30/01/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #262 - Marisa Peixoto


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa convidada de hoje é cinéfila, de Brasília. Marisa Peixoto tem 22 anos. Formada em Audiovisual pelo IESB, com cursos também realizados na Universidade de Oxford (Inglaterra) e SIAS (China).  Atualmente trabalha como assistente de direção para produtos audiovisuais, e possui a página @ki.ne.ma no instagram, onde fala sobre o audiovisual e o seu mercado.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Existem 2 cinemas aqui que eu não abro mão por nada nesse mundo. O primeiro é o Itaú Cultural, que consegue ter um equilíbrio muito bom entre filmes blockbusters e indies. Acho que nunca fui lá para só ter filmes americanos de alto orçamento passando: sempre têm pelo menos um filme brasileiro, e outro de algum outro país. Época de Oscar também (quando ainda podíamos ir ao cinema) eu praticamente vivia lá, pois todos os filmes passavam por pelo menos uma semana.

 

O outro cinema é o Cine Cultura, do Liberty Mall. Essa sala de cinema opera de uma forma que é mais focada para filmes fora da rota comercial. Tem filme que você só acha passando lá. As salas também acabam fazendo parte do circuito de festivais, com alguns festivais de Brasília passando seus filmes por lá.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

É muito triste o fato de ter pais cinéfilos, pois desde pequena eles me levavam para o cinema. Isso resulta em eu não ter uma memória que muitos têm de "ah esse foi o primeiro filme que eu vi no cinema". É como se a sala de cinema sempre fizesse parte de mim, sabe? Então, no quesito de assistir filmes, eu infelizmente nunca tive essa experiência.

 

Mas em relação a fazer filmes (é tão intrínseco em mim que até decidir seguir carreira) o filme (junto com o livro) que me fez ver a arte de fazer filmes com outros olhos, foi A Invenção de Hugo Cabret (filme por Martin Scorsese, livro por Brian Selznick). Não só é um filme totalmente mágico, como conta a história de um dos pais do cinema, e essa perspectiva de tudo o que acontece por trás das câmeras me guiou em um caminho no qual estou hoje.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Eu passo por fases quando o assunto é diretor favorito. Nunca fico somente em um (e admiro muito quem consegue se comprometer a ter um diretor favorito). No momento estou amando Adam Mckay. A forma como ele consegue incluir sátiras muito bem elaboradas dentro de assuntos sérios tem me conquistado. Estou iniciando agora um projeto que tem essa pegada, e tenho olhado bastante para suas obras, principalmente Vice. A primeira vez que assisti ao filme e (spoiler) com tipo, 30 minutos de filme os créditos sobem, me deixou tão confusa, e eu me diverti tanto. É igual ao meme que ficou circulando na internet por um tempo, onde, se o personagem X não fizesse Y, o filme acaba. Adam Mckay conseguiu incluir o meme em um filme indicado ao Oscar. 

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Sabe aquilo que dizem "não pergunte para uma mulher a sua idade"? Eu sinto a mesma coisa quando me perguntam qual o meu filme favorito. Eu tenho uma resposta para o meu filme favorito em questão de roteiro, outro em questão de produção, outro por conta da fotografia, ai acaba que tenho uns 12 filmes favoritos kkk Mas reassisti Aquarius esses dias, e lembrei como esse filme é muito, muito bom.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Ser cinéfilo é consumir, e saber apreciar, todos os tipos de conteúdos audiovisuais que existem. Não é só assistir filmes - vivemos agora em um momento de ouro para as narrativas seriadas. Também não é sobre somente consumir o que é "bom" e "cult" - para se entender o que é bom, você precisa passar pelo o que é ruim. Só assim você consegue de fato entender quando algo realmente é espetacular. Quanto mais vasta for a sua experiência cinematográfica, melhor você consegue apreciá-la.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece  possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Entendem da parte financeira do cinema, ou seja, como ganhar dinheiro kkkk  Não acho que eles necessariamente entendem de linguagem e arte cinematográfica. O foco deles é mercado e ganhar dinheiro, por isso temos absurdos como Vingadores: Ultimato ocupando 80% das salas de cinema.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

 

Como as conhecemos, sim, mas não por completo. Atualmente, a maior parte dos cinemas trabalham dentro do sistema Multiplex, que é quando o cinema possui várias salas, cada uma com uma programação diferente. Eu acredito que a tendência seja voltarmos a ter cinema com uma, duas salas, e uma programação variada dentro dessas salas. Isso diminui, consideravelmente, os custos operacionais de uma sala, possibilitando que o cinema se mantenha.

 

Também acredito que o cinema vai precisar se reinventar no quesito experiência. Em uma realidade onde você consegue ver tudo na internet, ir ao cinema, e pagar o ingresso caro, precisa ser justificado. O que os cinemas poderão oferecer de diferente para o espectador, que não seja uma tela grande e som bom?

