17/02/2012

Crítica do filme - 'Anjos da Noite - O Despertar'

Muito aguardado pelos fãs da trilogia, o quarto filme da saga “Anjos da Noite” chega aos nossos cinemas no dia  02 de março. A história fraca e a busca pela melhor tomada nos belos olhos azuis de Kate Beckinsale não ajudam muito a fita dirigida pelos suecos Måns Mårlind e Björn Stein.

Na trama, uma guerreira vampira consegue se libertar de uma organização mal intencionada após 12 anos em cativeiro gelado. No lugar do único homem que amou ela encontra uma menina com os olhos dele. De volta à vida, tem que se preparar para uma guerra entre espécies e mais tarde ainda fica sabendo que tem uma filha que não é exatamente somente uma vampira.

A atriz inglesa Kate Beckinsale (que interpretou Ava Gardner em “O Aviador”)  tem a difícil missão de ser a protagonista desse duelo entre lobisomens e vampiros. Com a roupa preta bem justa a beleza da artista é bastante explorada. Sua personagem Selene é uma lutadora exterminadora de inimigos, para vocês terem uma idéia, numa cena provoca uma fratura exposta com apenas um movimento. As pistolas duplas (utensílios bastante utilizados durante as batalhas) lembram a famosa Lara Croft.

A breve introdução, sobre a história dos outros filmes da saga, ajuda o espectador a situar-se melhor com o que acontece em cena. Então, respondendo a pergunta de vocês: Não precisa ver todos os outros três filmes para assistir a esse (mas, é sempre bom né?).

O filme é o irmão gêmeo bivitelino de “Resident Evil”. Analisando: futuro cheio de não-seres humanos, potencial bélico aos montes, protagonistas lindas e corajosas, dezenas de baixas de guerra pelo caminho, roteiros confusos e direções contestáveis. São ou não são iguaizinhos?

Baseado na história de Len Wiseman, o pensamento nerd paira no ar, esse longa daria um ótimo jogo para qualquer console de última geração.

Em seu desfecho, fica evidente uma enorme deixa para um quinto filme.

Vá conferir caso seja fã da nova mamãe vampira da praça.



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16/02/2012

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Crítica do filme - 'Tão Forte e Tão Perto'

Existe alguma chave que ajuda a curar o sofrimento? Com essa pergunta pendurada no pescoço somos guiados por um jovem em uma busca emocionante, onde entendemos melhor vários estágios de uma perda muito sentida por uma família de classe média americana. Baseado no livro de Jonathan Safran Foer, “Tão Forte e Tão Perto”, emociona e mostra que não podemos mudar o impossível, mas podemos tentar.

Na trama, um menino de nove anos de idade encontra uma chave misteriosa (com um nome no verso do envelope) deixada para trás pelo seu pai (interpretado por Tom Hanks), que morreu no World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. Com o objeto e o nome de quem precisa achar nas mãos, arma um plano para encontrar o que aquela chave abre. A história demora um pouco para chamar a atenção do público. O longa ganha muito mais sentido com a entrada do personagem de Max von Sydow (que foi indicado ao Oscar desse ano por esse papel) à trama. Nesse momento, a relação neto x avô é mostrada com medidas cirúrgicas de emoção. O ator sueco de 83 anos, a La Dujardin, não fala e conquista o público e os críticos.

Oskar caminha pela cidade, tem pânico dos transportes públicos (fator que foi agravado após o terrorismo nas torres gêmeas), chama o dia 11/9 como “Pior Dia”. Cada vez mais distante da família que lhe resta, quase se perde em uma busca incansável onde cada pessoa se torna um número numa equação gigante e aos poucos vemos que as histórias dos outros, se tornam a história dele. A interpretação do ator Thomas Horn é espetacular, comove e passa uma verdade impressionante. Atua como gente grande. Com um instrumento sonoro nas mãos, uma chave no pescoço e um mapa da cidade, seu personagem Oskar, parte rumo à uma expedição que mudará sua vida e a de muitos a sua volta.

A relação mãe x filho é completamente abalada, o menino era muito mais próximo ao pai. Sandra Bullock está muito bem no papel da sofrida Linda Schell, sem medo de errar arrisco dizendo que é a melhor atuação dela no cinema. Aos poucos, vamos descobrindo mais sobre o impacto daquele dia terrível; às vezes sob a ótica de Oskar, em um ótimo momento vemos como os olhos da mãe viram aquela sensação horrível de perda.

