01/01/2014

Crítica do filme: 'O Maravilhoso Agora'



Sonhos para quem sonha. Futuro para quem trabalha para ele. Mas, que tal os dois? Baseado na obra homônima de Tim Tharp, a grande surpresa do último Festival de Sundance, The Spectacular Now, é muito mais do que um filme maduro sobre o retrato da juventude. Dirigido por James Ponsoldt (que comandou o interessante Smashed: De Volta a Realidade), o drama promete conquistar todo o tipo de público principalmente por conta de seus diálogos para lá de envolventes.

Na trama, conhecemos Sutter (Miles Teller) um jovem norte-americano que simplesmente não quer crescer. Desafios, dificuldades, futuro são algumas das palavras que não existem para ele. Certo dia, após uma bebedeira danada, acorda no quintal de Aimee (Shailene Woodley), uma garota que passa despercebida por todos nos corredores do colégio. Mesmo com o encontro inusitado, nasce uma história de amizade e amor que modifica a vida de Sutter. O conflito existencial de não ter a mínima idéia de como vai ser seu futuro vai transformando a cabeça do jovem e ele precisa cada vez mais entender que a maior dificuldade da vida dele sempre foi ele mesmo.

O contraste dos personagens é um ponto interessante a se destacar. Aimee é uma delicadeza em pessoa que acabara de passar para a faculdade, sonha em trabalhar na Nasa e ter uma família perfeita. Já Sutter é um acomodado, malandro por si só, que não almeja nada além de piadas prontas para seu vasto repertório de conchavos. Os dois passam por problemas com suas respectivas famílias, a primeira por ter que lutar por sua independência acadêmica e o segundo por ter sido abandonado pelo pai muito cedo prejudicando sua relação com a mãe.

Não é um absurdo dizer que o filme lembra em alguns momentos (claro, cada qual no seu qual) os excelentes diálogos do clássico Antes do Amanhecer, principalmente por conta da maturidade e harmonia que são executadas as cenas pelos protagonistas.  O público é brindado com um enorme carisma que eles passam. Shailene Woodley e Miles Teller são os grandes responsáveis por toda essa positiva interação. Os jovens artistas dão um verdadeiro show em cena. Orçado em U$$ 2,5 Milhões, o longa-metragem ganhou o prêmio especial do Júri no Festival de Sundance 2013 em uma categoria de desempenho dos atores em cena.

Dos mesmos produtores de 500 Dias com Ela, The Spectacular Now é um daqueles filmes que todo cinéfilo vai gostar de ter em seu acervo.  Falando sobre a arte do sonhar e do amadurecer, a história vai cativar até os corações mais difíceis de agradar. Imperdível.



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31/12/2013

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Crítica do filme: 'Até o Fim'

O que fazer quando tudo está perdido, exceto a alma e o corpo? Depois de dirigir o excelente Margin Call - O Dia Antes do Fim, o diretor norte americano J.C. Chandor chega aos cinemas com um drama que lembra muito outros filmes de sobrevivência mas com o pecado de não ter uma apresentação decente sobre a história de seu protagonista. All is Lost conta apenas com Robert Redford na frente das câmeras e isso infelizmente é muito pouco para agradar ao público.

Na trama, acompanhamos um experiente velejado que precisa enfrentar o maior desafio de sua vida quando, em alto mar e sozinho, em seu barco atingido por um container gigante e repleto de sapatos. Com sérias avarias em seu barco, precisa lutar dia e noite para sobreviver. Não sabemos a história do protagonista, nem ao menos seu nome. Isso atrapalha a interação com o público. Uma breve introdução ajudaria muito a criar laços de empatia, até mesmo para aumentar a torcida para um desfecho feliz e suporte para aguentar as maçantes cenas de aventura em alto mar.