 

Durante algum festival de 2020, não lembro agora se foi no Cannes Next ou no Carla, Johanna Koljonen, que é a analista do Nostradamus Report, um documento que anualmente analiza as tendências e mudanças que estão acontecendo dentro do mercado cinematográfico mundo afora, disse que, quando perguntaram para as pessoas qual o filme que as fariam voltar para o cinema durante a pandemia, as respostas em sua maioria eram filmes indies, filmes artísticos, e poucas pessoas responderam em relação a grandes blockbusters. Isso para mim também mostra a tendência de termos dois tipos de sala de cinema no futuro, uma voltada aos grandes blockbusters, que precisam fazer dinheiro dentro das salas, e também uma mais voltada para o cinema como arte.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Culpa (2018) é um filme dinamarquês que acompanha um atendente de emergência que acompanha o caso de uma mulher que foi raptada. O filme é praticamente caixa fechada, ocorrendo dentro da sala desse atendente, que fala no telefone com essa mulher. Recomendo total.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não. Por mais que já estamos agora iniciando o processo de vacinação, e o celluloid junkie realizou uma pesquisa nos EUA mostrando que nenhum caso de COVID foi transmitido dentro de um cinema até então (https://celluloidjunkie.com/2020/10/19/cj-analysis-the-number-of-covid-19-outbreaks-traced-to-cinemas-is-zero/) eu ainda sinto que é uma falta de responsabilidade abrirmos as salas de cinema.

Aconteceu em alguns cinemas na europa a criação de salas virtuais. Essa sala tinha uma programação, por horário, e você precisava pagar uma pequena taxa para assistir a esse filme, que só será disponibilizado nesse horário. Acho isso uma alternativa interessante para os cinemas, mas isso não aconteceu no Brasil.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

 

A qualidade do Cinema Brasileiro está excepcional, e quem diz o contrário não está prestando atenção. Óbvio que vira e mexe aparece um filme ruim, mas isso acontece em qualquer lugar. Quando se produz muito, nem tudo vai ser tão bom.

 

Dou como exemplo Turma da Mônica Laços, de 2019, e Tudo Bem no Natal que vem, de 2020. Sim, esses filmes tiveram orçamentos altíssimos, orçamentos que, de uma forma geral, não são muito comuns no Brasil. Contudo, esses filmes possuem padrão de qualidade de cinema norte-americano (que infelizmente é o que usamos como referencial) porém trazem a nossa história brasileira.

 

Estamos cada vez mais conquistando espaço internacional (que também, infelizmente, no Brasil é um passo importante para o reconhecimento do filme dentro do próprio país). Bacurau, por exemplo, rodou o mundo todo, estava na lista de filmes favoritos do Barack Obama, como top 10 filmes em vários sites internacionais. Até mesmo esse ano, temos vários curtas que estão qualificados para Oscar, um deles é a animação Umbrella, que eu espero muito que seja indicado.

 

Porém, toda essa qualidade crescente que temos experienciado nos últimos anos tem sido ameaçada com a ausência de políticas públicas para a criação, execução, e distribuição do Cinema Nacional. É importante lutarmos pelo o que é nosso, e garantir a existência de uma narrativa brasileira, dentro de tantas outras internacionais.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Super clichê, mas tenho adorado o trabalho do Daniel Rezende. Ele tem se mostrado um ótimo diretor em Bingo e Turma da Mônica: Laços, e estou ansiosíssima para o novo filme da turminha ano que vem.

 

12) Defina cinema com uma frase:

" Se você já se perguntou de onde vêm seus sonhos... olhe ao redor. É aqui onde eles são feitos" - A Invenção de Hugo Cabret.

(eu fiz uma tradução livre dessa frase, não achei ela em pt).

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Na estreia de Capitão América - Guerra Civil, fui com alguns amigos para assistir a sessão da meia noite. O filme começou e depois de uns 5 minutos, a imagem ficou toda embassada do nada. Foi o maior escândalo, pararam, voltaram, e dessa vez o áudio não funcionava. Foram umas 4 tentativas, já sabia os primeiros 5 minutos de có praticamente, mas não conseguiram fazer o filme funcionar. O Cinemark mudou todo mundo de sala, mas sem pensar no assento marcado, o que se tornou uma zona, todo mundo sentando em qualquer lugar. Depois de mais de uma hora, conseguiram dar play no filme. Fui sair do cinema já eram umas 3 da manhã, mas conseguimos descolar um ingresso gratuito com toda a confusão. 

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

um grande "que?"

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Depende do tipo de cinema que você faz. Eu diria que ser cinéfilo ajuda, mas não é pré-requisito. Mais importante do que ser cinéfilo é entender a linguagem cinematográfica.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Eu sou o tipo de pessoa que, mesmo em filmes ruins, tenta extrair algo, nem que seja como não fazer algo. Dito isso, A Bruxa de Blair original é um filme que eu tenho 0 paciência. Não acontece nada, não da medo, passamos 5 minutos vendo o nariz escorrendo da atriz. Eu entendo a importância histórica deste filme, e como ele abriu espaço para que algo como Atividade Paranormal exista, mas o filme não tem nada.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Da mesma forma que não consigo me comprometer a um diretor favorito, não consigo me comprometer a um filme favorito, ainda mais documentário, que, nessa quarentena, foi o que mais acabei vendo.

