As linhas tênues entre a lei e as regras da vida. Baseada no best-seller do escritor sueco Fredrik Backman, Gente Ansiosa atravessa as surpresa de um mistério para refletir sobre a compaixão. Disponível na Netflix, essa minissérie de curtos seis episódios com cerca de 30 minutos em cada um deles mostra um acontecimento que vira um ponto de intercessão de algumas pessoas para entenderem melhor a própria vida que levam. Sem pretensões ou julgamentos o projeto encanta pela simplicidade e pelas ricas entrelinhas quando pensamos nas leis e nas regras de uma sociedade repleta de um conservadorismo exagerado.
Na trama, lançada no final de 2021 na poderosa rede de
streaming, conhecemos os policiais Jack (Alfred
Svensson) e Jim (Dan Ekborg),
pai e filho que são os responsáveis por investigações em uma cidade do interior
na Suécia. Um dia, são surpreendidos por um misterioso assalto que acaba provocando
uma situação com reféns. Tentando lidar com a situação da melhor maneira, após
a conclusão da tal situação, o bandido não é pego deixando os dias seguintes
repletos de interrogatórios para descobrir enfim quem foi o responsável por tal
ato.
Refletir sobre relações familiares com a camuflagem de um
mistério longe de complexidade acaba deixando a narrativa de Gente Ansiosa bastante leve e acontece
um fato curioso: por mais que queiramos saber quem cometeu o assalto, é muito
mais rico a surpresa de como as ótimas subtramas se desenrolam para suas
respectivas conclusões. Os personagens são ótimos, dentro de uma excentricidade
certeira e as surpresas que acontecem nessas interseções acabam dando um ritmo
muito prazeroso aos atos que são bem definidos no básico da apresentação,
confronto e resolução.