A culpa, fator não percebido antes pelo público, aparece na história já em seu desfecho emocionando a todos com uma cena no trigésimo andar de um prédio.

O filme conta com uma ótima direção de Stephen Daldry ("Billy Elliot”,"As Horas","O Leitor") e uma trilha fabulosa (mais uma) de Alexandre Desplat, o qual, chamarei carinhosamente de novo John Williams.

Já estão com os lenços preparados? Vocês vão precisar deles quando o dia 24 de fevereiro chegar e você correr para a porta do cinema mais próximo para conferir esse bom filme que concorre ao Oscar desse ano, na categoria principal.

Não perca tempo! Dê uma chance a essa história!
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15/02/2012

Crítica do filme - 'White Irish Drinkers'

Um filme muito interessante que surpreende pela carga emocional envolvida nessa história de dois irmãos que moram no mesmo lugar mas vivem uma realidade completamente diferente uma da outra.  Escrito e dirigido por John Gray (que já dirigiu alguns episódios do seriado ‘Ghost Whisperer’), ‘Irlandeses Bêbados’ é uma grata surpresa.

Na trama, que acontece no Brooklyn em meados da década de 70, dois irmãos buscam uma maneira de sair do bairro em que vivem e ser alguém na vida. Danny (papel de Geoffrey Wigdor) é um impulsivo marginal que vive de pequenos delitos, já Brian (interpretado por Nick Thurston) é um sonhador que tem na arte do desenho sua válvula de escape para a violência que enfrenta em casa nas mãos do pai.  Quando ficam sabendo de uma apresentação dos Rolling Stones num teatro local resolvem fazer um pacto para roubar o local na noite de um concerto.

O longa analisa a situação de uma complexa família no Brooklyn em algumas décadas atrás. O sofrimento dos filhos, a incapacidade de ação da mãe (muito bem interpretada pela atriz Karen Allen), o genioso e nada amoroso pai, as dificuldades de morar em um lugar sem grandes oportunidades, a luta pelo primeiro amor, a busca de chances em outro lugar. Cada personagem contribui bastante para que o filme ganhe contornos dramáticos já em seu final.

As menções à uma época passada (quando os irmãos eram menores) ajudam a entender todo aquele sentimento que às vezes parece se perder nas atitudes de uma dessas partes. É uma daquelas fitas ideais para que gosta do gênero drama. Não há muitas surpresas ao longo da trajetória dos protagonistas, fica um pouco eminente o desfecho por conta do caminho seguido pelos personagens ao longo da história.
Gosta de emoção e personagens envolventes? Dê uma chance a esse filme!
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14/02/2012

David Fincher - De Clipes musicais à idolatria no mundo do cinema

Um do mais aclamados diretores americanos começou sua carreira em uma empresa de George Lucas (ILM) e teve experiências em vídeos de publicidade e clipes para artistas, como Aerosmith e Madonna, antes de dirigir seu primeiro longa metragem.

Fincher começou a pensar em filmes aos oito anos de idade, frequentemente brincava com a câmera de seus pais. Na década de 80 viu o clássico "Star Wars - O Império Contra Ataca" e foi essa experiência que o fez olhar de outra maneira para a sétima arte, ajudando-o a encontrar a sua própria maneira de fazer cinema. A partir daí, dirigir grandes produções estava se tornando eminente. Antes dos 20 anos já estava empregado na "Industrial Light and Magic - ILM" de George Lucas, onde ficou vários anos. Deixou a ILM para fazer publicidade e depois vídeo clipes musicais, seis desses trabalhos chegaram ao Top 100 da MTV, em eleição dos 100 melhores do século.

Indicado ao Oscar na categoria ‘melhor diretor’ duas vezes ('A Rede Social' e 'O Curioso Caso de Benjamin Button', venceu pelo primeiro), David Fincher tem nove trabalhos dentro do cinema que iremos analisar brevemente nas linhas de abaixo.


1992 - Alien 3

Talvez o seu pior trabalho. Como era início de carreira, créditos são dados a ele. O filme é bem abaixo de outros da franquia e definitivamente Fincher não deveria ter escolhido fazer esse longa.

1995 - Seven - Os Sete Crimes Capitais (Se7en)

Em 1995, David Fincher começaria a marcar seu nome na história do cinema com a história de dois detetives que investigam um assassino psicopata que deixa pistas através dos pecados capitais. Com um elenco sensacional (Brad Pitt, Morgan Freeman, Kevin Spacey, entre outros), 'Seven' foi um grande sucesso de público e crítica elevando o diretor de patamar.

