertura bem pequena, e no circuito de arte Brasil à fora, o filme deve ficar
pouco tempo em cartaz mas se você tiver a chance de conferir, não perca! É
impactante!