Tinha tudo para ser um bom filme de drama. Will Farrell mostrou competência em ‘Mais estranho que a ficção’ e a esperança cinéfila surge a partir disso. Porém, assim que começa o novo longa do estreante diretor Dan Rush, vemos que fitas muito monótonas acabam sendo um grande sonífero se você não conseguir se conectar com a história.
Na trama, um homem fica desempregado, ao mesmo tempo, é abandonado pela mulher por conta de seu alcoolismo sem fim. No fundo do poço, ele passa a viver alguns dias no jardim de onde morava, por conta de suas coisas estarem jogadas por lá e ele não poder entrar em sua residência. Nesse momento, resolve promover uma espécie de bazar, colocando à venda tudo o que tem.
A idéia não é ruim, não é mal executada, nem mal dirigida. Mas alguma coisa não encaixa. Acredito muito que o caminho dessa explicação passa muito da maneira lenta que a trama é apresentada. A câmera sonolenta de Rush é uma idéia que às vezes dá certo, às vezes dá errado dentro filme. A amizade criada dentro da trama pelos personagens não passa muita verdade e ao mesmo tempo que se aproximam, continuam bem afastados. Esse ioiô emocional que o personagem principal passa é fórmula batida em muitas produções do gênero.
Alguns diálogos são bem elaborados e o entrosamento nesses momentos é notório. Rebecca Hall é a melhor do elenco. Consegue ler bem sua personagem, bastante complexa por sinal e tem boas cenas com Nick Halsey, personagem de Farrell.
Não criem muito expectativa e talvez não achem o filme ruim.