1997 - Vidas em Jogo (The Game)

Após o sucesso com 'Seven', David Fincher aceitou a direção do longa 'The Game' que teve Michael Douglas no papel principal. Na história, o milionário Nicholas Van Orton (Douglas) recebe um estranho presente de aniversário do rebelde irmão (Sean Penn), um jogo que consome sua vida aos poucos. É um filme de mistério que foi lançado no Brasil no começo do ano de 1999. Não é um dos trabalhos preferidos dos fãs do competente diretor.
  

1999 - Clube da Luta (Fight Club)

Um dos filmes mais marcantes da história do cinema teve direção desse genial diretor. “Clube da Luta” foi uma adaptação do romance de Chuck Palahniuk que conta a história de um empregado de escritório, que sofre de insônia, e um vendedor de sabão que constroem uma organização global, um clube da luta, onde pessoas brigam violentamente. Edward Norton e Brad Pitt fazem uma dupla explosiva e completamente fenomenal.

Curiosamente, após ser lançado, "Clube da Luta" foi muito criticado pelos especialistas o quê levou para o fracasso de bilheteria nos Estados Unidos. No entanto, muitos críticos e espectadores mais tarde mudaram suas opiniões e o filme aparece em muitos "Melhores do Ano”e logo se desenvolveu um culto de seguidores mundo á fora. Curiosidades à parte, Fincher dirige com maestria e merecia o Oscar já por esse trabalho. Sem dúvidas, o melhor de sua filmografia.

2002 - O Quarto do Pânico (Panic Room)

Seu primeiro trabalho no século XXI foi "O Quarto do Pânico". Dirigindo a vencedora do Oscar Jodie Foster, a (na época) pequena Kristen Stewart e o também vencedor do Oscar Forest Whitaker, Fincher foi muito elogiado por esse trabalho. Na história uma mulher e sua filha se trancam dentro de um quarto ultra-protegido após sua casa ser invadida por ladrões. O Thriller fez bastante sucesso nas bilheterias em todo o mundo.

2006 - Zodiáco (Zodiac)
Seu sexto longa-metragem é baseado em uma investigação real sobre um serial killer que agiu nos EUA durante o final da década de 1960. Fincher dirigiu nesse filme bons nomes do cinema americano, como: Robert Downey Jr., Jake Gyllenhaal e Mark Ruffalo. É um dos filmes mais elogiados da filmografia de Fincher, pelos cinéfilos.


2008 - O Curioso caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button)

Com uma trama que lembra muito o clássico filme de Robert Zemeckis, "Forrest Gump", só que de trás pra frente, Fincher teve bastante trabalho para contar a história de Benjamin Button, um homem que nasce com oitenta e poucos anos e rejuvenesce a cada dia que passa. O filme é baseado em um conto de F.Scott Fitzgerald e estrelado por Brad Pitt e Cate Blanchett. O diretor foi indicado ao seu primeiro Oscar por esse bom trabalho.


2010 - A Rede Social (The Social Network)

O assunto do momento (o avanço das redes sociais no planeta) foi mais um desafio encarado pelo diretor de 49 anos. Contando a história do site mais famoso do mundo, o Facebook, Fincher chegou ao seu merecido Oscar de melhor diretor. O roteiro (assinado pelo genial Aaron Sorkin), repleta de detalhes, foi adaptado do livro de Ben Mezrich. O filme gerou algumas críticas negativas mas em geral agradou muitos cinéfilos. O Oscar recebido foi mais pelo conjunto da obra, já que, nem de longe esse é o melhor trabalho de David Fincher na direção de um longa.


2011 - Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres (The Girl with the Dragon Tattoo)

Após grandes feitos no cinema, Fincher resolve fazer algo bastante arriscado: um remake do clássico filme sueco "Os Homens que não amavam as Mulheres". Foi arriscado porque a versão original é sensacional e seria muito difícil o filme chegar ao mesmo nível, porém, Fincher é Fincher. Para dar certo essa nova adaptação, a personagem enigmática e nada comum Lisbeth Salander deveria ser interpretada por uma atriz que se entregasse de corpo e alma no papel, a escolhida foi a grata surpresa Rooney Mara (que deu um verdadeiro show em cena). Com mais esse grande sucesso, David Fincher é um dos diretores mais queridos pelos cinéfilos que sempre aguardam com ansiedade seus futuros trabalhos.  


