Um dos mais aguardados blockbusters do ano, A Múmia (2017) tem ação, aventura,
monstros, mocinhos, vilões...em resumo, um grande pipocão que os norte
americanos adoram e saber fazer. Com o veterano Tom Cruise no papel do
protagonista, o cineasta Californiano Alex Kurtzman (do ótimo Bem Vindo à Vida (2012)), em seu segundo longa-metragem como diretor, foca nas cenas
fantásticas e efeitos que o dinheiro pode comprar. Em relação a trama, bastante
regular, servindo mesmo para futuras conexões do anunciado Dark Universe.
Na trama, voltamos rapidamente centenas de anos atrás para
conhecer a história da bela princesa Ahmanet (Sofia Boutella) que fora
assassinada e depois enterrada em um lugar distante perto do Oriente Médio nos
dias atuais. Voltando aos dias atuais, conhecemos o
militar/aventureiro/contrabandista Nick Morton (Tom Cruise) que junto com seu
braço direito e hilário Chris (Jake Johnson), durante uma tentativa de achar
relíquias em meio a uma guerra, descobrem um lugar misterioso no subsolo. Vendo
a possibilidade de encontrarem algo valioso para a história da humanidade,
entra na história Jenny (Annabelle Wallis), uma moça misteriosa que revela a
eles o que poderia ser aquilo que encontraram, principalmente quando o
misterioso segredo é revelado e monstros são libertados. Assim, Nick embarcará
em uma história repleta de seres estranhos e será praticamente apresentado a um
universo que nunca imaginara.
Nesse reboot do universo da Múmia (uma das versões aquela
famosa com o Brendan Fraser), As cenas de ação são de tirar o fôlego e muito
bem feitas por sinal. O investimento de tempo e dinheiro nesse sentido colheu
frutos, sequências fantásticas feitas para ver dentro de uma sala de cinema. Mas
tudo é muito misterioso dentro da história, somente aos poucos (e com muitas
brechas para próximos filmes do Dark Universe) o público vai entendendo melhor
os reais objetivos dos personagens.
Talvez a parte mais interessante da trama, quando somos
apresentados ao Dr. Henry Jekyll (aquele mesmo de O Médico e o Monstro), aqui interpretado pelo gladiador Russell
Crowe, e sua ‘Shield’ , a organização Prodigium – empresa que rastreia e
captura criaturas desconhecidas. Nesse imaginativo lugar (provável palco também
de outros filmes da Dark Universe), conhecemos mais sobre o que eles são, o
probleminha médico virando monstro, a revelação de Jenny e tudo começa a ficar
mais interessante e explicativo.
Com boa abertura no mundo (exceto EUA incrivelmente), A Múmia (2017) é um bom entretenimento,
complexo em alguns pontos mas com portas abertas para o restante do agora tão
aguardado Dark Universe.