01/12/2021

Crítica do filme: 'Chamada Explosiva'


As formas extremas dos reflexos da alma. Disponível na Netflix, o longa-metragem bollywoodiano Chamada Explosiva busca no exagero criar reflexões críticas sobre o papel da mídia em coberturas jornalísticas e sobre quais são os limites da ética profissional. O clima de tensão é constante mas o roteiro se perde em muitos momentos causando um caótico paralelo entre o refletir com a realidade ou entender como licença poética os inúmeros exageros que se sucedem. O longa-metragem é protagonizado pelo ator Kartik Aaryan.


Dhamaka, no original, conta a saga de um jornalista premiado chamado Arjun Pathak (Kartik Aaryan) que chegou ao estrelato bem cedo na carreira sendo âncora de um dos principais telejornais da Índia. Só que algo, mal explicado no início, acontece e ele é rebaixado para um programa de rádio da mesma emissora que trabalha. Um dia, em meio a sua nova rotina depressiva e sem inspiração, ele recebe uma chamada ao vivo de um homem que diz que vai explodir uma ponte. Sem acreditar no ouvinte, ele não dá muita bola até que a ponte mencionada é explodida. A partir daí Arjun busca ao mesmo tempo encontrar uma solução para o problema nacional além de tentar de todas as formas voltar a ser o âncora do principal telejornal da emissora.


Escrito (também por Puneet Sharma) e dirigido pelo cineasta indiano Ram Madhvani, Chamada Explosiva podemos dizer que peca pela excesso. As críticas ao modelo jornalístico do sensacionalismo (que vemos muito em nossa realidade) até que é bem construída, mesmo com os exageros, a mensagem de alguma forma chega até nosso pensar. O protagonista é um homem confuso, com problemas no seu relacionamento, um profissional completamente perdido e sedento de estratégias para de alguma forma recuperar tudo que perdeu. O emblemático desfecho nos leva à reflexões também sobre a vida e qual o valor constante que temos que ter sobre, afinal: como reagir à espera de uma segunda chance?