Mas, recentemente assisti A Terra é Plana, que fala sobre a sociedade terra planista que tem conseguido cada vez mais seguidores. Eu comecei a assistir assustada, achando que seria uma hora e meia dos caras tentando me convencer de que a terra é plana. Mas o doc faz um bom trabalho em trazer as duas perspectivas, tanto das pessoas que acreditam que a terra é plana, como de cientistas que estão lá para dizer que não. A parte mais divertida são os terra planistas tentando realizar experimentos para comprovar que a terra é plana, somente para descobrir que a terra é redonda.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

No cinema, não. Não quero incomodar outras pessoas, que às vezes ainda estão processando o filme. Em festivais e estreias, sim. É uma forma de dar um feedback para os artistas (galera adora falar que tal filme recebeu 8 minutos de aplauso em Cannes) como também mostrar sua apreciação ao filme que fizeram.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Eu AMO Kick-Ass.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Eu gosto muito do Tela Viva e Revista Exibidor, que trazem notícias sobre a indústria cinematográfica como um todo. Também consumo muito o AdoroCinema.

 

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29/01/2021

Crítica do filme: 'Tribu Urbana Dance'


A superfície de assuntos reflexivos. De maneira bem simples e passando as vezes por comédia boba e sem sal, Tribu Urbana Dance, dirigido pelo cineasta Fernando Colomo e disponível no catálogo da Netflix é a saga escrachada de um homem e seus conflitos em paralelo a uma mãe batalhadora, que adora dançar na terceira idade e com a oportunidade de se redimir de um passado com uma escolha infeliz. Produção espanhola, o projeto busca as reflexões sobre escolhas e família ao mesmo tempo que exagera nos clichês como distração.


Na trama, conhecemos um funcionário de alto escalão de uma grande empresa chamado Fidel (Paco León) que demitiu centenas de pessoas e na mesma semana tem a carreira praticamente encerrada, e jogada ao ridículo, por ser pego no flagra com a estagiária. Além disso, tudo, resolve ir procurar a mãe biológica e acaba sendo atropelado perdendo momentaneamente a memória. Assim, acaba caindo de paraquedas na vida dela, Virginia (Carmen Machi), sua mãe que se divide entre os serviços em hotel, o sustento dos outros dois filhos e as divertidas aulas de dança com as amigas.


Temos que dividir o roteiro em dois focos, o protagonista e a protagonista. A desconstrução do primeiro é feita de maneira exagerada, sonolenta e sem nenhuma profundidade. A construção da segunda é muito interessante, mostrando toda a luta de uma mãe que busca a felicidade na dança, mesmo sendo infeliz com o destino dos filhos preguiçosos e do outro que abandonara quando criança. A segunda chance que ambos conseguem em suas vidas acaba fazendo-os chegar até a interseção desse encontro recheado de cenas cômicos forçadas que as vezes até atrapalham uma boa reflexão sobre as atitudes.

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Um Filme em 30 Segundos - #10 Malu de Martino


Esse é o nosso novo projeto: UM FILME EM 30 SEGUNDOS. Onde cinéfilos e cinéfilas enviarão uma dica de filme e sua justificativa em 30 segundos. :)


Nossa convidada número #10 é cinéfila, cineasta (inclusive fez um doc. que amo) e uma pessoa muito gente boa. A querida amiga cinéfila Malu De Martino .

#umfilmeem30segundos #cinema #guiadocinefilo



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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #261 - Amanda Alves


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevistada de hoje é cinéfila, de Belo Horizonte (Minas Gerais). Amanda Alves tem 22 anos. Tem uma página no Instagram sobre filmes, o @falandodefilmes_, onde ela divide suas opiniões pessoais sobre vários filmes, séries, atores, atrizes e diretores. É apaixonada por cinema desde os seus 7 anos, e o filme que mais marcou sua vida foi Encantada.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Cineart Boulevard e Cineart Shopping Cidade. São dois cinemas que eu frequento há muito tempo e confio.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Xuxinha e Guto Contra os Monstros do Espaço. Assisti a esse filme em 2005, e fiquei encantada em ter ido a um lugar tão bacana que é o cinema.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Adam Shankman. Um Amor Para Recordar.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

O Homem do Futuro. Além de ter sido um filme muito bem dirigido, ainda teve as músicas da minha banda favorita, Legião Urbana.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

É estar apto a conhecer novos conteúdos, dar opiniões e apreciar várias obras.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Os cinemas da minha cidade têm uma programação variada. Desde filmes para crianças, até para pessoas que já possuem um ótimo conhecimento sobre cinema.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Espero que não acabe.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Antes Que Termine o Dia. É um telefilme britânico de 2004, dirigido por Gil Junger. A lição de vida desse filme é incrível. Vale muito a pena assistir.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não. Tudo tem sua hora, e se não for seguro reabrir, é preciso paciência.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Meio termo. Alguns filmes são muito bem feitos, outros nem tanto. Atualmente, o serviço de streaming cresceu muito, e vários filmes são produzidos por plataformas de cinema. Mas poucos deles fazem sucesso.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Paulo Gustavo.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Arte digna de ser apreciada por todos.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.

Fui assistir Amanhecer Parte 2 com minha mãe no cinema, e a sala em que estávamos possui várias almofadas embaixo da tela pra quem quiser colocar no assento. A tela da sala é grande, porém tem pouca distância do chão. Uma menina pegou três almofadas, e quando se levantou, bateu a cabeça embaixo da tela. Todo mundo riu da cara dela.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Clássico injustiçado.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Com certeza. Porque se for pra dirigir um filme sem conhecimento, ou sem prazer em trabalhar com cinema, melhor não fazer nada.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

High School Musical O Desafio. Eu como fã da trilogia High School Musical, me senti ofendida.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Ilha das Flores.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sim. Ao final de Vingadores Ultimato.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Não gosto do Nicolas Cage.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Adoro Cinema.