O veleiro é moderno e conta com toda a tecnologia disponível nos dias de hoje. Mesmo assim, não é páreo para a força da natureza e aos acasos que o destino coloca em nossa frente. Por conta do acidente, se transforma em uma jangada pouco operante. Mesmo tendo completo domínio sobre a embarcação, o protagonista precisa tomar rápidas e difíceis decisões. O personagem demonstra uma frieza muito grande ao enfrentar esse contratempo. Parece que assim que ocorre a fatalidade, liga o seu botão da razão e esquece a emoção.


Respiração, transpiração e expressões de tensão são alguns dos poucos movimentos que percebemos do protagonista. Se Tom Hanks tinha o Wilson como companhia (no ótimo filme O Náufrago), o veterano Robert Redford tem apenas o esforço e talento de tentar passar toda a agonia e desespero de seu protagonista. Mesmo o filme tendo uma duração aceitável para trabalhos do gênero, falta muita coisa para agradar aos cinéfilos. 
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26/12/2013

Crítica do filme: 'Circles'



Quando você joga uma pedra na água, os círculos aparecem, se estendem. Depois de dirigir o sensacional Klopka no ano de 2007, o excelente cineasta sérvio Srdan Golubovic mais uma vez chega surpreendendo o mundo do cinema com o suspense dramático Circles. Filmado na Bósnia e Herzogovina, na Alemanha e na cidade de Belgrado, o longa metragem foi o indicado da Sérvia para concorrer a uma vaga ao próximo Oscar na categoria Melhor Filme Estrangeiro. Em 112 minutos de fita, somos envolvidos por um mistério que é a chave de todos os acontecimentos dramáticos que se estendem da primeira cena até o desfecho.

Logo no começo do filme, somos apresentados a Marko (Vuk Kostic), um soldado de bem com a vida que é muito feliz ao lado de sua namorada e adora jogar xadrez com seu amigo estudante de medicina Nebojsa (Nebojsa Glogovac). Certo dia, heroicamente, salva um pacato comerciante estrangeiro chamado Haris (Leon Lucev) do prepotente e irracional linchamento por outros soldados, comandados pelo temido Todor (Boris Isakovic). Logo após, sem sabermos as conseqüências deste ato, a fita dá um pulo temporal de 12 anos e somos apresentados a todos que estavam perto ou fizeram parte deste acontecimento com Marko. Assim, vamos acompanhando as surpresas, culpas, frustração, desejo de vingança e terríveis coincidências que acompanham esses personagens.

Será que um ato humano de bom coração é compreendido e traz algum aprendizado para as pessoas? O medo dos personagens é exatamente o legado da boa ação deixada por Marko. A consistência da história, escrita por Melina Pota Koljevic e Srdjan Koljevic, gira em torno de como uma situação trágica pode nunca ter uma solução no futuro. Seja para um abalado pai que precisa se relacionar profissionalmente com o filho de um dos soldados que linchavam o pobre comerciante, para o agora médico que é a única esperança de vida do ex-temido soldado, para a namorada que nunca esqueceu o grande amor e precisa proteger seu filho das garras de um bandido cruel ou mesmo para Haris que foi salvo e agora precisa ajudar alguém muito próximo ao homem que lhe salvou a vida.

O espectador se sente de frente para um tabuleiro de quebra-cabeça em que lentamente uma nova peça é apresentada. A dedução é o melhor palpite para aqueles que tentam descobrir antes do tempo o que houve ao personagem chave. O desenrolar dos fatos são comoventes e o público fica totalmente refém dessa poderosa história. Pena que Circles escolheu um péssimo ano para tentar uma vaga entre os cinco escolhidos ao Oscar, senão tinha chances. Mas não deixa de ser um filme que precisa se conferido por todo aquele que ama cinema.
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Crítica do filme: 'Tudo por Justiça'



Até onde vai o controle emocional de uma boa pessoa quando percebe que seu mundo desabara ao seu redor? Contando uma história para lá de comovente e sofrida, o diretor Scott Cooper (Coração Louco) consegue em um único trabalho criar um clima de vingança e tensão poucas vezes visto nos últimos filmes norte-americanos do gênero ação. Cada sofrimento que acerta em cheio o protagonista tem uma razão, uma argumentação consistente para existir e a forma que o protagonista lida com isso é tocante e extremamente violenta, não deixando o público tirar os olhos da telona num por um segundo.

