Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de
razão na loucura. Baseado no livro do famoso autor John Green e dirigido Jake
Schreier (do fraco Robot & Frank) Cidades
de Papel é aquele filme água com açúcar que parece não querer se
arriscar. O público que curte os livros de Green merecia uma adaptação mais
profunda da boa obra do autor de A Culpa
é das Estrelas.
Na trama, somos brevemente apresentados ao jovem e inteligente
Quentin (Nat Wolff), um estudante do último período da escola que nutre uma
paixão de anos por sua ex-amiga Margo (Cara Delevingne). Certo dia, após já
perder as esperanças de conversar novamente com o amor de sua vida, ela surge
na sua janela e a partir daí acaba se envolvendo em uma aventura de descobertas
sobre a vida, o amor e o destino.
Na versão cinematográfica da história, os personagens
parecem não ter o mínimo de entrosamento em cena, talvez falte química entre os
jovens Nat Wolff e Cara Delevingne. As
cenas são enlatadas como quase todo blockbuster, não há grandes surpresas no
roteiro, o entendimento dos personagens fica refém das consequências de suas
ações. Os personagens coadjuvantes tentam ajudar de alguma forma a contar esta
história mas são mal aproveitados.
Cidades de Papel
não chega a ser uma decepção para os milhares de fãs de John Green espalhados
pelo mundo todo que correram para assistir os personagens do livro ganhando
vida na telona. Mas pensando em cinema, é um filme que deixa bastante a
desejar. Não empolga.