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28/01/2021

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Crítica do filme: 'Todas as Melodias'


Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí...selecionado para a Mostra de Tiradentes 2021, o documentário Todas as Melodias traça um pequeno recorte sobre a vida e algumas das canções de um dos maiores poetas musicais brasileiro, Luiz Melodia.  Com roteiro e direção assinado pelo cineasta Marco Abujamra, o projeto, em apenas 90 minutos de projeção, consegue passar muitas emoções, algumas curiosidades e muitas certezas do talento desse artista criado no morro do Estácio que infelizmente faleceu no ano de 2017.


Nesse bom trabalho, acompanhamos uma parte da trajetória de Luiz Carlos dos Santos, o Luiz Melodia, que cresceu no morro do São Carlos, no Estácio, Rio de Janeiro, e que desde criança roubava o violão do pai para começar a criar músicas desde jovem. Teve suas canções imortalizadas por grandes artistas brasileiros, como a inesquecível canção Pérola Negra na voz de Gal Costa. Sua esposa Jane Reis nos conta algumas curiosidades ao longo do documentário que traz grande parte das incríveis canções que Melodia criou ao longo de várias décadas de carreira.


Se alguém quer matar-me de amor que me mate no Estácio, bem no compasso, bem junto ao passo, do passista da escola de samba, do bairro do Estácio... Dono de uma voz única e compositor de canções que falam muito sobre o próprio e o lugar onde nasceu para o mundo, Melodia foi pai, marido, criador de malabarismos musicais (alguns inclusive incompreensíveis até hoje). Tudo cruel, tudo sistema...é uma dor que não esconde o seu papel. Durante o documentário sabemos por Jane, sua esposa, relatos sobre preconceitos vividos por Luiz e como isso de alguma forma afetava seu viver. A questão da paternidade também é um relato profundo, conheceu o filho somente quando esse tinha 10 anos.


Todas as Melodias é para os fãs e também para quem gosta de um bom e objetivo documentário para aprender mais sobre um alguém tão especial. Quando o amor 'tá quase mudo’, sua voz nunca deixou de mostrar estar viva.

 

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #260 - Patrícia Carvalho


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nossa entrevista de hoje é cinéfila de São Paulo. Patrícia Carvalho tem 39 anos. Mãe. Sobrevivente dos anos 90. Ama cinema, literatura e gatos.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Gosto muito das salas da Paulista. Porque tem exibições diferenciadas e o público também. Reserva Cultural. Petra Belas Artes (antiga Caixa Belas Artes).

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Demorei um pouco para ter está consciência. Porque no meu tempo não era tão forte a cultura em si. Mas na adolescência nos meus 14 comecei a frequentar com amigos e gostar. Filme A Múmia (1999).

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Difícil escolher um só. Mas: Pedro Almodóvar - A pele que habito (2011)

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

O homem que copiava - a trama é inteligente e mostra as ambições e misérias do ser humano. Amo O Auto da Compadecida por ser divertido e sou capaz de assistir mil vezes e ainda rir. Cinema Nacional é excelente pena não ser tão difundido.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Apreciar está arte sem pretensão e enxergar nos filmes nossos sentimentos e anseios. Se distrair e adquirir cultura.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Com certeza não. Acho que o lado comercial fala mais alto.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Acabar de um dia para o outro não... Mas creio que será para nichos cada vez mais específicos. Estamos na era dos streamings e o consumidor mudou muito. Podemos fazer uma comparativa com os livros.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

A floresta que se move (2015). Medianeiras - Buenos Aires na era do amor virtual (2011)

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Infelizmente não.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Cinema brasileiro tem muito potencial. Temos atores incríveis e temos saído dos estereótipos com temas diversos.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Selton Mello.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Arte pura.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.

Estava assistindo o filme Mãe! (2017) com a minha filha no Caixa Belas Artes na época... E de repente algumas pessoas se sentiram ofendidas com o conteúdo do filme e foram saindo abruptamente.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

É sério? Risos. Acabo de saber da existência deste filme agora.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Partindo do princípio de amor ao que se faz sim. Porém acredito que deva haver muitas outras qualidades.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Ih... Tem tantos. Mas gosto não se discute. Mas para escolher um : Velozes e Furiosos... Qualquer da franquia (não que eu tenha visto todos).

 

17) Qual seu documentário preferido?

Adoro documentários. O dilema das redes é sensacional.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Bohemian Rapshody.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

8 mm (1999).

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Adoro Cinema.

 

 

 

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Um Filme em 30 Segundos - #9 Clarissa Kuschnir


Esse é o nosso novo projeto: UM FILME EM 30 SEGUNDOS. Onde cinéfilos e cinéfilas enviarão uma dica de filme e sua justificativa em 30 segundos. :)

Nossa convidada número #9 é cinéfila, jornalista, crítica de cinema, adora curtas-metragens e uma pessoa muito gente boa. A querida amiga cinéfila Clarissa Kuschnir.