O foco central do filme é Russell (Christian Bale), o filho boa praça do paizão Rodney Baze (Bingo O'Malley). Um homem muito querido pela comunidade onde mora e que leva uma vida pacata trabalhando onde seu pai trabalhou e sonhando em construir uma família ao lado de sua namorada Lena (Zoe Saldana). Porém, tudo muda em sua vida quando, após pagar uma dívida de um integrante de sua família, se envolve em um terrível acidente de carro e vai parar na prisão. Após anos na cadeia, consegue sair em condicional e logo precisa enfrentar sérios problemas com a nova realidade que o aguarda, principalmente as enrascadas que seu irmão mais novo (Casey Affleck) provoca.

Após quatro anos longe das câmeras, quando rodou seu primeiro longa metragem Coração Louco (que deu a Jeff Bridges seu primeiro Oscar), o bom diretor Scott Cooper reaparece no cenário hollywoodiano trazendo de volta a melancolia e a ótima captura do drama de seus personagens.  Com um orçamento de U$$ 22 Milhões, o cineasta apostou no material humano que tinha nas mãos e criou uma atmosfera de dor deixando seus atores, com muita naturalidade, executarem ao extremo cada personagem.  

O elenco é admirável. O polivalente Woody Harrelson na pele do terrível bandido Harlan De Groat, Willem Dafoe interpretando o canastrão de bom coração John Petty e o excelente irmão de Ben Affleck, Casey, contribuem e muito para a ótima interação do público com todos os acontecimentos que se desenrolam na trama. Mas quem rouba a cena, mais uma vez, é o protagonista, Christian Bale. O ganhador do Oscar e o melhor intérprete do Batman de todos os tempos, dá mais um show de interpretação. O sofrimento de seu personagem é nítido em cada gesto, cada palavra de Bale. Só por isso, já vale o ingresso do filme.

Uma ótima canção executada pela peculiar voz de Eddie Vedder, logo no início do filme, já era um sinal que os cinéfilos estariam diante de uma bela obra. Tudo por Justiça pode ser visto por alguns como apenas um filme de vingança. Mas garanto, é mais do que isso. A transformação súbita que passa seu protagonista é eletrizante, se vingar é apenas umas das armadilhas que a vida coloca em sua frente. Não deixem de conferir esse belo trabalho que possui muitos ingredientes para conquistar o público.  
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24/12/2013

Crítica do filme: 'Touchy Feely'

Atravessando o universo do Reiki e o mundo sempre envolvente das energias geradas pelo corpo em conjunto ao universo, o novo trabalho da cineasta Lynn Shelton (A Irmã da Sua Irmã), Touchy Feely, é aquele tipo de filme que infelizmente não chegará às telonas dos nossos cinemas. Extremamente Cult e com uma lenta narrativa somos jogados para dentro de uma história sobre família, descobertas e desilusões.

Nesse drama existencial, escrito pela própria diretora, conhecemos os irmãos Paul (Josh Pais) e Abby (Rosemarie DeWitt). O primeiro é um dentista entrando na sua fase idosa que vive dentro do seu consultório e acaba influenciando as escolhas da filha Jenny (Ellen Page). A segunda, uma massagista cheia de vida, praticante de yoga as horas vagas, passa por uma fase importante de sua vida amorosa, dando passos definitivos para um firme relacionamento. Certo dia, um bloqueio profissional e sensitivo atinge Abby, ao mesmo tempo, que seu irmão começa a fazer sucesso em sua profissão descobrindo assim novos rumos de sua vida.