Abaixo a Coletiva de Imprensa (Legendada) de MILLENNIUM: OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES , na Suécia.





E aí, concordam com as análises? Gostam do Fincher? Comentem! J
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13/02/2012

Porque Um Sonho de Liberdade é o filme favorito de muitos cinéfilos?

Não é de hoje que quando perguntamos a alguém (principalmente pela internet) uma dica de filme imperdível a resposta é: ‘Um Sonho de Liberdade’.  Com notas altíssimas nos principais sites de cinema de todo o mundo, esse filme de Frank Darabont (baseado na história de Stephen king: Rita Hayworth and Shawshank Redemption) diverte, emociona e tem uma química inexplicável com cada espectador que estaciona em uma cadeira durante 142 minutos para acompanhar a trama.

Todos os filmes sempre geram comentários que se divergem e cada cinéfilo defende o seu ponto de vista, às vezes de maneira calorosa, mas logo contornado pelos amigos (isso ocorre muito nas redes sociais).  No caso desse, isso não ocorre. Não conheço uma pessoa até hoje que não tenha gostado desse longa estrelado por Tim Robbins. É uma unanimidade quase que absoluta, alvo apenas de recordações maravilhosas vistas nos posts desse quando publicado em alguma revista, na televisão, na internet...

Os personagens cativantes são um dos grandes trunfos do filme. Poderia falar de todos os personagens que tanto amamos, porém, para o post ficar com uma quantidade adequada de caracteres ao amigo leitor apenas os principais serão brevemente comentados.

Tim Robbins é o protagonista Andy Dufresne, um banqueiro que é acusado de ter assassinado a esposa infiel e o amante dela. Condenado à prisão perpétua, conhece a dor e o sofrimento buscando forças nas amizades que faz nessa prisão e principalmente não perdendo o sonho de liberdade. Uma poderosa atuação desse grande ator.

Morgan Freeman é Ellis Boyd Redding (ou ‘Red’, como preferirem), um presidiário boa praça que praticamente domina o ‘mercado’ dentro do presídio. É um dos poucos que realmente assume a culpa por estar naquela situação, tem sua vida completamente mudada com a chegada de Dufresne à prisão. Uma maravilhosa amizade é criada levando a um desfecho que emociona demais.

Warden Norton, o temido diretor da penitenciária é interpretado por Bob Gunton. As crueldades aplicadas pelo mesmo desenvolvem em todos nós um grito de revolta. Em uma das cenas mais marcantes do filme tem uma escrita de um quadro de seu gabinete mudada para “O Senhor TE julgarás antes que pensa.”

Clancy Brown interpreta o impiedoso Capitão Hadley. Dono de altos comandos dentro daquele lugar, fica muito feliz com a assessoria financeira recebida do novo preso. Participa de uma ótima cena onde cervejas são distribuídas aos voluntários para um trabalho.

 ‘Um Sonho de Liberdade’ foi indicado à sete Oscars e absurdamente não levou um único sequer. Uma das grandes injustiças da gloriosa festa do cinema. Essa afirmativa vai de encontro aqueles que não gostam ou não acreditam nessas premiações. Realmente uma mancha na história da festa em questão.

Você que já viu aposto que sempre quer rever. Você que não viu, não perca tempo! A pior parte de ‘Um Sonho de Liberdade’ é quando os créditos finais sobem, em meio aquela cena em Zihuatanejo. 
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11/02/2012

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Crítica do filme - 'O Artista'

Desde os primeiros minutos, o Oscar de melhor filme e melhor ator (desse ano) já tem fortes concorrentes. Com o objetivo de falar da trajetória dos artistas em meio ao mundo (mudo) do cinema, na década de 20, o diretor francês Michel Hazanavicius consegue reunir elementos maravilhosos que transformam ‘O Artista’ em um dos melhores filmes do ano.

Em uma época onde o cinema era mudo e as calorosas plateias lotavam as enormes salas, conhecemos um astro do gênero, que entra em crise, após a migração de todas as produções para o ‘novo’ cinema falado. Não desistindo de fazer o cinema mudo (sua grande paixão), George Valentin começa a dirigir, roteirizar e protagonizar seus próprios filmes, levando-o ao limite. Pouco tempo antes da decadência conhece uma linda mulher que, naquela época, começava uma carreira como atriz e acaba se tornando um grande amor, além de responsável pelo declínio do cinema que tanto ama.

A alegria e a leveza dos personagens em cena contagiam o público.