#umfilmeem30segundos #cinema #guiadocinefilo


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27/01/2021

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Crítica do filme: 'Minha Irmã'


A força do amor entre irmãos e as superações da vida que precisam enfrentar. A vida não é fácil, é uma estrada complicada, repleta de obstáculos. Indicado da Suíça ao Oscar 2021, Minha Irmã é um impacto recorte na vida de uma forte mulher que aos poucos vê a solidez de alguns de seus pilares desmoronarem incontrolavelmente, desde o estado complicado de saúde de seu irmão gêmeo até uma crise intensa e amargurada em seu casamento. Escrito e dirigido pela dupla de cineastas Stéphanie Chuat e Véronique Reymond. Destaque para a atuação emocionante da atriz alemã Nina Hoss.


Na trama, conhecemos os irmãos gêmeos Sven (Lars Eidinger) e Lisa (Nina Hoss). O primeiro está com um sério problema de saúde e passa por uma não bem sucedida transplante de medula óssea. A segunda é uma escritora de peças de teatro que está com um vendaval de situações importantes acontecendo ao mesmo tempo em sua vida e precisa ainda ser a principal cuidadora do irmão o que gera nela terríveis dramas e uma iminente decadência em seu casamento com o marido Martin.


O foco é na irmã, uma mulher que precisa se virar para poder conciliar a terrível doença do irmão, a educação de suas filhas, idas e vindas do seu país de origem até onde seu marido trabalha, as complicadas decisões do futuro de sua família com a oportunidade que chega ao seu marido. Os desenrolares das escolhas dessa forte protagonista acabam sendo uma jornada bem bonita de encarar os obstáculos mesmo que para isso precisem ser tomadas decisões solitárias.


Minha Irmã é um longa-metragem repleto de amor e de solidão do afeto. Há contrapontos que se unem em momentos de reflexão, como o fato de uma certa distância da mãe sobre tudo que acontece com o filho. Nem sempre na vida teremos finais felizes mas precisamos converter nossas escolhas em soluções vindas de escolhas que vem do coração. Schwesterlein, no original, nos faz refletir bastante sobre a vida. Belo filme.

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #259 - Guilherme Teixeira


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Póvoa de Varzim (Portugal). Guilherme Teixeira tem 19 anos. É estudante de direito na Universidade Católica Portuguesa (UCP). Sempre usou o IMBD para falar sobre filmes, mas agora usa maioritariamente o Instagram para discutir e mandar alguns bitaites sobre a 7º arte.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Não tenho nenhuma preferência em especial em relação a salas de cinema. Desde que não tenham ecrãs de lado tudo bem, porque além de ser um ponto de distração, a grande maioria dos filmes não foi feito para esse efeito.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Sempre tive um apreço pelas salas de cinema, mas um filme que realmente me marcou foi  A Chegada’ do Denis Villeneuve. Toda a atmosfera só pode ser vivida mesmo numa sala de cinema.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Martin Scorsese é claramente o meu favorito, a forma como ele trata a condição humana e como consegue explorar as tentações mais primitivas inerentes à nossa condição é genial. Apesar de Scorsese ter o lugar reservado, tenho que fazer uma menção a Denis Villeneuve, acho que existem poucos com a habilidade de tratar de questões quase filosóficas em conformidade com narrativas que te prendem do início ao fim.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

O meu filme brasileiro preferido, e que claramente está no meu top10, é Cidade de Deus. Já em relação a filmes portugueses, não consigo dizer que tenho um claro favorito, mas para todos os efeitos Mosquito é um filme realmente muito bom.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Para mim cinéfilo é uma pessoa que adora tudo o que engloba esta magia a que decidimos chamar de 7º arte.

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece  possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Nunca tinha parado para pensar nisso. Talvez, mas também não vejo muita relevância em relação a esse aspeto. Os cinemas têm que oferecer o que há e o resto o público decide.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Eu espero que não, e acredito que isso não vá acontecer. Ver um filme no cinema é totalmente diferente de ver um filme numa plataforma de streaming. No cinema as pessoas, por norma, estão totalmente investidas no filme, enquanto que em casa há sempre a tentação de puxar o filme para trás, pegar no telemóvel, meter em pausa etc.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

A Ghost Story. É um filme lento, sim, mas é daqueles filmes que diz mais com o silêncio do que propriamente com os diálogos.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Eu sei que a situação no Brasil está complicada, confesso que em Portugal também não está famosa, mas falando pela experiência que tive cá, não acho que seja nos cinemas que acontece os contágios, pois as salas raramente estão cheias, existe distanciamento e um todo de conjunto de regras. Desde que sejam cumpridas as normas de segurança para mim tudo bem, caso contrário não adianta abrir.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?  

Sempre tive uma grande admiração pelo cinema brasileiro, desde a Cidade de Deus até à Tropa de Elite. Esta admiração veio a reconfirmar-se com o recente Bacurau.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Apesar de não ser um seguido assíduo, tenho que confessar que um filme que tenha o Wagner Moura é sempre um incentivo para ver.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é o que tu estás disposto a sentir e a ver.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Lembro-me de quando era pequeno fui ver um desenho animado, cujo o nome não me lembro, e perante uma sala cheia de crianças o primeiro trailer que passou foi de um dos filmes dos Jogos Mortais.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Não sabia o que era, e preferia não ter pesquisado.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Para ser sincero não faz muito sentido ser um cineasta e gostar de cinema, é um contrassenso enorme.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?  

