A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais. Um
dos mais aguardados blockbusters do ano, finalmente chegou semanas atrás aos
nossos cinemas, Perdido em Marte,
filme que marca o retorno do aclamado criador de Alien, o Oitavo Passageiro para trás das câmeras. Baseado na obra
de Andy Weir, o longa-metragem estimado em mais de 100 Milhões de Dólares, é
uma aventura com toques de suspense e drama que promete agradar demais os
cinéfilos de plantão. Mexendo com várias variáveis emocionais, praticamente um
raio-x do protagonista é instaurado, o filme cresce exatamente nos raciocínios
das argumentação para as tomadas de decisões de sobrevivência. Uma pequena
obra-prima cinematográfica dessa lenda do cinema chamada Ridley Scott.
Na trama, conhecemos a tripulação da Ares, uma equipe de
astronautas que faz uma expedição no distante planeta Marte ao comando da toda
poderosa NASA. Após serem surpreendidos por uma tempestade violenta, um dos
astronautas, Mark Watney (Matt Damon), é dado como morto. Para surpresa de
todos, e com a tripulação restante já fora de Marte, o astronauta em questão
acaba sobrevivendo e agora vai precisar de toda sua inteligência como botânico
de formação para tentar sobreviver durante muitos dias até um improvável mas
possível resgate. A inteligência e a concentração para não entrar em pânico dão
a Mark um respiro de esperança mesmo estando em uma situação extremamente
complicada. Já, as questões políticas, principalmente nas decisões sobre as
possibilidades de resgate dão um tom de aflição e medo à trama. Há uma grande
tensão no ar, tanto em Marte, quanto na Terra. Nessa hora cresce em cena os
ótimos Jeff Daniels e Chiwetel Ejiofor.
O roteiro beira ao espetacular, a direção é brilhante.
Muitos detalhes são vistos e revistos para uma total explicação consciente
sobre os mistérios do universo. Às vezes, para os leigos, falando grego nos
cálculos e lógicas aerodinâmicas que volta e meia se metem entre os diálogos
durante toda a projeção, por incrível que pareça acabamos o filme com uma
dezena de curiosidades respondidas sobre o espaço. Com erros e acertos que provavelmente
cientistas apontarão a partir do momento em que assistirem a essa fita, uma
coisa não podemos negar: é um grande filme que emociona e nos prende desde o
primeiro minuto.
Uma história envolvente que mexe com nosso imaginário sobre
a existência e faz nossos corações respirarem cada vez mais esperança na luta
pela nossa sobrevivência. Os efeitos especiais são mágicos, nos transportam
para dentro da situação com uma realidade nas ações dignas dos grandes
trabalhos do britânico Ridley Scott. Nos sentimos em Marte durante boa parte do
filme. A interação que consegue Matt Damon nas cenas que precisa atuar sozinho
(quase em todas) é fantástica (fundamental para o filme), prende nossa atenção
e instiga um desejo de curiosidade sobre o destino de seu personagem.
Não perca tempo! Corra e veja esse filmaço!