Jean Dujardin é o tão falado ‘Artista’, vai de mosqueteiro à Zorro em instantes! Não precisou pronunciar muitas palavras para ser um forte candidato ao prêmio máximo do cinema. Faz parte de um daqueles filmes que terão cenas preferidas e estarão em fóruns, com cinéfilos discutindo sobre ele durante décadas. Desculpem a profecia: Dujardin vencerá o Oscar, ou melhor (para não bancar o Nostradamus), Dujardin merece levar o grande prêmio. Seu personagem alegra, comove e demonstra toda a versatilidade do ator francês de 39 anos.

O papel da grande figura feminina fica na responsabilidade de Bérénice Bejo. Jovem, bonita e falante todos amam Peppy Miller. É a grande responsável pela virada na trama e tem cenas de sapateado nostálgicas com o protagonista.

Sempre bom rever Malcolm Mcdowell em cena (nosso eterno Alex de ‘Laranja Mecânica’). John Goodman também aparece no filme e faz o engraçado chefão das produções de cinema da época, James Cromwell também da o ar de sua graça na pele do motorista inseparável do personagem principal.

O cachorrinho, fiel amigo do artista, da um show à parte. O publico se diverte o tempo todo com as estripulias dele.

Entre ascensões e declínios uma grande declaração de amor ao cinema é visto na telona. A trilha sonora tem papel importante na fita, é praticamente um personagem coadjuvante escondido em meio o preto e branco da tela, emociona e comove o espectador. Mesmo sem falar uma palavra a simpatia de todos os personagens é impressionante.

Vá ao cinema, você merece ver essa história. Já viu? É pra ver mais uma vez? Com Prazer! J

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10/02/2012

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Sim, Jim Carrey sabe fazer filmes de drama!

Diretamente de Ontario, nossa pauta de hoje: James Eugene Carrey, ou apenas Jim Carrey. Filho de uma dona de casa e um contador (que era músico de Jazz nas horas vagas), Carrey cresceu junto de sua família no Canadá. Interessou-se pela comédia desde cedo e sua habilidade em fazer os outros rirem levou professores do seu colégio a lhe concederem alguns minutos antes do fim do dia de aulas para ele fazer rápidas encenações cômicas para os seus colegas. Assim, anos mais tarde perto dos anos 80, Jim começou a fazer stand-up comedy de maneira profissional, e tempo depois, a grande porta para a fama estava aberta.

Trabalhou em inúmeras produções gigantescas, como: O Máscara (Chuck Russell), Desventuras em Série (Brad Silberling), O Mentiroso (Tom Shadyac), Todo Poderoso (Tom Shadyac), As Loucuras de Dick & Jane (Dean Parisot), Ace Ventura - Um Detetive Diferente (Tom Shadyac), O Grinch (Ron Howard), isso só para citar alguns dos meus favoritos do gênero comédia.

O lado comediante do artista canadense todo mundo conhece... mas...e o lado dramático?

Jim Carrey já se aventurou em outros gêneros (fora à comédia) algumas vezes e tirando o péssimo filme ‘Número 23’ se destacou em todas as outras produções levando o público e crítica a baterem palmas para seu talento.

Abaixo, uma curta análise sobre quatro produções do gênero Drama que o carismático ator participou.

O Mundo de Andy (Milos Forman)
Dirigido por um mito do cinema, o checo Milos Forman (‘Um Estranho no Ninho’), nosso comediante favorito deu um show na pele Andy Kaufman, famoso humorista de épocas antigas, da terra do Tio Sam.  Nessa excelente biografia, Jim Carrey tem uma atuação magistral que emociona e faz o espectador querer ver o filme outras vezes.

Cine Majestic (Frank Darabont)
Filme um pouco contestado pelo público cinéfilo, é um daqueles famosos casos “Ou amo ou odeio”. Fico com o primeiro lado desse caso. Essa história é uma grande onda de louvor à sétima arte. No papel de um roteirista perseguido (na década de 50) que perde a memória após um acidente e recomeça a vida (com a identidade de outro) redescobre a magia do cinema ao iniciar a reforma da sala da cidade e preparando-a para sua nova estreia. É um dos filmes mais emocionantes do artista canadense que tanto gostamos. Nesse trabalho, conta com uma direção muito competente de Frank Darabont (‘Um Sonho de Liberdade’).