O interessante do roteiro é a desconstrução de uma personagem carismática e a construção de outro, um completo alienado e ranzinza. A história é mais profunda do que aparenta ser em seu início, passando pelas vidas desses instáveis irmãos que vivem momentos completamente diferentes. Os personagens coadjuvantes chegam para tentar completar as lacunas e ajudar os protagonistas a encontrar um novo sentido para suas existências.

A família adora se reunir para jantar e contar o cotidiano, cada qual no seu qual. Assim, o público começa, gradativamente, a conhecer melhor as características dos personagens. A crítica negativa chega exatamente a esse ponto, quando já em seu desfecho percebemos que muitas respostas não foram dadas. Acaba faltando força aos personagens secundários, muitas vezes ofuscados pelas situações criadas pelos personagens centrais da trama.

Touchy Feely é um filme que dividirá opiniões. O decorrer moroso e algumas subtramas desinteressantes podem ser um fator prejudicial. Mas, se formos analisar o drama como uma generalização na arte das redescobertas da vida, a história começa a parecer mais simpática aos olhos do público. Energias, terapias, encontros e desencontros marcam essa história que provavelmente você já viu por aí.
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23/12/2013

Crítica do filme: 'Ninfomaníaca - Volume 1'



Vocês sabiam que o ingrediente secreto do sexo é o amor? Após dirigir os excelentes Anticristo (2009) e Melancolia (2011), o extraordinário cineasta Lars Von Trier chega aos cinemas de todo mundo com a parte final da sua "Trilogia da Depressão", Ninfomaníaca. Divido em dois volumes, o drama é conduzido com uma delicadeza fora do comum, misturada com um falso lirismo. Feito para chocar, o aguardado e polêmico trabalho do mais famoso cineasta dinamarquês de todos os tempos, é uma pequena obra-prima que será alvo de discussões durante longos anos.

Nesse primeiro volume, somos surpreendidos com o inusitado encontro entre Seligman (Stellan Skarsgård) e Joe (Charlotte Gainsbourg).  O primeiro, um homem simples e inteligente que adora conversar sobre pescaria. A segunda, sofrera uma agressão misteriosa e aceita desabafar toda sua história até aquele momento. Joe é viciada em sexo e ao longo de anos se viu em situações constrangedoras desde a perda da virgindade até os dias atuais. Conforme conta sua história para Seligman, os dois personagens começam a discutir a sexualidade, e a verdadeira face de uma sociedade que preza pelo desejo, com diversas comparações com o cotidiano humano.  

Uma grande tela preta permanece durante um longo período logo no início da projeção, ao som da chuva caindo, deixando o espectador paralisado com o inusitado. Já sabíamos que estávamos prestes a assistir mais um show deste polêmico cineasta ganhador da Palma de Cannes no ano de 2000 com o filme Dançando no Escuro. Passando pela polifonia de Bach e as analogias improváveis entre o sexo e a matemática, representada pelo famoso teorema de Fibonacci, o cineasta de 57 anos explora o mundo da sexualidade de uma maneira tão radical que até Alfred Kinsey ficaria de olhos esbugalhados.

A narrativa é feita de maneira abarcante se sustentando em cima das opiniões de Seligman sobre as situações que passara Joe. Esse bate-bola é tão pungente aos olhos de Joe que o sarcasmo toma conta rapidamente da situação, levando o público a diversos risos entre um raciocínio e outro. A protagonista, vista em duas fases nessa primeira parte, consegue ser forte o suficiente para enfrentar todo aquele drama que passara, relatando todos os detalhes com uma forte dor e desespero.

Os coadjuvantes que aparecem neste volume, alguns atores famosos só vão aparecer no volume dois como o Willem Dafoe (L), contribuem cada qual no seu quadrado para ajudar a contar essa história. Em relação a isso, vale mencionar que a personagem de Uma Thurman, Mrs. H, é um dos grandes destaques da fita. Desesperada e humilhada, parte para o confronto de maneira tão incisiva que acaba provocando na personagem principal um complexo conflito. Outro destaque é Jerome (interpretado por Shia Lebouf) que aparece em duas fases na vida de Joe. Seguro e com um baita entendimento de seu personagem, o ator californiano, famoso por sua presença em Transformers, tem uma cena de penetração que vai dar o que falar, principalmente pela maneira como foi filmada.  

