Um jovem diretor com uma história e suas complexidades relativos à sexualidade e ao amor, propriamente dito. Quando um trio é formado através desses elementos, muitos tipos de sentimentos são jogados no liquidificador levando todas as partes a um desfecho frio, e porque não dizer, muito bem executado.
O diretor e roteirista, de apenas 22 anos, Xavier Dolan (que também compõe o elenco do longa) consegue reproduzir uma visão bastante peculiar sobre relacionamentos entre jovens e suas consequências. O canadense, que nasceu no ano de 1989, já havia surpreendido platéias de todo o mundo com o excelente ‘Eu Matei a Minha Mãe’, e mais uma vez, leva ao público uma fita original, muito bem dirigida.
A trama percorre a vida de dois amigos inseparáveis, Francis e Marie, que tem sua rotina quebrada após a chegada de Nicolas, um rapaz que acabara de se mudar para a cidade canadense onde os amigos residem. Aos poucos vamos vendo a dupla tornar-se trio e ambos se apaixonam pelo recém-chegado jovem. Fantasias (imaginárias) tomam conta da mente dos antes inseparáveis amigos e ambos disputam a atenção de Nicolas, de tal maneira que compromete o antigo laço que tinham.
Algumas músicas dão o tom do filme e isso fica evidenciado quando entendemos que os amigos inseparáveis precisam ser o centro das atenções da relação com um terceiro elemento. E quando isso não acontece, a uma rejeição e um recomeço eminente, como fica claro no desfecho do longa.
Além de Dolan (Francis) , Monia Chokri (Marie) e Niels Schneider (Nicolas) entendem muito bem seus personagens e passam ao público toda aquela dor e tensão sexual que se propõe o roteiro.
Recomendado.