Definitivamente 365 dias, um filme problemático a todos os níveis.

 

17) Qual seu documentário preferido?

For Sama.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?

Sim, da mesma forma que batemos palmas quando vamos a um concerto, acho que é uma forma legítima de reconhecer o mérito de todos que participaram na longa, estando ou não os participantes na sessão.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Mandy.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Uso principalmente as plataformas de streaming como a HBO e a Netflix.

 

 

 

 

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Um Filme em 30 Segundos - #8 Kathia Pompeu


Esse é o nosso novo projeto: UM FILME EM 30 SEGUNDOS. Onde cinéfilos e cinéfilas enviarão uma dica de filme e sua justificativa em 30 segundos. :)

Nossa convidada número #8 é uma das grandes cinéfilas cariocas, amante dos filmes do Woody Allen e uma pessoa muito gente boa. A querida amiga cinéfila Kathia Pompeu .

#umfilmeem30segundos #cinema #guiadocinefilo



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Crítica do filme: 'Bela Vingança'


Os traumas que nunca saem de nossas mentes e mudam radicalmente uma trajetória. Selecionado para dezenas de festivais e muito cotado para algumas categorias do Oscar 2021, escrito e dirigido pela cineasta e atriz britânica Emerald Fennell (em seu primeiro longa-metragem atrás das câmeras), Promising Young Woman é pulsante, intenso, usa do impactante, do sarcasmo, para criar um raio-x profundo para quem ainda tem dúvidas sobre o assédio, o machismo que acontece muito por aí. Mostrando o caminhar de alguns em cima da linha tênue do ‘benefício da dúvida ou acreditar em quem diz ser vítima?’ o projeto conta com uma atuação marcante da excelente atriz britânica Carey Mulligan.


Na trama, conhecemos a ex-estudante de medicina Cassie (Carey Mulligan) que mora com os pais em uma confortável casa. Ela trabalha em um café da cidade e passa suas noites indo a boates e points de pegação onde se finge de bêbada para dar lições em homens que dão em cima dela nesse estado. Há algum trauma, um gatilho para fazer o que faz e vamos entendendo melhor os seus porquês principalmente quando sabemos do suicídio de uma grande amiga nos tempos de faculdade. Mas tudo muda com a chegada novamente em sua vida de Ryan (Bo Burnham), um cirurgião pediatra que esteve tempos atrás com ela.


Promising Young Woman é o caminho conturbado de uma protagonista, brilhante nos tempos de faculdade, que após o assédio e exposição de uma grande amiga resolve abandonar tudo e viver uma vida em busca de vingança contra o machismo descarado mesmo que isso a faça viver situações constrangedoras e perigosas. Sua única saída é a vingança e ela chega de maneira como se estivesse em um túnel onde é impossível enxergar o fim dele. O projeto não deixa de ser uma análise profunda sobre a sociedade que vivemos. As conturbações psicológicas da protagonista, na verdade, podemos enxergar também como uma série de gritos de indignação com as ‘absolvições’ de quem merece a punição.


Nos tempos atuais onde a luta contra o assédio se torna cada vez mais importante e dominante em diversos segmentos empresariais e da sociedade como um todo, o papel da arte em mostrar espelhos da sociedade é fundamental para consolidar esse pilar. Ótimo filme.

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26/01/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #258 - Gilberto Lima


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Nilópolis (RJ). Gilberto Lima tem 29 anos, é o criador da página @Cinevejabr no Instagram.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Aqui no município não tenho preferência de salas. Gosto de pegar a sessão das 19:00. Eu adoro assistir filmes no início da noite.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Homem Aranha (2002).

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Ridley ScottGladiador.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

O Caminho das Nuvens.  Filme maravilhoso com Wagner Moura e Claudia Abreu. Uma história de fé e perseverança. Me emociono sempre que assisto.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Eu estou sempre me conectando com a sétima arte. Me interesso por tudo ligado ao cinema. Tenho um gênero preferido (Drama), mas assisto de tudo! Se isso faz de mim um cinéfilo, Fico "felizaço!".

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Bom, dos cinemas que conheço, diria que 50% entende, sim!

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

É uma pergunta bem difícil. Mas eu acredito que não! A experiência, a sensação de assistir um filme na sala de cinema é única. Streaming nenhum vai proporcionar o que o cinema proporciona. Obs: Eu adoro streaming.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Relatos Selvagens. filme argentino de 2014, Dirigido por Damian Szifron.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Seguindo à risca todas as normas de segurança da OMS, sim!

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O cinema nacional caiu bastante de produção. Sem o suporte do governo federal, a situação fica bem complicada.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Wagner Moura.

 

12) Defina cinema com uma frase:

O cinema é uma grande escola. Estou sempre aprendendo. Ele me proporciona diariamente, momentos de bastante reflexão! Cinema é arte!