O Show de Truman (Peter Weir)
Fita de 1998, dirigida por Peter Weir e escrita por Andrew Niccol, acabou se tornando um sinal de alerta à ascensão dos reality shows na mídia. Muito usado em salas de aula mundo à fora, esse filme demonstrou todo o talento e carisma de Jim Carrey em cena. Ele diverte, briga e emociona transformando esse num dos trabalhos mais elogiados do canadense.
O personagem principal Truman Burbank (Carrey) passa uma vida inteira em frente às câmeras e não sabe, a descoberta do verdadeiro mundo nos levam a um final maravilhoso que emociona só de lembrar. Segunda melhor atuação na carreira.

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (Michel Gondry)
Com os passos dados na direção do gênero drama ficando cada vez maiores, era certo que algum dia a grande atuação da carreira desse genial ator estava próxima. No ano de 2004, Jim Carrey foi chamado para atuar ao lado de uma das melhores atrizes do mundo (Kate Winslet) e juntos fizeram um filme que está na memória de qualquer alma da galáxia que adora cinema, ‘Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças’. Joel e Clementine vivem uma história de fracasso amoroso da forma mais esquisita que alguém podia contar, talvez por isso, a fórmula tenha dado tão certo. Clementine e Joel podem ter tentando esquecer um ao outro com aquele tratamento louco de memória mas nós cinéfilos jamais esqueceremos desse maravilhoso longa dirigido por Michel Gondry, onde, Jim Carrey crava de vez seu nome na galeria dos grandes atores de comédia, ou drama...

E aí, gostaram da explicação? Concordam ou não? Comentem! J

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09/02/2012

Crítica do filme - 'A Mulher de Preto'

Uma paisagem sombria é o grande palco do novo trabalho de Daniel Radcliffe, ‘A Mulher de Preto’.  Nesse filme de suspense dirigido por James Watkins (que assinou a direção do filme ‘Eden Lake’ que tem o bom ator Michael Fassbender no elenco) toca no assunto espiritismo de maneira bem ampla mostrando personagens que acreditam e um em específico descrente de todas essas hipóteses. Entre uma névoa e outra fica evidente uma coisa: A mansão mal assombrada pelo espírito de uma mulher que se veste de preto lembra muito outro filme do gênero, ‘Rose Red’.

Na trama, um jovem advogado chamado Arthur Kipps, após o ultimato da firma onde trabalha, parte em busca de uma vila para tratar dos assuntos jurídicos de um falecido dono de uma mansão. Assim, é forçado a deixar o filho pequeno na responsabilidade de uma babá na cidade onde mora. Chegando nessa vila, logo percebe que todos os moradores parecem assustados com a presença dele e o quadro só piora quando o Sr. Kipps começa a ver uma mulher vestida de preto ao redor da mansão.

Arthur Kipps é um personagem bastante interessante. Fica visivelmente abalado emocionalmente, após o falecimento da mulher (no parto de seu filho), percebemos isso quando sentimos um conflito interno do personagem em acreditar ou não na ‘Mulher de Preto’.  O ex-bruxinho Harry Potter, Daniel Radcliffe, tem uma atuação ‘razoável para boa’ e tenta fugir ao máximo de qualquer trejeito que o faça lembrar daquele pequeno pupilo de Albus Dumbledore. Isso às vezes pode ser uma tarefa bem difícil, irá depender muito do público e como vão aceitar os novos papéis do ator inglês de 22 anos.

O grande destaque do filme vai para uma dupla de coadjuvantes, em admiráveis atuações .

Janet Mcteer (que ofuscou Glenn Close em ‘Albert Nobbs’) está excelente no papel de Mrs. Daily, uma mulher perturbada pelo espírito do filho que falecera anos atrás. A cena intensa dessa personagem na mesa de jantar gera alguns sustos. O sazonado ator irlandês Ciarán Hinds é o Sr. Daily, um homem que não acredita no espiritismo que ronda a vizinhança onde mora. É o principal amigo do personagem de Radcliffe, virando uma espécie de Watson.

O diretor, com sua frenética câmera, tenta aproximar os detalhes a todo instante. O público interage muito com a fita (se assustando principalmente) tentando encontrar nesses detalhes alguma parte importante do quebra-cabeça. O roteiro é assinado por Jane Goldman (uma das roteiristas do elogiado ‘X-Men: Primeira Classe’) adaptado do livro de Susan Hill. A boa trilha de Marco Beltrami também é digna de elogios.

