A necessidade de atenção de uma mãe com os filhos já criados
e suas descobertas sobre a esquecida arte do viver. Uma das grandes trilogias
do cinema brasileiro contemporâneo, quando pensamos pura e exclusivamente em bilheteria
(ingressos vendidos), Minha Mãe é uma
Peça 3, baseado no estrondoso sucesso no teatro de Paulo Gustavo, é a continuação da história de uma família que o
Brasil aprendeu a amar. Reunindo todos os personagens dos filmes passados e adotando
curtos flashbacks entre arcos para sintonizar a emoção e pensamentos do
presente, o filme dirigido por Susana Garcia (Minha Vida em Marte), pouco antes do fechamentos dos cinemas por
conta da pandemia que domina o mundo, Minha
Mãe é uma Peça 3 se tornou o filme mais lucrativo da história do cinema
nacional.
Na trama, acompanhamos uma nova fase na vida da Dona Hermínia
(Paulo Gustavo), moradora de Niterói
no RJ, que vê seus filhos saírem de casa e começarem a construção de suas
famílias, Marcelina (Juliana Xavier)
grávida e Juliano (Rodrigo Pandolfo)
prestes a se casar com seu namorado. Buscando fugir da rotina: farmácia, feira,
casa, a simpática mãezona se mete nas conhecidas discussões sobre a vida e
assim busca aprender a viver esse momento de sua vida.
Não há como negar que Paulo Gustavo é um grande comediante,
conquista o público toda vez em cena, e sem dúvidas a Dona Hermínia é seu
grande personagem da carreira, não só no cinema, mas no teatro, nesse último
onde começou. Entretanto, nesse terceiro filme, a fórmula parece batida demais
e se torna forçada a todo instante tentando buscar caminhos aleatórios para se
fazer mais um filme. Outra coisa, porque será que muitos filmes nacionais
precisam de viagens internacionais para contornar suas histórias? Há tanta
necessidade de viajar assim para seus personagens? Falta uma generosa pitada de
criatividade as vezes aos nossos roteiristas de ‘blockbusters internos’. Orçado
em cerca de 8 milhões de reais, o filme arrecadou mais de 140 milhões somente
em bilheteria.
Batido dentro de um liquidificador com uma fórmula adotada
em outros filmes de comédia brasileira, Minha
Mãe é uma Peça 3 usa e abusa de seu intérprete principal, com seus
improvisos, para ser diferente e buscar alguma originalidade.