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Eu e um amigo fomos assistir X Men - O Confronto Final no cinema em 2006. Gostamos muito do filme. Por diversas vezes vibramos é aplaudimos o longa durante a sessão. Quando terminou e as luzes acenderam, esse amigo meu levantou, quando foi descer a escadinha dentro da sala, teve cãibra na perna e acabou caindo em cima de casal que ainda estava sentado... hahahahaha... Nunca mais esqueço desse dia. Fiquei envergonhado por ele.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Um clássico do cinema nacional.. hahaa.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

A minha linha de raciocínio é a seguinte: Muitos diretores não se consideram cinéfilos,  mas são! Grande parte trabalha com cinema há anos, entendem de tudo e mais um pouco! Estão totalmente entregues, focados, imersos à setima arte. Pra mim, são cinéfilos, sim!

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Um Trash chamado Náusea Total.

 

17) Qual seu documentário preferido?

A Corporação.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sim.

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

60 segundos.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Dalenogare.com

 

 

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25/01/2021

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #257 - Bruno Overbeck


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, nascido em Aracajú (Sergipe) mas reside atualmente em Brasília. Bruno Overbeck se formou em Cinema na UFS em Sergipe e está no caminho de se formar em arquitetura em Brasília. Amante nato do cinema, defende que a leitura é mais importante do que qualquer outra coisa, este foi o fator principal para criação da OverCine em 9 de fevereiro de 2020, leitura e mais leitura. Segundo ele, cinema é subjetividade no mais alto nível, a diferença está nos argumentos apresentados, apenas isso. Procura trazer na sua página diversos pontos de vistas baseados em seus conhecimentos adquiridos pelos anos. De acordo com ele, ninguém é dono da verdade, todos temos o direito de pensar diferente do outro, Cinema é humanidade. Cinema não precisa ser chato, a fórmula perfeita seria todos alinharem uma boa leitura de crítica logo após um belo filme.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Moro no centro de Brasília, há pelo menos 4 Shoppings no raio de 8km que possuem salas bacanas de cinema, porém prefiro o Shopping Pier 21, pelo fato de ser menos movimentado e a qualidade das salas serem excelentes, ah, é Cinemark. Adoro outro Shopping chamado Casa Park, pois lá apresentam filmes Cult, que são raramente expostos nas salas mais populares, inclusive queria uma expansão maior de tais filmes para o público. Um exemplo claro, foi o Farol de Robert Eggers, em 20 cinemas de Brasília foi exibido em apenas um.. chega a ser medonho.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Eu tinha por volta de 6 anos quando meus pais me levaram para assistir Harry Potter e a Pedra Filosofal, acho que depois dessa experiência, tudo teve um novo sentido nessa relação de ir ao cinema.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Difícil demais, mas vou citar 2 para desencargo de consciência. Damien Chazelle com o estupendo Whiplash e Hitchcock com o atemporal, Um Corpo que Cai.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

É quase impossível escolher só um, tenho grande afeição por Cidade de Deus e O Som ao Redor. O primeiro me impacta pela maneira como foi abordado o crime e seu impacto destrutivo na mente dos que não possuem outra opção na vida e o segundo pelo tato impecável e célere do KMF.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

O termo se tornou banal, infelizmente. Mas se fosse para definir tal termo, penso que o mais apropriado seria: Ser cinéfilo é enxergar todas as subjetividades possíveis de tal obra mesclando com um olhar profundo para descobrir que o cinema vai além de tiros, bombas e efeitos visuais.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Claramente, Não!

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Penso que não, há muita demanda, só saber tirar proveito disso. Não dá para comparar a experiência de um cinema com o nosso sofá. É mágico estar cara a cara com a telona.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Sangue Negro de PTA e o Grande Ditador de Chaplin.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

É um tema delicado, penso que se autorizaram bares e restaurantes, o cinema pode sim ser autorizado. Não faz sentido autorizar aglomeração em certos pontos e em outros não. Deviam fechar tudo, mas não é assim que funciona né?

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

O nosso cinema é rico de cultura, possui exímios diretores e excelentes atores. Precisamos de mais investimentos graúdos porque qualidade e empenho temos de sobra.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

São muitos, mas adoro o Wagner Moura e a Sônia Braga, onde tem trabalho dos 2, eu dou um jeito de ver o quanto antes.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema não se trata apenas de arte, é vida!

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Quando menor, por volta de meus 11 anos, entrei atrasado em sessão com meus amigos para assistir Harry Potter 4, entramos desesperados, sentamos e ficamos vendo as cenas de ação do torneio Tribruxo, foram uns 10 minutos sem diálogos no filme, quando teve o primeiro diálogo, percebendo que a sessão era legendada, gritamos e perguntamos o porque disso?! Levamos inúmeras vaias pois descobrimos que erramos a sala, foi triste.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Era melhor ter visto o filme do Jacaré ! Vergonha alheia seria um elogio, é deprimente e mentalmente radioativo.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Penso que não. É uma escolha, temos que julgar o trabalho feito, e não escolhas pessoais. A leitura é muito mais importante do que você assistir 4 filmes por dia, mas se você aliar as duas coisas, aí fica sensacional!

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Nossa, no cinema? Acho que After e um filme da Xuxa que eu não lembro o nome.

 

17) Qual seu documentário preferido?

Não guardo muitos na memória, mas de supetão, eu fiquei bem impactado com Bem vindo à Chechênia e For Sama.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sim!

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

A Outra Face e Mandy.