Gosta de levar sustos no cinema? Confira ‘A Mulher de Preto’, estréia dia 24 de fevereiro em muitas salas de todo o Brasil.
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08/02/2012

Crítica do filme - 'Star Wars – A Ameaça Fantasma 3D (2012)'

Sabe aquela camisa velha do Star Wars jogada no canto do seu armário? Pode passar o ferro nela! A saga mais famosa da história da sétima arte está de volta às telonas. Escrito e dirigido por George Lucas, ‘Star Wars – A Ameaça Fantasma’ agora é em 3D. Será que isso é uma coisa boa, ruim ou tanto faz?

13 anos se passaram desde o primeiro encontro dos fanáticos fãs da franquia com seus queridos protagonistas desse episódio que é o primeiro (mas não foi filmado, nem exibido primeiro, como sabem) de uma série de seis filmes. No caso deste voltamos a conferir: naves super poderosas, criaturas esquisitas, maravilhosas cenas subaquáticas além do maravilhoso som do sabres de luz nos duelos.

Muito bom rever personagens que marcaram a vida de muitos cinéfilos mundo à fora.

O grande Mestre Jedi Qui-Gon Jinn, interpretado com muita serenidade pelo Liam Neeson e seu sabre de Luz verde. Obi-Wan Kenobi, que tem papel importante nos outros filmes, e seu sotaque inglês característico do ator escocês Ewan McGregor. A sempre bela Natalie Portman com apenas 18 anos na pele da Rainha Amidala. O trapalhão Jar Jar Binks, R2-D2 e o ciborgue de relações humanas C3-PO, também reaparecem para delírio dos Nerds de plantão. O maior destaque vai para o futuro Darth Vader, Anakin Skywalker, interpretado pelo ator Jake Lloyd.

Na trama, uma guerra nas estrelas está para ser declarada e dois nobres Mestres Jedi precisam proteger a Rainha Amidala das garras dos inimigos. Acabam chegando em Tatooine (um lugar onde a república não chegou) onde conhecem o personagem mais importantes para a continuação da saga, Anakin Skywalker. Todos esses personagens juntos começam assim uma grande batalha entre os lados da força.

Falando rapidamente da nova resolução, o 3D não fez efeito.  Fica evidente na tela, fora os créditos iniciais (que ficaram legais na resolução nova), que o longa não foi planejado para ser exibido dessa maneira.

A partir do dia 10 de fevereiro, essa aventura, adorada pelos amantes da sétima arte volta às salas de exibição. Que a força esteja no 3D, ou melhor, que a força esteja com você!

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07/02/2012

Os 5 Melhores e os 5 Piores filmes de Nicholas Kim Coppola vulgo Nicolas Cage

Como muitos sabem Nicolas Cage não é o artista preferido de quem vos escreve. Sim, eu pego no pé dele. Não é por ódio, é por tristeza mesmo. Nicholas Kim Coppola era um dos meus atores preferidos. Me lembro de vê-lo atuar brilhantemente em um dos meus filmes favoritos, ‘Despedida em Las Vegas’ou até mesmo no longa que passa toda hora nas Telas Quentes da vida, ‘A Rocha‘. Porém, a partir de um certo período, já com a fama eminente, o sobrinho de Copolla emplacou uma série de filmes horríveis e atuações medíocres que nem de longe lembram aquele ator de ‘Adaptação’ e ‘A Outra Face’. A partir de algumas ideias de posts, veio uma luz na mente desse devoto cinéfilo listar os cinco melhores trabalhos de Cage e óbvio, os cinco piores também. Serei muito breve nos comentários dos filmes, por isso já peço desculpas, senão o artigo fica muito grande e a galera fica com preguiça de ler.

Então, vamos as listas? Por favor, comentem! Quero muito ler a opinião de vocês! :)

Os 5 Melhores de Cage
Fiz uma Adaptação da minha Despedida em Las Vegas virei O Senhor das Armas com minha Outra Face me tornando um Homem de Familia.

Despedida em Las Vegas (Mike Figgis)
O melhor do Sr. Cage. Na pele do alcoolátra irrecuperável __ Nicolas conseguiu chegar ao topo da montanha de suas interpretações e mrecidamente venceu o Oscar por esse papel. Na trama, seu personagem vai se distanciando de todas as pessoas ao seu redor e decide ir até Las Vegas para beber até morrer, lá acaba conhecendo uma mulher e aos poucos uma conexão vai se estabelencedo. Será que deu certo esse amor? Veja o filme!

Adaptação (Spike Jonze)
Filme de 2002 que tem na direção o ótimo Spike Jonze. Com um roteiro sensacional feito por Charlie Kaufman e Donald Kaufman (os personagens de Cage), Nicolas nem tem a melhor atuação mas mostra presença no papel de dois personagens. Chris Cooper é quem domina a telona quando em cena.

