Mude seu passado, mude seu futuro. Com essa proposta, “Judas Kiss”, busca inovações e
originalidade misturada com sequencias calientes e uma proposta voltada à
sexualidade. Pena que o roteiro chega a ser pífio e completamente insano
tornando o filme muito desinteressante em muitos momentos. Destaque mesmo vai
para a ótima trilha sonora, muito bem encaixada nas sequências.
Na trama, somos apresentados a um cineasta homossexual, adorador
de telhados, que tem a inusitada oportunidade de voltar a uma época muito
dramática para ele e assim tentar mudar o rumo de sua história. Cheio de idas e
vindas (no andamento dessa louca história), o longa tenta focar na problemática
adolescente e em como decisões tomadas nessa época da vida influenciam uma
pessoa para o resto de sua existência.
Metaforicamente, aos poucos, vai se tornando uma terapia e
uma descoberta profundamente pessoal. O público fica perdido em meio ao
tumultuado roteiro. Às vezes, parece que o filme pede a opinião do espectador
para o que vamos ver a seguir, uma espécie de “Você Decide”, é quase que
proposto isso, deixando o público perdido em qualquer análise que faça. Quando
descobrimos que o personagem dorme com ele mesmo jovem (O que Freud acharia
disso?) o espectador tem uma leve vontade de ir jogar futebol, ler um livro ou
ver outro filme.
Com o cigarro frequente nas mãos percebemos que o personagem
principal não está feliz com a vida que leva, festas e reabilitação são tudo o
que resume a carreira desse profissional ligado à sétima arte. Mas a ‘volta no
tempo’ desse homem explica, por meios bem confusos (diga-se de passagem), o
porquê dele estar naquele estado. Uma adolescência perturbada, cheia de
problemas e um problema com o “O Beijo de Judas” que mudou para sempre o rumo
de sua vida.
Já no meio do filme o público se pergunta: Quem é Danny
Reyes? Ao final, não sabemos responder. Tudo é tão confuso, tudo é tão
complicado. De boas intenções o mundo do cinema está cheio, de filmes bons nem
tanto.