Von Trier é assim mesmo! Gosta de provocar o público a todo instante com suas ideias. Dessa vez abordando a sexualidade não tem medo dela ser vista de maneira aberta, nua, sem cortes, a cada instante gerando um constrangimento aos mais puritanos. Arrogante e debochado, o roteiro (assinado pelo próprio criador do Dogma 95) consegue reunir um conjunto de ações envolventes além de diálogos para lá de antológicos que deixam o público fascinado por essa história. Não deixem de conferir esse trabalho impecável que mais parece uma poesia picante. Bravo!
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19/12/2013

Crítica do filme: 'Um Toque de Pecado'



O filme ganhador do prêmio de melhor roteiro no último Festival de Cannes chegou aos cinemas na semana passada (13) causando grande euforia nos cinéfilos que não puderam conferir suas exibições na Mostra Internacional de Cinema de SP deste ano. A verdadeira identidade de uma China perdida em suas desilusões emocionais é o foco deste belo e violento trabalho de Jia Zhang-Ke (que dirigiu o excelente Em Busca da Vida (2006). Em pouco mais de duas horas de fita, entramos em um quebra-cabeça social modelado primorosamente por Zhang-Ke (que assina também o roteiro). A qualidade no modo de contar essa história transforma Um Toque de Pecado em um dos melhores filmes do ano.

Quatro histórias, quatro dramas com desfechos violentos. Um mineiro indignado (Wu Jiang) que luta contra a corrupção massiva dos líderes do vilarejo onde reside. Um homem frio e calculista que regressa para seu lar com sua mobilete de poucas cilindradas na véspera de ano novo e começa uma reflexão macabra em relação às infinitas possibilidades de se viver da violência. Uma linda jovem que se envolve com um homem casado sendo levada ao limite da loucura quando é assediada por um cliente imbecil. E por fim, um jovem (quase adolescente) trabalhador fabril salta de trabalho em trabalho à procura de uma vida melhor. Os visões dessas histórias são extremamente pessimistas mas não deixa de ser uma crítica ao que ocorre longe dos holofotes da mídia quando o assunto é o desenvolvimento do Dragão.

Passado nos tempos atuais, os costumes e tradições chineses são incorporados com grande maestria pelo diretor.  Detalhistas como sempre, os cineastas orientais sabem como prender a atenção do público em poucos minutos de projeção. Entre uma sequência e outra, somos testemunhas de belas imagens que lembram a abertura do famoso seriado de David Lynch, Twin Peaks. Os atores passam uma verdade absurda em seus gestos e ações, destaque para Wu Jiang e seu personagem Dahai que deve ficar na mente de muita gente durante algum tempo.

A história pode parecer um pouco confusa para alguns. São diversas tramas e elementos tendo apenas o objetivo de mostrar uma China que está escondida. O roteiro é o principal destaque do filme e não tenham dúvidas: Vão ter dezenas de cineastas norte-americanos querendo produzir um remake deste belo projeto. A questão é saber se temos a mesma sensibilidade que os nossos amigos do oriente. Essa afirmativa chega de encontro como uma crítica ao ‘novo Oldboy’  feito pelo Spike Lee que se torna uma verdadeira incógnita cinéfila.

A busca para entender o pecado é transportada das telas para as cadeiras do cinema. O oásis da prosperidade chega com um toque de pecado para cada uma dessas melancólicas e perdidas almas. Violento, sangrento, e certas vezes angustiante, são elementos que transformam Um Toque de Pecado em um trabalho que certamente Quentin Tarantino aplaudiria de pé, e quem sabe, você também.
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