Os monstrengos mais esquisitos da nossa galáxia estão de
volta. Nesse terceiro filme da franquia “MIB”,
temos uma aba puxada para a história pessoal de cada personagem, remodelando um
pouco o entendimento e foco da franquia de sucesso. O objetivo, obviamente, era
humanizar a história, sentimentos mais profundos estão à flor da pele. Um quê
de dramalhão é encontrado em quase todos os diálogos, lembrando muito as
famosas novelas mexicanas dos anos 90. O exagero em colocar pitadas exageradas
de drama em uma história, de outros tempos que foca na ação e comédia, é o
grande ponto negativo do longa.
Na trama, a dupla mais famosa da organização ‘Homens de
Preto’ tem que combater um alienígena muito perigoso que teve seu braço perdido
anos atrás pelo agente K. Com direito a
viagens no tempo, monstros esquisitos e muitas surpresas sobre a vida pessoal
dos personagens, a aventura tenta se associar com o drama que é a base dessa
terceira produção.
Tommy Lee Jones é
sempre engraçado (com seu jeito carrancudo) nos curtos momentos que dá o ar de
sua graça na trama, grandes atores são assim, chegam e roubam a cena. Will Smith volta à pele do agente J,
hiperativo e falastrão, tem bons momentos na fita, entretanto, em algumas sequências
as piadinhas não fazem mais tanto efeito quanto antigamente. Josh Brolin, um ator com um ótimo
currículo, surpreende mais uma vez e interpreta muito bem o agente K, no final
dos anos 60, na época em que homens foram à lua (ou não?) e o carismático
‘xerife intergalático’ se expressava com sorrisos e passava longe das caras
fechadas e irritadas de outras épocas à frente.
O ponto positivo é esse resgate do que ocorrera no passado,
na origem dos Homens de Preto, que influencia preponderantemente os novos rumos
da trilogia. O novo integrante da história tem uma ótima atuação e faz um ponte
temporal bem legal não deixando cair os ótimos diálogos, que é a marca
registrada quando Will e Tommy estão em cena.
Houve uma publicidade maçante (Will Smith e Josh Brolin
vieram ao Brasil, em cada esquina tem um pôster, etc...), fato que talvez não
fosse tão necessário, já que, como se trata de um blockbuster conhecido, estamos falando do terceiro filme de um
sucesso de bilheteria, o público já iria lotar as salas de cinema de todo o
Brasil. De qualquer maneira, isso não atrapalha, porém, gera uma expectativa e
que quando não é correspondida, a consequência vem em forma de comentários
comedidos e nem tão positivos.
Tinha potencial para ser muito bom, mas acaba sendo somente
regular.