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Sempre acompanhei o Omelete.

 

 

 

 

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24/01/2021

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Crítica do filme: 'Nomadland'


O que é lembrado, vive. Um dos filmes mais badalados para a próxima premiação do Oscar, Nomadland, escrito (baseado no livro homônimo de Jessica Bruder), dirigido e editado pela cineasta chinesa Chloé Zhao é um road movie cíclico sobre a solidão e os desencontros em relação ao lugar no mundo de uma forte e solitária protagonista (interpretada pela ótima Frances McDormand). Nos faz refletir bastante sobre nossa existência e também sobre as estradas da vida que todos enfrentamos, cada qual a sua forma. Assuntos atuais como a crise econômica e as gangorras de um capitalismo que leva a maioria dos trabalhadores a serem um mero número sem piedade quando as dificuldades ou rendimentos abaixo do esperado chegam também estão presentes nesse belo trabalho vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza.


Na trama, conhecemos Fern (Frances McDormand) uma mulher mais velha que vive em uma Van antiga, nômade, pelas estradas da vida. Sem lugar fixo, trabalha em determinadas época do ano na mesma filial de distribuição da Amazon. Combate a solidão, o frio, as desconfortantes situações que precisar enfrentar para buscar respostas que tanto procura. Quando o amor chega inesperadamente, ou algo parecido com isso, acaba gerando uma espécie de conflito dentro dela e decisões precisarão serem tomadas.


Lar é só um nome ou é algo que carregamos conosco? A protagonista não é uma mulher perdida no mundo, na verdade é uma corajosa ser humana, dona de uma atitude para muitos radical mas que para ela se torna uma única saída. A decisão de viver sozinha a leva a um combo de emoções. A perda do marido, conexão com a natureza, à espera de uma palavra amiga nos momentos mais duros e difíceis, há muitos pontos para análise nessa construção profunda de uma personagem forte que aos poucos vai aprendendo a cada dia mais sobre a vida sozinha e sobre os obstáculos que pode enfrentar pelo caminho.


A direção é magistral. Zhao consegue nos mostrar as belezas da solidão, o elo da protagonista com a natureza (em cenas belíssimas) e a dureza de momentos conflituosos onde as lágrimas se tornam as grandes companheiras de viagem. Alguns acharão um ‘filme lento’ mas as conexões com a histórias estão por todo lugar, além disso, por conta de depoimentos de outros na mesma situação de Fern, em praticamente um retrato real sobre nômades, vamos refletindo sobre essa situação de muitas almas solitárias e suas escolhas em estarem sozinhos nas respectivas fases da vida que se encontram.  Belo filme.  

 

 

 

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E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #256 - Lucas Corrêa


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, do Rio de Janeiro. Lucas Corrêa tem 22 anos. Gosta muito de assistir, debater, admirar e falar sobre filmes, um grande fã da sétima arte. Extremamente viciado em super-heróis e ficções científicas, que não deixa passar um filme de ação e drama, mas que ainda admira uma boa comédia. Criador da página @thelucasviu no Instagram para se distrair e falar sobre o que achou dos filmes (e séries) que já assistiu e fazer indicações.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

UCI New York City Center, pela disponibilidade de várias salas e por assim conseguir exibir diversos filmes não só os maiores.

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Os Vingadores (2012).

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Chistopher Nolan, Interstellar.

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

O Homem do Futuro (2011), ele é diferente da maioria dos filmes nacionais, consegue misturar ficção científica com a comédia romântica e entregar um produto final bom, ele surpreende e é extremamente divertido de se ver.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Admirar o cinema e gostar bastante de falar sobre, sem precisar entender detalhes técnicos, apenas apreciar e debater.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não, a maioria só passa as grandes produções e filmes mais famosos mesmo.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não, apesar da força do streaming, acredito que o cinema ainda seja muito forte, e a sua experiência é uma coisa única, que não tem como substituir de maneira alguma.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

O Ódio que Você Semeia (2018) todos deveriam assistir!!

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Não, apesar de sentir falta, acho algo extremamente arriscado e precipitado.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

É muito competente e merecia um investimento e apoio muito maior. A comédia brasileira é um dos nossos maiores trunfos.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Paulo Gustavo! A comédia brasileira é uma coisa incrível, e por mais que não sejam filmes de grandes produções, conseguem entregar algo ótimo com básico, e todos os filmes dele fazem isso!

 

12) Defina cinema com uma frase:

Uma experiência única

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Presenciar a atual encontrando o namorado/marido com a amante e a discussão ser melhor do que filme.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Não tenho coragem.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não, se existe paixão e dedicação pelo o que se tá fazendo, você é capaz de fazer o que quer tendo experiência ou não.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

Dragonball: Evolution (2009).

 

 

17) Qual seu documentário preferido?

Não sou muito fã, mas um que assisti e gostei foi Free Solo (2018)

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Sim, tem filme que merece, como por exemplo, Avengers: Endgame (2019).

 

19) Qual o melhor filme com Nicolas Cage que você viu?

Eu gosto demais de Kick-Ass (2010).

 

20) Qual site de cinema você mais lê pela internet?

Omelete e Adoro Cinema, mas eu gosto muito dos posts independentes de pessoas que gostam de falar sobre sem nenhum compromisso também.

 

 

 

 

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