O Senhor das Armas (Andrew Niccol)
Numa história com muita política e obviamente uma crítica social, Nicolas Cage interpreta Yuri Orlov, um negociante de armas que é bem sucedido na função escolhida. Começa a se questionar um pouco quando o agente da interpol (interpretado pelo Ethan Hawke) começa a pegar no seu pé. É uma das melhores interpetações da carreira de Cage, sem duvidas. O filme é dirigido pelo Andrew Niccol, simplesmente o roteirista do aclamado ‘o Show de Truman’

A Outra Face (John Woo)
Com direção do mestre dos filmes de ação (John Woo) Nicolas Cage e John Travolta, por incrível que pareça se completam (muito bem) nesse troca-troca ‘A Outra Face’. No longa, uma caçada é posta em ação após uma cirurgia facial entre um cruel assassino e um agente do FBI. Com os papéis invertidos a adrenalina come solta! Castor Troy é um dos personagens mais eletrizantes e competentes de Cage, não tenham dúvidas!

Um Homem de Família (Brett Ratner)
Em uma produção bem diferente dos filmes acima, o clássico da ‘Sessão da Tarde’, ‘
Um Homem de Família ‘. Nesse filme vemos o personagem de Cage, Jack Campbell, viver apenas para seu trabalho, enretanto, alguns acontecimentos fazem com que
ele volte no tempo e tente reencontrar a verdadeira razão de viver. Nicolas conquistou muitos fãs por esse filme que é muito conhecido no Brasil. O longa é
emocionante, vale a pena sempre rever!

Os 5 piores de Cage
O Motoqueiro Fantasma tem Olhos de Serpentes e vira Vidente tornado-se Refém para ver O Sacrifício


Reféns (Joel Schumacher)
O que falar de mais uma produção contestada do ex-grande ator Nicolas Cage? Mais um filme para ser esquecido. Depois dizem que eu implico com ele… Você vai lembrar de ‘O Quarto do Pânico’ logo nas primeiras cenas, a dinâmica é bastante parecida. O que se diferencia é que Kyle Miller (personagem do vencedor do Oscar por ‘Despedida em Las Vegas’) vira um personagem enigmático em cena. Sem sabermos o que realmente é verdade, os diálogos vão acontecendo e não conseguimos prever o que ocorrerá após os mesmos. Tinha tudo para ser um ótimo personagem senão fosse o final pífio que arranjaram ao peculiar Kyle!

Motoqueiro Fantasma (Mark Steven Johnson)
Nicolas Cage na pele de um super-herói? Sim, pessoal isso ocorreu (e voltará a acontecer ja que o segundo filme dessa saga tem dia marcado para estrear no Brasil). Na pele de Johnny Blaze, Cage, mostra uma imaturidade cênica impressionante, nem parece o grande ator de outrora. O diretor americano Mark Steven Johnson ajuda e muito para o filme ir ladeira abaixo.


O Vidente (Lee Tamahori)
Com uma trama muito esquisita (queria ver o que David Coperfield acha desse roteiro) que mostra o protagonista (Cage) com uma habilidade de prever alguns minutos do futuro, o diretor Lee Tamahori dirige terrivelmente esse longa que é considerado por muitos um dos piores filmes da Julianne Moore. Nada encaixa nesse filme, o roteiro é extremamente forçado e as atuações são dignas de framboesa de ouro, nem Julianne Moore (excelente atriz que adoramos) consegue
salvar essa produção.

O Sacrifício (Neil LaBute)
O pior filme de Cage. Esse longa amigos e amigas o sobrinho de Copolla consegue se superar (para pior). O filme dirigido por Neil LaBute é uma refilmagem do cult inglês “O Homem Espantalho” e gastou milhões e milhões de doláres que não serviram para melhorar nem um minutinho desse longa estrelado por Cage. Na trama, um policial (ele mesmo) presencia um acidente e isso mexe com sua vida. Após esse incidente, recebe uma carta de uma ex-noiva pedindo para encontrar
sua filha que desapareceu em uma ilha. Lá meus amigos, acontecem coisas muito esquisitas que deixam o cinéfilo enfurecido por tamanha confusão em cena. É um sacrifício ir até o fim desse filme.


E aí, o que acharam? Será que os próximos filmes do Nicolas Cage serão bons? Comentem! :)





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